sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

“ Cobrando atenção “ 18

Chegou a hora do jantar e Bruna foi quem anunciou. Já bebi um pouquinho e comi alguns petiscos. Luan veio falar comigo faz um tempinho, pegou um salgadinho da minha mão e fingiu que ia colocar na boca dele, mas colocou na minha. Isso me fez sorrir e ele também. Sorriso lindo! Deus do céu!
Seguimos todos para a sala.

- Gente, na bancada na sala de jantar, logo aqui. - Bruna apontou para o espaço mais à frente. - Está tudo que tem disponível. Vocês vão se servindo tá? Temos sobremesa do Paris 6, alguns pratos. Temos picolé, sushi. Tudo bonitinho como vocês podem ver. - Ela apontou para cada coisinha.

- Olha a cara do Luan. - Clarissa disse, sentada ao meu lado.

- Ele não tinha ideia disso tudo, faço uma aposta. - Talita falou, sentada ao lado da minha irmã.

- Com certeza não. - Eu ri de leve. Tem algumas mesinhas de vidro com cadeiras, espalhadas pela sala, além dos assentos. Ele olhou pra mim e negou com a cabeça, o que me fez rir.

- Ele é tão lindinho. - Talita disse.

- Ele é. - Sorri e elas me olharam de forma acusadora. - Ele é. - Dei de ombros. Algumas pessoas levantaram e foram jantar, as outras opções também tinham convidados. Não é nada muito grande. Acredito que tem cerca de 30 pessoas, mais ou menos. Levantei e fui até o sushi, por incrível que pareça só tem eu nessa opção. Calmamente comecei a escolher as peças. Senti uma mão em minha cintura, apertando, e seu corpo se aproximou do meu.

- Bora lá em cima. - Ele chamou e então acariciou minha cintura.

- Claro que não. - Continuei escolhendo, me sentindo tentada a subir com ele.

- Olha aqui.

- Luan, aqui tá cheio de gente. - Lembrei.

- Eu sei. Por isso não te beijei ainda. É tanto celular... - Reclamou.

- Então aquieta.

- Eles são meus amigos, mas tem umas três pessoas que não conheço, outros não são extremamente próximos, por isso não dá pra confiar nesse aspecto.

- Tá, então volta pra lá. - Continuei fingindo estar distraída e ele cheirou meu pescoço. - Cara... - Ele riu próximo ao meu ouvido.

- Sobe comigo. Rapidinho.

- Luan, não. Até parece que isso vai passar despercebido.

- Loirinha... - Ele ia continuar insistindo, quando Edgar se aproximou.

- Vocês tão longe de disfarçar hein?! - Brincou, pegando um prato pra escolher peças de sushi também.

- Vai se foder, viado. - Luan riu e se afastou. Respirei aliviada. Ele é muita tentação, caramba!

Luan desistiu de tentar contato comigo, as vezes me olhava e apontava lá pra cima, eu só neguei com a cabeça em todas as vezes.

- Vocês estão quase se comendo. - Bruna disse, parando ao meu lado.

- Bruna! - Repreendi e ela deu de ombros.

- Bora dançar? - Sorriu. Bem aleatória.

- Bora. Funk?

- Sim! Talita! - Já se afastou chamando por minha cunhada. Lembrei de Bernardo e então Bruna já me chamou, fazendo o pensando mudar de foco. Colocou a música na TV mesmo e seguidos a coreografia do Daniel Saboya. A música começou e então os meninos fizeram uma rodinha para nos observar, isso me deixou um pouco sem graça, mas não desisti de dançar. Ficaram várias meninas dançando juntas e eu não olhei pra ninguém além da TV. Dançamos algumas músicas e então eles começaram a reclamar, pedindo pra mudar o ritmo, pra uma coisa a dois, pra todo mundo dançar. As meninas acabaram cedendo. Colocaram sertanejo e então cada um dos meninos pegou uma e outros fizeram duplas masculinas mesmo. Luan foi rapidinho em segurar minha mão.

- Tô esperto, loirinha. - Piscou o olho. - É meu aniversário, tô na minha casa, então... - Ele se afastou um pouco e tirou a camisa, fazendo algumas pessoas soltarem gritinhos bricalhões. Que gostoso. Eu só consigo pensar nisso. Gostoso demais. - Vem. - Me pegou pela cintura e me juntou ao seu corpo com firmeza, me fazendo arfar. Ele começou a me levar na dança, com a bochecha colada na minha. Arranhei sua nuca de levinho e ele apertou minha cintura em resposta. Sorri e beijei sua bochecha.

- Devia beijar minha boca.

- Não pode. - Ri de leve.

- Bora lá em cima, então. Rapidão.

- Não. Que vergonha. Não. - Ele me olhou entediado.

- Cê tá achando que vai embora sem me dar um beijo? - Encolheu os olhos.

- Cê tá achando que eu quero ir embora sem te dar um beijo? - Encolhi os olhos também e ele riu.

- Você é uma coisa gostosa. Sabia disso? - Segurei o sorriso, me sentindo envergonhada. Ele me intimida.

- Trocando casais. - Edgar disse e logo me pegou de Luan, a troca foi motivos de risadas. Ele acabou ficando sozinho. - Cadê sua amiga, pô?

- Oi, tudo bem? - Brinquei e ele riu. - Ela é mais complicado de vir.

- Eu sei. A gente se falou mais cedo.

- Hummmm. - Ele riu.

- Ou, não cria minhoca na cabeça.

- Não tô criando nada. - Me fiz de inocente.

