domingo, 20 de dezembro de 2020

“ Asas “ 65

Chegamos ao local da festa da Gabi. Lugar lindo. Vista para o mar, com uma decoração incrível. Seu tema é cassinos. Eu achei bem criativo. Já na entrada,

Luan e eu fomos fotografados. Acabei vindo com ele, todos foram na frente. Como era de se esperar, nos atrasamos.

O fotógrafo solicitou meu e-mail, para que as fotos fossem enviadas em tempo real. A tecnologia deles me deixou impressionada. Seguimos para dentro, de mãos dadas e logo vimos os convidados. Eu ainda não consegui postar nada pra Gabi. Vou tentar fazer isso durante a festa. Encontrei a mesa com meus casais de amigos, acenaram para nós, nos chamando e então nos juntamos a eles. Logo que sentei, um garçom passou com porções de uma espécie de Salgadinhos. Ele explicou do que são feitos e então nos ofereceu. Eu peguei, Luan também. O restante não quis e já estão bebendo.

- Vocês demoraram demais! - Marco reclamou.

- Vai se foder. - Luan disse e ele riu. 

- Também te amo, cara. - Clarissa o beijou, fazendo a boca do seu namorado ficar ocupada. 

- Uma decoração e tanto né, amiga? - Talita falou comigo e eu concordei. 

- Cê conseguiu postar alguma coisa pra Gabi? - Eu perguntei.

- Nada. - Ela riu. 

- Eu postei nos stories. - Luan respondeu e então, Talita e eu nos olhamos e rimos. 

- Até ele e nós não. - Talita disse. 

- Somos péssimas amigas. - Eu fiz careta.

- Ah, são mesmo. - Luan concordou.

- Concordo. - Marco disse após o beijo.

- Oi, meus amores! - Gabi chegou. Edgar chegou logo atrás. 

- Oi, meu amor! - Eu disse animada e então levantei para lhe abraçar. - Isso é um namoro mesmo? - Eu perguntei em seu ouvido.

- Mais ou menos. - Ela brincou, desfazendo o abraço. - Luan! Tá gato hein?! - O elogiou e ele sorriu. 

- Cê que tá linda. - E então se abraçaram. Houveram os desejos bons de aniversário pra ela, então ela nos chamou pra uma foto. Somente as meninas e assim nos fizemos. Fomos até o fotógrafo e ele logo fez vários registros. Por fim, Lorena também apareceu e ficou o time das meninas completo. A foto foi enviando para o e-mail de Gabi e o meu. Voltamos a mesa e então já vi o primeiro cantor se apresentar. Gustavo Mioto. Luan logo foi chamado, se formou uma festa de cantores lá na frente e eu tive tempo para postar algo. Procurei uma foto antiga com Gabi, e então postei:

 “ Foto antiguinha igual nossa amizade. Feliz de ver a mulher que se tornou, cada dia buscando a sua melhor versão. Feliz de participar da sua vida por tantos anos, por dividir a minha com você. Por saber que posso contar, que você é lar, que tenho casa em sua amizade. Você sempre vai ser o sentido mais puro de amiga. Amo você mil vidassss ❤️ “ 




Logo abaixo vi a postagem do Edgar, uma foto deles na praia:

 “ Feliz vida, gatinha! Vc é incrível! ❤️ “




Curti a foto com um sorriso no rosto, mais abaixo a foto de Lorena com ela:



“ A melhor pessoa do mundo inteiro! Minha companheira de festas e lágrimas. Imensamente grata pro ter você, Gabi! Te amo infinito. Feliz vida, você merece o mundo! ❤️ “ 




E então, olhei meu e-mail procurando as fotos do fotógrafo e logo encontrei. Salvei as duas e segui para o Instagram. 

- Me manda a nossa foto, amiga. - Lorena pediu. Assim fiz e então, decidi postar a foto que estou com Luan:

 “ Olha só no que deu... 🥰 @luansantana “ 

Logo choveu comentários em minha foto com ele, pude ver também a publicação de Lorena: 

“ Girlssss ❤️ “ 

Curti e comentei, bloqueando o celular em seguida. Olhei Luan se divertindo em cima do palco e eu derreti. O sorriso dele é lindo, ele é todo lindo. 

- Ou, e essa cara boba? - João brincou e eu sorri.

- A gente não pode nem babar em paz. - Fiz careta. Neste momento, Gabriel apareceu.

- Oi, galera. - Cumprimentou todos em geral e eu levantei para abraçá-lo. 

- Tá bonitão hein?! - O elogiei e então nos abraçamos.

- Você que tá linda. Bronzeada, tudo mais. - Eu ri, desfazendo o abraço.

-Essa vida praiana não é fácil. - Brinquei e ele riu.

- Só tem ela aqui né?! - Lorena fez birra.

- Qual é, pô?! - João entrou na onda.

- Ah, que isso. - Gabriel sorriu pra eles, se aproximando dos dois. Nesse momento, Luan falou do palco:

- Quero convidar dois amigos e grandes compositores pra essa festa aqui. Keven e Marco, venham.

- Chega aqui, Gurizada. - Gustavo muito falou.

- Venham, meninos. - Gabi disse. Logo, os dois levantaram e nós como as namoradas apaixonadas que somos, seguimos os dois. Quando cheguei em frente ao palco, Luan soltou beijo pra mim e eu soltei de volta. Eles continuaram a animar a festa e eu comecei a beber, dançar. O palco lotou de gente dançando, cantando, se divertindo. Luan dançou com Gabi, que dançou com Marco, que dançou com o Keven, que dançou com Mioto e eu senti meu maxilar doer de tanto rir.

Então, Luan estendeu a mão pra mim.

- Vem, amor. - Eu mordi meu lábio e segurei sua mão.

- Não dá. - Eu ri ao ver a altura. 

- Claro que da. - E então ele se inclinou, segurou minha cintura e me subiu com ele, soltei um gritinho, que ninguém ouviu pelo barulho da música. 

- Seu maluco. - Olhei ele, enquanto suas mãos estão em volta de mim, me mantendo perto. 

- Maluco por você. - Sorri com meus lábios já nos seus e então nos beijamos rapidamente. Ele cheirou meu pescoço e eu me senti aconchegada. 

- Você é meu sonho real. - Eu disse em seu ouvido. Seus olhos procuraram os meus. 

- Te amo. - Beijou minha boca e meu nariz. Senti uma mão me puxando, quando olhei vi Gabi. Ah, caramba!

- Amiga, vai começar o funk. 

- Eita, olha lá hein?! - Luan fingiu repreender, antes de me soltar. Os funkeiros tomaram conta do palco, logo eu senti meu corpo esquentar, comecei a rebolar e meu óculos foi passando de mão em mão. Lorena comigo, Gabi, Talita, Clarissa. Joguei meu cabelo pro lado e olhei pra trás, vi Luan me olhando com olhos famintos, já fora do palco, porém bem em frente dele. Sustentei o olhar e ele bebeu um gole da sua bebida, segurando o sorriso. Pude ver os meninos ao seu lado. Parece que aqui realmente se formou uma amizade de casais. Comecei a descer até o chão, sentindo meu corpo suar. As meninas também, nós sorrindo umas para as outras.

Quando cansei, procurei meu amor e encontrei ele sorrindo, conversando com seus amigos. 

- Amor! - Chamei de cima do palco, ele não me ouviu. - Amor! - Chamei mais alto.

- Ou, irmã! Vem pra cá. - Clarissa me chamou.

- Essa música é ótima. - Talita tentou me convencer, enquanto elas ainda se jogam. Fiz careta.

- Cansei. Quero beijar aquela boquinha agora. - Apontei para o Luan, que continua distraído. Elas riram e continuaram a dançar. - Luan! - Bati o pé feito criança, foi quando Edgar me notou e cutucou Luan. Ele me olhou e franziu a testa, enquanto eu já tenho um biquinho nos lábios. - Vem cá, amor. - Falei manhosa, ainda alto. Ele parece ter lido meus lábios e então se aproximou. Estou alegrinha, mas nada tão alterada. Ele parece ótimo, apesar de segurar um copo com bebida.

- Que foi? - Ele perguntou e eu passei os braços em volta do seu pescoço. Ele entendeu, e então seu braço livre abraçou minha cintura. Assim, eu desci do palco. - Cansou? - Sorriu, tirando alguns fios de cabelo da minha testa. 

- Deu saudade de você. - Ele continuou sorrindo.

- Ah, foi?! - Ergueu as sobrancelhas.

- Tô com calor. Meus pés estão me matando. - Coloquei outro assunto e ele riu.

- Amarra, meu bem. - Disse me olhando. E assim fiz. Fiz um coque em meus cabelos e ele se agachou, largou seu copo no chão e tirou meus saltos.

- Fodido! - Marco gritou e eu sorri.

- Cachorrinho pra caralho! - João brincou, Luan fingiu não ouvir e então segurou minhas sandálias e seu copo.

- Melhor? - Me olhou e eu assenti, encantada com ele. - 
- Vem. - Entrelacei meu braço no dele e nos juntamos aos meninos.

- Deita! Rola! - Keven brincou.

- Vai se ferrar. Se a Talita mandar Cê secar o mar, você vai ficar tentando igual um fodido. - Luan disse. E então todos gargalharam.

- Ele é meu gatinho. Deixem o meu gatinho. - Eu disse, fazendo voz de criança e os meninos riram de novo. Eu sorri também e Luan negou com a cabeça. - Imagina se eu tivesse feito voz de bebê? - Falei só pra ele ouvir.

- Nem pensar. - Ele falou e eu ri. O abracei e mordi seu pescoço. - Aquieta, tentação. - Eu ri novamente. Ele pousou a mão em minha bunda e então procurou meus olhos. - Eu vi a foto que cê postou. - Os meninos já estão cantando a música que toca, distraídos.

- Cê viu?!

- Somos um casal foda né?! - Eu ri. Ele me traz essa leveza, a facilidade de arrancar meu sorriso.

- Você que é lindo demais. - Eu disse toda bobona.

- E você é gostosa. - Apertou minha bunda e eu sorri. Procurei sua boca, já com as mãos em seus cabelos e eu o beijei. Foi um beijo quente, quem nos observa com certeza deve pensar: nossa, que beijo! Sua mão apertando minha cintura de um jeito tão gostoso. Isso me excita. Logo reajo entre as minhas pernas. Fiquei na ponta dos pés, dando continuidade. Nossas línguas se encontrando, se deliciando uma na outra. Seus lábios nos meus, sua mão apertando minha cintura, meus saltos ele com certeza já jogou no chão faz tempo. Senti o ar faltar e então beijei o canto da sua boca, descendo para seu pescoço. O abracei forte e ficamos em silêncio.

- Quero te mostrar uma coisa quando a gente chegar no hotel. - Ele disse.

- É mesmo? - O olhei maliciosa.

- Não é nada disso, sua safada. - Ele riu. Franziu a testa, confusa. - É uma surpresa.

- Ah, não! Só pra me fazer ficar ansiosa? - E nesse momento as meninas se aproximaram.

- Cansei, ja rebolei minha bunda demais. - Lorena disse. E então começaram um falatório delas e de seus namorados. Voltei a olhar Luan, consumida pela curiosidade.

- Fala, amor. - Pedi manhosa e ele riu.

- Não, tem que esperar. - Passou o braço em volta do meu pescoço e eu bufei, ficando realmente ansiosa e impaciente. Olhei para a mesinha deles e vi vodka. Tentei me sair de Luan, mas ele me segurou. - Nada de ficar bêbada, por favor. - Disse me olhando.

- Isso faz parte da surpresa? - Perguntei. 

- Também. Se você ficar bêbada, não vou conseguir te mostrar. - Revirei os olhos, ficando irritada com seu mistério.

- Tá, pode deixar. - Falei entediada.

- Cê promete? - Me mostrou seu dedo mindinho e eu não pude deixar de rir.

- Promessa de dedinho? - Ele sorriu, assentindo. Lhe mostrei o meu e então entrelacei. - Prometo.

- Agora um beijinho pra selar. - Ele se inclinou e me beijou levemente, mas isso não durou muito. Logo suas mãos estavam me agarrando novamente. Sua língua dona de tudo, eu sorrindo entre o beijo, as pernas amolecendo e eu ficando toda entregue. Como ele consegue? Não sei explicar o que é esse beijo. Disparou beijos em meu pescoço e eu fiquei arrepiada, me encolhendo toda. Ele riu e eu o olhei já atiçada.

- Sem condições pra você. - Eu suspirei e ele riu, me virei e vi Talita vindo em minha direção, com uma garrafa de vodka na mão.

- Abre a boca, amiga. - E eu ri, sentindo uma mão em minha cintura.

- Ela não vai beber assim, Talita. - Luan disse.

- Para de ser chato! Bebe você também. Vem! - Neguei com a cabeça.

- Cê tá muito foguenta. Aquieta aí. - Keven falou e ela o olhou despreocupada, virando a garrafa em sua boca.

- Cê não tem moral pra nada, cachorro. - Marco gargalhou.

- Uma cadelinha. - Luan também brincou.

- Vá se ferrar, os dois. - Ele disse, enquanto Edgar coloca mais uma dose em seu copo e Lorena troca um beijão com João.

- Não era você que tava de graça comigo? - Luan disse e então se afastou, alegando ir pegar minhas sandálias. Aproveitei e peguei um copo, enchi de vodka. Gabi apareceu e sem dizer nada, beijou a boca de Edgar. Eu soltei gritinhos e virei metade de copo, senti minha garganta arder, continuei sorrindo para meus amigos.

- Casalzão! - Eu disse, fazendo um coração com as mãos.

- Eita porra! - Marco gritou ao ver que os dois são se desgrudam e que rola uma troca de língua explícita. Virei a outra metade do copo então palmas pra eles e pra mim. Não me pergunte por que.

