quarta-feira, 29 de abril de 2020

“ Café da manhã constrangedor “ 27

Encontrei os pais de Luan, que já estavam tomando café. Que droga! Todos reunidos. Logo que cheguei fui recebida com bom dia. Sentamos, tentando agir naturalmente. Mas os olhares deles estavam insinuando algo e eu me senti constrangida. Tentamos manter um clima agradável e eu ainda sinto meu rosto corado pelo orgasmo maravilhoso que o filho deles me proporcionou minutos atrás. Houveram perguntas banais, lhes falei que iria para o trabalho ainda e minha viagem também foi assunto. Eles falaram sobre o aniversário da noite passada e também sobre a hora que chegaram. Luan acertou algumas coisas com o pai dele e eu fiquei quase babando por ver ele todo responsável, falando sobre negócios. Pouco antes de eu levantar, Bruna apareceu. 

- Lavínia. - Ela disse um pouco surpresa. 

- Oi. - Eu sorri e ela se inclinou para beijar minha bochecha. 

- Perdi alguma coisa? - Ela olhou para seus pais. 

- Não. - Amarildo riu. - Eu acho que não. - Ele nos olhou e meu rosto queimou. Luan riu despreocupado. 

- Cês tão namorando? - Marizete sorriu sapeca e eu quase engasguei com o suco que acabei de colocar na boca. 

- Não, mãe. - Luan riu de leve. - Pô, a Lavínia tá sem graça. - Luan passou a mão por meus cabelos e isso não ajudou. Todos viraram os olhares pra nós e eu senti vontade de me enfiar debaixo da mesa. Bruna pegou uma maçã. 

- Eu adoraria tá? - Disse e piscou um olho para seu irmão, antes de sair, alegando estar cheia de trabalho. 

- Eu também preciso ir. - Falei, já levantando. 

- Não precisa ficar sem graça, filha. - Amarildo disse, sorrindo. 

- Tá tudo bem. - Sorri, mentindo. Eu estou muito sem graça. 

- É só que o Luan nunca trouxe ninguém pra dormir com ele, tomar café com a gente pela manhã, desde que essa coisa toda aconteceu na vida dele. - Marizete esclareceu e eu me surpreendi. Meu coração reagiu feito idiota. Comigo é diferente. 

- Chega, mãe. Bora parar. - Ele levantou também. - Lavínia e eu não estamos namorando. 

- E estão o que? - Amarildo quis saber. 

- Cês tão me tratando como um adolescente. - Luan bufou. - Somos adultos, estamos num lance. Só isso. 

- É. Isso mesmo. - Concordei, ainda sem graça. 

- Certo, certo. Parou o interrogatório. - Amarildo disse.

- Vai ser sempre um prazer te receber aqui, meu amor. - Marizete disse, levantando para me abraçar. 

- Obrigada. É sempre bom ver vocês também. - Falei durante o abraço, desfazendo em seguida. Amarildo veio me abraçar.

- Desculpa o interrogatório, por ter deixado você constrangida. - Rimos de leve. - Volta sempre que quiser viu?! 

- Tudo bem. Obrigada pelo café maravilhoso. - Agradeci e desfiz o abraço. - Beijo. - Soltei beijo de longe para os dois e Luan segurou minha mão. Seguimos para a saída e eu nem sei definir qual dos dois está mais sem graça. Essa foi uma das situações mais estranhas da minha vida. Entramos no carro e eu olhei Luan que até agora não deu uma palavra. 

- Direto pra loja? - Ele disse sem olhar pra mim. 

- Claro que não. - Ri de leve. - Tenho que ir em casa, preciso de um banho. - Ele assentiu e continuou sem me olhar. Deu partida no carro, ainda em silêncio e eu sorri. - Então quer dizer que eu sou a primeira que cê trás pra dormir com você depois dessa fama toda. - Ele bufou. 

- É. - Está se sentindo exposto. - As outras eu sempre levei pra um hotel.

- Nem a Jamile? - Senti curiosidade.

- Como mulher não. Só como amiga. E não foi pra dormir comigo. - Segurei o sorriso. Tô toda convencida. 
 
- Então eu sou diferente. - Ele me olhou entediado. 

- Já disse que é. - Eu sorri e ele voltou a olhar pra frente.

- E agora você tá todo sem graça. - Brinquei e ele negou com a cabeça. - Posso colocar música? - Mudei de assunto.

- Pode. - Me olhou rapidamente e eu logo liguei seu som e pedi para conecta-lo ao seu celular. Coloquei musicas pop internacionais e fui cantando o trajeto todo, fazendo carinho na nuca dele.

Quando chegamos em frente ao meu apartamento ele desligou o carro e me olhou. 

- Quer que eu te espere?

- Não. Vai lá resolver suas coisas, eu vou sozinha. 

- Certeza? 

- Certeza, Luan. - Sorri e me aproximei, lhe abraçando em seguida. Beijei seu pescoço e pousei minha cabeça em seu ombro. Eu não quero ir. - Aproveita muito sua viagem, suas férias. 

- Pode deixar. Quando eu voltar cê vai me ver? - O olhei.

- Não sei. - Fui sincera. 

- Sério, Lavínia. - Reclamou. 

- Eu tô falando sério. - Ri de leve e passei as unhas por sua barba. Ele ficou olhando em meus olhos e eu nos dele, em silêncio. Sorri e ele segurou o sorriso. 

- Tenta ir, vai. 

- É claro, com certeza eu vou tentar. - Beijei o canto da sua boca e em seguida sua boca que me envolveu em um beijo lento, de despedida. Senti os lábios dele nos meus, a língua dele sem pressa na minha. Que gostoso... ele encerrou o beijo e mais uma vez eu pensei que não quero ir. 

- Eu não posso ficar parado aqui por muito tempo, loirinha. - Sussurrou contra minha boca e eu nem quis saber, o beijei de novo. Ele sorriu entre o beijo e eu quase derreti. Sua mão acariciando minha perna, o cheirinho delicioso dele... eu tô com muito medo de como isso pode acabar, mas eu não quero parar. Gemi quando o beijo acabou, lamentando ter que ir embora. - Ei, deixa eu te falar. - Ele disse contra minha boca e eu me afastei minimamente. - Sobre a suspeita, cê vai me falando tá? - Meu estômago contraiu. Eu nem tava mais lembrando e agora o medo me assombrou. 

- Tá. - Respondi e ele acariciou minha bochecha. 

- E fica tranquila, loirinha. Eu tô com você, entendeu? - Assenti. - Ter um filho com esses olhos não seria tão ruim. - Ele brincou e eu bati em seu braço. 

- Tá maluco? Deus me livre de engravidar agora. - Ele riu, se divertindo. 

- Não vai tá grávida. Escuta o que tô te dizendo. - Olhou em meus olhos.

- Tomara que não. Agora eu vou embora. - Ele lamentou com um gemido frustrado. 

- A gente vai se falando. - Passou o dedo indicador por meus lábios. 

- Tá, a gente vai. - Selei nossos lábios, mas ele me puxou pra um beijo de tirar o fôlego e então, sem ar, eu saí do carro. Que homem, Deus! Que homem!

Entrei em meu apartamento suspirando, mas a realidade bateu. Eu preciso correr até meu trabalho. Coloquei meu celular para carregar, corri para um banho que acredito ter sido o mais rápido de toda minha vida. Em seguida liguei para Clarissa, que me atendeu rapidamente: 

- Aonde você tá? Lavínia, você sumiu! 

- Em casa. Já indo pra loja. O celular descarregou e eu nem pensei em carregar antes de chegar em casa. 

- Entendi. Não custava nada ter mandado mensagem ou ligado do celular do Luan. 

- Desculpa, eu não pensei nisso. 

- Certo. Vem logo. - Achei seu tom muito sério e algo me diz que o assunto não acabou por aqui. 

- Beijo. - Desliguei e fui o mais rápida possível, pensando que talvez eu tenha realmente sido irresponsável. Não falar nada pra elas, aparecer atrasada... minha mãe não ficaria orgulhosa. De repente me enchi de culpa. E então o sorriso do Luan invadiu minha cabeça. O som dele gozando e a carinha linda que ele faz. A reação dele quanto a possível gravidez foi tão boa! Isso me fez achá-lo ainda melhor. Tem caráter e não agiu feito moleque. Ainda cheia de pensamentos, segui para o estacionamento e peguei meu carro. Foda-se, eu fui muito feliz a noite passada e também na manhã de hoje e ninguém vai estragar isso. Fui até a empresa, ouvindo música e me concentrando no trânsito. Demorei o esperado até chegar na loja. Entrei e encontrei a movimentação dos clientes e também dos funcionários. Vi também Clarissa falando ao celular, enquanto digita em outro. Desejei bom dia as pessoas que eu fui encontrando durante meus passos, até que parei em Clarissa. 

