Chegamos ao hotel e encontramos todos na área da piscina. Bebendo muito, música rolando e todos dançando, animados. O aniversário de Gabi é amanhã, mas as comemorações não param.
- Chegaram, gente! - Gabi gritou, cutucando quem estava perto e então Quirino deu força ao grito dela:
- Os dois safados!
- É namoro ou não é? - Marco quis saber e vimos vários olhares sobre nós. Olhei Lavínia que tem um sorriso imenso.
- Diz. - Eu falei.
- Eu tô sem graça. - Ela disse somente para eu ouvir, me abraçando de lado.
- Fala logo, porra! - Keven gritou e entre os olhares encontrei o de Gabriel. Percebo ele um pouco tenso, esperando, provando da sua bebida.
- É namoro sim! - afirmei com entusiasmo e então eles gritaram, bateram palmas. Menos Gabriel. Esse, apenas bebeu um pouco mais e se virou para colocar mais bebida em seu copo. Isso, filho da puta. Se contenta com tua bêbida. Essa loira é minha.
- Bora beber pra comemorar! - Clarissa disse, levantando um litro de vodka. Todos comemoraram mais uma vez e então Lavínia se afastou de mim, indo de encontro a suas amigas. Os meninos logo me rodearam, Edgar trazendo um copo cheio com sei lá o que. Mas peguei. Logo que bebi, reconheci. Whisky. E assim fiquei por um longo tempo. Bebendo e conversando com meus amigos. Procurei Lavínia com o olhar algumas vezes e vi ela dançando funk em todas. Rindo com as meninas. Eu já estou bem alegrinho, acho que por misturar vinho com whisky. Já tô começando a perceber que não é uma boa combinação.
Procurei Lavínia com o olhar mais uma vez e desta vez vi ela com o mala. É, seu amigo: Gabriel pé no saco. Eles parecem estar conversando algo sério. Não há nada de sorriso nos rosto, nada descontraído. E então já comecei a deduzir o assunto. Nosso namoro. Se aquele filho da puta estiver me detonando pra minha namorada, eu finalmente vou mandar tudo a merda e enche-lo de porrada. Odeio ter que chegar a isso. Na verdade, não sou disso. Muito pelo contrário, mas esse cara me tira do sério. Facilmente!
- Luan, tira uma foto nossa. - Lorena apareceu, me puxando pelo braço. Fui até ela que está com João, Gabi, Edgar, Keven, Talita, Marco e Clarissa. Eu estava com alguns amigos da internet.
- Só os casais hein?! - Eu disse sorrindo.
- Cadê a tua mulher, caralho? - Marco perguntou e eu acenei com a cabeça, indicando atrás dele. Ele me olhou e fez careta ao ver ela com Gabriel.
- Anda, vamos. - Clarissa apressou, ao perceber minha reação. Eles todos se posicionaram e eu bati a foto. Bati algumas e então não conseguia parar de olhar os dois mais atrás, sem conseguir ouvir nada que falam por causa do som. Permaneci bebendo e logo a rodinha de casais percebeu meu incômodo. Comecei a beber um copo atrás do outro. Os minutos se passando e eles lá. Agora ela tá rindo feito boba e ele também. Abraçou ela e eu soltei um puta que pariu. Desviei meu olhar, evitando um acúmulo de raiva.
Cerca de trinta minutos depois, eu me vi bem bêbado. Misturei tudo e nem lembro do que já bebi. Lavínia continua lá. E já sob o efeito do álcool, eu falei:
- Ela vai ficar a festa toda com esse mala? - Clarissa me ouviu e olhou para trás.
- Relaxa. Ela já vem. - Passou a mão por meu braço.
- Já faz meia hora, pô. - Continuei reclamando.
- Vem, vem. Abre a boquinha. - Marco veio com um litro de algo que não sei, querendo colocar em minha boca. Abri e ele jogou o máximo que eu aguentei. Quando engasguei, ele se afastou rindo.
- Filho da puta! - Eu disse após engolir, também sorrindo.
