segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

“ Isso é ciúmes? “ 20

Cheguei em casa bem tarde, acredito que já quase 5:00 horas da manhã. Talita veio o tempo todo questionando se eu transei com ele. Clarissa afirmando por mim e eu tentando me sair dos questionamentos. Viemos de uber e logo que chegamos nos aprontamos para o trabalho. Hoje vai ser um dia daqueles...

Abrimos a loja e só então fomos tomar café da manhã. Lembrei o tempo todo que preciso tomar pílula. Ontem foi incrivelmente bom, se não fosse pelo detalhe de Luan ter esquecido de gozar fora, havia sido perfeito. Agora eu estou preocupada, enquanto as meninas se preocupam em bater foto. 

- Gente, vamos comer logo. - Falei. 

- Nada disso. Vai, você também. - Clarissa insistiu, me empurrando de leve. Fui e fiz cara de tédio. 

- Nem parece que transou ontem. - Talita provocou e minha irmã riu, acabei sendo contagiada por elas.
 
- Idiotas. - Murmurei e fiz pose, enquanto Clarissa faz o registro. - Pronto. Agora vamos comer. 

- Falta eu. - Ela disse, me dando o celular e indo fazer pose também. 

- Rápido, Clarissa. Tô com fome. - Falei e ela já foi se posicionando. Roupa formal, realmente uma mulher de negócios. Nós sempre nos vestimos com formalidade para o trabalho e minha irmã fica uma mulher incrível vestida dessa forma. Me bate a realidade de que ela cresceu. - Chega. - Falei depois de três fotos. 

- Barbie, cê tá estranha. - Talita franziu a testa enquanto começamos a caminhar para dentro da cafeteria. 

- Espero que seja fome. Trabalhar virada não fez bem pra ela. - Clarissa comentou e eu suspirei. Elas não têm culpa das minhas preocupações. 

- Vou explicar pra vocês. - Decidi falar, enquanto entramos no local e escolhemos nossa mesa. Fomos recebidos por um garçom que logo nos deu o cardápio. Se afastou e quando isso aconteceu, as duas me olharam curiosas. - A gente não se protegeu ontem. Eu não tô tomando nada, então eu preciso tomar uma pílula hoje, não quero engravidar. 

- Puta que pariu. - Clarissa sussurrou.

- Vocês eram o casal prefeitinhos. - Clarissa fez coração e nós rimos. - Passamos na farmácia depois daqui. - Piscou um olho. - Mas olha, cuidado. - Apontou um dedo pra mim. - Engravidar agora e o Luan como pai, na situação que você tá com ele, não é nada legal. - Fez careta.

- Eu sei, sei disso. - Olhei o cardápio. Elas ficaram um segundo em silêncio e então Talita disse:
 
- Eu acho ele muito bonitinho com você. 

- Isso é. - Clarissa sorriu. - Vocês são lindos juntos. Ontem eu quase soltei que shippo, mas esse lance é total desapego não é?! 

- É. - Ri de leve. 

- Quando ele abraçou você, na hora de irmos embora... ah, que lindo! - Talita vibrou. Clarissa riu dela e eu acompanhei. 

- Ei, mas foi fofo mesmo. Ele passou o braço em volta do teu pescoço e ficou te olhando, pedindo pra cê ficar mais. - Minha irmã suspirou, toda boba. 

- Gente! - Acabei rindo mais ainda.

- E você conseguiu dizer não! - Talita disse incrédula. - Como que consegue? - Me cobrou explicação. 

- E ele quando te beijou... Af, eu fiquei shippando ainda mais. - Sorri negando. 

- Vocês transaram aonde? - Talita me olhou curiosa.

- Gente, eu fico sem graça. - Falei e elas riram. - Vamos escolher o que comer. - Olhei para o cardápio e elas riram. Escolhemos e então o garçom veio anotar. Eu adoro essa cafeteria, é tão aconchegante, discreta. 

- Eu vi a Talita de conversinha com aquele compositor. - Clarissa disse, mudando de assunto e eu franzi a testa.

- Quem? - Perguntei. 

- O Keven. - Talita disse, segurando o sorriso. 

- Eu não vi. - Fiquei boquiaberta. 