- Não, mãe. Isso é com a Lavínia. - Me olhou. - Ela chegou. - Ficou em silêncio. - Tá, eu falo. - Silêncio de novo. - Beijo. - Desligou e me olhou respirando fundo. - Que loucura! 

- O que foi? 

- Mamãe querendo saber dos detalhes daquela matéria que cê vai fazer, querendo saber até qual repórter vem aqui. - Eu ri diante do estresse da minha irmã. 

- Mamãe é assim, você sabe disso. 

- É, eu sei. - Respirou fundo. - Vamos lá? 

- Vamos. - Segurei sua mão e seguimos para a área dos escritórios. Quando iríamos entrar no meu escritório, Talita saiu do dela. 

- Olha só, a margarida apareceu. - Ela sorriu e eu fiz o mesmo.

- Vamos, entrem. - Abri a porta e dei espaço pra elas. Assim que entramos elas sentaram no sofá e eu fechei a porta. - Ok, eu sei que fui irresponsável. Deveria ter ligado, avisado e não deveria ter chegado atrasada. - Clarissa suspirou. 

- Desconsidera minha ligação de mais cedo. - Minha irmã disse. - Isso hoje parece que tá de cabeça pra baixo, eu sempre tive você como o suporte maior aqui dentro e hoje, pela primeira vez, eu não tive a quem recorrer. - Respirou fundo.

- Eu sei que eu deveria estar aqui. Me desculpem. É só que... - Elas me olharam com expectativa como se esperassem eu confessar alguma coisa. - Ele já iria viajar hoje e eu senti falta dele esses dias. - Olhei para minhas unhas, sem querer ver a reação delas. 

- Tá, mas e o sumiço dele? - Clarissa quis saber. 

- Lá é tipo um lugar de paz, sabe? É como a casa da nossa avó, em Sidney, Clarissa. - Olhei minha irmã, se referindo a mãe de nosso pai.

- Eu sei. E então ele se desliga de tudo. - Ela complementou. 

- Isso. - Suspirei. 

- Todo mundo precisa disso. Ainda mais ele. - Talita defendeu.

- Eu sei. - Falei. 

- Não custava nada ele te falar antes de viajar. - Clarissa falou. 

- É, eu também acho isso. Mas ele me recompensou. - Sorriu e ela soltaram gritinhos. 

- Essa é a Lavínia que eu quero ver, meus amigos. - Talita comemorou e eu ri. 

- Mas vamos deixar de falar sobre o Luan. Me atualizem sobre os ocorridos de hoje e os motivos de Clarissa estar tão maluca. - Sentei numa poltrona de frente pra elas. 

- O motivo maior: essa matéria. Sem contar que eu preciso fazer a atualizações de planilhas, fazer o balanço de patrimônio. Me diz, como mamãe quer um balanço bem no meio do mês? Isso tem alguma lógica pra você? - Ela disse, levemente irritada e eu sorri. 

- Não, não tem. Mas eu vou conversar com ela. 

- E sobre a matéria, eu tô ficando maluca e consequentemente deixando a Clarissa maluca. - Talita riu nervosa. - Já foi acordado como será a divulgação. Como nós sabemos, é um canal de YouTube...

- Sim, mas bem profissional. - Eu ressaltei, interrompendo-a. 

- Sim, nós sabemos. Então, eu tava pensando de a Keyla fazer a divulgação no Instagram e você também no seu. Uma divulgando a outra, que é o mais comum hoje em dia. 

- Eu tinha pensando exatamente nisso. 

- Eu fiz um gráfico que demonstra a previsão positiva que pode ter nessa parceria. - Ela disse, já mostrando o gráfico em seu tablet. - Nosso alcance de público pode aumentar em até 20%. 

- Nossa! - Me surpreendi e Clarissa sorriu toda orgulhosa. 

- E hoje eu recebi uma nova ligação. - Talita fez suspense. Além de lidar com a parte de telemarketing, ela auxilia em muitos outros pontos. Aqui, cada uma faz um pouco de tudo e vai dando certo. 

- Diz logo, amiga. - Clarissa riu. 

- Flávia Pavanelli sugeriu sua ida ao canal dela. O assessor ligou, sugeriu isso e eu disse que poderíamos conversar sobre o assunto. 

- Ela é blogueira, muito reconhecida pelos trabalho voltados pra beleza. - Clarissa disse.

- Eu sei quem é ela. E isso iria promover ainda mais nossa marca. 

- É, até porque nós sabemos que aqui no Brasil, a Sra. Make é mais conhecida por quem realmente ama maquiagem e nós precisamos expandir os produtos. - Talita falou. 

- É, a ideia é de crescimento e em primeiro lugar, lucro. - Eu disse. - Só um minuto. - Levantei e peguei meu notebook. 

- Mamãe até estava pensando em lançar produtos mais populares e assim, a empresa fica mais popular também. - Clarissa falou.

- É, eu tive uma reunião com ela hoje cedo, fez uma chamada de vídeo e me disse pra correr atrás de maneira de prender a maior parte de público possível e me falou sobre isso. - Talita explicou. 

- É, porquê a classe alta conhece, afinal, lá fora somos mais conhecidos, agora o público mais popular não tem muito acesso. - Clarissa falou enquanto eu voltei para a poltrona já com meu notebook. 

- É, eu acho que nós poderíamos começar com uma paleta nova. - Dei a ideia. 

- Então a gente vai precisar falar com a equipe de desenvolvimento. - Talita disse. 

- Reunião? - Clarissa me olhou. 

- Não. Hoje não. - Franzi a testa e nós continuamos decidindo, debatendo várias pautas, isso nos tomou horas. Em seguida, cada uma seguiu para sua sala. Eu entrei em mais uma conversa com minha mãe sobre a ida ao canal da Flávia Pavanelli, deixando pra repassar outros assuntos depois.

Desci para acompanhar as vendas, o movimento e cumprimentei alguns clientes.

Nem vi o tempo passar e não consegui pensar em nada mais além do trabalho. Minha realidade semanal atingida 100%.









Olha só quem apareceu! Vocês sumiram dos comentários né, danadinhas? Mas tô aqui postando mais um! Esse café da manhã foi muito constrangedor né?! Hahahahahaha Os dois foram expostos, mas no fim, Luan foi o mais exposto no negócio todo! Kkkkkkk Lavínia continua na dúvida da gravidez... A viagem vai acontecer... a história desse casal está prestes a dar uma virada totaaaal! Vocês tem ideia do que seja? Estão gostando do rumo da história?
Mais uma coisa, uma vez me pediram pra eu colocar uma rede social que uso, e eu esqueci totalmente! Atualmente só uso o insta mesmo, meu user é @jessialvs_  pra quem estava querendo saber tá? 
Obrigada por cada comentário! Tentei responder de novo, mas deu a mesma coisa 😓 Queria tanto conseguir interagir com vocês nesses aspecto. Mas fiquem certas de que eu sou mt feliz por cada uma de vocês acompanharem essa história! Obrigada! 
Bjs, Jéssica ❤️

domingo, 19 de abril de 2020

“ Sempre pegando fogo “ 26



Peguei Lavínia de jeito no sofá. Ainda despidos, subimos carregando nossas roupas. Já não tenho noção de que horas. Só consigo lembrar da sensação de estar dentro dela, de ouvir a voz dela. De ter ela entregue pra mim. Abri a porta do meu quarto e ela entrou, olhando ao redor.

- Diferente. - Comentou e eu olhei sua bunda maravilhosa. Parece estar tão à vontade totalmente sem roupa no meu quarto. Virou-se pra mim e sorriu. Gostei tanto de vê-lá nua, no meu quarto, que até assustei. Ela também não precisa saber que nunca trouxe nem mesmo a Jamile pra dormir em meu quarto. Na verdade, é a primeira mulher que vai dormir comigo neste quarto. 

- Diferente bom? - Perguntei, colocando nossas roupas na poltrona.

- Sim, bom. Muito criativo a decoração. 