- Sei, sei. - Continuamos dançando, houve mais três trocas e eu não dancei com Luan de novo. Todos acabaram se reunindo na sala. Todos os convidados. Começamos a conversar, alguns já estão bem alegrinhos. Eu não faço ideia de que horas são. Senti vontade de beber água e então levantei, fui até a sala de jantar e tentei encontrar alguma garrafinha de água. Estou fora da visão de todos. Não quero abrir a geladeira. Acho invasivo. Olhei para trás e vi ele vindo, passando a mão nos cabelos. A barriga lisinha, branquinho e a cueca preta parecendo um pouquinho.

- Tá babando, pô. - Revirei os olhos e ele riu.

- Onde tem água?

- Onde, Lavínia? Onde? - Me olhou como se eu fosse uma tapada.

- Eu não quis abrir a geladeira. - Me encostei no armário.

- Não tem nada demais. - Ele abriu e pegou uma garrafinha pra mim. Se aproximou e me entregou, ficou bem próximo me observando abrir a garrafa e beber a água. O olhei e ele ficou me olhando.

- Eu tava com muita sede. - Ele colocou uma das mãos entre meus cabelos e cheirou meu pescoço, eu suspirei, me esticando toda, ficando na ponta dos pés, pousando minha mão em sua nuca.

- Cê tá tão linda e cheirosa. - Olha só quem vem me falar de cheiro.

- Ei. - Sussurrei e ele me olhou. Soltei a garrafinha no armário e minha boca procurou a dele. Tenho que aproveitar a oportunidade de estarmos a sós e eu já não aguentava mais não beijar essa boca. Logo as duas mãos dele se apossaram dos meus cabelos, passei minhas unhas por suas costas, nossas línguas em uma disputa boa, um beijo tão quente, envolvente, lento e ao mesmo tempo com pressa. Ele chupou meu lábio inferior e chupou de novo, mordendo em seguida. Gemi em sua boca e ele me beijou de volta. A hipótese de ser pegue por alguém, deixa tudo mais excitante. A gente tá se pegando na sala de jantar e tá tão gostoso! Quando a boca dele afastou da minha, eu me encontrei ofegante. O corpo dele tão colado ao meu. Suas mãos desceram, passaram de propósito por meus seios e foram pra minha bunda. Ele olhou minha boca e meus olhos.

- Bem que cê podia ir lá em cima pra gente resolver um negócio. - Falou baixo em um tom de voz...

- Não. - Falei quase cedendo. - Não vou transar com seus pais aqui, seus amigos... - Passei a mãos por seus cabelos e ele suspirou.

- Judiação comigo. - Franziu a testa como uma criança birrenta.

- Ai, meu Deus! O neném tá sofrendo? - Fiz voz de criança e ele riu.

- Cê fala com voz de criança? É, acho que a gente tá criando uma intimidade... Voz de criança... me surpreendeu. - Começou a me zoar e eu ri.

- Ridículo. - Passei os braços em volta do seu pescoço e selei nossos lábios devagarinho, afastei um pouquinho e olhei sua boca. Selei nossos lábios e fiz o mesmo. Repeti o mesmo gesto algumas vezes até que ele me envolveu em um beijo longo, apertou minha bunda, suas mãos inquietas, senti seu volume e também minha resistência indo embora.

- Uou! - Ouvi a voz de Bruna e então me afastei do Luan rapidamente. - Cês dois... - Ela riu. - Vim só pegar docinho. - Pegou uns três na bancada e saiu. Quis sair e Luan segurou minha mão.

- Vai voltar pra lá? - Respirou fundo.

- É sua festa, seus amigos. Você tem que voltar. - Ele fechou os olhos com força. Sei que ele tá querendo, eu também quero, mas agora não dá. Fui na frente e ele veio logo em seguida. Luan não tá fazendo muita questão de disfarçar para as pessoas. Bruna me chamou para uma foto com todas as meninas e logo nos juntamos. Pra organizar tudo, demorou um pouquinho, mas no fim deu certo.

Parei para comer, sentei em uma cadeira mais afastada, encontrei Talita dançando com Bruna Paiva. Clarissa conversando com Marizete, Luan numa rodinha somente de meninos e em meio a minha distração, Bruna sentou ao meu lado com uma porção de salgadinho.

- Cansou? - Perguntei sorrindo.

- Nada. - Riu de leve. - Vocês quase foram pegos no flagra. - Encolheu os olhos e eu ri um pouco sem graça. Ela sabe que ele fica com a Jamile, ou ficava. E agora comigo... Não gosto dessa sensação. Ela deve pensar que sou mais uma e na verdade sou.

- Ainda bem que foi você. - Falei e ela concordou.

- Faz quanto tempo que sua mãe tem a Sra. Make? - Perguntou, mudando de assunto e então Marizete caminhou até nós junto com Arleyde.

- Faz uns anos, longos anos. - Sorri para as duas que chegaram e sentaram conosco. Continuei a conversa. - Desde muito pequenininha eu lembro de todo o esforço dela. Acho que por volta dos meus 12, 13 anos, as coisas começaram a acontecer. Desde então ela vem conquistando mais e mais. Mas não é da noite pro dia.

- É isso que eu falo, nada é da noite pro dia. - Marizete interagiu e eu concordei.

- Eu tô quase lançando minha marca. - Bruna contou e eu arregalei os olhos.

- Sério? Que legal!

- É. Eu tô empolgada e nervosa também. - Olhou sua mãe e sorriu.

- Já disse que vai dar tudo certo. Cê tem que ver o talento dessa menina. - Arleyde disse.

- Mesmo? Ah, quero ver! - Falei também empolgada.