- Ou, tô de olho em você. Não quebra a promessa, por favor. - Luan disse por trás em meu ouvido. Eu estremeci toda pela sua voz e também por ter sido pega.

- Não vou. - O olhei e ele me devolveu um olhar desconfiado. Então, eu o beijei e fui correspondida me deixando rendida em seus braços. Ficamos abraçados, enquanto conversamos com nossos amigos e eu desejei que isso não passasse nunca. Eu sei que logo mais ele viaja, eu volto para o trabalho e nossos horários totalmente diferentes vão impactar. Quero estar pronta pra lidar com tanta distância e saudade. Eu o amo tanto que dói. O olhei, enquanto ele conversa um assunto qualquer com os meninos, acariciei sua barba, enquanto ele sorri. Fiquei ali, no meu mundo. Olhando o meu mundo, contemplando ele. Meu peito transborda de amor. O som da risadinha dele tomou conta dos meus ouvidos e mesmo estando alheia a conversa, eu sorri. Pousei minha cabeça em seu peito pensando no quanto eu estou ferrada.

(...)

Chegamos ao hotel, entramos em nosso quarto, ele trouxe suas coisas e junto com suas coisas o seu violão.

- Cê trouxe violão? - Eu perguntei ainda sentada na cama.

- Trouxe. - Ele me olhou, largando suas coisas no chão. Menos o violão.

- Eu tô ansiosa pela tal surpresa, então para de me enrolar. - Ele riu.

- Tá, sem enrolação. - Ele sentou-se ao meu lado. - Fiz uma música pra você. - Falou diretamente pra mim e meu coração deu um salto dentro do peito.

- Cê tá brincando? - Eu não acreditei.

- Não, amor. Eu fiz uma música. - Coloquei a mão em meu coração, o sentindo acelerado. - Vou cantar pra você, como você faz eu me sentir. Como o nosso amor muda a minha vida. - Eu já com os olhos lagrimejando, vi ele dedilhar em seu violão e então começou a cantar: 

Desde que eu me entendo por gente
Desenho você na cabeça
Como eu poderia deixar escapar minha chance
Agora que eu te achei
Eu te conheci pelo cheiro
Pelo movimento do seu cabelo
Eu pude lembrar do seu toque
Enquanto alisava o meu corpo inteiro
Você era o meu sonho mais verdadeiro
É como se morasse um céu dentro dum beijo seu
É como se jorrasse mel dentro das suas palavras
É como se existisse um mundo só pra você e eu
É como se esse amor me desse asas
Pra viajar em paz
Pra viajar sem mais incertezas
Eu te conheci pelo cheiro
Pelo movimento do seu cabelo
Eu pude lembrar do seu toque
Enquanto alisava o meu corpo inteiro
Você era o meu sonho mais verdadeiro
É como se morasse um céu dentro dum beijo seu
É como se jorrasse mel dentro das suas palavras
É como se existisse um mundo só pra você e eu
É como se esse amor me desse asas
Pra viajar em paz
Pra viajar sem mais
É como se morasse um céu
Jorrasse mel dentro das suas palavras
É como se o mundo fosse só nós dois
E esse amor me desse asas
É como se morasse um céu dentro dum beijo seu
É como se jorrasse mel dentro das suas palavras
É como se existisse um mundo só pra você e eu
É como se esse amor me desse asas
Pra viajar em paz
Pra viajar sem mais incertezas.



Ele cantou o tempo inteiro com os olhos se dividindo entre o violão e eu. Me derramei em lágrimas e não consegui falar nada. 

- Eu te amo. - Eu disse muito chorosa e ele sorriu. O abracei forte. - Te amo muito. - Repeti, fungando, enquanto as lágrimas ainda descem. Lembrei de Bernardo. Ele deve estar feliz por saber que eu encontrei alguém tão especial, que estou vivendo um amor tão lindo. Luan é propósito em minha vida. Cada segunda que passa, tenho mais certeza disso.  






OIIIIIII! Sei que dessa vez, planejaram alguma maneira de me torturar por torturarem vocês esse tempo todo! Ahahahaha Me perdoeeem! Eu fico sem tempo, sem cabeça, as vezes a inspiração vai... aquelas coisas sabe?! Enfim, finalmente consegui finalizar esse capítulo! Era pra ter fotinha dos dois, mas eu simplesmente não encontrei a montagem que fiz, acho que por pura falta de atenção acabei apagando, não sei..  😪 Mas deixei a legenda como estava.  O que acharam dessa surpresa? Achei a música taaaao a cara deles! 😍 E aí, o que querem nos próximos? Me deem ideias tá, ajuda mtooo 🤭❤️
Comentários respondidos!!! ❤️❤️❤️
Bjs, Jéssica 

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

“ Pro mundo inteiro saber “ 64

Nós iniciamos o mergulho, devidamente equipados. Não é um mergulho profundo, é algo mais para diversão, de uma maneira mais amadora. Luan não se aproximou de mim depois da nossa conversa, permaneceu com seus amigos o tempo inteiro. Fizemos o mergulho, que obviamente nos rendeu risadas. Ao final, ficamos na beirinha e então, eu pude ver ele com os meninos. Me aproximei juntamente com as meninas.

- Cê tá muito afastado hein?! - Clarissa colocou as mãos na cintura e Marco riu. 

- Tô com os caras, minha linda. - E então abraçou ela.

- E você? Nem tá me dando bola. - Talita disse para Keven, que riu também. 

- Essas mulheres estão carentes hoje. - Eu sorri pra ele, enquanto ele puxa minha amiga para juntar o corpo dela ao seu. Olhei Luan, que passa as mãos pelos cabelos e me olha. Ele tá tão gostoso assim. Molhado, somente com uma bermuda, que está totalmente colada ao seu corpo. Fiquei sem jeito de falar algo, enquanto os dois casais se beijam. 

- Onde tá o Edgar? - perguntei a primeira coisa que veio à mente. Que pergunta idiota. 

- Tá com a Gabi logo ali. - E então apontou para mais longe, onde vimos os dois e também Gabriel aos beijos com Flávia Pavanelli. - Seu amigo tá se divertindo também. - Ele observou e eu me aproximei mais. 

- Tá vendo só? Não precisa a gente brigar por isso. Ele lá no maior beijão e você não quer nem saber de mim.

- Ah, para. Não é nada nem perto disso. - Ele segurou minha mão e então me puxou delicadamente. - Você me tira do sério, loira. - Ele suspirou. 

- Você também me irrita. - Revirei os olhos e ele sorriu.

- Nós vamos pegar um bronze na areia, vocês vem? - Keven chamou. 

- Não, nós vamos ficar. A água tá fresquinha. - Luan disse, passando os braços em volta da minha cintura. Pousei minhas mãos em seus braços, enquanto os casais se distanciam de nós. 

- Então cê tá bem comigo? - Perguntei. 

- Não faz isso. Fico me sentindo um monstro. - Ele franziu a testa. 

- Não trata sua neném assim. - Então fiz drama e ele riu. 

- Você só quer que eu dê um pé né?! 

- Pra que? 

- Pra fazer charme. - Eu ri e ele me abraçou. - Vem, vamos mais pro fundo. 

- Luan, não. - Mas ele continuou me levando, me rebati e ele riu, se divertindo. Não tive forças para impedi-lo. Ele me levou até mais fundo. A água batendo em seus ombros. Tentei me sair dele e quando isso aconteceu, eu afundei. Minha altura totalmente incompatível com a dele fez isso acontecer. Rapidamente ele me puxou para cima e eu voltei sem ar, mas com consciência o suficiente para lhe acertar um tapa. 

- Cê tá bem? - Perguntou preocupado. 

- Seu filho de uma mãe! 

- É, você tá bem. - Ele sorriu. - Se agarra em mim. - Então assim eu fiz. Passei as pernas em volta da sua cintura. Os braços em volta do seu pescoço. Nos olhamos, permanecendo em silêncio e ele ajeitou meus cabelos que com certeza estão completamente desalinhados. 

- Ê, neguinho. A gente tem tanto pra resolver. - Ele assentiu. 

- Mas deixa isso pra amanhã. - Franziu a testa.

- A gente não pode ficar adiando. 

- Não tô adiando. Não falei nem com minha família ainda. 

- Nem eu. 

- Depois disso acontecer, vou publicar uma foto nossa. 

- Pode ser assim?

- Pode. Mas antes preciso falar com meus pais.

- Eu também. Apesar de eles já saberem. - Riu de leve. 

- Eu sorri também, feito uma boba.

- Te amo. - Ele sorriu. 

- Te amo também. - E então, me beijou. Seus lábios nos meus é sempre uma magia explosiva e empolgante. É sempre assim, arrebatador. Nossas línguas em sincronia, suas mãos em minha bunda, apertando com vontade. Seus dedos se afundando em minha pele. Desceu seus beijos para meu pescoço, os lábios assertivos e delicados. Pressionando até o ponto certo e eu toda mole. Completamente entregue. Esse homem é meu fim. Nossas bocas desgrudaram, nossos olhares se encontraram e mais uma vez a certeza se fez presente: nós somos doidinhos um pro outro. 

- Você para, viu?! - Eu disse e ele riu. 

- Para você. Por mim eu já largo esse passeio todo e fico com você na cama o dia todo. 

- Você é um safado mesmo. - E então ele começou a ir mais fundo. - Luan, não. - Eu pedi. Ele riu se divertindo e continuou. - Não! - Eu gritei, fincando minhas unhas nos ombros dele. A água alcançou seu pescoço. 

- Prende a respiração. - Ele disse isso é então mergulhou com nós dois. Tentei me sair dele, mas não consegui. Voltamos a superfície e mal pude pensar direito, quando ele disse: - De novo. - E então nos mergulhou de novo, entrou água pelo meu nariz e então tentei me soltar dele de novo, foi quando voltamos novamente a superfície. 

- Não faça mais isso! - Eu disse, bem brava, tossindo um pouco. 

- É só brincadeira. 

- Brincadeira imbecil. Anda, quero sair daqui. - Eu disse ainda brava. 

- Não, bora ficar mais.

- Eu. Quero. Sair. Daqui. - Disse pausadamente, olhando em seus olhos e então ele me atendeu.

- Beleza, beleza. - Seguimos para fora, quando a água alcançou a cintura dele, eu me soltei. 

- Imbecil. - O xinguei antes de me afastar. 

- Como é, Lavínia? - Ouvi ele falar e então olhei pra trás, pronta para repetir minhas palavras, quando ele ameaçou correr atrás de mim. Não lhe dei chance e corri dentro da água, para longe dele. - Vem aqui, sua danada! Diz na minha cara! - Ele continuou vindo e eu subi em um dos barcos que iremos passear daqui a pouco. O sorriso já toma conta do meu rosto, esqueci rapidamente a raiva que ele me fez passar agora a pouco. 

- Você não me pega mais. - Eu disse, de cima do barco.

- Vai pensando que não. - Ele sorriu, se aproximando mais.

- Luan, se você me levar pro fundo de novo, eu vou ficar brava. Isso é sério. - Falei séria e então ele alcançou a borda do barco.

- Não vou te levar, só quero um pedido de desculpas. - O olhei debochadamente.

- Não. Você foi um imbecil mesmo. - Voltei a afirmar e ele apoiou os braços na borda do barco. 

- Cê tá muito malandra. - Encolheu os olhos e eu ri. - 
Vem cá pra eu dar um beijo nessa boca.

- Não. - Fiz charme e ele sorriu. 

- Vem, minha loirinha. - Eu sorri. 

- Malandro! - Ele riu. 

- Ou, já fiz um book de vocês aqui. - Talita gritou. 

- Mentira! - Eu ri. Luan me acompanhou. 

- Bora lá. - Me chamou e então eu o acompanhei. Nos juntamos aos nossos amigos e Talita começou a mostrar as fotos que ela tirou. - Parece que a gente já tem uma foto pra anunciar o relacionamento. - Luan brincou e eu o olhei incrédula. 

- Cê não tá doido de postar nenhuma dessas. - Ele riu.

- Ah, mas estão fofinhas. - Clarissa disse. E então, Lorena apareceu com João ao seu lado.

- Oi, casais. Já pedi pra Gabi colocar um funk pra tocar. - Lorena disse.

- Lorena e funk já são sinônimos. - Clarissa disse. 

- Me garanto também. - Douglas disse e começou a rebolar. Garantiu gargalhadas de todos. Deitei na areia e Luan fez o mesmo. Entrelaçou sua mão na minha e confesso: nada me importava além dele nesse momento. Olhei seus olhos e ele olhou os meus. Todos continuaram conversando, mas nos tornamos alheios a eles. 

- O que você acha dos meus fãs? - Ele perguntou do nada.

- Eles são bem alucinados por você. Eu acho bonito, é algo diferente. 

- Acha bonito até mesmo ao ponto de te xingar? 

- Não, a esse ponto não. - Eu ri de leve. - Mas eu não ligo, sou extremamente tranquila quanto a isso.

- Eu sei. Te amo por isso também. Mas Cê sabe que talvez isso se torne mais frequente e que talvez você ouça algo desagradável até mesmo pessoalmente. 

- Eu sei.

- Tenho medo de você desistir. - Ele disse baixinho.

- Não tem hipótese disso acontecer.

- Lidar com tudo que vem comigo não é fácil, Lavínia. Nossas rotinas são muito diferentes. Eu me preocupo muito. Não quero perder você.

- Que papo é esse, amor? Não vai perder. Ontem Cê me pediu em namoro, hoje já tá falando sobre isso. Tô achando que você quer desistir. - Eu brinquei ao perceber que o assunto deixa ele realmente tenso. Eu sei que enfrentaremos muita coisa, mas eu estou pronta pra encarar tudo. Acho que seu passado pesa nesses momentos, ele tem receio de que acabe reagindo ou pensando igual sua ex. Uma ex tóxica, que na verdade, não sabe o que perdeu. 