-Muito disso foi ideia minha e da minha irmã. - Me aproximei. 

- Vocês mandaram bem. - Colocou as mãos na cintura e eu olhei seus seios. 

- Teus peitos são perfeitos. - Ela riu e eu os segurei. Chupei um por vez. 

- Luan, você acabou comigo. Preciso de um momento. 

- Eu também preciso de um momento. - Sorri, lhe abraçando. 

- Não parece. - Ela procurou minha ereção de iniciando. Soltei um gemido e afundei meu rosto em seu pescoço. 

- Quer um banho? - Tentei mudar o assunto, pra respeitar o momento que ela está pedindo. 

- Quero. Quentinho, com você. 

-‘Humm, parece muito bom. - Ela riu. - Vem. - A levei até o banheiro e logo liguei o chuveiro, ela amarrou os cabelos em um coque alto, enquanto eu já me joguei na água. Passei as mãos por meus cabelos, fechei os olhos e aproveitei a sensação de relaxamento. 

- Que coisa mais linda, Jesus! - Ela disse e então abri os olhos e a peguei me examinando, observando. Sorri e segurei sua mão, lhe puxando pra mim. - Não posso molhar meu cabelo. - Avisou. 

- Tá. A gente toma cuidado. - Segurei seu rosto em minhas mãos e lhe beijei com doçura. Como é bom estar com ela! Eu senti saudade. Senti mais do que imaginei. Suas mãos agarraram meu pescoço e sua língua pediu passagem, se movimentando contra a minha, seu corpo nu colado ao meu. Minhas mãos procuraram sua cintura e eu passei meus braços em volta dela. Logo pousei as mãos em sua bunda e apertei, morrendo de vontade de mandar ir se foder qualquer momento que meu corpo e seu corpo precise. Senti minha ereção teimosa, ela sorriu em meus lábios enquanto eu chupei os dela. 

- Sabonete. - Ela disse e eu suspirei abrindo os olhos e encontrando os dela olhando minha boca. Seu sorriso é imenso e nada paga essa carinha de satisfação que ela fica após transarmos. Me afastei dela e fui até aonde fica sabonetes, entre outros itens de higiene. 

- Quer shampoo? - perguntei. 

- Luan, eu disse que não vou molhar o cabelo. - Relembrou e eu ri do meu esquecimento. - Lerdo. 

- Você não fica muito atrás. - Voltei pra perto com o sabonete líquido. 

- Como é? - Ela pousou as mãos em meu pau duro. Ele tá teimoso pra caralho. 

- Lavínia. - Gemi e ela mordeu meu queixo. 

- Quer que eu te chupe? - Meu pau pulsou ao ouvir as palavras dela. - Quer? - Olhei em seus olhos. 

- Quero. - Sussurrei. Prontamente ela se agachou, com umas das mãos se apoiando em minha perna e a outra em volta de mim. Me colocou na boca, mas só a pontinha. Desliguei o chuveiro, sentindo minha boca ficar entreaberta. Seus olhos infinitamente verdes me olharam quando ela abriu mais a boca e me acolheu lá dentro, até o fundo. Soltei um gemido estrangulado. Que coisa mais foda de se ver! Ela com o rostinho todo angelical, mas com um olhar que pega fogo, enquanto dá um show de boquete. Sua língua deu voltas e mais voltas e ela ela me sugou. E sugou de novo. Inclinei minha cabeça para trás, gemendo, mas logo voltei a olhar. Eu sinto tanto desejo por ela. É tão fácil, quase que instantaneamente logo que a vejo.
- Porra, loirinha! Você é demais. - Sussurrei, franzindo a testa, deixando minha boca entreaberta, olhando sua boca me devorar. Minhas mãos foram para a parte de trás da sua cabeça e eu segurei com firmeza, estocando sua boca em seguida, até o máximo. Ela me recebendo. Seu rosto ficou ainda mais corado e ela engasgou, então parei. Me tirou de sua boca e retomou o ar, mas sem deixar de me estimular, agora com suas mãos. 

- Eu poderia fazer isso o dia todo. - Eu sorri maravilhado. 

- Não diz isso... não me dá ideia. - Ela riu e já me colocou todo no boca novamente. - Cê vai engolir? - Novamente ela me tirou da boca. 

- Vou, sim. Tá perto? 

- Com você eu sempre tô perto. - novamente ela sorriu e continuou me chupando, do jeitinho que só ela faz. Só ela! Como pode? Como pode tanto talento? Porra! Senti uma tensão se acumulando no fim da minha barriga. Vou gozar. Ela vai engolir. Já esperando, ela ficou chupando a pontinha, estimulando e eu olhei em seus olhos, encontrando os dela nos meus. Caramba, essa mulher vai ser o meu fim! Gozei na boca dela. Engoliu tudo, lambeu mais um pouco e então ficou de pé. 

- Melhor? - Ela sorriu, passando os braços em volta do meu pescoço. Passei os meus em volta da sua cintura. 

- Você não pode ser desse mundo. 

- Sou sim. - Ela sorriu toda convencida. - Tô aqui na sua frente, com você. - Sussurrou. 

- Sou um cara de sorte. - A beijei e então tomamos um banho realmente. Voltamos para o quarto e ela disse:

- Seus pais já devem ter chegado. - Me olhou, vestindo sua calcinha pequena. 

- Talvez sim, talvez não. - Dei de ombros.

- Luan, eu não quero dar de cara com eles de manhã. 

- Deixa de bobagem. - Vesti minha cueca. - Cê quer uma camisa? Ou vai dormir só de calcinha? 

- Quero uma camisa. - Sentou-se em minha cama e eu fui até o closet. Pude ouvir os barulhinhos das teclas do seu celular. Peguei uma camisa minha qualquer. Voltei e joguei a camisa em seu rosto. - Filho da mãe! - Esbravejou e eu ri. Ela me mostrou o dedo do meio, antes de vestir a camisa, enquanto eu me joguei na cama. Logo ela deitou-se e se aninhou em meu corpo. Ficamos de lado, um de frente para o outro. Seus olhos de um profundo verde me olhando, passando a mão em minha barba. Imaginei um filho nosso é só pensei no quanto seria lindo. Mas não, não pode acontecer isso. - Você é tão lindo. - Ela suspirou e eu sorri. 

- Amanhã eu vou te deixar. - Informei.

- Tá. Eu tô tão cansada. - Suspirou novamente. - Tive tanta coisa na minha cabeça nos últimos dias. 

- Não vai ser nada. - Sei que ela também se refere a suspeita de gravidez. 

- Espero que não. - Deu uma risadinha nervosa. 

- Cê vai ver que não. Olha só, cê vai me encontrar em algum show antes de viajar? 

- Não sei, Luan. Sendo bem sincera. 

- Tem que ir, Lavínia. 

- Não tenho não. - passou a ponta do dedo por meu nariz. 

- Por favor. 

- Ah, agora, pedindo com jeitinho... - Bufei e ela sorriu sapeca. 

- Cê vai? 

- Não sei. - Riu de leve. - De verdade. Cê sabe como minha vida é doida. 

- Loirinha, por favor. Faz um esforcinho. Não quero que cê vá sem eu te ver. 

- Não precisa ficar se sentindo assim, Luan. Minha viagem não vai fazer eu voltar atrás de tudo isso. - Quis me tranquilizar e eu respirei fundo. 

- Não é isso. - Menti. 

- Ah tá, sei. - Desacreditou. Me beijou, me cheirou e depois me olhou. Ficamos nos olhando em silêncio, num momento de intimidade profunda. Vi seus olhinhos fechando, até que ela dormiu.

|| Lavínia ||

Acordei ainda sentindo sono. Senti a cama vazia e logo constatei que realmente está vazia. Mas logo Luan apareceu, saindo do banheiro, com uma calça preta e sem camisa, ficando ainda mais irresistível. Tive vontade de pular em cima dele. 

- Puta que pariu. - Murmurei. Ele tá um gostoso! 

- Bom dia também. - Sorriu e se aproximou. 

- Bom dia. Por quê cê tá vestido assim? 

- Tenho dar uma passada no escritório, resolver coisinhas pequenas. E depois ajeitar minha mala, aquela coisa toda de viagem. - Ele se inclinou sobre mim e me beijou brevemente. 

- Cê não devia vestir uma coisa dessas, pela manhã, comigo na sua cama, nunca. - Ele riu, se afastando. 

- Por quê? É só uma calça. 