- Cê tava ocupada com o Luan. - Clarissa me olhou maliciosa. E então olhamos Talita, esperando ela falar. 

- O que? - Riu de leve. 

- Conta logo, Talita. - Pedi. 

- Ah, nós conversamos. - Ela deu de ombros, tentando não ser detalhista. 

- Fala logo, caramba. - Clarissa sorriu, empolgada. 

- Rolou um beijo. - Clarissa e eu gritamos e então logo lembramos de onde estávamos. Tarde demais. Os olhares todos sobre nós e nós três com vergonha. - Descontroladas. - Talita repreendeu, segurando o sorriso. 

- Meu Deus, que vergonha. - Clarissa disse, quase enterrando a cabeça na mesa. 

- Ah, deixa isso pra lá. Conta, amiga. Como foi? - Fiquei muito curiosa. 

- Nós conversamos, do nada. Eu tava sentada no sofá, tomando um drink, a Rafa que tava conversando comigo, foi ao banheiro e ele se aproximou. A conversa fluiu tão bem... pela primeira vez, minha perna não foi assunto no primeiro contato com alguém. Ele não perguntou, nem tentou entrar em um assunto que chegasse a isso. Aí, eu fui até a cozinha, ele apareceu logo atrás com a desculpa de que tava procurando salgadinhos, a gente já tava querendo e aí rolou. - Deu de ombros e eu senti meus olhos brilhando. 

- É, parece que vai ficar tudo nesse meio da música mesmo. - Clarissa disse e nós rimos. Talita continuou contando o que achou dele, falou que trocaram números, mas disse que está sem expectativas. Elas arrancaram de mim o fato de ter transado com Luan em um carro. Insistiram até eu falar. Clarissa já ficou fantasiando uma saída de casais, todos juntos. Afinal, os três são amigos e nós também. Acabamos ficando mais do que o previsto na cafeteira. Comendo e conversando. Seguimos para a loja, mas antes, paramos para comprar a pílula. Eu tomei e me senti mais tranquila. Espero que realmente tenha o efeito esperado.

Ao chegar na loja, foi a correria de sempre. Não tive tempo nem ao menos de sair para almoçar. Clarissa e Talita foram, mas eu fiquei e pedi para trazerem pra mim. Comi rapidamente e já voltei ao trabalho. Cheguei em casa um caco. Completamente exausta, necessitando descansar. Tirei meus saltos e deitei em minha cama, parando para pegar em meu celular. Logo vi as mensagens de Clarissa, mandou minhas fotos já editadas e disse que eu deveria postar. Realmente ficaram boas e eu decidi postar uma:




“ Era pra ser uma foto de bom dia, mas em meio à correria não foi possível. Boa noite serve? ❤️ “ 

Voltei para o WhatsApp e respondi algumas mensagens, entre elas duas de Luan:

“ Cê tomou a pílula? “ 12:56

“ Cê tá bem? Tá de pé eu ir pra sua casa? “ 16:48

Bufei. Como eu esqueci que ele ficou de vir pra cá? Mesmo cansada, eu senti um frio bom na barriga.

“ Tomei sim. Vem, acabei de chegar do trabalho, só preciso de um banho. “ 17:03

“ Certo. Quando cê tiver pronta, me avisa “ 17:03

Bloqueei o celular e corri para o banheiro. Tomei um banho caprichado e fiquei cheirosinha depois de passar óleo corporal. Vesti um cropped curtinho e um short frouxinho, tecido leve. Tudo na cor branca. Deixei meu cabelos soltos e molhados. Fui até a sala e não encontrei nenhuma das meninas. Estão em seus quartos. Decidi mandar mensagem em nosso grupo, avisando que o Luan vem. Em seguida, eu disse pra ele vir. Voltei para meu quarto e fiquei decidindo por um filme, até que Lorena acabou me ligando. Nós conversamos bastante, sobre tudo, incluindo Luan. Ela começou a insistir pra que eu vá esse fim de semana para Belo Horizonte, encontrar ela e Gabi.

- Vou pensar, Lorena. Sério. Vou tentar ir. 

- Vai ter um show dela, vai ser muito legal. Te apresento todos os nossos amigos aqui. 