- Não, não quero. Tá doida? Você é a mulher da minha vida. - Ele disse olhando em meus olhos e eu senti muita profundidade em suas palavras. Meu coração derreteu todo. 

- Anw, que coisa mais linda. - Fiz voz de bebê e ele riu, o abracei e beijei todo seu rosto, enquanto ouço sua risada.

- Tá me enchendo de areia. - Reclamou em meio a risadas, mas eu não parei. - Lavínia! - Ele repreendeu, sem tirar o sorriso do rosto. 

- Bora para os barcos, gente. - Gabi chamou todos, Luan e eu ficamos namorando um pouco na areia, até que aos poucos todos foram entrando no barco. Fizemos o mesmo. Fiquei aliviada de ver Gabriel aos beijos com Flávia, Luan ficou totalmente relaxado e o sorriso o tempo inteiro em seu rosto. Acabei indo ficar um pouco com as meninas e deixei Luan com os meninos. Gabi e Lorena aos beijos com seus respectivos homens. Lorena com João, Gabi com Edgar. 

- Mamãe mandou mensagem. - Clarissa disse, me olhando. 

- Mesmo? - Fiz careta. 

- Sim. Ela quer saber de você e Luan.

- Mais tarde eu falo com ela. Quando a gente voltar pro hotel faço uma chamada com ela e outra com o papai.

- Já mandei as fotos pro grupo da gente. - Talita disse. - Luan disse que vai anunciar o namoro com uma dessas.

- Ele não tá doido. - repondo de imediato.

- Acho que conhecemos o suficiente pra saber que ele é capaz sim. - Clarissa disse. Talita riu e eu fiz careta. - 

- Marco disse que tá pensando em gravar umas músicas. Investir na carreira de cantor. - Clarissa mudou de assunto. 

- É mesmo? - me surpreendi. 

- Ele já tinha comentado com o Keven. - Talita disse. - 
- Eu apoio muito.

- Nossa, eu também. Ele canta muito bem, é talentoso. 
Já tem três fãs garantidas. - Eu disse e Clarissa riu.

- Eu sou a maior fã. - Ela se derreteu e nós zoamos ela.

- Apaixonadinha. - Eu disse.

- Já era, agora só falta o casamento. - Talita brincou. Nós rimos e então Gabi se aproximou, logo Lorena chegou e entramos em outros assuntos.

O passeio de barco foi leve, cheio de rodadas e uma paisagem encantadora. Não fiquei tanto com Luan, acabamos passando mais tempo com nossos amigos e é bom ver como nos comportamos em meio a todos.


Chegamos a praia e realmente é linda. Ficamos numa espécie de lounge, extremamente confortável e lindo. Luan sentou- se ao meu lado, no sofazinho branco. Passou o braço em volta dos meus ombros e me olhou. Beijou minha boca rapidamente. 

- Tá sendo incrível tá aqui com você e com pessoas que eu gosto tanto. - Ele disse, enquanto Clarissa e Talita decidem o que comer. Marco e Keven estão entretidos com celulares. 

- Tô vendo seus olhinhos brilhando. - Passei a mão por sua barba. 

- Parece sonho. - Ele sorriu e eu também. 

- O melhor é que é real. - Beijei sua bochecha e em seguida sua boca. 

- Eu vou querer caranguejo. - Clarissa disse. 

- Isso dá um trabalho pra comer. - Marco fez careta. - Eu não gosto. 

- Mas é uma delícia. - Voltamos nossa atenção para eles. 

- Beleza, eu vou pedir lagosta. - Marco disse. Peguei o cardápio que sobrou e eu demorei a decidir o que comer em meio a tantas gostosuras. Após decidirmos o que comer, Luan quis ir tomar um banho de mar. De mãos dadas nós fomos. As ondas furiosas, quase nos derrubando. 

- Calma! - Pedi ao ver Luan indo para mais fundo.

- A água tá batendo no seu joelho, Lavínia. - Ele alfinetou e no mesmo instante veio uma onda forte, eu gritei e me agarrei nele. Ele riu. - Você vai derrubar nós dois. 

- Eu quero sair. - Choraminguei. 

- Ah não, deixa de bobeira. Vem. Devagarinho. - Segurou minha mão e demos mais um passo, passando as pequenas ondas. Quando bateu em minha cintura, eu parei. 

- Tá bom aqui. - O olhei amedrontada e ele riu. Veio mais uma onda forte. Me agarrei nele novamente e senti meus olhos arderem. Caiu água dentro dos meus olhos. - Ai, meus olhos. - Falei piscando repetidamente e mais uma vez uma onda forte. Ouvi a risada dele. 

- Cuidado, amor. - Ele disse, passando a mão por meu rosto. Abri os olhos e vi seu sorriso. 

- Você se diverte judiando de mim né?! - Ele riu.

- Claro que não, meu amor. - Fez uma voz dengosa e então procurou minha boca. Nos beijamos em meio às ondas, mas durante no beijo elas não pareceram ter tanto efeito assim. Em seguida, ele beijou meu pescoço, meu ombro. Suas mãos em minha cintura e eu me senti mimada. Ele beijou com tanto cuidado, carinhosamente, delicadamente. - Eu amo você. Muito. - E eu sorri ao ouvir sua voz em meu ouvido. - Essa mulher me desgraçou. - Ele gritou e eu ri, lhe acertando um tapa no ombro. Senti água sendo jogada em nós e logo vi uma parte da galera já no mar, implicando conosco propositalmente. Nosso momento casal foi atrapalhado.

Não aguentei ficar muito tempo no mar. Luan continuou, querendo dar um mergulho e eu voltei para o lounge, só encontrei minhas irmãs e Lorena. 

- Cadê os meninos? - Perguntei. 

- Eles foram correr. - Talita disse e apontou. Vi Keven, João e Marco já bem distantes. 

- Decidiram ser fitness aqui? - Eu falei debochadamente e elas riram. 

- Na verdade o Marco foi arrastado. - Clarissa disse e nós rimos. 

- Ele recebeu uma pequena pressão. - Lorena falou. - E você? - Me olhou.

- Eu o que? Correr? Não mesmo! - Franzi a testa e elas riram novamente. 

- Não, eu tô falando dessa felicidade no olhar. - E então eu sorri. 

- Finalmente estamos juntos. Eu tô muito feliz. Ele foi lindo ontem, amiga. - Me derreti. 

- Depois cê vai contar tudo pra gente. - Apontou o dedo.

- Pode deixar. - Eu continuei sorrindo. E então, vi Luan se aproximando.

- E os caras? - Ele quis saber. 

- Estão se exercitando. - Clarissa respondeu. Ele fez careta em desaprovação e eu ri junto das meninas.

- Amor, quero trocar a bermuda. - Ele pediu pra mim.

- Mas a gente não trouxe outra, Luan. - Franzi a testa.

- Eu sei. Eu ia trazer, mas o Marco ficou me apressando. - Ele bufou. 

- Eu trouxe uma a mais pra ele. - Clarissa disse. 

- Marco trouxe o problema, Clarissa já vai lá resolver. Esse é o casal! - Talita brincou e nós rimos.

- Olha só. - Ela tirou e entregou para Luan.

- Vou procurar um banheiro agora. - Ele foi e então sumiu.

(...)

Contemplamos o lindo final de tarde, reunidos na enorme lancha que Gabi nos proporcionou. A tarde na praia foi tranquilo. Comemos, Luan e eu namoramos bastante e curtimos a presença de nossos amigos. Voltamos ao hotel, cada um para seus quartos. Foi quando parei para olhar meu celular. Logo de cara vi várias menções no insta, sobre Luan e eu. Vi também vários vídeos nossos, onde apreciamos no fundo, fotos amadoras, nada de beijo, mas tudo com muita intimidade. Vi a publicação do Keven, nós todos na lancha pouco antes de virmos embora:

 “ Turrrma ❤️ “ 

Curti e comentei. Na barra de notificações, vi mensagens e entre elas, de meus pais.

“ Você tá namorando? “ - Minha mãe escreveu.

“ Me explica essa história de namoro, Lavínia Bleasby. “ - Meu pai escreveu. Logo me deparei com chamadas perdidas dos dois. Decidi começar por minha mãe. Chamei em vídeo, logo ela atendeu. 

- Até que enfim! - Resmugou. 

- Oi, mãe! Estou bem e você? - Eu sorri e ela suspirou.

- Oi, filha. Minhas redes sociais estão uma loucura. Não imaginava que um namoro iria repercutir tanto.

- É, isso faz parte de namorar com Luan. Eu tô muito feliz, mãe.

- Eu tô vendo nós seus olhos.

- Ele fez uma surpresa linda. Nós estamos juntos. Não tive tempo de falar com vocês antes, por conta dos passeios que Gabi preparou. Me desculpa tá?

- Tudo bem, filha. Eu só fiquei um pouco surpresa com tanta repercussão. Mas você tá feliz, isso já deixa meu coração em paz. Já quero conhecê-lo.

- Pode deixar, vocês vão ter a oportunidade o quanto antes. - E então conversamos mais um pouco, recebi seus desejos de felicidade e então desligamos. Parti para meu pai. Liguei, liguei e ele demorou a atender. Apareceu sem camisa, com cabelos molhados.

- Oi, filha. Eu tava no banho.

- Atrapalhei seu banho. - Eu ri.

- Mas pode falar, não tem problema.

- Você viu né?! Eu tô namorando.

- É, com o tal cantor. Ele é bonitão. - Eu gargalhei. - E pelo jeito você tá feliz.

- Muito. Eu o amo, pai. Amo como nunca pensei que pudesse amar de novo. Talvez até mais. - Ele sorriu e eu vi a felicidade em seus olhos.

- Isso é o mais importante pra mim. Você merece muito ser feliz. Tudo é propósito de Deus, sabe?! Que seja um ótimo relacionamento. Mas olha, passa um recado pra ele: cuide bem da minha filha. Eu tô longe, mas tô de olho. - Ele falou em inglês, como sempre nos comunicamos.

- Pode deixar, capitão. - Bati continência.

- Quando vou conhecer ele? 

- Logo que pudermos ir, ou vocês vierem. Ele viaja muito, eu tenho a loja. É complicado, mas quero muito que se conheçam. - Ele assentiu. Me deu mais conselhos, me felicitou. E então, desliguei. Logo meu celular tocou. Luan.

- Lavínia?

- Oi, amor. - Eu sorri.

- Você não me respondeu. Quero saber se posso anunciar nós dois.

- Acabei de falar com meus pais, pode sim. Mas olha, me manda a foto primeiro.

- Cê vai gostar. - Ele riu.

- Não brinca, Luan! Eu vou ficar brava com você.

- Não fica bravinha não, cê vai casar comigo mesmo. - Ele disse convencido e eu ri.

- Seu idiota, convencido. - Riu despreocupado.

- E os seus pais? - mudou de assunto.

- Reagiram bem. Querem te conhecer.

- Eu também, o quanto antes.

- Vamos combinar. E os seus?

- Ah, caralho! Eles te amam né?! Ficaram felizes com a notícia. Minha mãe então... - Eu sorri.

- Eu também amo sua família.

- Me sinto em desvantagem. - Ele disse e eu ri.

- Não tá nada. Agora vai, posta essa foto e vai se arrumar. Não quero me atrasar muito.

- Beleza. Beijo. Hoje eu mudo minha bagagem pro seu quarto.

- Certo. Beijo. - E então desliguei, deitei na cama com a sensação de estar em um sonho.
Levantei, fui ao banheiro e tomei um banho relaxante. Quando voltei ao quarto, encontrei meu celular vibrando sem parar. Então logo soube: Luan anunciou. Segurei o celular com as mãos suando de ansiedade e rapidamente vi sua publicação, uma foto ridícula, eu vou matá-lo! Comecei a ler a legenda e deixei pra lá a ideia de matá-lo: 

“ Você me trás uma leveza sem igual. Era pra ser só um fica, mas aí eu me apaixonei e tô aqui, postando foto no feed, mostrando pro mundo que eu te amo, que estamos juntos, que estou imensamente feliz e realizado. @laviniableasby ❤️ “ 

Com os olhos marejados, eu comentei: “ Era pra ser só um fica e agora eu tô aqui toda emocionada com essa legenda! Te amo, nenémmm ❤️ “






OIIIIIIII!!! quanto tempoooo!!! Que saudade!!!!! PRIMEIRA FOTO DO CASAAAAL!!! quem esperou por isso pode comemorar! Houve declaração, postagem, carinho, conversa, amor, felicidade!!! Eu disse que agora teria mttttt love! 
Gostaram??? Sugestões do que querem por aqui?
E mais uma novidade pra quem não está no grupo: VOU FAZER OUTRA FANFICCCC!! Felizes???? Eu tô muito empolgada! Volto logo, logo! No próximo já é aniversário da Gabi. Alguém suspeita do que vai rolar?
Comentários respondidos!!!!
Bjs, Jéssica ❤️

sábado, 14 de novembro de 2020

“ Gabriel de novo “ 63

Acordei e vi Luan ainda dormindo. Contemplando seu rostinho, eu pude me certificar: não é um sonho. Ele se declarou, se abriu comigo, suas fragilidades e sentimentos. Transamos muito. Estamos namorando. É tudo verdade. Sorri pra ele, que está de bruços com a boca entreaberta. Levantei, me sentindo animada. Feliz por estar com ele, feliz pois hoje é o aniversário da Gabi e sei que ela preparou um dia cheio de passeios para os convidados. Entrei no banheiro, tomei um banho relaxante, me hidratei toda e depois voltei ao quarto ainda pelada. Vi Luan no décimo sono. É, eu cansei ele ontem. Sorri com meu pensamento e fui até minha bagagem. Peguei um biquíni e logo vesti. Procurei uma saída de praia e encontrei uma saia longa, transparente. Fiquei pronta e então decidi fazer um coque nos cabelos. Passei protetor no corpo, rosto e lábios. Voltei a olhar para Luan e encontrei ele ainda dormindo. 