- Marco, por favor. Da uma maneirada. - Clarissa pediu.
- Amor, hoje eu quero beber e ver todos mundo bêbado. - Bora beber, galera! - Gritou a última frase, levantando o litro, a rodinha gritou e eu olhei Lavínia mais uma vez. Finalmente ela parece ter sentido minha falta. Me olhou e soltou beijo, não retribui, enchendo meu copo mais uma vez.
- Irmã, estão querendo embebedar teu homem. - Talita gritou para que ela ouvisse. Nos olhamos mais uma vez e então ela veio, deixando o mala de lado, que por sua vez pegou o celular.
- Que negócio é esse? - Ela brincou, me olhou novamente. Desta vez me avaliando.
- Ele já tá bêbado, eu só tô na mesma vibe. - Marco foi logo se justificando e eu fiquei olhando ela de uma forma imparcial.
- Cê tá bêbado mesmo? - Bufei. - Quantos dedos tem aqui? - Me mostrou três dedos.
- Dá um tempo, Lavínia.
- Que foi hein?! - Ela passou os braços em volta da minha cintura. Neguei com a cabeça, sem acreditar que eu ainda preciso dizer do que se trata. Bebi um pouco mais. - Ou, larga esse copo. - Ela o pegou da minha mão e colocou na mesa. Todos já estão envolvidos em outra conversa completamente animada.
- O que cê quer? - Lhe olhei bêbado.
- Como você ficou bêbado tão rápido assim? - Ela franziu a testa.
- Isso importa? - Lhe olhei com meus olhos bêbados.
- A gente só tava conversando, Luan. - Ela já começou a se justificar.
- Ah, então você também reconhece que me deixou de lado pra ficar de papinho com esse cara? - Ergui as sobrancelhas.
- Não deixei ninguém de lado. Você tava com os meninos.
- E se fosse eu? - Ela ficou calada, me olhando. - Hein? - Insisti.
- Amor, para. - E então, pela primeira vez, ela me chamou de amor. Mas eu tive que ser forte para não deixar isso me amolecer. Passou os braços em volta do meu pescoço e ficou na ponta dos pés. - Não quero nada com Gabriel.
- Disso eu sei, Lavínia. Ele é quem quer com você. - Olhei ela.
- Vem cá. - Pediu pra eu me inclinar um pouco pra que ela possa me beijar.
- Não. - Franzi a testa, ainda me sentindo bravo. Eu sei que se fosse ela no meu lugar, também não iria gostar.
- Para de ciúme bobo. - Pediu calmamente.
- Ciúme bobo? Ele é doido pra transar com minha mulher. Vai se foder. - Falei, me referindo a ele. Olhando ele que continua no mesmo lugar, conversando com duas mulheres.
- Para de beber, você já tá perdendo a noção das coisas.
- Não, eu tenho total noção das coisas. - Lhe olhei firme e ela suspirou. Se virou, mas ficou colada em mim. Logo puxaram conversa com ela, mas quando eu tentei pegar o copo, ela segurou meu pulso e se virou pra mim.
- Por favor, dá uma segurada.
- Isso mesmo, coloca moral nesse boi! - Edgar gritou.
- Tá me regulando? - Perguntei.
- Amanhã é o aniversário da Gabi, Luan. Você não vai ter nem a opção de passar o dia mal. Deixa pra amanhã, tudo bem? - Lhe olhei, avaliando.
- Beleza, beleza. - Percebi que ela tem razão e talvez eu já esteja passando do ponto na bêbida.
- Deixa eu falar uma coisinha no seu ouvido. - Ela pediu. Já não me importo com os outros em volta. Só ela.
- Pode falar, uai. - Franzi a testa.
- Não, abaixa aqui. - Ela passou a mão em volta do meu pescoço e ficou na ponta dos pés, ainda assim, não alcançou meu ouvido. Me inclinei diante da sua insistência. - Eu amo você. - Ela disse pausadamente. Arrepiei todo e então nos olhamos. - Muito. - Segurei o sorriso.