- Certo, eu vou ver como vão ficar as coisas no trabalho e depois de dou uma resposta. 

- Tá, eu espero. Meu Deus! Acabei de ver aqui. Já tem quase 40 minutos que estamos conversamos. - Nós rimos e então eu ouvi uma batida na porta do meu quarto. 

- Então depois a gente se fala tá? Eu amo você. 

- Eu também amo você. 

- Beijo. - Falei já abrindo a porta, com os pés descalços e dei de cara com Luan. Meu coração acelerou e mais uma vez constatei o quão lindo ele é. Bermudinha jeans branca, camisa sem mangas preta. Cabelinho arrumado. Lindo! 

- Beijo. - Lorena falou do outro lado e então desliguei. Sorri pra ele e já o abracei. Ele me abraçou de volta e pude sentir seu sorriso contra meu pescoço. 

- Cheirosa... - Comentou e eu o apertei mais. Que gostoso sentir ele. Beijei sua bochecha e em seguida, desfiz o abraço. 

- Chegou rápido. - segurei sua mão e o puxei delicadamente pra dentro. 

- Não tinha muito trânsito. 

- Vem. - O guiei até a cama. Nem perguntei como ele subiu. Das duas, uma: as meninas liberaram sua subida, ou ele usou seu nome mais uma vez.

Tirou seus chinelos e logo deitou, fiz o mesmo deitando ao seu lado. 

- Como cê tá? - Ele olhou meu rosto, enquanto me aconchego ao seu corpo, ficando quase em cima dele por completo. 

- Bem. Cansada, mas bem. - Ele fez careta. 

- Cê tem uma rotina corrida né? - Passou a mão por meus cabelos. 

- Tenho, na maior parte dos dias. Mas não vamos falar de trabalho. - Montei nele, sentando no finzinho da sua barriga. - Eu tava escolhendo um filme. - Ele acariciou minhas pernas, olhando em meus olhos. 

- É?! Então bora assistir algum. - Inclinei minha cabeça para o lado e sorri. Lembrei que não trocamos um beijo desde que ele chegou. 

- Cê entrou aqui e não me deu um beijinho. - Reclamei e ele riu. 

- Nem você. - Deu de ombros. Deitei, pousando minhas mãos no rosto dele, encostando meu nariz ao seu. 

- Vai dormir aqui? - Sussurrei, olhando em seus olhos. 

- Isso é um convite? - Ele sorriu e eu encostei meus lábios nos dele, sorrindo também. 

- Cê bem que podia ficar... - Mordi seu lábio inferior. 

- Me convence. - O beijei caprichosamente, chupando seus lábios e agindo com minha língua. Acariciei seus cabelos e ele ficou acariciando minhas pernas. Lhe dei um selinho pra encerrar o beijo. - Hum, tá quase convencendo. - Falou ainda com os olhos fechados. 

- Deixa comigo, quando cê perceber já vai tá dormindo nessa caminha. - Falei toda convencida e ele riu. Cheirei seu pescoço e logo voltei a olhar em seus olhos, ficando sentada novamente. - Vai ficar até quando de férias? - Perguntei. 

- Volto em menos de um mês. Dia 1 de Abril. 

- Dia da mentira? - Ri da ironia. 

- É, isso mesmo. - Ele sorriu. 

- Vai viajar pra... - Esqueci. 

- Pantanal, depois vou passar uns dez dias em Ibiza. 

- Ai, eu amo Ibiza. - Ele procurou minhas mãos e as segurou, acariciando.

- Bora comigo? - Eu ri de sua brincadeira. 

- Tá doido? 

- Ué, vamos comigo. - Repetiu e eu fiquei confusa. Ele tá falando sério? 

- Não, Luan. Não tenho como deixar tudo aqui. - Ele fez uma carinha de lamentação. - Já tenho uma viagem mês que vem. Vou ver meus pais. 

- Sério? Quanto tempo vai ficar lá? 

- Por quê? Já tá pensando na saudade que vai sentir? - Joguei os cabelos, sendo convencida de novo e ele soltou uma risada gostosa. 

- Cê tá tão convencida, loirinha... 

- Ah, que isso. - Ele sentou-se, pousando as mãos em minha bunda. 