- Luan. - Chamei, me aproximando. - Luan. - Chamei de novo e ele nem se moveu. Parei bem perto dele e chamei de novo. - Luan, acorda. - Então ele começou a despertar. - Acorda, dorminhoco. - Eu sorri e então ele finalmente abriu os olhos e me olhou fazendo uma careta, então logo seus olhos focaram e ele me olhou dos pés a cabeça. Fez sinal com o dedo, pra eu dar uma voltinha e eu ri, negando. Ele sorriu também e segurou a parte posterior da minha perna, me levando para mais perto. Seu rosto ficou na altura do meu sexo, então seus olhos se fixaram nela. Dei um tapinha em sua testa e ele riu, me olhando. 

- Bom dia, minha loira. Mas que biquíni hein?! Essa saia também tá linda. - Ele elogiou. - Gata demais. 

- Eu tento né?! - Falei convencida e ele riu, acertando um tapa em minha bunda. 

- Vem cá. - Me chamou para a cama, mas eu conheço esse olhar. 

- De jeito nenhum. A Gabi preparou um dia todo especial, começando pelo café da manhã. - Ele me olhou com uma carinha de neném, implorando silenciosamente. 

- Só um abraço. - Pediu. 

- Luan, levanta logo e vai tomar seu banho. 

- Cê é tão insensível. Hoje é a nossa primeira manhã como namorados e você nem ao menos me deu um beijinho, um abraço. - Fez drama e eu ri. 

- Ah, para. Isso não combina com você. - Ele riu. 

- Tem razão, é mais a sua cara. - Lhe acertei um tapa no ombro e ele abriu os braços pra mim, me convidando para um abraço. Eu sei que por baixo do lençol, ele tá pelado. Completamente. Mesmo ciente do perigo, eu me inclinei para abraçá-lo, como já esperava, ele me agarrou e me jogou na cama, ficando por cima de mim. Meu coque se desfez e eu bufei. Homem impossível! 

- Luan! - Eu briguei e ele riu. 

- Agora sim. - E então me cheirou, beijando meu pescoço. Arrepiei toda e logo meu corpo se entregou mais. Filho da mãe! - Cadê meu abraço, princesa? - Ele disse contra o meu pescoço, então lhe abracei e ele soltou um gemido satisfeito, ele então roçou seu pau semi ereto em mim. 

- Eu sabia. - Eu disse, sorrindo. Ele riu e então procurou minha boca. Por incrível que pareça, ele não tem mau hálito matinal. Correspondi, procurando seus cabelos e ele me beijou sem pressa, chupando minha língua lentamente, os olhinhos fechados. Ai, caramba, eu sou doida pra ele! Chupei seu lábio inferior e ele voltou a me beijar, se esfregando em mim. Pousei as mãos em seus ombros e tentei lhe afastar. Não podemos transar agora de jeito nenhum. Ele permaneceu me beijando, eu correspondendo. Lhe dei um tapinha nas costas e então ele finalmente se afastou minimamente e me olhou.

- O que foi? - Quis saber, ainda com os olhos em minha boca.

- Amor, não podemos. - Ele sorriu, olhando pra mim.
 
- Como é que é? - acabei sorrindo também. 

- Não podemos. - Eu repeti, sem a parte que eu sei que ele quer ouvir. 

- Repete, vai. - Olhou minha boca. 

- Nós não podemos, meu amor. - Ele sorriu. 

- Ô coisa linda! - E então me beijou de novo, ignorando o que falei sobre não podermos. Seu beijo foi ficando quente, ficando ainda mais gostoso e eu não pude mais parar. Uma voz bem lá no fundo dizendo que preciso ir, que não podemos perder tempo com isso, mas meu corpo inteirinho dizendo o contrário. Ele não perdeu tempo em descer beijos pelo meu pescoço e meu colo, quando percebi, a parte superior do meu biquíni já estava afastado para o lado, enquanto sua boca trabalhava em meus seios. Mordidas de leve em meus mamilos e então comecei a soltar meus gemidos.

Luan acabou vencendo. Transamos novamente e quando tudo acabou, eu o xinguei, enquanto ele ri despreocupadamente. 

- Vai logo tomar banho, vestir uma roupa. - Eu disse, enquanto ele veste sua cueca. 

- Cê tá me tratando como um garoto de programa. - Eu ri e lhe acertei um travesseiro. Já com meu biquíni no lugar, eu levantei também e fui até o banheiro me lavar. Enquanto fiz isso, ouvi ele gritar. - Tô indo, tô levando seu cartão da porta pra quando eu voltar. 

- Certo. - Gritei de volta e então tudo ficou em silêncio. Voltei a me arrumar, sem tirar a felicidade do rosto. Então, comecei a pensar em quando nossos pais souberem, a reação de todos. Incluindo os fãs dele e as pessoas que acompanham meu trabalho. Meus ex sogros. Os minutos se passaram e eu acabei me entretendo em meu celular, na tentativa de uma selfie de frente ao espelho.

Meu celular tocou. É Clarissa, continuei de frente para o espelho, para terminar os últimos retoques. 

- Oi, mana. - Coloquei no alto falante. 

- Cadê você? 

- Luan me atrasou um pouco. - Eu ri e ela gargalhou, entendendo tudo. 

- A gente já tá no café da manhã. Vocês vão seguir com a gente? 

- Claro. Eu já tô descendo. 

- Ele tá com você? 

- Não, ele foi no quarto dele. 

- Mana, o que foi aquilo ontem? Gabriel grudou no seu pescoço. - Seu tom de voz ficou baixo e eu imagino que ela esteja por perto de alguém. 

- Nem me fale, mana. Ele começou a falar sobre o Luan. Dizendo que ele não me merece, mas que ficava feliz pela minha felicidade. Porém, eu deveria estar ciente do que teria que enfrentar e que talvez não fosse um amor tão tranquilo quanto eu merecia. Disse que torcia pela felicidade de nós dois. E tantas outras coisas. Ele estava meio alterado. Muito coisa eu relevei.

- Luan ficou putasso! Cê não tá entendendo. 

- Eu vi. - Suspirei. - Mas a gente conseguiu se resolver. - Mana, eu vou desligar. Depois a gente conversa mais. Já tenho que ir encontrar vocês. 

- Tá, vem logo. - E então ela desligou. Saí do banheiro devidamente pronta, encontrei Luan sentado na cama, me olhando. Meu coração acelerou. Ele ouviu tudo. 

- Cê chegou faz tempo? - Perguntei. 

- Faz um tempinho. - Suspirei. Ah, merda! - Então, era esse o assunto ontem? - Ele perguntou. 

- Luan, não era só isso. - Suspirei. 

- Esse cara é um filho da puta. 

- Não precisa falar assim. - Estendi minha mão e ele não pegou. 

- Claro que precisa. Lavínia, esse cara tá testando o meu limite. 

- Luan, o que ele falou não me influencia em nada. Mas eu respeito a opinião dele, sei que quer o melhor pra mim. 

- Ele quer você. Isso sim. 

- Gabriel me viu sofrer por você, chorar por você. Ele só tá preocupado. Mas eu escolhi você. Nós sabemos do nosso sentimento e só nós. Te amo, neném. - Ele suspirou. 

- Eu estou comunicando a você que esse cara me incomoda. Agora você decide o que fazer sobre isso. - Ele levantou-se e segurou minha mão. Não quero deixar de falar com Gabriel. Ele me apoiou muito, me faz muito bem. Decidi não responder Luan. Segurei sua mão de volta, então seguimos para fora do quarto. Isso vai passar, Gabriel vai se acostumar e vai perceber que Luan é o amor da minha vida. Eles vão se acostumar um com o outro, vou me apegar a essa possibilidade. 

- Cê ficou pronto muito rápido. - Eu olhei ele, enquanto esperamos o elevador. 

- Marco chegou lá me apressando. - E então o elevador abriu. Entramos. 

- Mas tá cheiroso. - Sorri pra ele, na tentativa de deixar nosso clima melhor. Ele me olhou sem muita expressão. - Deixa eu dar um cheiro. - Então, lhe agarrei, passando as mãos em volta do seu pescoço. Fiquei na ponta dos pés e procurei a curvatura do seu pescoço. Inalei seu perfume e de novo, de novo. Ele pousou uma das mãos em minha bunda e eu beijei seu pescoço. 

- Meu respeito por você é o único motivo de eu ser educado com aquele filho da mãe. 

- Esquece o Gabriel, amor. - Olhei ele, que permaneceu com os olhos em mim, claramente insatisfeito. 

- Ele é quem tem que esquecer a gente. - E então o elevador abriu novamente e nós descemos no restaurante do hotel. Vimos uma mesa imensa com a grande maioria dos convidados ainda sentados. Claro, nossa chegada foi motivo de festa e brincadeiras. Insinuações também. Luan riu e isso me aliviou. Que ele esqueça o Gabriel. Seguimos de mãos dadas e então cumprimentamos todos com bom dia. 

- Cês demoraram pra caramba. - Talita reclamou. 

- Cês ainda nem terminaram de comer. - Respondi, já começando a me servir. Ouvi a voz de Gabriel, conversando animadamente com alguns dos convidados, já fora da mesa. Preferi continuar concentrada em meu café da manhã. Luan sentou-se ao meu lado e logo começou a conversar com Marco, Keven e Edgar. Nos demoramos pouco durante o café e já seguimos todos juntos para o primeiro passeio do dia. Nos dividimos em três vans, os meninos já pegaram Luan pelos ombros e o levaram lá para trás alegando que o fundão era dos homens. Então, sentei ao lado de Clarissa, enquanto Talita sentou-se com Lorena.

- Irmã, nossos pais já sabem? - Clarissa perguntou e eu neguei com a cabeça.

- Ele me pediu em namoro ontem, não tive tempo de pensar direito. Não conversamos sobre isso ainda. 

- É. Se embebedaram e depois transaram até a morte. - Eu ri dela. 

- Mais ou menos isso. - Nos olhamos segurando o sorriso. 

- Anda, conta logo tudo. 

- Cê sabe que eu gosto de conversar com você e com Talita com mesmo tempo. 

- Tô curiosa, barbie. Sem suspense. 

- Não é suspense. - Revirei os olhos. Então, lhe contei sobre os traumas do passado dele, enquanto todos fazem a festa dentro da van. Não pudemos dar continuidade em nossa conversa por muito tempo, fomos interrompidas pelos meninos que levantaram, alegando estranhar nosso silêncio. 

- Vem sentar comigo. - Luan chamou. 

- Não, porra. - Marco disse. - Lá atrás é só a machadara. - Luan me olhou suplicando e eu tive que rir. 

- Tadinho do meu bebê. - Eu disse, sorrindo pra ele. 

- Vamos, seu viado. - Então, Marco o levou de volta para o fundão. Quando comecei a contar sobre não ter dormido nada na noite anterior para Clarissa, nós chegamos ao primeiro destino. Descemos e eu fiquei esperando Luan aparecer. Gabriel desceu primeiro e então nossso olhares se cruzaram. Ele veio em minha direção. Merda.

- Cê num falou comigo hoje hein?! - Sorriu. 

- A gente tava numa correria, me desculpa. Tudo bem?

- Tudo sim. - E então ele tomou a iniciativa de me abraçar, foi quando eu vi Luan saindo da van. O olhar dele encontrou nós dois. Eu desfiz o abraço. - Te falei muita merda ontem? - Ele fez careta. 

- Não, Gabriel, que isso. 

- Eu bebi muito ontem. - Eu ri.

- Acho que todos nós exageramos um pouco. 

- Você já teve tempo de olhar a internet hoje? 

- Não. - Franzi a testa. 

- Você e Luan em todos os lugares. Vários vídeos de você e eu. Todos estão comentando sobre seu namoro. Em tudo que é vídeo que você aparece, eles postaram. Me marcando na maioria por saber que somos amigos. - Fiquei boquiaberta. 

- Isso é sério? 

- Sério! - Ele riu. Olhei Luan rapidamente novamente e vi ele conversando algo com Talita. 

- Caramba, eu não imaginava. 

- Tudo sobre ontem tá na internet. Na verdade, quase tudo. - Passei a mão em minha testa. Eu estava tão feliz curtindo o momento que nem ao menos lembrei de celular, de tudo que envolve namorar com Luan. Meus pais! Merda, eles já devem saber. Não deveria ser assim. 

- Amor. - Luan me chamou. 

- Vou resolver essas questões agora. - Sorri nervosa.

- Vai lá. - Então, me aproximei de Luan. 

- Você já olhou seu celular hoje? - Já cheguei perguntando. 

- Fiz isso tem uns dez minutos. Deixei em modo avião desde ontem. Queria um momento só com você, enfim. Você sabe. 

- E aí? - Eu quis saber, enquanto todos conversam animadamente ao nosso redor. Estamos na beira de uma espécie de lagoa, algo assim. 

- Arleyde me ligou algumas vezes, mandei mensagem pra ela. Ela quer saber sobre como eu vou querer me pronunciar sobre nós dois, essas coisas. 

- Entendi. - Franzi a testa. - E sua família? 

- Pelo jeito já ficaram sabendo. - Ele riu despreocupado. 

- Meus pais também, provavelmente. 

- Não esquenta com isso agora. Bora aproveitar aqui.
 
- Isso tá tão errado, meus pais deveriam saber por mim.

- Não esquenta, loirinha. - Passou a mão por minha bochecha, de forma delicada. Então, Gabi chamou atenção de todos. Nos voltamos a ela, que está com um homem ao seu lado. Parece muito um instrutor. 