- Fica um gato, cara. - Fui sincera e ele me lançou um sorriso mais lindo ainda. 

- Levanta, vai. Vou te deixar em casa, depois vou encontrar com meu pai.

- Eu tenho mesmo que ir trabalhar? - Gemi frustrada e ele riu novamente. Seu humor está ótimo. 

- Vai, Lavínia, bora logo. - Ele entrou no banheiro novamente e então eu sentei. Peguei meu celular e vi está descarregado. Não tem problema, as meninas sabem que sou responsável e que vou chegar ao trabalho, mesmo que seja um tantinho atrasada. Levantei e fui até seu banheiro, o encontrei aparando a barba com uma tesourinha. O abracei por trás. 

- Eu vou só trocar de roupa. - Beijei suas costas e encostei meu rosto nela. Acariciei o fim da sua barriga e quando ia descer mais, ele segurou minha mão e riu. 

- Tá dando trabalho hein, loirinha? Pensei que ontem tivesse sido suficiente. - Ele disse e eu fiquei na ponta dos pés o beijei seu pescoço. 

- Você nunca é suficiente. Sempre vou ficar querendo. - Pude sentir ele arrepiar e eu já nem sei mais a que fase estamos, mas eu sinto tudo muito mais profundo do que uma simples lance sem compromisso. Rola carinho, intimidade. Não sei bem explicar. 

- Não me fala essas coisas do nada. Dá vontade de fazer uma besteira contigo. - Me olhou através do espelho. 

- É mesmo?! - Eu ri

- Toma jeito. - Ele riu também e eu lhe dei um tapa na bunda, saindo do banheiro. Tirei sua camiseta e entrei em seu closet pra deixar a camisa em algum lugar. É bem organizado, mas acho que Marizete tem dedo nessa organização. Quando voltei o encontrei sentado, me olhando, ainda sem camisa. - Eu deixei a camisa lá tá? - Falei, me sentindo super confortável mesmo vestindo somente uma calcinha.
 
- Com você não dá. Vem cá. - Eu sorri lentamente, entendendo tudo e me aproximei dele. Ele se abaixou um pouco ficando com o rosto na altura do meu sexo e o cheirou. Segurou minhas pernas e me beijou por cima da calcinha. Segurei seus cabelos e suspirei. - Cê não se importa de atrasar um pouco né?! - Me olhou. 

- Com certeza não. - Ele sorriu e beijou abaixo do meu umbigo. Beijou minha virilha. Não sei como, mas quando percebi já estava sendo jogada na cama e ele por cima de mim.
Preciso sentir o teu gosto na minha boca. - Disse olhando nos meus olhos. Foi a maneira mais bonita que já ouvi “ vou fazer um oral em você. “

- Então sente. - Falei e ele sem se demorar, ficou entre minhas pernas. Seu rosto logo alcançou seu objetivo e ele afastou minha calcinha pro lado, me cheirando em seguida. Suspirei e logo senti um beijo e então sua língua, fazendo meu corpo reagir de imediato. Senti um chupada leve e olhei a imagem tão erótica e real. Ele todo concentrado, olhinhos fechados, a boca trabalhando maravilhosamente. Gemi e joguei minha cabeça contra o colchão. Ele começou com sua lambidas, misturados com toques bem específicos da sua língua e eu comecei a me sentir muito quente. O sangue fervendo dentro de mim e meus quadris querendo se remexer. Ele chupou e soltou um gemido, eu acabei gemendo junto e procurei seus cabelos. Os puxei e senti seu sorriso contra a minha pele. Ele passou sua língua por toda a extensão e então ficou lambendo minha entrada, ameaçando me penetrar com a língua, deixando meu tesão crescente. 

- Delícia. - Ele sussurrou e eu arrepiei dos pés à cabeça. Eu sou tão sensível quanto a ele. Tudo me afeta, tudo eu reajo. Procurou meu clitóris e começou a chupar e lamber e eu senti meus olhos revirando, os quadris incontroláveis, os seios enrijecidos e eu querendo mais. E eu toda dele. Ele me tem completamente enquanto faz essas coisas. Não consigo pensar em nada, sentir nada além dele. O cheiro dele, o cabelo dele entre as minhas mãos e a boca dele lá. Lá! Me penetrou e eu quase chorei de tanto prazer, de tanta intensidade. Gemi quase dolorosamente enquanto meu corpo ânsia por libertação. Sua língua agindo dentro de mim e então fora, dentro de novo, e então, fora. Essa combinação foi quase insuportável de tão bom. O olhei e vi ele me olhando, gemi de novo. A intensidade me atingindo mais ainda e eu joguei minha cabeça para trás novamente. Comecei a falar coisas desconexas, que não faço ideia. Perdendo minha sanidade. Ele tocou minha entrada mais atrás com o dedo, enquanto lambe minha entrada mais na frente. 

- Luan! - Eu o venerei. Quando ele trocou, lambendo mais atrás e enfiando seus dedos na frente, eu não aguentei muitas estocadas e me derramei toda pra ele. Não faço ideia do que falei, mas eu falei varias coisas durante um gemido longo, estrangulado. Foi um dos orgasmos mais intensos que já tive. Não demorei para ver seu rosto sobre o meu. Mesmo em silêncio, ele parecia dizer: só pra te lembrar a intensidade do que a gente tem. Sua viagem não pode mudar isso. Eu vou senti sua falta e eu adoro você. Eu consegui ler tudo isso em seu olhar e nos beijos que ele espalhou por meu rosto. Meu corpo todo ficou imerso ao medo de me apaixonar perdidamente por ele.











Oiiiiiiii garoutas! Apareci! Capítulo quente, com esse casal quente! Foi um hot diferenciado não é?! Vocês gostaram? O que mais aguarda esses dois? Vocês tem ideia?
Obrigadaaaaaaa pelos comentários 😍😍😍
Vocês são lindassssssssss 
Volto logo! 
Bjs, Jéssica ❤️

segunda-feira, 13 de abril de 2020

“ A casa é nossa “ 25



Fiquei impactada quando ele abriu a porta e me mostrou um sorriso largo. Os cabelos molhados, calça de moletom e camisa com mangas longas, apropriada para frio. Realmente à noite está um pouco fria. 

- Oi. - Eu sorri. 

- Oi. Cê tá linda. - Me olhos dos pés à cabeça. Apostei numa calça de tecido molinho e uma camisa do mesmo tecido, fazendo um conjunto. 

- Tá sozinho? - Perguntei e ele assentiu. - Que saudade. - Passei os braços em volta do seu pescoço e pulei, me enganchando nele. Ele riu, pousando as mãos rapidamente em minha bunda, enquanto eu enlacei sua cintura. 

- Maluca. - Ele disse rindo. 

- Tua saudade chegou e você chama ela de maluca? - O olhei. 

- Minha saudade é doidinha. - Entrou na brincadeira. 

- Ah, para com isso. Que mentira! - Ele riu. 

- Vamos entrar. - Continuei em seus braços e ele fechou a porta com uma das mãos. Só então percebi que está tocando música internacional. Linda, por sinal. Toque lento, tornando o ambiente mais agradável. 

- Música e tudo. - O olhei supreendida e ele fez cara de convencido. 

- Pedi comida também. Japa e italiana.

- Ai, comida italiana! - Joguei a cabeça para trás e ele riu. Soltou minha bunda e eu pousei meus pés no chão. 

- Vamos comer. Mas quero meu beijo antes. - Sua mão procurou a minha e então dei de cara com o puff. Já tinha visto no dia do aniversário do Luan. 

- Ei, coisinha linda. - Me abaixei, realmente encantada com a bolinha de pelos. E Luan parou me esperando. Comecei a falar com voz de criança. - Eu sou muito fofinho, Lavínia. Poxa, sou muito lindo. - O peguei nos braços e o apertei. Beijei sua cabeça duas vezes e então levantei, o deixando no chão. - Ele é lindo. - Sorri para Luan. 

- Ele ganhou beijo primeiro - Segurou minha mão. 

- Eu te dou dois. Fechado? - Ele sorriu, enquanto eu aproximei minha boca da dele, já passando minhas mãos entre seus cabelos. O beijei. Sua língua me envolvendo, assim como suas mãos apertando minha cintura. O contato. Ele. A saudade. Juntou tudo e eu gemi de prazer. É tão bom estar com ele, provar do beijo dele. Suas mãos logo começaram a ficar inquietas, enquanto minha língua se diverte em sincronia com a dele. Desceu para minha bunda, apertou. Chupou minha língua, voltou para minha cintura, juntou ainda mais nossos corpos e eu comecei a ficar sem ar, sentindo o calor tomar meu corpo. Ele chupou meu lábio antes de afastar sua boca da minha.