- Quantos dias? - Olhou minhas boca, enquanto eu passei os braços em volta do seu pescoço, mantendo nosso contato visual. 

- Acho que uma semana. Vou deixar tudo nas mãos de uma funcionária da loja. Ela é muito aplicada sabe?! - Ele assentiu. 

- As meninas vão também? - Ele me olhou sério e eu estranhei seu interesse por minha viagem. 

- Vão. Por isso vai ficar tudo por conta da nossa funcionária, mas claro, a gente vai dar um suporte de longe. 

- Cê vai reencontrar as pessoas que... - Ele suspirou, tentou encontrar palavras e eu franzi a testa. 

- Que...? - Incentivei. 

- Que eram próximas a você e ao Bernardo. - Senti incômodo no modo que ele falou. 

- Acredito que sim. - Continuei com a testa franzida, tentando desvenda-lo. Ele desviou o olhar e pelo que conheço, sei que está incomodado. 

- Entendi. 

- Ei! - Segurei seu queixo. - O que foi? 

- Nada. - Olhou em meus olhos. 

- Conversa comigo, Luan. - Ele bufou. 

- Não quero dizer isso. - Ele riu sem humor. 

- Fala, vai. - Selei nossos lábios demoradamente. 

- Não gosto do fato de você conviver novamente, mesmo que por pouco tempo, com pessoas que te lembrem ele. Quando cê voltar, eu te quero desse jeitinho. Não queria nenhum regresso. - Desabafou. 

- Cê tá receoso? - Ergui as sobrancelhas. 

- Não me pergunta o que tô sentindo, só me incomodou. - Deu de ombros. Ele tá com ciúmes? Medo de tudo mudar entre nós? É isso mesmo? 

- Luan, a cada dia eu estou melhor. Finalmente eu tô conseguindo aceitar tudo que aconteceu. Eu passei muito tempo sofrendo. Te confesso, as vezes o coração aperta quando lembro dele e acho que sempre vai ser assim, mas eu melhorei. Você tem uma parcela enorme nisso, então não vai ter nenhum regresso entre nós. Mesmo que depois, futuramente, a gente pare com esse lance, a amizade vai prevalecer e o carinho também. 

- Tá. - Foi a única coisa que ele me disse e eu percebi que não era o que ele queria ouvir. 

- Bora escolher um filme, gatinho? - Decidi mudar de assunto. 

- Bora. - Ele deu um meio sorriso. 

- Quero um beijo. - Ele prontamente me atendeu, me deixando maravilhada com seu beijo. Dessa vez, eu senti posse, senti ainda mais firmeza no seu beijo, no jeito que pegou em mim. Foi como um recado “ você é minha. “ O fato de eu ter gostado da sensação, me assustou.





Ooiiiiiii!!! Olha só quem apareceu em pleno carnaval??? Isso mesmo! Tenho minhas falhas, mas também surpreendo né?! Eu sei. Olha, pra quem tá em casa, assim como eu, vai amar ver esse capítulo novo. Foi um capítulo cheiooo de acontecimentos. E aí? Com qual que vocês ficaram mais empolgadas? 
Obrigada por cada comentário! Ótimo saber que ainda estão acompanhando. Obrigada mesmo!
Bjs, Jéssica 

domingo, 16 de fevereiro de 2020

“ No carro “ 19


- É muito estranho, confesso. Te disse que nunca tive nada parecido. - Ela falou pegando uma colherada da sobremesa, esquecendo o restinho de picolé. Parecendo uma criança. - Isso é bom. - Falou com a boca um pouco cheia e em seguida segurou o sorriso, me fazendo rir. Lavínia tem um dom de me deixar leve, esquecer de tudo. Sem falar no tesão que sinto por ela... caralho, é muito desejo. Lambeu os lábios e eu suspirei. Boquinha linda! Carnuda, vermelhinha... chupa bem pra caramba. - Quando eu tô com você, eu esqueço do Bernardo. Parece que é só eu e você. - Puta merda! O mesmo que eu! 

- Eu também me sinto assim. Só eu e você. - Ela continuou comendo. 

- Mas também não sei como agir direito. Quando ser sua amiga, quando ser mais que amiga. - Tive que rir dela. 