- É uma marca de roupas. Cê explicou pra ela, filha? - Marizete disse e então Bruna começou a explicar, Rafa, sua amiga, se aproximou e então a conversa rendeu bastante. Rafa dividiu como foi sua trajetória e todas as dificuldades que ela passou. Arleyde também falou sobre sua vida e Marizete dividiu todo esforço que fizeram para que Luan realizasse seu sonho. No final das contas, eu soube que havia conhecido mulheres maravilhosas. Paramos no assunto de animais domésticos, quando Luan apareceu segurando uma sobremesa do Paris 6.

- Oi, posso roubar ela um pouquinho? - Ele sorriu e todas da mesa olharam maliciosas, com sorrisos marotos. É, todas perceberam. Todas falaram quase que simultaneamente:

- Claro. - Marizete falou.

- Vai lá. - Rafa sorriu.

- Humm, pode sim. - Bruna riu.

- Devolve rápido. - Arleyde brincou enquanto eu levantei.

- Que foi? - Olhei pra ele curiosa e começamos a caminhar em direção à saída da casa dele.

- Cê não me deu atenção. - Me olhou, ainda segurando a sobremesa impecável em um prato.

- Aonde nós vamos? - Ri de leve, sem entender. Ele abriu a porta, me deixou passar e logo passou também, a fechando em seguida. Chegamos na calçada da sua casa, ele caminhou até um dos carros e acho que esse é o dele. Se encostou e me deu uma colher.

- Come. - Ofereceu a sobremesa.

- Hum, dividindo sobremesa... acho que a gente tá mesmo criando intimidade... - Repeti o que ele disse e experimentei enquanto ele riu.

- Queria conversar com você. Cê falou com todo mundo naquela sala, menos comigo.

- Que mentira. - Encolhi os olhos.

- É verdade. A gente não conversou nadinha.

- Eu pensei que era pra ser um negócio discreto, sei lá. - Dei de ombros e experimentei mais um pouco. É bom. Ele pegou o picolé que logo começou a derreter. Ri dele tentando não se sujar. Deu uma mordida no picolé e depois me ofereceu. Mordi também e ele colocou novamente na sobremesa.

- Não pode esquecer que somos amigos também. E eu não consegui ser discreto com você porra nenhuma. - Eu ri e lhe dei a colher pra ele comer um pouco e assim ele fez. Sua boca sujou no cantinho e eu me aproximei, passei a língua e dei um beijinho no canto da boca. - Pega o picolé, vai derreter todo. - Assim fiz e tentei não me sujar, apenas tentei. Logo pingou em minha camisa e Luan riu de mim. - Vem aqui, sujou. - Ele passou o braço em volta da minha cintura e sua cabeça foi em direção ao decote da minha camisa e ele beijou o local, senti sua língua também. Meu corpo queimou e eu tentei disfarçar o tesão que esse pequeno contato me causou. Ele pegou mais uma colherada da sobremesa. - Você andou bem ocupada depois do carnaval né?!

- Sim. Houve um atraso na entrega dos produtos, isso gerou um estresse grande. - Suspirei. - Hoje foi normalizado e as meninas acharam que a gente deveria vir aqui e se divertir.

- E me ver? - Questionou.

- Também, Luan. Você é o principal. - Pisquei um olho e ele sorriu, me dando a sobremesa. Comi e ele ficou olhando.

- Senti tua falta. - Sorri.

- E eu a tua. - Falei e já comecei a comer o picolé de novo. Ele cruzou os braços e ficou me observando com um sorrisinho. E então, depois de alguns instantes calado, me fez uma pergunta inesperada.

- Como você tá lidando com nosso lance? - O olhei, pensando bem em como falar. Vou ser sincera.






Esse foi só pra deixar vocês com gostinho de quero mais! ☺️ Quem amou a interação dessa galera toda reunida? E o nosso casal? Me diz se não são lindoooos! Luan cobrou atenção, confessou sentir saudade... acho que suspiramos juntas!
É essa perguntinha no final 🤔
O que ela vai responder? Alguém arrisca o que vem no próximo?
Ainda é todo sobre o aniversário desse carinha 🤭

Sobre os comentários de vocês: obrigadaaaaa! Vocês são as mais lindas, sério! Isso me impulsiona mtttt, não vou cansar de dizer. Quando vejo novos comentários é automático ir pro bloco de notas e começar a escrever, mesmo que não seja muito, por conta da falta de tempo ou cansaço. Vocês realmente fazer a diferença e dão todo sentido pra isso aqui. Fico feliz de ver as novas, mto feliz de ver as antigas. Que me acompanham desde a primeira fanfic. Obrigada tá?! Lindas!
Bjs, Jéssica ❤️

“ Prestigiando o aniversariante “ 17

Eu estava sentado, ajudando minha irmã com sua receita. Acabei de chegar do escritório com meu pai, me fizeram uma surpresa linda. Bruna e minha mãe fizeram questão de preparar algo para mais tarde e algumas coisas já estão sendo feitas de agora, apesar de que iremos receber algumas comidinhas do Paris 6 também. Meu celular tocou e quando eu vi o nome dela, o coração acelerou. Levantei rapidamente, me afastando de Bruna e não demorei pra atender.

- Luan? - Ela disse. E porra, que voz linda! 

- Oi, loirinha. Bom ouvir tua voz. - Não perdi tempo em mostrar minha satisfação pela sua ligação.

- Você não para hein?! - Ela riu e eu sorri. - Tô ligando porque tem um certo alguém ficando mais velhinho hoje. - Continuei sorrindo. - Cê sabe quem é? - Fez graça. 

- Por acaso sou eu? - Falei em tom de dúvida, entrando na sua brincadeira. 

- Acertou! - Fingiu surpresa e então nós rimos. - Feliz aniversário, lindo. Você já conquistou tantas coisas, então eu te desejo que tudo continuei consolidado, que Deus te dê saúde, muitos anos de vida. Que Ele abençoe sua vida cada dia mais. - Foi impossível segurar o sorriso bobo. 