- Gente, nós vamos mergulhar, depois vamos dar um passeio de barco. E em seguida, vamos almoçar, visitar uma praia linda! Vocês vão amar. Ele vai nos orientar sobre tudo por aqui. - E então, o homem começou a falar. Luan colocou sua mão em volta da minha cintura e cheirou meu pescoço. Ficando atrás de mim. Pousei minha mão na sua, enquanto recebi beijos alternados em meu pescoço e ombro. Prestamos atenção nas orientações do instrutor, em seguida, fomos colocar os equipamentos. 

- Você passou protetor? - Eu quis saber. 

- Não. - Ele fez careta pra mim. Revirei os olhos e então, peguei o protetor que carrego em minha bolsas. 

- Vem. - Deixei a bolsa na areia e ele ficou bem de frente pra mim. Não tem ninguém no ambiente. Completamente vazio e nosso. Fiquei na ponta dos pés para passar em seu rosto e então Talita apareceu ao nosso lado, já toda equipada, fazendo um coração com as mãos, enquanto há um falatório imenso dos convidados, empolgados com o passeio. 

- Que casal mais lindo! - Sorrimos pra ela. 

- Enfim, esse homem caiu na real que o amor da vida dele sou eu. - Eu disse convencida e Luan me olhou risonho. 

- Isso, se convence toda mesmo. - Ele disse e Talita riu. - Só falta teu amigo saber disso né?! - Ele alfinetou e estava demorando. 

- E... começou. - Neguei com a cabeça e Talita ainda rindo, se afastou. 

- O que ele queria com você? 

- Vai ficar regulando minha amizade com Gabriel agora? - Coloquei as mãos na cintura, quando vi ele devidamente protegido do sol. 

- Tô só perguntando. O cara falou um montão de coisas sobre mim, enquanto eu só faço uma pergunta e você vem com essa reação. 

- Luan, todos estavam bêbados. Todos. Ele me pediu desculpas por ontem, tá tudo certo. - Ele negou com a cabeça, desacreditando. 

- Não, Lavínia. Não tá tudo bem. - E então ele se afastou. Eu bufei, já irritada com tal situação.





E o início do namoro do nosso casal está conturbado... Gabriel sempre presente e incomodando Luan. Lavínia prefere pensar positivo, acreditar que os dois vão se entender. Mas é vocês? O que estão achando disso? 🤭

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sábado, 7 de novembro de 2020

“ Sexo íntimo “ 62

- Vamos subir. - Ela disse. E eu permaneci sem dizer nada. Ela levantou e estendeu a mão pra mim. Sentei e segurei sua mão. Levantei também e depois de nos despedimos de todos, seguimos para o elevador. Eu fui educado com o filho da puta. Estou surpreso com meu autocontrole. Entramos no elevador em silêncio e então, eu cruzei os braços, respirei fundo e pesado.
 
- Luan, achei que a ciumenta era eu. 

- Ele quer transar com você! O cara fica te olhando o tempo inteiro! Filho da puta! - Eu disse bem bravo e ela ficou calada. 

- Mas eu já disse que ele é só um amigo. 

- Foda-se. - Respondi de imediato. - Se fosse eu, você nem ao menos estaria falando comigo. 

- Eu tô ultrapassando algum limite? - E então o elevador abriu, parando no nosso andar. 

- Você acha que tá? - Eu olhei ela, já saindo. Ela veio logo atrás. 

- Eu não tô agindo na maldade com você. Ele é só meu amigo, caramba. - Segui em direção ao meu quarto e ela segurou meu braço. - Espera. - Parei e virei pra ela. - Essa não é a direção certa. Nós vamos pra lá. - Aponto em direção ao dela. 

- Eu tô muito bravo, cara. - Eu disse mais pra mim, do que pra ela. 

- Mas cê tá doido se acha que eu não vou sentar em você a noite toda, só porque tá com ciúmes do Gabriel. - Ela me olhou descaradamente, com um sorriso mal intencionado. - Vem. - Disse com uma voz dengosa e eu neguei com a cabeça, por saber que eu sou doido demais por ela. Só isso já me deixa mais calmo. Só isso. Puxou meu braço e então eu cedi.

Seguimos em silêncio, entramos em seu quarto e eu sentei em sua cama. Olhei ela, que ficou em pé entre minhas pernas. Suas mãos se emaranharam entre meus cabelos e segurou com carinho. Inclinou minha cabeça para trás e beijou meu nariz, em seguida minha boca. Eu não neguei o beijo, mas eu estou muito bravo ainda. Sua língua pediu passagem, fez os movimentos certos. A minha também já correspondeu e foi aquela explosão dentro de mim. Como em todas as vezes. Seu beijo envolvente, aproveitando cada movimento. Os lábios nos meus, a língua na minha. Permaneci com minhas mãos longe dela. Então, sem deixar de me beijar, ela montou em mim. Separou nossas bocas por um segundo, olhando em meus olhos e então me beijou de novo. Minhas mãos não se contiveram e então agarrei sua bunda carnuda. Apertei e ela rebolou em mim, lentamente. Meu pau correspondeu prontamente. Ela puxou meus cabelos e chupou minha língua. Lhe dei um tapa na bunda e em seguida outro. Ela sorriu em minha boca, rebolando mais. Essa loira é o meu fim. E que fim! De repente, minha cabeça ficou enevoada. Não conseguia lembrar de mais nada, além dela. Em cima de mim. A boca na minha. As mãos em mim. Corpo com corpo. Eu quis tanto isso! Tanto! Gemi em sua boca e pela primeira vez em toda minha vida, senti vontade de chorar em um momento como esse. Eu esperei tanto por alguém como ela. Não acredito que finalmente estou vivendo isso. Ela encerrou o beijo, mordendo meu lábio e em seguida me olhou. Deu uma reboladinha e olhou minhas reação, que foi correr meus olhos até aonde ela está rebolando. Isso me deu tesão. 

- O que você fez comigo, Lavínia? - Ela sorriu. 

- Você é o cara que eu amo. Você. Eu amo só você. - Reafirmou isso, sem tirar os olhos dos meus. Então, meus olhos lagrimejaram e eu me senti muito mulherzinha por estar tão sensível. Meu peito queima, queima por ela. Queima por emoção e felicidade. 

- Eu sei. 

- Então para. Meio mundo sabe que eu sou doida por você. - Ela riu de leve, me fazendo sorrir. - Até quem me vê numa fila de banco, sabe que eu sou doida por você. - Ela revirou os olhos, segurando o sorriso. Sem dizer nada, eu lhe beijei. Então, nosso beijo rapidamente nos esquentou. Eu que já estava excitado, fiquei mais. Ela começou a rebolar sem parar. Eu desci meus beijos para seu pescoço, chupei o lóbulo da sua orelha e senti ela relaxar ainda mais em cima de mim. Segurei seus cabelos e puxei, fazendo sua cabeça se inclinar para trás, deixando seu colo exposto pra mim. 

- Você é minha. - Eu disse, sussurrando. 

- Totalmente. - Ela disse de volta e eu voltei ao seu pescoço, chupei, mordi. Meu pau totalmente ereto. 

- Diz pra mim. - Procurei seus olhos. 

- Eu sou tua. - Isso foi como música aos meus ouvidos.

- Diz de novo. - Ela sorriu. 

- Eu sou tua, amor. - Eu sorri. 

- Caralho. - Eu disse, ainda sorrindo. Voltamos a nos beijar, os corpos quentes, tesão, mãos inquietas. Procurei sua boceta e acariciei. Ela gemeu em minha boca. Quase perdi a razão. Pude sentir ela molhada através da calcinha. Ela se sente como eu. O pouco entre nós, já é muito. Encerrei nosso beijo e afastei sei biquíni para o lado. Tive o privilégio de ver sua marquinha. Bem sútil, mas que mexeu completamente com minha cabeça. Na verdade, com meu pau. O seio eriçado, e eu chupei, puxando no final. Enquanto minha mão acaricia sua boceta sem pressa. Afastei o outro lado do biquíni e deixei os seios expostos pra mim. Empinadinhos, prontos para serem chupados. Eu não sei explicar o tesão que tenho neles! Minha boca começou a se perder, enquanto eu me encontro. Chupei. Chupei do jeitinho que ela gosta. Começou a soltar seus gemidos baixos e porra! Como eu senti falta disso! Dei uma mordididinha e olhei ela, que está com os olhos em mim, completamente embriagada de tesão. Começou a rebolar no movimento dos meus dedos, enquanto eu me afogo em seus seios. Chupei, beijei, mordi. E eu fiquei despreocupadamente com a boca neles, sem pensar no tempo, em nada. Finalmente tenho ela pra mim e vou aproveitar da melhor forma possível.

- Saudade disso. - Sussurrei, parando por um momento, olhando ela. 

- Saudade de você fazendo isso. - Ela sorriu pra mim. Gostosa! Lhe beijei ardentemente. Minha língua passeando, explorando, provocando. - Deixa eu te chupar. - Só de ouvir ela falando isso, meu pau pulsou.

- Assim que eu sentir a tua boca, eu vou gozar. - E então nossas risadas se misturaram. 

- Fala sério, amor! - Eu ainda não acostumei com ela me chamando assim. 

- Seríssimo. Tô muito tempo sem nada. E não é qualquer pessoa. É você. É a tua boca. - Ela mordeu os lábios, me empurrou para trás, fazendo eu dar de costas com a cama. Eu sorri, esperando. Ela se desfez do meu roupão, tirou seu biquíni e logo nós dois estávamos pelados. Meu pau pulsou novamente só de ver. Ela ajoelhou e eu me apoiei em meus cotovelos. Ela segurou a base e me olhou. Caralho! Meu coração acelerou tanto que eu pensei que estivesse no início de um infarto. 

- Isso aqui é meu. E não vai ser de mais ninguém. - Ela disse, começando a mover sua mão para cima e para baixo e eu mordi meu lábio. Ouvir ela falando assim, me deixa maluco. 

- Você me deixa maluco, caralho! - Ela sorriu. 

- Você vai saber o que é ficar maluco agora. - E então colocou sua boca na cabecinha e eu soltei um gemido estrangulado. Que sensação surreal! Ela me olhou, chupando, não consigo parar de soltar gemido baixinhos. Estou me segurando inteiro para não gozar. Meu corpo corresponde a ela de uma forma que nunca aconteceu antes. Ao mesmo tempo que é maravilhosamente bom, me deixa fodidamente irritado. Fui sendo acolhido em sua boca apertada e molhada. Me banhando com sua saliva, fazendo movimentos de sucção, então lambendo a pontinha e me olhando. Meus músculos se contraindo com frequência, meu corpo todo na beira do abismo. E ela lá. Me olhou, passando a língua em volta de mim e então massageou minhas bolas. Gemi de novo e fiquei totalmente sentado, segurei seus cabelos com força. 

- Com calma, loirinha. - Sussurrei, completamente embriagado. 

- Assim? - E então me engoliu todo, me fazendo bater em sua garganta e meu rosto se contorceu de prazer. Fiquei batendo em sua garganta repetidamente, em movimentos lentos e então eu olhei ela. Não tira os olhos de mim. Parece bêbada, fora de si. Eu gosto desse olhar. Ela engasgou e eu puxei seus cabelos para trás.
 
- Amor, eu vou gozar rápido assim. - Ela sorriu. 

- Me beija. - E assim eu fiz. Me inclinei todo para frente e lhe beijei com devoção. Eu realmente sou devoto dessa mulher. Venero com todas as minhas forças. Ela sabe o quanto me tem. Ela simplesmente sabe. Depois de me deixar sem ar, ela afastou seu rosto brevemente e então perguntou me olhando: - Você vai gozar na minha boca? - Apertei mais seus cabelos, sentindo uma onda de tesão a mais correr por meu corpo. Ela sorriu abertamente. 

- Você quer na boca? 

- Quero. - Ela sussurrou. 

- Então você vai ter na boca, loira. - Então, ela voltou ao meu pau. Sua boca atacou minhas bolas, ela ficou chupando e eu olhando tudo. Enquanto isso, sua mão me masturba lentamente. Eu quase cheguei ao limite e então ela parou. 

- Tem que ser na minha boca. - Logo depois de dizer isso, ela me engoliu com tudo e eu me segurei totalmente para não gozar. 

- Caralho! - Soltei e então ela começou a chupar com muita vontade. Foi quando meu corpo se tencionou todo, ela ficou me olhando. Ela sabe que vai ser agora. Soltei um gemido longo, enquanto jorro meu líquido na boca dela, que recebe com todo prazer. Continuou chupando até a última gota e então eu caí para trás, jogado na cama. - Eu te amo. Te amo e amo muito. - Ouvi a risadinha dela e logo vi seu rosto na altura do meu. 

- Você é a coisa mais gostosa do mundo gozando. - Seu corpo nu se juntou ao meu, enquanto sua boca beija meu pescoço, lentamente, carinhosamente. 

- Vem cá. - Eu disse e então eu lhe beijei. Um beijo apaixonado, assim como eu. Grato. Satisfeito. Mas sei que ainda não acabamos, não estamos nem perto disso. Nos olhamos após o beijo, seus cabelos caindo como uma cortina. Loiros e longos. Os olhos verdes com as pupilas dilatadas, os deixando mais incríveis. As bochechas coradas, a boca carnuda. Que chupa pra caralho! Sorri com meu pensamento.

- O que cê tá pensando? - Ela me olhou curiosa. 

- No tanto que você é linda e gostosa. - Ela riu. É tão linda, porra! Me abraçou e começou a mexer os quadris nos meus, bem lentamente, quase nada. Meus braços passearam por suas curvas, passando pelas suas costas, cintura e por fim, sua bunda. Ela tá aqui, todinha pra mim. 