- Que boca gostosa. - Ele sussurrou, olhando devotado para minha boca. O beijei novamente. Seus lábios envolveram os meus, causando reações em meu corpo. Como eu senti saudade dessa sensação, das mãos, da boca, o cheiro dele que me invade enquanto estamos assim, tão próximos. Sem falar no calor, no desejo gritante. Silenciosamente ele e eu falando um pro outro: eu quero você. - Eu tô quase decidindo comer outra coisa. - Ele sorriu contra minha boca. 

- Luan! Seu filho da mãe! - Lhe dei um tapa no ombro. - Ele me olhou, ainda sorrindo. - Você foi um grosso. - Reclamei e ele sorriu. 

- É muito nenenzinha mesmo. - Passou as mãos por meus cabelos e os segurou. - Se eu pudesse, eu passaria o dia dentro de você, olhando esse teu rostinho bonito e ouvindo essa voz. - Eu sorri.
Eu acho que gostaria disso. - Ele riu e então me beijou novamente. Quando senti suas mãos apertando minha bunda com vontade, senti meu lado racional indo embora. Não dá. Com ele não dá. Eu não consigo mandar em mim nem por um segundo. 

- Meu quarto ou jantar? - Ele perguntou contra minha boca. Tentei pensar e isso levou alguns instantes. 

- Jantar. - Meu lado racional venceu. - Acumular energia pra gastar depois. 

- Como você quiser. Hoje a casa é nossa. - Ele disse e só então percebi que a musica continua tocando agradavelmente. 

- A noite toda? - Perguntei enquanto caminhamos para a sala de jantar. 

- Quase. Mas cê dorme aqui. 

- Não. Seus pais no outro dia me encontrando? Não. E a Bruna? Não mesmo. 

- Que bobagem, Lavínia. Como se fosse segredo pra eles. 

- Não, não. - Continuei. Ouvi ele bufar, mas também não disse mais nada. Chegamos à mesa de jantar e o cheiro de comida invadiu meu nariz. - Que cheiro bom! 

- Tudo comprado. - Ele riu pra mim. Eu acho que nunca vou me acostumar com essa risadinha. Ele é tão lindo! 

-  Com certeza foi. - Brinquei e então sentamos juntos. - Como foi a viagem? - Puxei papo enquanto ele já começa a colocar sua comida.

- Muito bom. Um reinício, e pra completar meu reinício, tá você aqui. - Ele sorriu e eu sorri junto. 

- Vai viajar amanhã? 

- É. Durante a madrugada. Vou passar o dia me organizando. - Assenti. - Mas eu não vou sumir dessa vez. 

- Tá. - Inclinei minha cabeça, não acreditando muito. 

- É sério. A gente vai ficar se falando. - Assenti. - Eu não deveria ter ficado de frente pra você. Quero te beijar agora. - Mudou de assunto e eu ri. 

- É só vir pro lado. - Dei de ombros. 

- Eu quero te ver também. Senti saudade. Aqui o ângulo é ótimo. - Não pude deixar de sorrir novamente. Fiquei imaginando se eu realmente engravidar. Um filho dele. - Coloca sua comida, Lavínia. Tá pensando em que? - Ele interrompeu meu momento. 

- Nada. - Ele continuou me olhando sem acreditar. 

- Não fica toda paranóica. - Como ele sabe? Suspirei. 

- Você tem razão. 

- Come, loirinha. - Ele reforçou e eu comecei a me servir. Depois de um momento de silêncio, sentindo ele me avaliando, ele falou: - E você, viaja quando? 

- Acho que quando você tiver voltando da sua viagem, eu vou tá indo. - O olhei e percebi o incômodo presente. 

- Entendi. Vai me ver antes de ir? 

- Se você tiver aqui, sim. 

- Eu lembro que cê disse que iria viajar dentro de um mês. Se for fazer as contas, do dia que cê me disse, ainda faltam cerca de vinte dias. Da tempo de eu ir e voltar. 

- Hum, tá bom de conta. - Eu sorri. - Tava brincando com você. Suas contas estão corretas. 

- Tá querendo me enganar, malandrinha? - Eu ri e ele ficou me olhando. 

- Quando eu for, cê já vai tá trabalhando. Mas a gente tenta se ver, tá bom? - Ele assentiu e levou a colher com comida até sua boca. Experimentei a comida e constatei que está realmente deliciosa. Nos olhamos, enquanto mastigamos. Esse cara é lindo, caramba! 

- Não importa, eu vou querer te ver. - Ele disse logo que engoliu a comida e eu ri. As vezes a gente parece um casal de namorados. 

- Certo.

- Por que cê tá rindo? 

- As vezes parece que a gente namora. - Ele franziu a testa e eu me arrependi de abrir a boca. - Não que eu queira isso. Não vai entender mal. Tô muito bem com essa relação que nós temos, foi só um comentário sem nenhuma intenção. Você sabe que... - Ele então me interrompeu: 

- Lavínia, para. - Sorriu. - Não tô imaginando nada disso. Só tava analisando o que você falou e as vezes parece mesmo. - Assenti, ficando calada desta vez. - Você já se imaginou namorando comigo? - Ele perguntou do nada. 

- Não. - Fui sincera. - A gente sempre deixou tudo tão claro, então isso nunca passou pela minha cabeça. - Ele assentiu. - Você já? - Fiquei curiosa. 

- Confesso que já. Acho que uma vez ou duas. Quando você some, durante a semana. Eu já pensei: se eu namorasse essa mulher, eu já estaria maluco. - Não pude deixar de rir e ele sorriu. 

- Tô melhorando. Quem sumiu foi você. 

- Já te expliquei, meu amor. - Ele falou de forma carinhosa, isso me atingiu. “Meu amor”. 

- Eu sei. - Sorri um pouco sem graça. Voltei a comer. Quis saber se ele havia ficado com alguém, mas preferi não perguntar. Ele não me deve satisfação e nós estamos em um assunto bem estranho pra eu fazer essa pergunta. 

- Vem cá. - Ele disse e só então percebi que ele já comeu tudo.

- Tô comendo, Luan. - Ele afastou um pouco a cadeira da mesa e ficou todo esparramado. 

- Cê tá comendo devagar demais. Olha eu, já terminei e você aí. - Revirei os olhos. - Vem. Aqui oh. - Bateu em sua perna e me olhou de um jeito muito quente. Que homem gostoso! 

- Por que você é tão irresistível? - Encolhi os olhos e ele passou a mão nos cabelos sorrindo. - Nossa, que coisa chata! Deixa de ser irresistível, caramba! - Ele riu. 

- Vem logo. - Eu levantei, mas levei meu prato. 

- Eu sou muito decidida, Luan. Então eu vou terminar de comer, antes de qualquer coisa. - Eu disse, dando a volta na mesa, parando ao lado dele. 

- Certo. Eu sei disso. Senta aqui. - Sentei de lado em seu colo e ele pousou às mãos em minhas pernas. Continuei comendo e ele cheirou meu pescoço, arrepiei e ele sorriu contra minha pele. - Mexo contigo. 

- Mexe. - Assumi, pegando mais uma colherada de comida.

- Me dá um pouco também. - pediu minha comida. 

- Que garoto guloso. - Falei sem maldade, mas logo ele riu e então entendi. 

- Se tratando de você então... - Respondeu malicioso. 

- Toma. - Lhe dei na boca e ele comeu me olhando. Que gato. Eu. Não. Resisto! Larguei o prato na mesa e o abracei. Ele riu e eu bufei. Eu sei, acabei de prometer que iria comer tudo. Mas ele tá me querendo tanto e eu também. - Seu quarto. - Falei próximo ao seu ouvido. 

- Sofá. Bora? 

- Não. Alguém pode chegar. 

- Não vai chegar. Tá mais pertinho. - Beijou meu pescoço. - Tô com muita saudade de você. 

- E eu de você. - Agarrei sua nuca e procurei sua boca. Lhe beijei, sentindo a mesma sensação de sempre. Senti um frio na barriga, meu coração acelerou e algo entre minhas pernas ganhou vida. Suas mãos firmes apertaram minhas pernas e eu puxei os cabelos dele. Ele é tão cheiroso! 