- Não quer vir me dar parabéns pessoalmente não? - Ela riu. 

- Cê sabe que eu não vou. 

- Ela não vem. - Esclareci. Tentei entrar no assunto durante todos esses dias, mas quando raramente nossos horários livres batiam, ela logo encerrava a conversa pois dizia que precisava voltar ao trabalho. 

- Jura? - Duvidou.

- Sério. Não vem. - Falei e ela ficou em silêncio. - Vem, loirinha. Quero te ver. - Ela ficou em silêncio como quem pensa. 

- Não sei, Luan. Eu tô cheia de trabalho, consegui te ligar porque tô no meu almoço. Não sei se vou conseguir chegar aí. 

- Só vai ser a noite. - Continuei insistindo. Quero ela aqui. - Cê pode vir a hora que quiser, vai rolar até tardão. Certeza. Trás as meninas também. 

- Clarissa já disse que vai. - Riu de leve. 

- Oh, só. Cê devia vir com a Talita também.

- Vou tentar, tudo bem? 

- Tentar de verdade? Ou é só desculpa pra me enrolar? 

- Tentar de verdade. Cê mora longe, mas juro, vou tentar. 

- Eu vou te esperar aqui. 

- Tá, Luan. Beijo. 

- Na boca? - Provoquei e ela riu. 

- Luan! - Repreendeu. 

- Beijo na sua boca. 

- Beijo. - Disse e então desligou. Essa mulher é uma coisa... ela mexe comigo, nunca neguei. Voltei para junto de Bruna. Ela não questionou a ligação, afinal, meu celular tá tocando com uma considerável frequência hoje. 

- Luan! Sua tia. - Minha mãe gritou, aparecendo na cozinha com seu celular na mão. Me aproximei e vi minha tia do outro lado da tela, em uma chamada de vídeo. 

- Ô, meu filho! Tá tão lindo! Parabéns viu?! Tudo de bom pra você, muita saúde, muita paz! Amo muito você. 

- Ô, tia. Obrigado. - Falei sorrindo. Logo minha prima Mariana apareceu. 

- Ô transparente, parabéns! - Nós rimos. Ela me felicitou em seguida e então eu voltei para ajudar Bruna. Começamos a conversar sobre mais tarde, decoração e a hora que as pessoas vão começar a chegar. Marquei para as 20:00 horas. 

- Vem alguém que eu não conheço? 

- Acho que não. - Respondi. 

- Nós podemos ficar na área da piscina. Tem os sofás, na parte coberta. Quando chegar a hora do jantar, todos entram e se distribuem pela sala, sala de jantar. O que acha? 

- Você já combinou tudo isso. - Ela riu. - Tudo bem, faz como você achar melhor. Só quero beber um pouco, comer e ver meus amigos. 

- Ótimo. - Bateu uma mão na outra e colocou sua receita no forno. - Agora vamos esperar quatro horas. 

- Demora tanto assim? - Franzi a testa.

- Demora. Mãe? - Bruna chamou, enquanto minha mãe está em algum lugar pela casa.
Ela ainda tá falando com a tia, certeza. - Falei e minha irmã bufou. Meu celular tocou mais uma vez, mais um amigo para me desejar feliz aniversário. 

|| Lavínia ||
- Bora logo, Barbie. - Minha irmã insistiu, enquanto passa batom. Eu permaneço deitada em sua cama, ainda com a roupa que fui trabalhar. 

- Se você for, eu tomo um banho bem rápido. - Talita disse. 

- Cê quer ir né? - Sorri, olhando pra ela, que está deitada ao meu lado. 

- Acho que ia ser bom. Desde o carnaval nossa vida tá uma loucura, muito estressante. 

- É, eu sei. - Pensei em Luan e só de pensar eu senti calor. Talvez eu devesse ir. Tem aquela boca me esperando e diversão, descontração. 

- Bora, bora logo. Peço pro Marco esperar e aí já vamos juntas. - Minha irmã parou o que estava fazendo e me olhou. 

- Vamos? - Talita me olhou esperançosa. Respirei fundo e me decidi: 

- Tudo bem, nós vamos. - Elas deram gritinhos e eu neguei com a cabeça diante de tanto exagero. Levantei, fui para meu quarto e senti um friozinho na barriga por saber que vou ver ele. Tomei banho, escolhi uma lingerie rosa claro, de renda, bem delicadinha. Fiquei imaginando se ele vai me ver com ela... óbvio que não. Não vou transar na casa dos pais dele. Escolhi uma roupinha básica, porém arrumadinha. Me maquiei e peguei uma paleta de uma das mais novas coleções. Bruna disse que queria muito uma quando nos vimos no carnaval. Vou levar pra ela. 

- Mana, tá pronta? - Ouvi a voz de Clarissa do outro lado da porta. 

- Tô, tô sim. Já tô indo. - E então não ouvi mais nada. Peguei meu celular, uma carteira pequenininha, que cabe no bolso da calça e olhei as horas. Nossa! Já são 20:00 horas e nós ainda temos um pequeno trânsito pra enfrentar. Quando digo pequeno, estou sendo irônica. Saí de meu quarto, fui até o de Talita, após bater, entrei. 

- Ainda não terminou? - Perguntei, já me posicionando em frente ao seu espelho, enquanto ela coloca sua sandália. 

- Só falta isso mesmo. - Falou enquanto eu soltei o presentinho de Bruna e bati algumas fotos. - Vamos? - Se aproximou e bateu em minha bunda. - Luan que se segure hoje. - Lhe mostrei língua e ela riu. Saímos após eu pegar a paleta novamente e pedi pra ela guardar em sua bolsa. Ao chegar na sala, encontramos o casal aos beijos. 