- Você acabou cedo com a minha diversão. - Eu ri e ela mordeu meu pescoço. Apertei sua bunda, lhe dando um tapinha e então disse: 

- Te falei das minhas condições. Cê tem que agradecer por eu não ter gozado quando você tirou a roupa. - E então ela gargalhou. A melhor música para meus ouvidos. Lavínia faz eu me sentir leve, bem. Muito bem. Nunca, nenhuma outra mulher me fez ficar tão a vontade para falar de uma ejaculação precoce, mas com ela não. Com ela, eu consigo falar e até brincar sobre isso. É uma intimidade que talvez eu nunca tenha alcançado antes com uma parceira.

Ela me olhou fazendo beicinho e eu sorri. - A nossa noite só acabou de começar, loirinha. 

- É mesmo? - Olhou minha boca e eu assenti, olhando a dela. - Adoro essas promessas, melhor ainda é quando são realizadas. - Eu sorri.

- Vou realizar agora. - Segurei sua cintura e lhe joguei na cama. Ela riu e então eu fiquei por cima do seu corpo, entre suas pernas. Lhe beijei e movimentei meus quadris nela. Meu pau já começou a se animar ao se deparar com a umidade e temperatura dela. Ela também erguendo os quadris pra que tenhamos mais contato. Ficamos nessa provocação. Provoquei com minha língua também, imitando os movimentos que faço em sua boceta e ela gemeu em minha boca. Desci meus beijos para seu pescoço, seu colo. Beijei cada um de seus seios e continuei sem pressa. Passei por sua barriga e beijei, até que me deparei com o meu objetivo. Totalmente encharcada pra mim! Olhei Lavínia, que me olha com expectativa. Mexeu os quadris, direcionando para minha boca e eu sorri com a pressa dela. 

- Você adora provocar, Luan. - Ela sussurrou, com um tom de crítica. 

- Sem pressa, meu amor. - Ela então se jogou na cama e segurou os lençóis. Passei o dedo por toda sua extensão e ela estremeceu. Lhe beijei e ela arqueou as costas. Então, comecei pra valer. Minha língua tocou seu clítoris e então comecei com movimentos lentos e sem muita pressão. Ela gemeu baixinho e eu quase perdi minha razão. Os gemidos dela são o que tem de mais instigante no mundo inteiro. Um gemidinho manhoso, baixinho, como quem diz: é só pra você. Meu pau já está pronto novamente. Não sei se por tanto tempo sem nada, ou se é pelo fato de ser ela. A mulher que eu mais desejo nessa vida. Chupei seu clítoris e aí ela gemeu mais alto, chamando meu nome. Não tem algo que deixei meu ego tão no topo como isso. Ela me enaltecendo nessas horas... nada se compara. Voltei a pincelar com minha língua, desta vez dando mais pressão. Intercalando com chupadas. E então, coloquei meus dedos em ação. Meti dois nela, fazendo ela se contorcer toda de prazer. Os dedos entraram, deslizando de tão estimulada que ela tá. Prendi seu clítoris nos dentes e ela tremeu. É, se entrega pra mim. 

- Luan, porra! - Ela xingou e então voltei a chupar. Suas pernas tremeram de novo, meus dedos se movimentando. Vi os olhos dela revirando. Quase lá. 

- Boceta boa, loira. - Ela gemeu. - Essa boceta é minha.

- Tua! - Ela disse em meio a um gemido. 

- De quem é essa buceta? - Eu perguntei, movimentando meus dedos. 

- Tua. 

- Diz de novo. - Pedi, voltando minha boca nela. 

- Tua, amor. - Chupei incansavelmente, enquanto meto os dedos nela. Isso fez seu corpo tremer, suas pernas falharam e ela puxou os lençóis da cama. Gemeu meu nome como quem está delirando. Eu me deliciei com a sensação que isso causou em mim. Meu pau pulsando por ela. Tirei meus dedos e deixei ela se acalmar do seu orgasmo. Beijei carinhosamente aos arredores da sua boceta e então logo meu rosto ficou na altura do seu. Vi ela de olhos fechados, respiração ofegante e então pousei minha cabeça para sentir seu coração. Ela acariciou meus cabelos, enquanto o ouço seus batimentos acelerados. Por mim, para mim. Olhei ela novamente e agora seus olhos estão em mim. Aquele olha doce e satisfeito. Sorriu e seus olhos se apertaram, acabei sorrindo também.

- Saudade de te ver assim. 

- Saudade de ficar assim. - Ela respondeu. Pressionei meu pau nela. - Tá esperando o que? Eu tô pronta pra você. - Olhou minha boca e em seguida me beijou ardentemente. Correspondi a altura, enquanto sua língua atrevida me provoca. Com minha mão livre, posicionei meu pau em sua entrada, enquanto molhada, receptiva. Coloquei a cabecinha e ela finalizou nosso beijo, parando para olhar em meus olhos. - Vem. - Ela sussurrou e assim eu fiz. Cada centímetro meu que entrava, eu tremia. Meu corpo todo em total entrega, ela gemeu e eu gemi junto. Meu pau adoraria passar a vida aqui dentro. Encostei minha testa na dela e enfiei tudo. Ela arqueou as costas e eu Franzi minha testa com tesão. 

- Porra. - Soltei o palavrão, ao sentir meu pau totalmente acolhido em sua boceta quentinha, apertada e molhada.

- Como é gostoso. Me fode. - Ela sussurrou com os olhos em mim e isso fez minha cabeça dar várias voltas. Ela é o meu fim. Não importa o quanto já disse isso, não me canso de repetir. Comecei com meus movimentos devagarinho, sentindo o quase sair e entrar tudo de novo. Ela me apertando, contraindo sua boceta, me deixando zonzo. Diante da sua provocação, eu aumentei a velocidade dos meus movimentos.

- Gostosa. - Eu disse, com a boca colada na sua, enquanto meto ritmicamente. Suas unhas acharam minhas costas e ela começou a arranhar, me fincando. Não me importei. Quero meter muito nela, deixar ela maluca. Me perder junto. Ela não demorou muito a querer sentar. Então rapidamente trocamos de posição e ela montou em mim. Ao me receber, gemeu longamente, jogando a cabeça pra trás, fazendo um movimento incrível com seus cabelos. Seu colo brilhando, com o suor já se fazendo presente. Ela começou a rebolar e eu olhei bem para o nosso encaixe. Segurei seu quadril, mas ela comandou tudo. Começou a contrair sua boceta novamente e eu enterrei meus dedos em suas curvas. Ela sorriu pra mim. Se inclinou para frente e com o rosto colado no meu, ela disse: 

- Você fica doidinho não é?! - Mordeu meu lábio e eu puxei seus cabelos. A voz dela nessas horas é algo fora do comum. Não deixa de ser doce, fica mansa, baixinha. Com seus cabelos em minha mãos, tomei o controle da situação e meti forte, rápido. Realmente rápido. O barulho das minhas pernas em sua bunda, se misturaram com os gemidos dela. Gemido dengoso, de safada. Gemido mais alto, os olhos enevoados. Eu adoro vê-la assim. O corpo perfeitamente esculpido. Eu dentro dela. Fodendo duro e com vontade. Isso nos levou por longos minutos. Não faço ideia de quanto tempo transamos, só lembro de cair exausto com ela na cama. Ela agarrada em mim, sussurrando em meu ouvido o quando me ama, o quando minha foda é maravilhosa.







Oiiiiii! Demorei, mas cheguei. Meninas, desculpem a ausência. Meu psicológico não anda nos melhores dias, mas tudo vai ficar bem logo. Cheguei com o hot que vocês tanto queriam, espero que tenham gostado. Me falem muito, plis! Vou responder os comentários e os deste juntos tá? Sobre as meninas que estavam me pedindo indicações de fanfic, vou deixar aberto nos comentários pra vocês irem indicando umas as outras. 
Bjssss, Jéssica ❤️

sábado, 24 de outubro de 2020

“ Amizade muito grudada “ 61

Nós namoramos bastante e quando o clima esquentava, a gente dava um tempo e começava a conversar. Descemos. Deitamos na parte de baixo e não ficamos por muito tempo, pois cada beijo era como faísca entre nós. Ela me puxou pra ir embora e então nós fomos, logo depois de eu agradecer ao gerente do lugar, prometendo voltar o quanto antes.

Chegamos ao hotel e encontramos todos na área da piscina. Bebendo muito, música rolando e todos dançando, animados. O aniversário de Gabi é amanhã, mas as comemorações não param. 

- Chegaram, gente! - Gabi gritou, cutucando quem estava perto e então Quirino deu força ao grito dela:

- Os dois safados! 

- É namoro ou não é? - Marco quis saber e vimos vários olhares sobre nós. Olhei Lavínia que tem um sorriso imenso. 

- Diz. - Eu falei. 

- Eu tô sem graça. - Ela disse somente para eu ouvir, me abraçando de lado. 

- Fala logo, porra! - Keven gritou e entre os olhares encontrei o de Gabriel. Percebo ele um pouco tenso, esperando, provando da sua bebida.

- É namoro sim! - afirmei com entusiasmo e então eles gritaram, bateram palmas. Menos Gabriel. Esse, apenas bebeu um pouco mais e se virou para colocar mais bebida em seu copo. Isso, filho da puta. Se contenta com tua bêbida. Essa loira é minha. 

- Bora beber pra comemorar! - Clarissa disse, levantando um litro de vodka. Todos comemoraram mais uma vez e então Lavínia se afastou de mim, indo de encontro a suas amigas. Os meninos logo me rodearam, Edgar trazendo um copo cheio com sei lá o que. Mas peguei. Logo que bebi, reconheci. Whisky. E assim fiquei por um longo tempo. Bebendo e conversando com meus amigos. Procurei Lavínia com o olhar algumas vezes e vi ela dançando funk em todas. Rindo com as meninas. Eu já estou bem alegrinho, acho que por misturar vinho com whisky. Já tô começando a perceber que não é uma boa combinação.

Procurei Lavínia com o olhar mais uma vez e desta vez vi ela com o mala. É, seu amigo: Gabriel pé no saco. Eles parecem estar conversando algo sério. Não há nada de sorriso nos rosto, nada descontraído. E então já comecei a deduzir o assunto. Nosso namoro. Se aquele filho da puta estiver me detonando pra minha namorada, eu finalmente vou mandar tudo a merda e enche-lo de porrada. Odeio ter que chegar a isso. Na verdade, não sou disso. Muito pelo contrário, mas esse cara me tira do sério. Facilmente! 

- Luan, tira uma foto nossa. - Lorena apareceu, me puxando pelo braço. Fui até ela que está com João, Gabi, Edgar, Keven, Talita, Marco e Clarissa. Eu estava com alguns amigos da internet. 

- Só os casais hein?! - Eu disse sorrindo. 

- Cadê a tua mulher, caralho? - Marco perguntou e eu acenei com a cabeça, indicando atrás dele. Ele me olhou e fez careta ao ver ela com Gabriel. 

- Anda, vamos. - Clarissa apressou, ao perceber minha reação. Eles todos se posicionaram e eu bati a foto. Bati algumas e então não conseguia parar de olhar os dois mais atrás, sem conseguir ouvir nada que falam por causa do som. Permaneci bebendo e logo a rodinha de casais percebeu meu incômodo. Comecei a beber um copo atrás do outro. Os minutos se passando e eles lá. Agora ela tá rindo feito boba e ele também. Abraçou ela e eu soltei um puta que pariu. Desviei meu olhar, evitando um acúmulo de raiva.

Cerca de trinta minutos depois, eu me vi bem bêbado. Misturei tudo e nem lembro do que já bebi. Lavínia continua lá. E já sob o efeito do álcool, eu falei: 

- Ela vai ficar a festa toda com esse mala? - Clarissa me ouviu e olhou para trás. 

- Relaxa. Ela já vem. - Passou a mão por meu braço. 

- Já faz meia hora, pô. - Continuei reclamando.

- Vem, vem. Abre a boquinha. - Marco veio com um litro de algo que não sei, querendo colocar em minha boca. Abri e ele jogou o máximo que eu aguentei. Quando engasguei, ele se afastou rindo. 

- Filho da puta! - Eu disse após engolir, também sorrindo.

- Marco, por favor. Da uma maneirada. - Clarissa pediu.

- Amor, hoje eu quero beber e ver todos mundo bêbado. - Bora beber, galera! - Gritou a última frase, levantando o litro, a rodinha gritou e eu olhei Lavínia mais uma vez. Finalmente ela parece ter sentido minha falta. Me olhou e soltou beijo, não retribui, enchendo meu copo mais uma vez. 

- Irmã, estão querendo embebedar teu homem. - Talita gritou para que ela ouvisse. Nos olhamos mais uma vez e então ela veio, deixando o mala de lado, que por sua vez pegou o celular. 

- Que negócio é esse? - Ela brincou, me olhou novamente. Desta vez me avaliando. 

- Ele já tá bêbado, eu só tô na mesma vibe. - Marco foi logo se justificando e eu fiquei olhando ela de uma forma imparcial. 

- Cê tá bêbado mesmo? - Bufei. - Quantos dedos tem aqui? - Me mostrou três dedos. 

- Dá um tempo, Lavínia. 

- Que foi hein?! - Ela passou os braços em volta da minha cintura. Neguei com a cabeça, sem acreditar que eu ainda preciso dizer do que se trata. Bebi um pouco mais. - Ou, larga esse copo. - Ela o pegou da minha mão e colocou na mesa. Todos já estão envolvidos em outra conversa completamente animada. 

- O que cê quer? - Lhe olhei bêbado. 

- Como você ficou bêbado tão rápido assim? - Ela franziu a testa. 

- Isso importa? - Lhe olhei com meus olhos bêbados. 

- A gente só tava conversando, Luan. - Ela já começou a se justificar. 

- Ah, então você também reconhece que me deixou de lado pra ficar de papinho com esse cara? - Ergui as sobrancelhas. 

- Não deixei ninguém de lado. Você tava com os meninos. 