- Teu beijo é muito filha da puta. - Chupou meu lábio inferior, avançando com sua mão. Sei aonde ele quer chegar. 

- Por quê? - Mordi seu lábio. 

- É de foder qualquer um. - E então ele me acariciou entre as pernas, afastei uma da outra imediatamente. Olhei sua mão, movimentos circulares. - Isso daqui também é de foder qualquer um. - Sei que ele está falando do meu sexo. Sua voz já está rouca e isso me deixa maluca. Saber que eu deixo ele assim, saber que eu tenho esses momentos com ele... isso me faz bem. Bem pra caramba! 

- Eu quero ser fodida por você. - Sussurrei olhando em seus olhos. 

- Fala de novo, Lavínia. - Ele me olhou. 

- Eu quero ser fodida por você. - Repeti. 

- Você vai acordar dolorida e vai sorrir, lembrando de mim. 

- Eu quero isso. - Sorri. Eu adoro ficar dolorida. É uma sensação de “ dei bem dado. “ - Bora pro sofá. - Eu nem me importei mais se alguém chegar. Meu tesão já está deixando meu cérebro enevoado. Levantei e segurei sua mão, o guiando pelo caminho que já conheço. Ele me abraçou por trás, cheirou meu pescoço, me fazendo sorrir. Esse homem fez falta. O quanto eu gosto de estar com ele, me assusta.







Oiiii lindas! Alguém não cumpriu a promessa! Hahahahahah mas apareci logo, vai. Me deem um desconto. Eu esqueci de postar ontem, me desculpem. Mas olha, compensei com esse capítulo né?! Esses dois é uma mistura de amor com safadeza infinito. São lindos né?!!! Vocês gostaram??? Vi que estão tensas quanto a possível gravidez... será? 
Amandooooo cada comentário! Tá me matando não poder responder, sério!!! Vocês são lindas! Me deixam sorrindo todas as vezes. Obrigada pelo engajamento 😍😍😍😍 mto mto obrigada!
Volto logo! Ainda nesta semanas tá? ❤️
Bjs, Jéssica ❤️

quinta-feira, 9 de abril de 2020

“Gravidez?” 24



Quando cheguei ao pantanal, pude ver os últimos raios de sol do dia.

- Que paz estar aqui. - Bruna falou, após chegarmos a pousada. 

- É mesmo. Será que os macacos já chegaram? - Max e meu primo, Matheus, virão também.

- Vou mandar mensagem pra eles. - Minha irmã respondeu e então, chegamos a recepção. A funcionária do local nos orientou corretamente e não demorou para o gerente, que já é conhecido, chegar. Foi simpático, atencioso e nos acompanhou até nossos quartos. 

- Os companheiros de viagem já chegaram. - Ele disse por fim. 

- É, eles acabaram de me responder mesmo. - Bruna sorriu. 

- Eles também estão aqui? - Olhei para os dois quartos da frente. Aqui é bem pequeno, reservado. 

- Sim. Esses dois mesmo. Essa ala foi reservada toda pra vocês. 

- Que massa! Valeu, Marcus. 

- É sempre um prazer receber vocês. - O abracei. - Fiquem a vontade. 

- Obrigado. - Minha irmã e eu respondemos juntos. E então a porta da frente abriu e vi Max com Matheus. 

- Óh lá, os viados. - Falei e abracei de um por um. Bruna os cumprimentou e logo entrou para seu quarto, para guardar a bagagem. Fiz o mesmo, mas eles me acompanharam. 

- Foi tudo tranquilo até aqui? - Max perguntou. 

- Foi sim. Só quero pescar agora. - Falei animado. 

- Amanhã cedinho hein?! - Matheus falou. 

- Ô, rapaz... vai ser muito bom viu?! - Max sentou na cama. 

- Como tá a tefinha? - Perguntei por sua esposa. 

- Bem. Tá na casa da mãe dela. 

- Devia ter vindo. Bruna veio sozinha também, Breno teve que ficar. - Sentei na cama junto com eles. 

- Tô sabendo. Mas ela preferiu ficar com a mãe. - Meu tio disse. 

- E você, macaco? Namorando, levando gaia? - Nós rimos e então Matheus me respondeu:

- Quase namorando, pô. Tava falando pro Max. A mulher é linda! 

- Cê viu? - Olhei meu tio. 

- Vi. Zoião verde, viado. Linda. Não sei como quis esse daí. - Matheus riu e lhe deu um tapa nas costas.

- Quero ver, me mostra. - Matheus rapidamente pegou o celular e logo me mostrou uma foto dela. Loira, olhos verdes, magrinha. Lembrei de Lavínia. A mesma cor dos olhos e dos cabelos. - Gata. - Devolvi o celular dele. - Vai oficializar quando? 

- Não vou demorar muito. Essa me pegou. 

- E você e a loirinha lá? - Max quis saber. Logo lembrei que se conheceram no carnaval, quando ela e eu transamos pela primeira vez. Foi tão gostoso... todas as vezes são.

- A gente tá se vendo. - Não segurei o sorriso bobo. Aquela mulher realmente mexe comigo. 

- Oh, lá! Olha só o sorriso. Se fodeu. - Matheus disse rindo. 

- Tá maluco? - Revidei e Max apenas riu, como quem concorda com Matheus. 

- Tá lascado. - Max disse e então Bruna bateu na porta, chamando em seguida. 

- Entra. - Falamos juntos. E então ela abriu a porta e sorriu. Minha irmã é muito linda. 

- E aí, qual o assunto? - Jogou-se na cama.

- Nenhum. - Respondi antes que eles me entregassem. 

- Só faltou o pai aqui né?! - Ela disse. 

- Verdade. - Meu tio lamentou. 

- Aquele lá só faz as coisas quando quer. - Suspirei, pegando meu celular para avisar a minha mãe e ele que cheguei. Vi uma mensagem de Lavínia e não perdi tempo em visualizar, enquanto Bruna continua a conversa com os meninos. Sorri ao ver uma foto dela comendo com as meninas e abaixo uma mensagem:

“ comendo no horário hoje 🙌🏾 “

“ quando chegar, me diz tá? Curte mttt “

Senti saudade e fiquei aliviado por saber que ela se alimentou certinho. Respondi rapidamente:

“ Oh, só! É pra comer direitinho mesmo “

“ Já cheguei, loirinha “

“ Em casa já? “

Perguntei, mesmo vendo seu último visto há duas horas atrás e sabendo que esse horário ela ainda não chegou em casa, me baseando pelos horários que conseguíamos conversar e pelas vezes em que ela disse que havia acabado de chegar, ou que havia chegado a pouco tempo. 

- É ou não é, pi? - Bruna perguntou, me despertando dos meus pensamentos. 

- O que? - Procurei o contato do meu pai. 

- O pai. Ele sempre faz isso. 

- O que? - Olhei pra ela. 

- Larga isso, viado. - Max repreendeu. 

- Tô avisando pra ele que cheguei. - Falei já escrevendo. 

- Tô falando que ele dorme muito tarde as vezes. 

- Max sabe disso. - Eu falei. 

- É, mas isso é errado. - Bruna falou.

- Já conversamos muito com ele. - Eu disse. 

- Isso tudo trabalhando... ele sempre fez muito pela família. - Matheus falou. Procurei o contato da minha mãe e então pude perceber a conversa mudando de rumo, indo para a vida de Max. Avisei a ela também e larguei o celular, sem receber reposta da Lavínia. 

- Quero muito, pô. Ela sabe disso. Mas as vezes fica muito insegura. - Ele disse e sei que está falando sobre ser pai. Eu tô ouvindo Max falar muito sobre isso ultimamente. 

- Nós conversamos muito, cês sabem. - Bruna começou. - Ela fica preocupado, porque você trabalha com o Luan, quase sempre  viajando com ele. Ela fica receosa de não dar conta sozinha e eu entendo ela. 

- Eu sei, ela sempre usa esse argumento. Mas pô, ela tem família próximo. Sempre que eu estiver em casa, vou ajudar também. Ela é a mulher da minha vida. 

- Ah, cara! Ele é muito apaixonado. - Matheus fez cara de nojo e eu ri. 

- Vai se foder. - Max deu um empurrão no ombro dele.

- Deixa nosso menino. - Passei a mão por sua cabeça.

- Sai! Viado, filho da mãe! 