-Tô bravo com você.
- Eu sei. Você quer subir? Tomar um banho pra se sentir melhor?
- Não, pô. Se é pra tomar banho a gente toma aqui. Cê põe um biquíni, fica tudo certo.
- Tá, mas aqui vai fazer frio.
- Vai nada. Bora subir?
- Vamos chamar a galera. - Ela deu a ideia e assim fez. Como a galera que são, eles concordaram. Logo ela e eu subimos e deixando o restante lá, induzindo todos a entrarem na piscina no meio da madrugada.
Chegamos em frente ao meu quarto e então eu parei olhando ela.
- Vem comigo? - Perguntei.
- Não, meu biquíni tá no meu quarto. - Me olhou sorrindo. Ela sabe o que eu quero.
- Pega lá, eu te espero.
- Luan... nós vamos só trocar de roupa e voltar pra lá. Então nem vem, por que eu te conheço. - Se aproximou. - Já não tá mais bravo?
- Tô sim. Só perguntei. - Dei de ombros, totalmente sem argumentos. Ela riu.
- Você é meu neném. - Fez voz de bebê e eu revirei os olhos, sem segurar o sorriso. Que saudade eu estava de ouvir ela falando assim comigo! Sua risada tomou conta do corredor de novo. - Anda, vai logo. - Ela disse após se recuperar da risada. Deu as costas, mas antes lhe puxei pelo braço, lhe prensando na parede com meu corpo. Beijei sua boca, beijei muito. Com vontade, mão boba, língua com língua. Beijo longo, quente, cheio de paixão. Deixe ela ofegando na minha boca.
- Tem certeza que não vai entrar?
- Você não joga limpo. - Me olhou. Seus olhos cheios de tesão. Eu conheço.
- Não jogo. - Sorri em seus lábios e ela fechou os olhos. Chupei seu lábio. Chupei de novo e mordi, puxando. Procurei seu pescoço e então lhe beijei levemente, vendo ela se arrepiar.
- Não faz isso, Luan. - Ela disse totalmente entregue, acariciando meus ombros, descendo para os braços. Passei minha língua em seu pescoço e chupei em seguida. Beijei de novo, de novo e então procurei sua boca novamente. Foi receptiva e sua língua já me recebeu com fome. Comecei a ficar excitado, o cheiro dela me consumindo. O corpo no meu. A boca na minha. Meu corpo quase gritou em êxtase. Minha maior embriaguez não é o álcool, mas ela. Sim, ela. Procurei seus cabelos e segurei com firmeza. Puxei e ela chupou minha língua, lambendo meus lábios em seguida. Iniciando um outro beijo. Puxei mais seu cabelo e ela gemeu. Meu pau ficou mais duro e porra, eu tô perdido. Ouvi um celular tocando, então ela encerrou o beijo e eu suspirei frustrado. A boquinha inchada e vermelha. Procurei seu celular na bolsinha que está carregando, enquanto eu continuo perto, com as mãos na cintura dela.
- Oi. - atendeu e me olhou. Pude ver no visor. É sua irmã. Ela ouviu algo, sem tirar os olhos de mim. - Tá, eu posso levar. - Ouviu novamente. - Agora? - Olhou meu pescoço e ouviu de novo. - Tá. Tô indo. - Clarissa disse algo que fez ela rir. - Você não sabe de nada, ridícula. Tchau. - E então desligou. Me olhou e suspirou. - Clarissa. Ela tá vindo pegar um biquíni que eu comprei, mas não usei. Vou emprestar.
- Sério? - Fiz careta.
- É. Mas você vai trocar sua roupa. Vou trazer um remédio pra amanhar não ter vestígios de ressaca.
- Tá. - Ela se afastou e eu lhe dei espaço. Deu as costas e eu lhe dei um tapa na bunda. Ela sorriu pra mim e continuou indo. Deus, eu me perco nela.
(...)
Descemos, fomos para a área da piscina, antes Lavínia me deu remédio para minha ressaca. Segundo ela, isso iria auxiliar para que eu acordasse bem. Assim que chegamos, já encontrei gente na piscina. Algumas das meninas somente de lingerie e os meninos somente de cueca.