- E se fosse eu? - Ela ficou calada, me olhando. - Hein? - Insisti. 

- Amor, para. - E então, pela primeira vez, ela me chamou de amor. Mas eu tive que ser forte para não deixar isso me amolecer. Passou os braços em volta do meu pescoço e ficou na ponta dos pés. - Não quero nada com Gabriel. 

- Disso eu sei, Lavínia. Ele é quem quer com você. - Olhei ela. 

- Vem cá. - Pediu pra eu me inclinar um pouco pra que ela possa me beijar. 

- Não. - Franzi a testa, ainda me sentindo bravo. Eu sei que se fosse ela no meu lugar, também não iria gostar.

- Para de ciúme bobo. - Pediu calmamente. 

- Ciúme bobo? Ele é doido pra transar com minha mulher. Vai se foder. - Falei, me referindo a ele. Olhando ele que continua no mesmo lugar, conversando com duas mulheres. 

- Para de beber, você já tá perdendo a noção das coisas.

- Não, eu tenho total noção das coisas. - Lhe olhei firme e ela suspirou. Se virou, mas ficou colada em mim. Logo puxaram conversa com ela, mas quando eu tentei pegar o copo, ela segurou meu pulso e se virou pra mim. 

- Por favor, dá uma segurada. 

- Isso mesmo, coloca moral nesse boi! - Edgar gritou. 

- Tá me regulando? - Perguntei. 

- Amanhã é o aniversário da Gabi, Luan. Você não vai ter nem a opção de passar o dia mal. Deixa pra amanhã, tudo bem? - Lhe olhei, avaliando. 

- Beleza, beleza. - Percebi que ela tem razão e talvez eu já esteja passando do ponto na bêbida. 

- Deixa eu falar uma coisinha no seu ouvido. - Ela pediu. Já não me importo com os outros em volta. Só ela. 

- Pode falar, uai. - Franzi a testa. 

- Não, abaixa aqui. - Ela passou a mão em volta do meu pescoço e ficou na ponta dos pés, ainda assim, não alcançou meu ouvido. Me inclinei diante da sua insistência. - Eu amo você. - Ela disse pausadamente. Arrepiei todo e então nos olhamos. - Muito. - Segurei o sorriso. 

-Tô bravo com você. 

- Eu sei. Você quer subir? Tomar um banho pra se sentir melhor? 

- Não, pô. Se é pra tomar banho a gente toma aqui. Cê põe um biquíni, fica tudo certo. 

- Tá, mas aqui vai fazer frio. 

- Vai nada. Bora subir? 

- Vamos chamar a galera. - Ela deu a ideia e assim fez. Como a galera que são, eles concordaram. Logo ela e eu subimos e deixando o restante lá, induzindo todos a entrarem na piscina no meio da madrugada.

Chegamos em frente ao meu quarto e então eu parei olhando ela. 

- Vem comigo? - Perguntei. 

- Não, meu biquíni tá no meu quarto. - Me olhou sorrindo. Ela sabe o que eu quero. 

- Pega lá, eu te espero. 

- Luan... nós vamos só trocar de roupa e voltar pra lá. Então nem vem, por que eu te conheço. - Se aproximou. - Já não tá mais bravo? 

- Tô sim. Só perguntei. - Dei de ombros, totalmente sem argumentos. Ela riu. 

- Você é meu neném. - Fez voz de bebê e eu revirei os olhos, sem segurar o sorriso. Que saudade eu estava de ouvir ela falando assim comigo! Sua risada tomou conta do corredor de novo. - Anda, vai logo. - Ela disse após se recuperar da risada. Deu as costas, mas antes lhe puxei pelo braço, lhe prensando na parede com meu corpo. Beijei sua boca, beijei muito. Com vontade, mão boba, língua com língua. Beijo longo, quente, cheio de paixão. Deixe ela ofegando na minha boca. 

- Tem certeza que não vai entrar? 

- Você não joga limpo. - Me olhou. Seus olhos cheios de tesão. Eu conheço. 

- Não jogo. - Sorri em seus lábios e ela fechou os olhos. Chupei seu lábio. Chupei de novo e mordi, puxando. Procurei seu pescoço e então lhe beijei levemente, vendo ela se arrepiar. 

- Não faz isso, Luan. - Ela disse totalmente entregue, acariciando meus ombros, descendo para os braços. Passei minha língua em seu pescoço e chupei em seguida. Beijei de novo, de novo e então procurei sua boca novamente. Foi receptiva e sua língua já me recebeu com fome. Comecei a ficar excitado, o cheiro dela me consumindo. O corpo no meu. A boca na minha. Meu corpo quase gritou em êxtase. Minha maior embriaguez não é o álcool, mas ela. Sim, ela. Procurei seus cabelos e segurei com firmeza. Puxei e ela chupou minha língua, lambendo meus lábios em seguida. Iniciando um outro beijo. Puxei mais seu cabelo e ela gemeu. Meu pau ficou mais duro e porra, eu tô perdido. Ouvi um celular tocando, então ela encerrou o beijo e eu suspirei frustrado. A boquinha inchada e vermelha. Procurei seu celular na bolsinha que está carregando, enquanto eu continuo perto, com as mãos na cintura dela. 

- Oi. - atendeu e me olhou. Pude ver no visor. É sua irmã. Ela ouviu algo, sem tirar os olhos de mim. - Tá, eu posso levar. - Ouviu novamente. - Agora? - Olhou meu pescoço e ouviu de novo. - Tá. Tô indo. - Clarissa disse algo que fez ela rir. - Você não sabe de nada, ridícula. Tchau. - E então desligou. Me olhou e suspirou. - Clarissa. Ela tá vindo pegar um biquíni que eu comprei, mas não usei. Vou emprestar. 

- Sério? - Fiz careta. 

- É. Mas você vai trocar sua roupa. Vou trazer um remédio pra amanhar não ter vestígios de ressaca. 

- Tá. - Ela se afastou e eu lhe dei espaço. Deu as costas e eu lhe dei um tapa na bunda. Ela sorriu pra mim e continuou indo. Deus, eu me perco nela.

(...)


Descemos, fomos para a área da piscina, antes Lavínia me deu remédio para minha ressaca. Segundo ela, isso iria auxiliar para que eu acordasse bem. Assim que chegamos, já encontrei gente na piscina. Algumas das meninas somente de lingerie e os meninos somente de cueca. 

- A galera é doida mesmo. - Sorri para Lavínia, com minha mão entrelaçada na dela. Ela trouxe meu roupão, para o caso de sentir frio. Ela o deixou na cadeira e então, nós entramos. Mergulhei e ela fez o mesmo. 

- Você vai se sentir melhor depois disso. - Ela disse, se encostando na borda enquanto todos fazem festa a nossa volta. 

- Eu já me sinto um pouco melhor. - Ela me olhou desconfiada e eu ri. - Mas que biquíni maravilhoso, hein?! - Comentei, olhando o quanto ele é minúsculo. Sua cor é um bronze meio cintilante. 

- Quer tirar? - Ela provocou. 

- Oh, você não brinca! - Ela riu e me abraçou. - As vezes parece que tô sonhando. - Olhei pra ela feito bobo, com as mãos em volta da sua cintura. 

- Tá falando do que? 

- De nós, aqui. Não acredito que finalmente estamos juntos. 

- É, neguinho. Mas ainda tem muito o que enfrentar, você sabe.

- O mais difícil eu já enfrentei. Meus traumas. Nada mais vai me parar, impedir de eu viver o que tenho pra viver com você. 

- Será que é porque você tá bêbado? Mas tá muito fofinho! - Ela sorriu alegre, se agitando na água. Isso me fez rir. Eu me sinto bem de uma forma única quando estou com ela. Nada se comparada. Ela pulou e passou as pernas em volta dos meus quadris. Agarrei sua bunda. 

- Você não vai dormir hoje. - Ela gargalhou. 

- Eu não quero dormir. - E então selou nossos lábios. Apertei sua bunda e ela se remexeu em mim. Safada!

(...)

Ficamos entre brincadeiras, provocações e conversas. Senti o efeito do álcool ir passando. Decidi deixar a piscina e deitei nas cadeiras de descanso. Me enrolei com o meu roupão que ela trouxe e então observei. Comecei a sentir meu olhos pesando, quando menos percebi adormeci.


Minutos depois...


Acordei e logo o barulho do som encheu meus ouvidos. Ouvi vozes e risadas. Procurei de onde vem a movimentação e achei. Vi Lavínia de boné, óculos Juliette, somente de biquíni. Ao seu lado, Gabriel. Somente de sunga, também com um óculos Juliette e um cordão de ouro, grosso, em seu pescoço. Enquanto uma mulher grava os dois, eles dançam de forma diferente. Num estilo maloqueiro, enquanto toca funk. Cerca de mais dez pessoas ocupam o local. Estão todos rindo. Fiquei observando a palhaçada e não pude evitar de sentir ciúmes. Foi então que o vídeo acabou e ela olhou em minha direção ainda sorrindo. 

- Meu neném acordou. - Ela disse alto, e veio toda saltitando em minha direção. Tirou os óculos, os colocando pra cima, deixando em seus cabelos e montou em mim. Lhe recebi sorrindo de lado. - Cê tá com frio? - Ela acariciou minha barba. Neguei com a cabeça. 

- Eu quero subir. Vou pro quarto. - Ela franziu a testa. 

- O que foi? - Neguei com a cabeça, lhe dando um sorriso irônico. 

- Nada, Lavínia. - Fiquei olhando ela. 

- Ele é só meu amigo. - Bufei. E lá vamos nós mais uma vez.







OOIIIIIII!! Quem tava com saudade já vai deixando um comentario. Aquelasssss! Hahahahahaha Meninas, semana passada eu exagerei no fds e não tive condições de vir postar 🤣 Mas já cheguei no sábado com esse capitulozãoooo! Pra quem queria Luan com ciúmes, tome! Gabriel tá mesmo muito chegado ou Luan tá com ciúmes exagerado? Eu tenho minha opinião super formada, mas quero saber a de vocês. Gostaram do capítulo??? Não teve o hot AINDA. 
Comentários respondidosss
Bjs, Jéssica 🤍

domingo, 11 de outubro de 2020

“ Pedido de namoro “ 60

Fiquei deitado na cama, recebendo inúmeras mensagens para me juntar a galera hoje a noite. Gabi planejou toda uma programação. Eu apenas disse que tinha outros planos. Entrei em contato com o restaurante pessoalmente e pedi para segurarem minha reserva por mais uma hora. Em meio a responder mensagens, eu não vi o tempo passar. Meu coração quase parou quando eu li:

“ Tô pronta “

Senti um frio na barriga, uma tremedeira, parece até que estou indo dar o primeiro beijo. Na verdade, a sensação que estou é bem mais aterrorizante. A possibilidade do não vindo dela, me destrói. Assim como, a possibilidade do sim me reconstrói. E com a última possibilidade na cabeca, eu levantei. Lhe respondi:

“ Tô passando aí “

E assim fiz. Segui até seu quarto e encontrei ela linda. Sem maquiagem na pele, apenas um batom. O que fez seu rosto corado aparecer mais. Linda pra caramba. 

- Podemos ir? - Eu disse, tentando parecer tranquilo.

- Sim, podemos. - E então ela fechou a porta. Estendi minha mão e ela olhou por um momento antes de finalmente pegar minha mão. Me senti um pouco mais confiante. - A gente vai de que? - Ela perguntou e eu olhei seu vestido longo, com uma fenda na perna. Tem uma estampa linda, combina totalmente com o clima que estamos. 

- De carro.

- É tão longe assim? - Ela franziu a testa. 

- Não, mas a pé não dá pra ir. - Eu disse, mas na verdade não faço ideia do quão longe é. Vou totalmente guiado pelo GPS.

Seguimos até o estacionamento do hotel que está completamente vazio. Gabi disse que iria levar todos para um restaurante na beira do mar. Espero que não seja o mesmo que nós vamos. 

- Você alugou esse? - Ela quis saber, já entrando no carro.

- Sim. - E então entrei também. Eu estou nervoso. Muito nervoso. Ao entrar eu olhei ela, que me olhou de volta. - Você tá linda. Obrigado por ter vindo. - Ela assentiu.

- Vamos? - E percebi que está com um pé atrás. Não tiro sua razão. Coloquei uma música tranquila e coloquei o endereço no GPS, para me auxiliar. Ela observou tudo em silêncio. Seguimos em silêncio, quando saímos do estacionamento eu puxei conversa.

- Você tá indo de coração aberto mesmo né?! - Olhei ela sorrindo de lado, voltando minha atenção ao trânsito. 

- Tô, Luan. Caso contrário eu nem estaria aqui. E eu nunca te vi tão nervoso comigo. - Ela me olhou segurando o sorriso e eu relaxei numa porcentagem significativa. Ela sorriu pra mim. Ela brincou comigo. Beleza, foi sobre mim. Mas ainda sim, uma brincadeira. 

- Isso, tira sarro mesmo. - E então ela riu. 

- Sou eu, Luan. Lavínia. - Ela quis me tranquilizar. 

- Por isso mesmo. - Eu ri nervoso e olhei ela, parando no sinal. Vi seu olhar e o sorriso sobre mim. Aquele olhar e aquele sorriso. Os dois bobos por mim. Caralho! O que eu fiz pra merecer essa coisinha, Deus? Mordi meus lábios, segurando o sorriso e então ela olhou pra frente, negando com a cabeça e o sorriso no rosto.

Vai dar tudo certo. Vai sim. Respirei fundo e o sinal abriu. Começou a tocar uma música que ela gosta e começou a cantar, olhando as ruas. E assim permanecemos até chegarmos lá. Segurei sua mão novamente, fomos recebidos pelo gerente. 