- Oh lá o que cê fala... sou filho da sua irmã. 

- Ai, como eu vou aguentar vocês? - Bruna revirou os olhos e Matheus de jogou em cima dela, abraçando-a. Ela reclamou e ele continuou apertando ela. 

- Resmungona. - Ele disse por fim, voltando a sentar. Ri junto com Max ao ver o estado de minha irmã. Os cabelos totalmente desgrenhados. 

- Insuportável. - Bruna reclamou mais uma vez. 

- Logo ela vai tá grávida, Max. Cê vai ver. - Falei, voltando ao assunto. 

- Max papai. - Matheus fez um coração. 

- Quem teve a ideia de chamar esse cara? - Bruna o olhou entediada e Max deu um tapa na cabeça dele. Conversamos até tarde, bem tarde.

Pra acordar no outro dia, não foi fácil. Mas saber que eu iria pescar, me deu ânimo. Depois de prontos, tomamos café da manhã, sem muita conversa. Todos morrendo de sono. Seguimos para o local da pesca, eu me desliguei do celular. Desde ontem não peguei, nem sei se Lavínia me respondeu. Eu gosto da sensação off que o pantanal me traz. Em todas as minhas férias, eu tiro uns dias pra vir aqui. Até mesmo durante o ano, quando os shows estão menos frequentes.

- Bora logo começar as apostas? - Falei, já preparando meu material de pesca.

- Cê sempre perde, macaco. - Max provocou.

- Cê tá um mentiroso do caralho. - Revidei e ele riu.

- Tô mentindo, Bruninha?

- Parem com isso. Todos sabem que não tem quem possa comigo. - Bru falou.

- Ei, dessa vez eu tô aqui. Respeita, pô. - Matheus disse e nós continuamos disputando quem pesca melhor, mas todos sabem que sou eu. Pô, eu pesco muito bem. Seguimos para os barcos. Max e eu em um, Bruna e Matheus em outro.

- Bora ver quem vai ganhar, Matheus. Bruna rainha, Matheus nadinha. - Pude ouvir minha irmã falar e Matheus logo revidou.

- Cês não vão ficar de briga no barco. - Repreendi.

- Vai se foder. - Matheus respondeu.

- Filho da mãe! - Resmunguei.

- Vai começar! Iiiihuul! - Max gritou animado. Dei risada. Estar com minha família, me deixa bastante feliz. Parece que reinicia.


(...)
Dias depois...

|| Lavínia ||

Falei com Luan, dando continuidade a uma conversa nossa, mas não recebi resposta nos últimos cinco dias. Ele não me disse que ia sumir e eu preciso tanto falar com ele. Acabei esquecendo de tomar a pílula do dia seguinte e isso tem tirado meu sono. Nem dividi o que aconteceu com as meninas, não quero parecer uma irresponsável. Confesso que tô receosa quanto a reação dele e tô chateada pela situação. Fui na ginecologista e ela já me passou a medicação. Tenho horror a seringa, então descartei a possibilidade de tomar injeção. De agora em diante, estou tomando anticoncepcional. Espero que esteja tudo certo. Já verifiquei, não estava no período fértil, mesmo assim meu coração acelera em todas as vezes que penso na possibilidade. Voltei do trabalho, junto com as meninas. Hoje conseguimos sair um pouco mais cedo e meu eu todo agradeceu. Ela quiseram ir até o shopping, fazer compras. Acabei acompanhando, mesmo sabendo que prefiro ir pra casa.

A primeira loja que entramos, foi de lingerie. Acabei sentando num banquinho, sem pique pra escolher nada. Peguei meu celular e entrei no Instagram. De cara, me deparei com uma foto do Luan:

“ Não brinco em serviço 😎 “

Sua primeira aparição depois de muito tempo. Curti a foto, mesmo sabendo que isso vai dar o que falar. Suas fãs já comentam muito nas minhas fotos, pois já perceberam nossa aproximação. A maioria diz shippar nós dois, mas eu não dou tanta importância. Até porque, sei muito bem que tipo de relação tenho com ele.

Pude perceber que ele gravou stories também. Me segurei para não ir correndo ver e segui olhando meu feed. Vi também uma foto que Talita postou comigo:

“ +1 @sramake ❤️ “

E logo mais abaixo, uma foto da Bruna:

“ Meu pantanal 🥰 “

É, parece que eles já voltaram. Decidi olhar os comentários na foto dela, só por curiosidade e vi o Instagram do Max. Sorri ao ler: “ Pescou nadaaaaa “ Decidi segui-lo e então meu celular tocou, no mesmo instante que Clarissa me chamou. Vi o nome dele na tela e meu coração acelerou.

- Luan. - Falei, mostrando meu celular para as meninas e elas me olharam com espanto. Óbvio que elas sabem do sumiço dele. Atendi e ouvi a voz dele:

- Oi, neném. - Foi impossível segurar o sorriso.

- Oi, sumido. - Pude ouvir sua risadinha.

- Sumi né?! Não sei se o Marco ou o Keven chegaram a comentar, mas quando eu vou pro pantanal, eu me desligo de tudo. Esqueci de te dizer. Desculpa.

- Luan, que isso. Tudo bem. - Falei, mesmo sabendo que isso me incomodou, porém acreditei nele. Talvez seja um lugar de paz, todos nós temos um lugar assim. - Precisava falar com você.

- O que foi? Tá tudo bem?

- Naquele dia eu esqueci de tomar a pílula do dia seguinte. - Falei sem rodeios. Ouve um silêncio do outro lado.

- Puta que pariu.

- Eu sei. - Suspirei.

- E aí? O que cê acha? - Pude perceber que ele está tentando se manter calmo.

- Eu não tava no período fértil, mas tenho que esperar minha menstruação.

- Vamos ficar tranquilos. Não vai ser nada. - Ele disse, mas parece que disse mais pra ele, do que pra mim.

- Tô tentando. Foi um deslize nosso, não vai se repetir. Já tô tomando anticoncepcional.

- Então daqui pra frente, sem riscos. É remédio?

- É. Um todos os dias, no horário que eu acordo.

- Cê não vai esquecer? - Se preocupou.

- Não vou, Luan. Isso nunca tinha acontecido antes.

- Foi culpa nossa. Mas olha, se acontecer de fato, não se preocupa. Eu não sou um moleque. - Isso me aliviou. Eu já sabia que ele teria esse tipo de reação, mas eu precisava ouvir.

- Tá. Mas não vai ser. - Eu torci.

- Não vai. - Pude sentir a torcida dele também. - Aonde cê tá?

- Shopping.

- Sozinha?

- Com as meninas.

- Vem pra cá, pra eu matar a saudade.

- Sua casa? - Perguntei.

- É. A Bruna vai sair com o Breno, vai dormir na casa dele e meus pais vão pra um aniversário. Vai rolar até tarde.

- Não sei... - Soltei um risinho nervoso e ansioso. Ele me deixa assim. E o fato de ir pra casa dele, me deixa ainda mais insegura. Eu acho íntimo demais para o que nós temos.

- Vem, vem, anda. - Disse todo manhoso e eu quase derreti. - Compro comida, a gente toma vinho... vai ser bom.

- Eu sei que vai ser bom. - Falei como se fosse óbvio. - Vou terminar as compras com as meninas, tomo banho e vou te encontrar.

- Ainda vai demorar. - Resmungou.

- Não vou não. - Sorri.

- Tô te esperando. E olha, não vamos pirar sem ter certeza de nada.

- Tá.

- Promete?

- Prometo.

- Eu também prometo. Então vem, quero te encher de beijo, caramba. - Eu ri e com certeza tô parecendo uma boba.

- Calma aí, tô já chegando.

- Tua saudade tá te esperando. - Eu sorri. Ele foi convencido, mas não deixa de ser verdade.

- Tua saudade tá chegando.

- Beijo nessa sua boca gostosa.

- Beijo na tua, gostoso. - Ele riu.

- Não demora. Tchau, loirinha.

- Tchau. - Desliguei sorrindo. Tudo que eu quero é ir encontrar ele agora.