- Lavínia, isso é bobagem, pô. Cê me beija e transa comigo quando quiser e também conversa comigo, brinca comigo, quando quiser. - Ela assentiu, comendo. 

- Eu tô gostando de te conhecer melhor. A gente se vai se ver pouco, mas tudo bem. - Deu de ombros.
 
- Posso ir na tua casa amanhã. Na quinta já viajo, te disse que vou pro pantanoso né?! 

- É verdade. Eu nem lembrava. Quer ir fazer o que lá em casa? - Me olhou com cara de malícia. Quase puxei ela pra dentro do carro na mesma hora. 

- Ficar com você. A gente pode pedir alguma coisa pra comer. 

- Chamar o Marco e a Clarissa pra assistir filme. - Complementou empolgada. 

- Não. Só nós dois. - Protestei. Já tenho tão pouco tempo sozinho com ela.

- Vamos chamar eles, vai. - Se aproximou, colando o corpo no meu e sorrindo. 

- Talita vai se sentir sozinha. - Tentei convence-lá, argumentando. 

- Ela fica com a gente. - Deu de ombros. 

- Cê que sabe. - Olhei pro lado. Poxa, quero curtir ela. Não ficar com grupinho. Em todas as vezes que nos vimos, foi com uma galera junto. 

- Não tem como ser nós dois, Luan. Lá em casa sempre tem gente. - Se justificou, acho que percebeu minha reação. 

- No seu quarto. - Olhei pra ela novamente. - Por favor? - Ela sorriu e grunhiu fazendo uma carinha fofa, mordendo minha bochecha em seguida. 

- Você é lindo. - Fiquei surpreso com seu elogio inesperado, sua boca procurou a minha, logo percebi que ela ficou na ponta dos pés. Segurei as laterais do seu rosto e ela segurou minha nuca, ocupando sua outra mão com o prato de sobremesa. Foi um beijo lento, sem pressa, delicado, que me fez ferver. Eu quero ela. Sua língua passeando por minha boca com maestria, sabe exatamente como fazer. Chupou minha língua e eu gemi bem baixinho, ela arranhou minha nuca e eu arrepiei todo. Seus lábios continuaram envolvendo os meus, nossas cabeças se movimentando em sentidos contrários, também sem pressa. Sugou meu lábio inferior longamente e então me deu um selinho, finalizando o beijo. Fiquei sem fôlego e senti meus olhos pesando. Encontrei sua boca vermelhinha e os olhos na minha. 

- Entra nesse carro. - Sussurrei e ela sorriu, mordendo os lábios. 

- Luan... - Me olhou receosa e então se aconchegou ao meu corpo, atacando meu pescoço. Mordeu de leve, passando a língua em seguida e eu comecei a ficar ereto. Ela tá provocando descaramente. Chupou e eu suspirei. Beijou e beijou de novo, passou a mão por minhas costas nuas e arranhou de levinho. 

- Loirinha, puta que pariu! - Suspirei, ela riu de leve e me olhou. Que olhar quente da porra. Peguei a chave do carro no bolso da minha calça de moletom e destravei o veículo. Abri a porta e ela riu. 

- Cê é louco? 

- Você que é. Me provocando desse jeito... - Ela ficou me olhando. - Entra, vai. - Eu preciso de você agora. Meus pensamentos gritaram e meu pau tá implorando faz tempo. 

- Rapidinho. - Ressaltou e então entrou. Meu sorriso não teve tamanho. Dei a volta no carro e entrei no banco do motorista. Minha mãos logo procuraram seus cabelos e não demorei pra achar sua boca. Beijei mesmo, com vontade, não sei onde o prato de sobremesa foi parar, mas eu senti as duas mãos dela em volta do meu pescoço. 

- Vem pra cá. - Sussurrei em meio ao beijo e ela rapidamente se montou em mim. Olhou meu rosto, com a carinha repleta de tesão e então voltou a me beijar. Ela ficou rebolando inconsciente em meu pau e então eu apertei sua bunda e lhe dei alguns tapas. - Tira a blusa. - Falei já ofegante.
 