- Boa noite. Tudo bem? - Respondemos com educação. - É um prazer receber vocês. Eu gostaria de saber se preferem ir por algum atalho, pra ser algo mais discreto ou se podemos seguir o trajeto comum. - Olhei ela e ela olhou pra mim.

- Você quem sabe. - Ela disse. 

- Um atalho, pode ser? Não quero causar nenhum tipo de alvoroço. - Ele riu.

- Com certeza iria causar. Então venham, levo vocês até o local. Vocês vão realmente gostar de lá. Extremamente discreto e confortável. - Ele foi totalmente amigável durante todo o trajeto e pude ver mais ao lado. Sofás de areia, tendas no chão com almofadas. O restaurante é realmente na beira do mar. Areia por todo ele, um clima leve. Muito aconchegante. Casais e família ocupam os lugares. Está bem lotado, mas ele nos trouxe por um caminho contrário a toda essa gente, então só os vi de longe. Lavínia está claramente encantada e elogiou bastante. Disse que não tinha visto nada parecido no Brasil e que estão de parabéns. 

- Chegamos. - Ele disse ao chegar na nossa reserva. Exatamente como eu vi na internet. Encantador. - Esse é o espaço Tulum. Um dos mais procurados. Espero que aproveitem, estou a disposição. 

- Obrigada. - Ela sorriu.

- Muito obrigado. - Apertei sua mão. E então olhei o local mais uma vez. É lindo: 


- Nós vamos lá pra cima? - Ela me olhou.

- É, nós vamos comer. Cê não tá com fome? - Ela assentiu. Seus olhos estão brilhando e eu sei que consegui impressionar com minha escolha. - Vem. - E ainda segurando sua mão, subimos as escadas de madeira. E então no deparamos com a vista de cima:



- Nossa! - Ela soltou. - Impressionante. - Disse realmente encantada. 

- Lindo demais. - Eu também me impressionei. Uma música praiana ao vivo, bem mais à frente. Podemos ver também as várias pessoas sorrindo. Curtindo o momento. Ah, e o mar. Caralho, é de impressionar. 

- Eu acho que vou sentir frio. - Ela comentou. Seus cabelos esvoaçantes , desalinhados, lhe deixando ainda mais linda. 

- Tô aqui pra você. - Ela revirou os olhos sorrindo. Sentamos juntos, mas achei ela um pouco distante. - 
Vem mais pra cá. 

- Tá bom aqui. - Resistiu. 

- Lavínia. - Lhe olhei. - Vem, por favor. - Ela suspirou e se aproximou mais. Posso ver seu rosto bem mais de perto, mas não o suficiente pra mim. Me aproximei mais e então fiquei realmente perto. 

- Certo, você quer começar assim? Não consigo pensar direito. - Ela ficou um pouco tensa. 

- Sou eu, Lavínia. Luan. Fica tranquila. - Repeti quase as mesmas palavras que ela falou momentos atrás. 

- Tudo bem, tudo bem. - Mordi meu lábio, me sentindo ansioso. 

- Você quer pedir algo? 

- Não, Luan. Eu só quero que você fale. Acho que não vou conseguir comer nada antes disso. 

- E beber? - E então o garçom apareceu.

- Com licença. - Ele disse e trouxe uma garrafa de vinho. Nos serviu. E então saiu. Eu já combinei quase tudo com o gerente. Isso precisa ser perfeito. 

- Certo, vamos lá. - Ela riu de leve ao perceber que eu realmente me planejei antes. Bebeu um gole de vinho e eu fiz o mesmo. Deixei a taça na mesa e me virei pra ela, ela fez o mesmo e ficamos meio de lado no assento.
- Eu quero começar falando sobre o dia que eu te conheci. Na verdade, voltar um pouco antes nessa história. Eu não ia pro fim de semana com vocês. Quem ia era o Dudu. Nosso amigo e produtor. - Ela me olha atentamente, ainda segurando sua taça. Que olhar bonito! - Nós estávamos numa reuniãozinha de amigos, bebendo. E Marco falou sobre esse programa e também falou sobre Clarissa. O quanto ele tava caído por ela e falou sobre você. Disse sobre o fim de semana e nos mostrou sua foto. Eu pensei: caralho, que gostosa. - Ela riu e me deu um tapinha no ombro. 

- Ridículo. - Ela disse e eu ri também. 

- Mas Dudu já tinha sido escolhido. - Dei continuidade. - E aí os dias se passaram e no nosso grupo, esse assunto voltou a rolar. Em uma das nossas conversas no WhatsApp, fiquei sabendo que Dudu não iria mais, porque tinha uma viagem. E pô, Marco queria alguém e você era... - Lhe dei um olhar significativo. - Eu me mostrei interessado em ir e foi o suficiente para todos eles se juntarem e me fazerem ir. No fundo eu queria ir, cê sabe.

- Querendo foder a loirinha. - Ela me olhou com as sobrancelhas erguidas e eu ri. - Imbecil demais, Luan. - Bateu de leve em meu peito, sorrindo de lado. 

- Me deixa falar, pô. - E então ela ficou em silêncio, me dando oportunidade. - Mas aí quando vocês chegaram e eu te vi. Caralho! Eu te achei surreal de tão linda, cara. Já vi muitas mulheres, mas uma beleza igual a tua, nunca. Parece uma boneca. E aí você me cortou logo no início. - Eu e ela rimos. - Mas eu quis você. Queria beijar essa boca, cheirar o pescoço. Abraçar. Puxar teu cabelo e tantas outras coisas... E a gente continuou se conhecendo. Quando eu soube do lance do Bernardo, aquilo mexeu comigo e eu te achei incrível. Incrível demais. Teu jeitinho me encantou completamente e eu já deveria saber que ia me foder. - Ela segurou o sorriso. - A gente começou nosso lance e eu me apaixonei. E agora começa uma nova etapa dessa nossa conversa. Vou te contar o que me fez resistir tanto a esse sentimento. - Ela me olhou toda atenciosa. - No passado, no início da minha carreira eu namorei a Aline. Eu era apaixonado por ela. Ela me cobrava muito que fosse assumido, que tivéssemos algo mais oficial. Ela achava que eu traía ela com frequência, que não lhe dava atenção. Ou seja, totalmente insuficiente. Fui absorvendo cada coisa que ela falava. Dizia que eu nunca teria uma família, porque não era homem pra isso. Que eu não merecia ela, que ela estava infeliz. Entre tantas outras coisas. Por outro lado, eu lidava com toda a pressão de início de carreira. Me chamavam de gay insistentemente e aquilo me incomodava. Eu não ficava com ninguém, eu era fiel a ela. Os boatos ganhavam força e enquanto isso, eu ainda estava longe da minha família. Ficava quase um mês sem ver ninguém. Inclusive ela. Me mantendo no quarto de hotel e você não faz ideia do quanto isso é solitário. Foi aí que eu comecei a ir num terapeuta. Fazer um acompanhamento sobre tudo que eu estava sentindo. Aline e eu terminamos e aquilo me destruiu. Eu tinha uns 19 anos na época e olha só por quanto tempo isso se arrastou. Eu superei muita coisa, mas assumir um namoro continuava sendo um obstáculo pra mim. Eu não conseguia. Aquelas palavras sempre ficarão na minha cabeça. De que eu não servia pra isso. E aí você apareceu. - Suspirei, sorrindo de lado. - E eu me vi completamente apaixonado. Eu sofri muito, mas achava que você merecia algo melhor. Por isso eu me afastei tanto e evitei tanto nós dois. Mas ao mesmo tempo, continuei indo pra terapia. Minha família sempre me incentivando também. Naquele dia da festa foi como um choque de realidade. Eu não podia te perder. Não foi por ego como você pensa. Não foi por causa daquele seu amigo. Eu só não queria perder a chance de viver isso com você. Porque eu te amo. - Os olhos dela lacrimejaram. 

- Repete. - Ela pediu em um fio de voz. 

- Eu amo você, loirinha. - Respirei fundo. - Amo tanto que me assusto. Amo tanto que tô enfrentando meus fantasmas. Você vale a pena. A gente merece viver isso.  

- A gente merece. - Ela assentiu e uma lágrima desceu em seus olhos. Tive a resposta que eu queria. Lhe abracei forte. - Eu também amo você. Muito. Muito. Muito. - Ela disse apertando os braços em volta de mim. Desfiz o abraço e olhei em seus olhos. 

- Quero muito o teu beijo. - Ela sorriu e aproximou o rosto do meu. Seus lábios tocaram os meus sem pressa, de uma forma lenta. Sua língua pediu passagem gentilmente e ela agarrou meus cabelos. Minhas mãos correram para suas pernas e eu apertei, enquanto minha língua vai ao encontro da dela. Um ritmo perfeito, poderia ser facilmente uma poesia. Me senti no céu. Ela deu profundidade ao beijo, sem deixar de ser deliciosamente lento. Meu corpo correspondendo. Ela chupou minha língua e eu gemi. Tanta saudade dela! Tão entregue a ela! Chupou meu lábio antes de se afastar e eu permaneci com meus olhos fechados. 

- Saudade dessa boca, meu Deus. - Ela disse passando o dedo delicadamente em meus lábios. 

- Beija mais. - Eu sorri e ela também. Encostou o nariz no meu e então nos olhamos. - Isso é real? - Eu sorri novamente.

- Tô me perguntando o mesmo. - E desta vez eu lhe beijei. Agarrei um punhado de seus cabelos e segurei com firmeza. Minha língua já foi invadindo tudo e esquecemos a calmaria do beijo anterior. Mordi seu lábio inferior e puxei, abri meus olhos e vi o rostinho entregue no meu beijo. Tentei me aproximar mais, como se fosse possível. Com a outra mão achei sua fenda e coloquei uma de minhas mãos debaixo dela, acariciando com perna, indo para sua bunda. Sua língua se deliciando, se encontrando com a minha. Chupando a minha, eu chupando a dela. Foi um beijo longo e eu senti meu corpo queimar. Ela suspirou quando nos afastamos. 

- Caramba. - Ela disse, ainda ofegante. Passou a mão nos cabelos e passou o dedo em meus lábios novamente. - Vermelhinhos. - Ela veio e chupou, me fazendo sorrir. - Agora eu tô com fome. - Ela me olhou sorrindo de lado e eu ri diante da sua frase. 

- Imagina eu. - Lhe dei um olhar malicioso e ela riu. 

- Sem vergonha. - Segurou meu maxilar e selou nossos lábios. 

- Bora, bora pedir. Preciso alimentar minha gatinha. - Ela sorriu boba, enquanto eu peguei o cardápio. Ficamos decidindo o que comer e então chamei o garçom que aguardava embaixo, um pouco afastado do nosso local de reserva. Ele subiu e nós dissemos o que queríamos. Quando ele saiu, eu sabia que era hora de ela falar algo. Por isso esperei, entrelaçando nossas mãos e observando o quanto combinam assim. Vi seus dedinhos, o esmalte clarinho. Mãozinha delicada. 

- Eu quero te dizer algumas coisas. - Eu olhei pra ela assentindo. - Essa Aline não te conhece mais. A opinião dela não é algo absoluto sobre o que você é. Eu te acho um homem maravilhoso. Eu construiria uma família com você. - Sua última frase me atingiu muito forte. - Eu acredito no seu sentimento por mim. E agora eu entendo todas essas questões e reconheço sua coragem. Te amo mais por isso. Você é lindo por dentro e por fora. Vamos viver nosso amor. Vamos viver sem deixar as feridas do passado nos atrapalhar tá? Eu te amo. Te admiro. - Eu sorri de lado, meu coração se sentiu tão confortado. Ela é realmente tudo que eu preciso. Tem exatamente as palavras certas. 

- Por que eu não te encontrei antes? 

- Porque tinha que ser agora. Vou ser a última da sua vida, escuta só o que tô te falando. - Ela sorriu toda convencida e meu coração se aqueceu. Eu ri do seu jeitinho. 

- Eu também tenho essa mesma impressão. - Ela ergueu as sobrancelhas como quem diz que tem razão e eu corri pra sua boca novamente. Trocamos inúmeros beijos e carinhos. Ela me perguntou sobre o que disse mais cedo, de não ter ficado com ninguém. Reafirmei o que já tinha falado. Ela também reafirmou que não transou com Gabriel. Nós esclarecemos algumas questões. A comida chegou e nós ficamos em silêncio, apenas elogiando a comida.


Quando terminamos, eu pedi a sobremesa, sem lhe deixar escolher. 

- Ele vai trazer algo especial, amor. - Eu disse após ela reclamar de não poder escolher. 

- Mas eu queria ter escolhido, Luan. - Fez bico. 

- Se fizer bico eu mordo. - Eu sorri e ela enterrou o rosto na curvatura do meu pescoço. Acariciei seus cabelos. 

- Cê sabe que eu vou ser uma ciumenta muito chata né?! - Eu ri e ela me olhou.

- Cê vai ser? Cê já é. Só quero que confie em mim. 

- Eu confio. Agora a gente tem algo mais sério né?! É diferente. 

- Tá me pedindo em namoro? 

- Não, uai. - Ela se afobou. Ficou sem graça, desviando o olhar do meu. O garçom apareceu com nosso prato e colocou de frente pra ela. 

- Com licença. - Ele disse antes de sair e só então ela olhou o prato. Sorvete e uma frase mais embaixo “ namora comigo? “

- Cachorro! - Ela me olhou sorrindo. Eu ri.

- Não esperava essa resposta. 

- Você me pegou! - Ela olhou novamente o prato e então pra mim. Montou em mim, me pegando de surpresa e começou a repetir “ sim “ diversas vezes, beijando todo meu rosto. Eu só sabia rir. Sem acreditar que o que tenho finalmente é real. Estamos namorando. 





Oiiiii! O tão esperado momento. Não vou dizer nada, vou dizer vocês dizerem. ❤️
Bjs, Jéssica ❤️