- Oi, vamos. Beijo só pra depois. - Falei e eles me olharam. 

- Demoraram hein?! 

- Nossa, já tá reclamando da gente? - Talita encolheu os olhos, fingindo seriedade. 

- Jamais. - Ele levantou os braços em modo de defesa. Clarissa e eu rimos e então seguimos para o elevador, enquanto isso postei minha foto, estou bem sumida do Instagram desde o carnaval:
“ All black 💘 “ 

O elevador abriu e eu fiquei me perguntando se deveria avisar a Luan que estou indo. Melhor não. Vou fazer surpresa. Caminhamos até a saída do hotel e Clarissa parou para também bater uma foto. Próximo aonde Marco deixou seu carro estacionado, Talita parou para também bater uma foto e isso foi motivo de meu cunhado reclamar. Talita e ele foram trocando alfinetadas por conta das suas reclamações. Eu ri a maior parte do trajeto e fiquei me atualizando no Instagram, me deparei com as fotos das duas:

Clarissa:
“ Um amor por vestido longo 🥰 “ 

Talita:
“ Toda no animal print, seguindo tendência 💁🏾‍♀️😆 “ 



- Cunhado, falta muito? - Perguntei.

- Não, já estamos pertinho. Se a Talita não tivesse parado pra tirar quinhentas fotos, já tínhamos chegado. 

- Marco, deixa de ser faladeiro! Você que não sabe dirigir. Tem quanto tempo de carteira?Misericórdia! - Clarissa e eu rimos. Não demorou muito pra Marco revidar. 

Quando percebi, já havíamos entrado no condomínio que mais parece uma cidade. Não demorou para chegarmos até a casa de Luan. Enorme, por sinal. Fomos recebidos por Bruna que abriu a porta assim que descemos do carro. Obviamente foram comunicados.

- Não acredito! - Ela disse ao ver. - Meus amores do carnaval. - Ela se apressou em abraçar Talita e eu ao mesmo tempo.

- Tá uma gata! - Falei, sorrindo.

- Hoje só vai prestar se você dançar Léo Santana comigo. - Ouvi Talita dizer e Bruna soltou uma risada.

- Na hora! - Desfez o abraço e olhou o casal.

- Oi, Bruninha. - Marco abraçou ela e em seguida apresentou Clarissa.

- Você realmente deve tem muita paciência pra aturar esse mala. - Ela brincou e Clarissa riu. - Vamos entrando. Estão todos na piscina, lá em cima. - Começamos a caminhar.

- Cê sabe que a Clarissa é minha irmã? - Comentei.

- Mesmo? - Olhou espantada e logo ficou olhando nós duas. - Vocês realmente são parecidas.

- É, somos. Talvez cê não conheceu porque ela é mais discreta. Não é de ser ativa nas redes sociais e não é do meio da maquiagem.

- Deve ser por isso mesmo. - Começamos a subir escadas, no cantinho de uma espécie de área para receber amigos. - Cê tá morando aqui também? - Bruna perguntou a Clarissa.

- Tô. Me envolvi no mundo da maquiagem. Na parte financeira, mas me envolvi. - Bruna riu e concordou.

- Talita, eu amei esse casaco, poxa! - Pegou no casaco de Talita.

- Eu sei, eu arrasei. - Nós rimos.

- Te trouxe presente. - Falei ao chegarmos no fim dos degraus e então pude ouvir conversas. Me deparei com uma piscina, uma enorme área com dois sofás imensos. A parte onde está os sofás e coberto e a parte da piscina é descoberto. Uma música tocando bem baixinha.

- Mentira! O que é? - Ela se virou pra mim, quando paramos na entrada do local. Meus olhos encontraram os dele e então eu vi seu sorriso, me fazendo sorrir de volta.

- Porra. - Pude ouvir ele dizer de maneira feliz. Parece que alguém gostou da surpresa. Ele caminhou, enquanto recebemos alguns olhares. - Cê veio! - Falou quando ficou mais próximo, com um sorrisão e me abraçou. Lhe abracei de volta, bem apertado e senti tesão só por causa do cheiro dele. Eu pareço uma tarada perto desse homem, isso me dá medo.

- Feliz aniversário, gatinho. Você merece o mundo.

- Cê me dá? - Se afastou só o suficiente para olhar em meus olhos.

- O que? - Franzi a testa.

- O mundo, ué. - E de repente parece que não tem ninguém além de nós, até que as meninas e Marco riram. Nós não estamos sozinhos.

- Bobo. - Falei, sentindo minhas bochechas queimarem. Esse cara é muito charmoso. Joga charme o tempo todo! Ele riu e logo abraçou Talita, em seguida minha irmã.

- Meu presente...? - Bruna ergueu as sobrancelhas animada.

- Ah, verdade! - Sorri. - Talita, me dá a paleta.

- Mentira. Não, espera... mentira! - Bruna falou empolgada, chamando a atenção de Luan, que estava conversando com Marco. Talita me entregou a paleta e dei a ela. - Ah! Meu Deus! - Ela deu dois pulinhos e me abraçou forte. - Obrigada!

- Use muito. - Falei sorrindo.

- Ela recebeu presente? - Luan apontou para sua irmã, olhando as meninas. Clarissa e Talita assentiram, enquanto Bruna olha apaixonada para sua paleta. - E eu? Eu sou o aniversariante.

- Eu vim de última hora... - Tentei me justificar.