- Me ajuda. - Ela falou em um tom baixo. Estamos em sussurros roucos, o tesão alto... quero essa mulher. Começamos a tirar sua blusa juntos e ela riu de leve com a dificuldade. - Não acredito que tô fazendo isso. - Eu ri de leve e então nos livramos completamente da sua camisa. Pousei minhas mãos em seus seios e apertei de leve e ela se remexeu em cima de mim. Ela se afastou um pouco do meu corpo, ficando encostada no volante. Passou a mão por meu peitoral, descendo pela barriga, seu olhar de desejo, me deixou ainda mais quente. Ela me deseja! É explícito. Parou a mão segurando meu pau e então me olhou. Os olhos verdes, a boquinha entreaberta, a mão começou a me massagear por cima da calça e eu deixei ela fazer seu show. Passei as mãos por seus ombros e pousei em suas pernas. Ela começou a liberar meu pau da calça e eu fiquei olhando sua ação, enquanto tenho consciência de que ela me observa. Fiquei completamente ereto em volta da sua mão e ela apertou de levinho, soltei um gemido baixo, olhando tudo que ela está fazendo, enquanto ela continua me olhando. Ela está me analisando, como eu reajo a ela. Lavínia, você tem uma puta transa. E sim, eu quase morro de tesão por você. Começou com um vai e vem leve, fazendo pressão na medida certa. - O que você quer que eu faça? - Sussurrou e então eu olhei em seus olhos. Me perco neles toda vez que ficamos assim, cara a cara. 

- O que você quiser fazer, eu quero. - Falei, abrindo seu sutiã. É rosa claro, delicado, mais básico. 
Ainda assim, é de tirar o fôlego.
 
- Bora pro banco de trás. - Falou enquanto eu joguei seu sutiã no banco ao lado e peguei seus seios, passando a língua em seus mamilos. Ela gemeu baixinho, sem parar de movimentar meu pau. 

- Tenta passar por aqui. - Falei com a voz completamente rouca, indicando como ela deve fazer pra ir pro banco de trás. Logo ela saiu de cima de mim e ficou com a bunda pra cima. - Tira logo sua calça. - Pedi. Ela sentou no banco de trás e eu virei para olhar. Ela se desfez da sua calça com dificuldade e pude ver sua pele brilhar. Ela já está com calor, não estou muito atrás. Quando tirou, vi sua calcinha também rosa e não demorei para me aproximar. Nos ajeitamos do jeito que deu, fiquei em cima dela e ataquei seu pescoço. Ela voltou com a mão em meu pau e então disse: 

- Quero chupar você. - Quem resiste a um pedido desses? 

- Bora trocar de posição. - Falei e então com muito esforço, demoradamente, trocamos. Consegui sentar e ela ficou deitada, com o rosto na altura do que ela quer. Me olhou e seus olhos brilharam no escuro. Linda da porra! Não demorei para sentir sua boca quente me envolvendo, o espaço úmido, estreito e ela me levou até seu limite, me fazendo soltar um gemido grave. Segurei seus cabelos e senti ela fazer o vai e vem com a boca, as mãos auxiliando e eu ficando ainda mais duro, se possível. Usou a língua, chupou e eu gemi, gemi bastante. O carro parecia cada vez menor pra nós dois, mais quente. - Loirinha, não aguento mais. - Falei, dando uma puxadinha no seu cabelo. - Eu quero você. 

- E eu tô pronta. 

- Então vem aqui, vem. - Ela ficou de joelhos, tirou a calcinha e logo montou em mim. - Eu gozo fora. - Falei e ela já foi me posicionando em sua entrada, quando entrei, gemi, jogando minha cabeça para trás. Já não bastava o oral do caralho, ainda me deparo com ela molhada desse jeito... 

- Ai, que gostoso. - Ela sussurrou e começou a rebolar.

- Delícia. - Sussurrei e sua boca procurou a minha. Segurei sua cintura e ainda lhe beijando, assumi o controle. Aumentei a velocidade e ela gemeu na minha boca. Isso me impulsionou, meti mais, mais e mais. 

- Ah, isso! - Ela gemeu, jogando a cabeça para trás com seus cabelos longos. Logo deixei ela no comando e ela deixou as estocada lentas, porém profundas. Rebolando gostoso, muito gostoso. 

- Tem que ser uma rapidinha inesquecível. - Sussurrei, olhando pra ela. Aproximou seu rosto do meu.
 