- A galera é doida mesmo. - Sorri para Lavínia, com minha mão entrelaçada na dela. Ela trouxe meu roupão, para o caso de sentir frio. Ela o deixou na cadeira e então, nós entramos. Mergulhei e ela fez o mesmo.
- Você vai se sentir melhor depois disso. - Ela disse, se encostando na borda enquanto todos fazem festa a nossa volta.
- Eu já me sinto um pouco melhor. - Ela me olhou desconfiada e eu ri. - Mas que biquíni maravilhoso, hein?! - Comentei, olhando o quanto ele é minúsculo. Sua cor é um bronze meio cintilante.
- Quer tirar? - Ela provocou.
- Oh, você não brinca! - Ela riu e me abraçou. - As vezes parece que tô sonhando. - Olhei pra ela feito bobo, com as mãos em volta da sua cintura.
- Tá falando do que?
- De nós, aqui. Não acredito que finalmente estamos juntos.
- É, neguinho. Mas ainda tem muito o que enfrentar, você sabe.
- O mais difícil eu já enfrentei. Meus traumas. Nada mais vai me parar, impedir de eu viver o que tenho pra viver com você.
- Será que é porque você tá bêbado? Mas tá muito fofinho! - Ela sorriu alegre, se agitando na água. Isso me fez rir. Eu me sinto bem de uma forma única quando estou com ela. Nada se comparada. Ela pulou e passou as pernas em volta dos meus quadris. Agarrei sua bunda.
- Você não vai dormir hoje. - Ela gargalhou.
- Eu não quero dormir. - E então selou nossos lábios. Apertei sua bunda e ela se remexeu em mim. Safada!
(...)
Ficamos entre brincadeiras, provocações e conversas. Senti o efeito do álcool ir passando. Decidi deixar a piscina e deitei nas cadeiras de descanso. Me enrolei com o meu roupão que ela trouxe e então observei. Comecei a sentir meu olhos pesando, quando menos percebi adormeci.
Minutos depois...
Acordei e logo o barulho do som encheu meus ouvidos. Ouvi vozes e risadas. Procurei de onde vem a movimentação e achei. Vi Lavínia de boné, óculos Juliette, somente de biquíni. Ao seu lado, Gabriel. Somente de sunga, também com um óculos Juliette e um cordão de ouro, grosso, em seu pescoço. Enquanto uma mulher grava os dois, eles dançam de forma diferente. Num estilo maloqueiro, enquanto toca funk. Cerca de mais dez pessoas ocupam o local. Estão todos rindo. Fiquei observando a palhaçada e não pude evitar de sentir ciúmes. Foi então que o vídeo acabou e ela olhou em minha direção ainda sorrindo.
- Meu neném acordou. - Ela disse alto, e veio toda saltitando em minha direção. Tirou os óculos, os colocando pra cima, deixando em seus cabelos e montou em mim. Lhe recebi sorrindo de lado. - Cê tá com frio? - Ela acariciou minha barba. Neguei com a cabeça.
- Eu quero subir. Vou pro quarto. - Ela franziu a testa.
- O que foi? - Neguei com a cabeça, lhe dando um sorriso irônico.
- Nada, Lavínia. - Fiquei olhando ela.
- Ele é só meu amigo. - Bufei. E lá vamos nós mais uma vez.
OOIIIIIII!! Quem tava com saudade já vai deixando um comentario. Aquelasssss! Hahahahahaha Meninas, semana passada eu exagerei no fds e não tive condições de vir postar 🤣 Mas já cheguei no sábado com esse capitulozãoooo! Pra quem queria Luan com ciúmes, tome! Gabriel tá mesmo muito chegado ou Luan tá com ciúmes exagerado? Eu tenho minha opinião super formada, mas quero saber a de vocês. Gostaram do capítulo??? Não teve o hot AINDA.
Comentários respondidosss
Bjs, Jéssica 🤍