- Nada disso, Lavínia. Depois a gente conversa, cê vai ter que acertar esse negócio do presente. - Falou fingindo seriedade e todos da rodinha riram e novamente eu fiquei vermelha. Ele mordeu o lábio, segurando o sorriso. - Venham. Quero apresentar vocês ao pessoal. - Falou descontraído. Parei para observar suas roupas. Calça de moletom e uma camisa preta, está sem os chinelos, muito à vontade. A bunda dele ficou uma maravilha na calça. É, eu sou oficialmente uma tarada. Por ele. Encontrei Breno, fui apresentada ao seu irmão Caio, sua namorada que também se chama Bruna, claro, nós brincamos sobre isso. Reencontrei Gabriel, Edgar, Wellligton, Arleyde, Ju e Gutão. Fomos apresentados para Marquinhos, Douglas e eu não tive como memorizar todos os nomes, apesar de não ser muitas pessoas. Quando finalmente eu parei para falar um pouco com Arleyde, conheci ela no show de Luan que fomos no carnaval.

- Loirinha, minha mãe. - Ouvi Luan dizer e então me virei.

- Oi! - Sorri. - Você é linda mesmo. - Lhe abracei. - Lavínia viu?! Prazer.

- Linda é você. Parece uma boneca, não parece? - Ela olhou Arleyde esperando que ela concorde.

- Sim, parece mesmo.

- Lavínia é uma amiga. A irmã dela é namorada do Marco. - Luan explicou.

- Ah, sim. Conheci ela também. As duas são lindas.

- Ah, gente. - Fiquei derretida com ela. É muito doce e gentil. - Obrigada.

- Pode me chamar de Marizete, Mari, como preferir.

- Só não chama de xumba. Só eu chamo assim. - Luan falou e eu ri.

- Tá falando sério? De onde surgiu isso? - A mãe dele começou a contar e logo se juntou com Arleyde para contar as coisas que Luan apronta com os amigos, seja em casa ou na estrada e eu me diverti muito. Ri tanto que senti as lágrimas brotando no cantinho dos olhos. Ele ficou todo sem graça e acabou se afastando. Permaneci conversando com as duas e não demorei para conhecer o pai dele. Foi gentil também, mas é bem mais contido que sua esposa. Marizete é bem mais comunicativa, Amarildo ficou mais entre os homens.

Foram chegando mais pessoas e eu fui falando com alguns grupos. Acabei ficando mais tempo com Bruna, Ju e Bruna Paiva. Percebi Luan me encarando descaradamente em alguns momentos, um olhar tão quente e eu nem quero pensar no que ele tá imaginando. Sorri, soltei beijo ou o repreendi em todas as vezes que o peguei no flagra. Mas eu confesso: tô doidinha pra beijar ele.









Oieeeeeee!!! Demorei e sei que querem me matar como sempre. Mas olha, voltei. E voltei com dois capítulos. Isso mesmo! Vou postar outro agorinha. Agradeçam a Aly e Vla. Minha amigas e leitoras. Elas me encheram taaannnto! Até que postar aqui no blogger.
Agora, sobre o capitulo.
Ela decidiu ir... o restante a gente comenta no próximo tá?

* Sobre a ideia de um grupo de leitarias no WhatsApp, o que acham? Lembro que já pediram isso por aqui. Confesso que não vou conseguir ser tão presente, nem sempre vou conseguir conversar e enfim, mas posso avisar quando os capítulos forem postados. Caso prefiram do jeito que tá, opinem também tá?
Bjs, Jéssica 

domingo, 5 de janeiro de 2020

“ Esquecida “ 16

Não tive tempo de pensar muito e minhas amigas já bateram na minha porta. 

- Fiquei com medo de encontrar você pelada. - Minha cunhada disse, fazendo gracinha, enquanto esperamos nosso almoço, já no restaurante do hotel. 

- Ridícula. - Falei e elas riram. 

- Amiga, eu tô shippando forte. - Lorena disse.

- Você quer contar o que aconteceu, afinal? - Gabi falou. 

- A gente se desentendeu. Ele tem realmente um lance com a Jamile, mas parece que a gente tem alguma coisa agora. Só não perguntem o que, porque nem eu entendi direito ainda. A gente tá se pegando. Mas aí a gente conversou e ele me disse que não vai se relacionar com ela enquanto estivermos juntos. Não que estamos juntos, mas... enfim, é complicado. Mas ele deixou os amigos lá pra vir se entender comigo e isso contou bastante. - Escondi os detalhes, pois não quero fazer com que elas odeiem ele, porque eu não odeio. Obviamente se elas souberem que ele transou com outra um dia antes de transar comigo, iriam criticar e isso seria o mínimo. 

- Que loucura. - Minha cunhada disse, visivelmente confusa.

- Você nunca foi de ter esse tipo de lance. Só transar sem compromisso. - Gabi também estranhou. 

- Nossa menina está aproveitando a vida, que seja uma fase maravilhosa. - Lorena disse. 

- Eu sei que não sou desse tipo, mas acho que preciso de algo diferente depois de Bernardo. Enquanto Luan estava comigo lá no quarto, eu consegui não pensar no Bernardo. Não senti culpa, nem me senti triste. Era o Luan e eu sabe? - E então o garçom se aproximou com parte da comida. - Bernardo sempre vai ser especial, mas vocês tinham razão. Eu preciso seguir em frente e Luan tá conseguindo fazer isso. Quero ver no que vai dar, eu finalmente percebi que preciso sair do estado de luto. - Vi que Talita está emocionada.

- Eu quero muito te abraçar agora. - Ela disse. - Eu queria ouvir isso de você faz muito tempo.
 
- É, você merece ser feliz. - Gabi sorriu e pegou em minha mão. 