- Você sabe que faz gostoso. - Isso me fez sorrir e meu ego foi lá em cima. 

- Você sabe que rebola e chupa pra caramba. - Ela sorriu e então sua língua invadiu minha boca. Aumentei a velocidade de minhas investidas e ela gemeu mais alto. Toquei seu clitóris e comecei a estimular, sem deixar meus movimentos dentro dela.

Ficamos mais alguns minutos perdidos de prazer, tentando agilizar nosso orgasmo. Quando veio, foi tão forte, eu não consegui gozar fora. 

- Puta que pariu, Luan. - Ela me abraçou. 

- Esqueci de gozar fora. - Falei ainda anestesiado, acariciando suas pernas. 

- Merda. - Ela se afastou um pouco. 

- Cê pode tomar pílula, não pode? 

- Posso. Mas caramba, isso não é pra ficar acontecendo. 

- Começa a tomar alguma coisa, fica melhor pra nós. - Acariciei suas costas, tentando não ficar muito pilhado com o que acabei de fazer. Mas ela vai tomar a pílula do dia seguinte, estou certo disso. 

- Quando você disser que vai gozar fora, goza fora. - Me repreendeu. 

- Eu me deixei levar pelo momento, Lavínia. Caramba! Isso acontece. 

- E nisso você pode deixar alguém grávida e consequentemente ser pai. - Segurei as laterais do seu rosto. 

- Olha aqui. Desculpa tá? Você é tão gostosinha que... fui descuidado, cê tem razão, mas tem a opção da pílula. Não precisa ficar brava. Nem eu tô pirando e olha, até tô me estranhando com essa tranquilidade. Mas eu confio em você e esse momento tá tão bom. - Ela respirou fundo. 

- Vou começar a tomar contraceptivos. 

- Bom. - Lhe dei um beijo caprichado e ela encerrou. Se afastando. - Vou sair pra você ter mais espaço pra se vestir tá? Te espero aqui fora. - Ela assentiu e eu lhe beijei novamente. Ajeitei minha calça e esperei por ela, após sair do carro. Demorou um pouco, mas ela saiu. O cabelo todo desajeitado e a carinha pós-sexo. Sorri pra ela e ela começou a tentar ajeitar os cabelos. - Vem aqui, te ajudo. - Ela parou de frente pra mim e eu deixei seu cabelo todo no lugar. - Pronto. - Olhei em seus olhos e ela sorriu. Eu lhe abracei. 

- A gente tem que voltar e eu tô morrendo de vergonha. 

- Por quê? - Eu ri, me afastando para olhá-la. 

- Cê acha que ninguém vai perceber? - Encolheu os olhos e eu dei de ombros. 

- Tá na minha cara o tempo todo, é claro que já perceberam. 

- Mas eles vão saber que a gente transou. - Sussurrou como se alguém fosse ouvir. 

- Lavínia, isso não é nada de outro planeta. - Segurei sua mão. - Vem. - Comecei a caminhar.

- Ai, que vergonha. - Disse, mas me acompanhou. Quando abri a porta, todos voltados pra nós, soltando gritinhos e batendo palmas. Ela se escondeu atrás de mim, me abraçando. - Que vergonha. - Pude ouvir ela falar. 

- Vem. - Chamei ela e com um pouco de relutância, ela caminhou comigo e logo nos separamos, ela foi para junto de sua amiga e eu procurei os cantores da galera. - Bora beber? Cantar umas modas? - Tentei mudar o foco do assunto e até que deu certo. Esse aniversário já é inesquecível de tão bom.





OIEEEE! Demorei de novo, mas isso nem é mais novidade. É o tempo, garotas. Desculpem mais uma vez. Capítulo quennnte pra vcs! Eles se pegaram com vontade! Antes teve uma conversa muito sincera é muito fofa né?! E no final, alguém esqueceu um detalhe muito importante. O fogo desses dois hein... e ainda foram zoados por toda a galera. Hahaha gostarammm? O que vem por aí? Palpites?
Adoro ver vocês por aqui, obrigada por cada comentário. Senti falta de algumas, mas espero que estejam todas acompanhando. Obrigada!
Bjs, Jéssica ❤️