- Ah, cara! Que felicidade! - Lorena sorriu e então começamos a comer. Comentei sobre o aniversário dele, mas disse que não vou, pois Jamile vai estar lá. Que Luan havia insistido, mas eu não me sentiria confortável. As meninas ficaram insistindo pra que eu fosse, mas estou decidida. Logo entramos no assunto Lorena e João, entre tantos outros. Só saímos da mesa quando João apareceu nos apressando. Lorena reclamou e ele riu despreocupado. Eles formam um casal e tanto.
Luan me mandou mensagem, dizendo que chegou bem e já está indo para São Paulo. Não conversamos muito, afinal eu tive que ir para o aeroporto e aproveitei para conversar com minhas amigas e a equipe de Gabi. 

No voo para São Paulo, me dei conta de que estou com muito sono e não demorei a dormir, só acordei com o avião já no aeroporto de São Paulo.

- Luan te cansou hein?! - Lorena comentou, levantando e eu bati em seu braço. Levantei e então seguimos para mais um dia de correria, porém não consegui acompanhar o pique das meninas. Acabei dormindo o restante do dia no hotel e só acordei com Gabi quase derrubando minha porta. Já é noite e precisamos nos arrumar.

|| Luan ||
Acordei bem tarde, ainda com muito sono. Eu ouvi piadinhas dos meus amigos logo que voltei do hotel onde Lavínia estava, sobre eu ter passado o restante da noite com ela. Eles decidiram me acompanhar até São Paulo para curtimos o último show do carnaval. Após o meu, ficamos nos divertindo até amanhecer. Eu beijei outras mulheres, confesso. Tive oportunidade de sexo, mas não quis. Porra, a loirinha me deixou satisfeito pra caramba. Não senti vontade. Agora estamos no avião, de volta pra casa.

Chegamos em menos de vinte minutos e eu já encontrei meus pais tomando café. 

Oi, lindinho da mamãe! - Bruna falou, pegando puff, nosso cachorro, nos braços. - Sentiu saudade, bebê? - Falou com voz de criança e eu olhei aquilo sorrindo. Acariciei a cabeça do poodle e logo me aproximei de meus pais.

Bom dia, família. - Minha mãe levantou e me abraçou forte.

- Como você tá? - Ela perguntou e eu sorri, me sentindo em paz com todo seu cuidado. 

- Bem. Foi tudo em paz. - Olhei seu rosto e beijei sua bochecha e ela me deu um selinho. Temos esse costume desde que sou pequenininho. Meu pai, que estava abraçando Bruna, se aproximou de mim e então minha mãe se aproximou de Bruna. 

- Bem, filhão? 

- Bem, pai. - Sorri.

- Como foi o carnaval de vocês? - Ele perguntou ao se afastar. Logo sentamos na mesa, com a Bruna já contando. 

- Maravilhoso. Eu amei. - Pegou uma torrada e passou pasta de amendoim. 

- Foi muito bom. Os shows correram bem, deu pra gente se divertir bastante também. - Bruna me olhou segurando o sorriso, logo que terminei de falar. 

- É, eu gostei muito. - Ela sorriu sapeca e eu encolhi os olhos. Não entendi. Ela tá falando de alguma safadeza? Logo minha mãe começou a falar de uma viagem que vão fazer logo após meu aniversário. Ela e meu pai vão para Mato Grosso do Sul. Conversamos até eu sentir o sono bater com força. Eu estou um caco. Fui para meu quarto, após um banho, desabei.

Acordei já bem tarde, almocei. Marco, Marquinhos e Douglas vieram para minha casa, ficamos compondo, conversando e Lavínia foi assunto. Não quis falar muito dela, pela primeira vez evitei de falar o quanto gostei de estar com uma mulher, apesar de ter gostado muito. Se ela vier ao meu aniversário, eles vão conhecê-la. Sinto a necessidade de ser discreto com ela e é com muita estranheza que assumo: o sentimento é de posse. Não quero falar do que é meu. Ela é muito linda, eles não precisam saber disso agora. Meu amigo apaixonado, começou a falar da sua namorada, Clarissa. Douglas falou de Juliana, sua também namorada. Enquanto Marquinhos e eu, fizemos cara de nojo e zoamos o máximo que pudemos. Foi divertido estar com eles. Bruna nem apareceu, ficou ocupada o dia todo com sua marca. É, ela vai ter sua própria marca e seu escritório é aqui em casa mesmo, pelo menos por enquanto. Acho lindo seu esforço e tá ficando tudo de muito bom gosto. Já bem tarde, quando meus amigos foram embora, eu mandei mensagem pra Lavínia, mas como eu já esperava, não houve resposta. Decidi assistir série e meus pais me acompanharam.

(...)
|| 
Lavínia ||
A semana foi passando e então chegou fim de semana, eu fiquei atolada de trabalho. Tivemos um atraso na entrega das maquiagens aqui no Brasil, por conta de problemas com a produção lá em Sidney. Estou quase ficando maluca. São muitos telefonemas, trabalho além da hora, reuniões entre eu, Talita e Clarissa. Luan falou comigo algumas vezes, mas foram conversas curtas. Ele fala comigo muito tarde e eu respondo somente no outro dia, quando ele não pode responder e então fica esse desencontro. Eu sei que estou sem tempo até mesmo pra mim. Só uma vez durante essa semana tomei iniciativa pra puxar papo com ele. Respondi um status que ele postou no WhatsApp.

Hoje é terça, já estou indo para o trabalho. Clarissa vai um pouco mais tarde, pois ontem ficou até tarde atualizando umas planilhas. Hoje terei uma reunião com alguns clientes, que compram nossos produtos em grande quantidade para vender em suas lojas. Talita me acompanhou e tomei somente um cafézinho já na loja mesmo, com uma fruta que trouxe na bolsa.



- Cê não pode deixar de comer. - Talita disse ao entrarmos no escritório. Nossa loja fica em baixo e em cima, temos nossos escritórios. São pequenos e ficam um ao lado do outro, podem separados por portas e paredes.  
- É que eu acabei atrasando. Sabe aquela coisa de ficar deitada cinco minutos? - Ela riu de leve. Você tem que se cuidar. - Apontou o dedo pra mim e então abriu a porta indo para seu escritório. Liguei para minha mãe que logo atendeu. 
- Oi, mãe. Tudo bem? Tem notícias boas?  
- Sim. Os produtos acabaram de ser enviados para o Brasil. - Fechei os olhos com força e mordi os lábios para não gritar feito uma louca.
 - Que bom, mãe! Nossa, que notícia boa! - Falei realmente feliz.

- Você não imagina o peso que saiu das minhas costas. - Ela riu de leve. - Agora podemos dormir em paz.

- Mais ou menos. - Falei e ela riu. Sabemos que sempre tem algo pendente para resolver.

- E as meninas?

- Clarissa ficou em casa, vem mais tarde porque ontem ficou muito tempo por aqui. Talita tá no escritório dela, com certeza organizando e verificando mais um vez nosso estoque. - É, o escritório de Talita é também nosso estoque, justamente por isso, ela ficou com o mais espaçoso.

- Certo, ok. E a reunião?

- Daqui uma hora. - E então minha mãe começou a abordar os assuntos, as pautas que serão tratadas e eu só desliguei para descer e cumprimentar os funcionários. São poucos, cerca de cinco pessoas. Nossa loja é bem sofisticada e discreta. Fica localizada em uma rua comercial de alta classe em São Paulo, então o movimento é bem controlado. Enquanto isso, Clarissa chegou com Marco. Com certeza ele passou em nosso apartamento e a trouxe. Esse cara é maravilhoso com ela.

- Bom dia! - Clarissa cumprimentou todos presentes na loja com um sorriso, incluindo cerca de três clientes.

- Bom dia, bom dia. - Marco também disse, educadamente.

- Os produtos foram enviados. - Foi a primeira coisa que falei logo que eles se aproximaram e ela respirou fundo.

- Que alívio!

- Oi, cunhado. - Sorri.

- Oi. Clarissa não soube me dizer se vocês vão pro aniversário do Luan. - Franzi a testa.

- Quando vai ser?

- Hoje. - Abri a boca em espanto.

- Mesmo? Ainda bem que você veio por aqui hein?! - Ri de leve e ele riu de mim. - Mas eu não vou, já conversei com ele. Depois dou uma ligada pra desejar feliz aniversário.

- Eu acho que vou. - Clarissa me olhou.

- Vai, ué. - Dei de ombros. Ela vai com Marco, é claro. Não tinha parado pra pensar nisso antes.

- Então eu vou indo, vocês têm muito trabalho. - Ele me abraçou e fez o mesmo com Clarissa, sem beijo, ele foi embora. Eles mantêm um contato bem discreto quando estão aqui na loja.

- Você deveria ir, ainda mais depois desses dias estressantes. Você merece se divertir.

- Cê vai olhar o caixa não é?! Tô indo pra reunião. - Soltei beijo e ela revirou os olhos. Não quero encontrar Jamile lá, não quero mesmo. Não vou ligar agora pra ele, porque sei que não está acordado. Segui para o restaurante, onde marquei a reunião e Bernardo passou por minha cabeça. Não tive tempo de pensar nele de forma mais prolongada, mas agora, ao ver o cara na rua, que tem o mesmo estilo de cabelo que ele tinha, meu coração apertou. Sinto sua falta. Mas agora eu me sinto mais conformada e isso é bom.
    A reunião durou quase duas horas, foi satisfatória. Os clientes ficaram contentes ao saber que os produtos logo chegarão e eu consegui justificar bem o motivo do atraso. Além disso, firmamos mais ainda nossa parceria. Estarei marcando presença em cada loja deles para maquiar alguns de seus clientes. Depois de terem sido tão compreensíveis, eu achei que isso foi justo.

    Ao chegar, encontrei as meninas na sala de Talita e então conversei sobre a reunião, como tudo ocorreu e também sobre a presença que irei fazer nas lojas, Talita se animou para ir comigo. Ela também é excelente em maquiagem, se profissionalizou na área a pouco mais de um ano.

    Voltei para minha sala, respondi alguns emails, acompanhei um pouco os funcionários na loja e maquiei algumas clientes que apareceram. Gosto de fazer isso. Elas vem pra testar o produto, saem maquiadas e na maioria das vezes, ainda levam o produto. É um grande prazer trabalhar com o que amo.

    Chegou o horário de almoço e então Clarissa, Talita e eu, ficamos na loja, enquanto metade dos funcionários saíram para seu horário de almoço. Lidamos com nossos clientes durante esse tempo, como fazemos todos os dias. Quando os funcionários voltaram, foi nossa vez. Foi bom almoçar antes das 16:00 horas. Esses últimos dias realmente foram loucos. Durante meu almoço com as meninas, lembrei de Luan. Vou ligar pra ele.




OOIIIII MENINAS! FELIZ 2020! Quem acha que vai ser um ano incrível levanta a mão? 🙋🏾‍♀️ nem demorei pra postar heinnn 🌚 Lavínia esqueceu do aniver do Luan, preferiu deixar o desentendimento entre os dois e tá relutando em ir à festa de aniversário. E aí? O que acham que vai rolar no próximo capítulo? 🤭
Obrigada por cada comentário, leio com mt mt mt carinho 😍
Bjs, Jéssica ❤️