Oiiiiii! Olha só quem prometeu e cumpriu! 😍 Amei tanto ver o engajamento de vocês! Se em todos os capítulo eu tivesse essa interação, seria realmente maravilhosoooo 😍 Muito obrigada! Para aquelas que comentam em anônimo, eu espero que tenham comentado somente uma vez, honestamente kkk Amei muito! De verdade! Queria muito responder, mas parece que nunca mais vou conseguir fazer isso. Sigo daqui, lendo tudo.
Sobre o capítulo: a viagem nem tinha começado, vocês já queriam reencontro. O capítulo atendeu o pedido de vocês. Vão se ver e alguém está com suspeita de gravidez... O que acham? 👀
Tô pensando em fazer mais uma promessa: voltar a postar outro capítulo no fim de semana! Hahahahahaha Vou tentar escrever bastanteeee! Me adiantar muito e aí, apareço por aqui tá?
Beijo, sua lindas!
Jéssica ❤️

segunda-feira, 6 de abril de 2020

“ Momentos a dois “ 23



Acordei ouvindo o barulho chato do despertador. Fechei os olhos com força e ouvi um gemido frustrado. Lavínia. Eu dormi com ela. Sorri ainda de olhos fechados. Senti ela se esticar toda e desligou o despertador. No mesmo instante senti ela se mexer e então percebi que estou sendo observado. Fingi estar dormindo e ela se aconchegou em mim, beijando minha bochecha.

- Cheiroso. - Sussurrou, falando sozinha. - Luan? - Me chamou e passou a mão por meus cabelos. - Ei, gostosinho. - Não segurei o sorriso e ela soltou um risada gostosa. Olhei em seus olhos e me perdi neles. Meu pau reagiu imediatamente a visão de ter ela toda pra mim nessa cama. - Bom dia. - Sorriu lindamente e eu senti como uma pontada no estômago. Ela mexe comigo pra caralho. 

- Bom dia, loirinha. - Segurei a lateral de seu rosto e lhe beijei de leve. 

- Você nem me trocou ontem. - Olhou suas roupas. As mesmas de ontem. 

- Fiquei com dó de te acordar. Cê tava desmaiada. - Ri de leve e ela montou em mim, ficando deitada.
 
- Cansada. - Olhou minha boca e eu sorri. Ela tá com um olhar faminto no rosto. 

- O que cê quer? - Ela riu. 

- Nada. Te acordei porque cê viaja hoje, pode querer ir logo pra casa. 

- Hum, só pra isso? - Provoquei e ela se remexeu em cima de mim, escondendo o rosto em meu pescoço. Não me respondeu. - Quer transar? - Perguntei ainda sentindo minha ereção. Reajo muito fácil a ela. 

- Eu adoraria. - Admitiu em um sussurro. 

- Eu também. - Passei a mão por sua bunda, apertando. 

- Eu sei. Tô sentindo. - Falou com um sorriso no rosto e eu ri de leve. Sei que se refere a minha ereção. 

- Ele é muito fácil quando se trata de você. - Brinquei e ela riu. 

- Gosto dessa facilidade. - Senti um beijo em meu pescoço e curti a sensação. - Você gosta de fazer comigo? - Ela me olhou, sussurrando. 

- Ah, eu realmente gosto de fazer com você. - Emaranhei minhas mãos em seus cabelos e lhe beijei. Quando dei por mim, já estava em cima dela. Nossas preliminares se basearam em beijos provocantes, boca no pescoço, as unhas dela, o cheiro dela. Ela já é minha preliminar por si só. Pelo jeito, eu já sou a preliminar dela, por que eu encontrei ela pronta pra mim. Fizemos um sexo preguiçosamente bom. Devagarinho, intenso. Ela soltou uns gemidos manhosos e eu pensei que seria muito bom transar com ela todos os dias quando eu acordar. A ideia me assustou, mas pareceu tão boa. Ter ela receptiva, me querendo, toda dengosa e faminta. Porra, muito bom.

Tomamos banho juntos e conversamos. Ela me desejou boa viagem, disse que vai tomar a pílula do dia seguinte novamente. Falamos também sobre sua ida ao ginecologista. Eu quis ela de novo, se ela não tivesse me evitado por já estar atrasada, eu teria transado de novo e de novo... eu não me canso dela. 

- Não temos ideia de quando a gente vai se ver de novo né? - Me olhou, enrolada na toalha, após sairmos do banheiro. 

- Não. Já tá com saudade? - Sorri e ela bufou. - Lavínia! - Repreendi e ela nem ligou. Então ouvimos uma batida na porta. 

- Amiga, estamos atrasadas. - Talita disse do outro lado. Lavínia me olhou e fez careta como quem se repreende por estar atrasada. 

- Eu te levo. Vim de carro. - Falei. 

- Mesmo? Não vai te atrapalhar? - Ela perguntou.

- Lavínia! - Talita chamou novamente. 

- Não. - Respondi. 

- Me atrasei por culpa do Luan. Mas ele vai me levar, vocês podem ir na frente. - Fiquei boquiaberto. Que cara de pau! Talita riu do outro lado e Lavínia claramente se divertiu com a minha expressão.

- Ok, entendi. Boa viagem, Luan. 

- Valeu. - Respondi. - Ela tá mentindo. - Ouvi a risada da Talita e então tudo ficou silêncio. - Eu devia deixar você ir sozinha. - Apontei o dedo pra ela e ela riu, se aproximando, passando as mãos em volta do meu pescoço. 

- Eu não menti. A culpa foi sua. 

- Você foi quem acordou com aquela cara de “ me come “. 

- Luan! - Ela arregalou os olhos, ainda sorrindo e bateu em meu ombro. - Você quem acordou ereto. 
- Homens acordam assim, Lavínia. 

- Tanto daquele jeito? - Encolheu os olhos e eu ri. 

- Filha da mãe. Cê chama um uber, cara de pau. 

- Não. Você disse que ia. - Continuou sorrindo e eu tentei andar, mas não deu. Acabei tropeçando no pé dela e quase caímos. 

- Lavínia... 

- Luan... - Eu sorri olhando pra ela. 

- Cê tá atrasada. 

- Você disse que ia me levar. 

- Você não merece. Fica me difamando por aí. 

- Que dramático. - Ela selou nossos lábios rapidamente. Vou sentir falta dela durante esses dias de viagem. 

- Pode deixar eu me vestir? - Sim, eu estou só de cueca. 

- Não sem antes você dizer: eu vou levar você, loirinha. - Eu ri e ela riu também. Ela ficou esperando e eu não disse nada, só fiquei olhando-a feito bobo. - Posso te convencer. - Disse em um tom malicioso. 

- Não brinca com fogo. - Avisei e ela se afastou um pouco e então se desfez da toalha. Gemi e fechei os olhos. Como ela consegue ser tão gostosa, engraçada e encantadora ao mesmo tempo? Olhei seus seios e em seguida o meio de suas pernas. Lhe agarrei pela bunda. E lhe dei um tapa. - Para de me provocar. Você não vai dar pra mim, porque já tá atrasada. 

- Você tá enganado. Eu daria pra você sim. - Senti a excitação crescente em mim. 

- Tá brincando comigo? - Ela sorriu. 

- Claro que tô. - Riu se afastando. - Vou me vestir e você vai me levar. Fim de papo. - Se fosse possível, meu olhar teria matado ela. Entrou em seu closet e eu comecei a me vestir também. Lavínia tá ficando muito saidinha... peguei meu celular e me certifiquei que ainda está em modo avião. Geralmente deixo assim quando estou com ela. Quero estar absolutamente com ela e só. Quando fiquei pronto, sentei na cama e enquanto ela se arrumava, liguei para o Max, meu tio. As mensagens começaram a chegar. Ele e eu vamos nos encontrar no pantanal hoje. 

- Macaco, cê sumiu. - Ele disse assim que atendeu. 

- Tava ocupado. Mas me diz, cê já chegou? 

- Nada. Só vou a tarde, viado. Cê tá doido? - Eu ri. 

- Verdade. Eu tinha esquecido. - Lavínia voltou somente de lingerie e me olhou, passando para o banheiro. 

- A gente vai chegar quase ao mesmo tempo. - Ele disse. 

- É, eu sei. Vou desligar. Quando eu tiver saindo falo contigo. Valeu, macaco. 

- Falou. - Desligou e então ela voltou segurando uma escova. 

- Mas cê é gostosa hein?! - Ela sorriu. 

- Até que enfim você pegou no celular. - Começou a escovar os cabelos no quarto mesmo. 

- Não gosto de pegar nele quando tô com você. 

- Por que? - Me olhou. 

- Tenho coisa mais interessante. - Pisquei o olho, me referindo a ela e ela riu. 

- É por isso mesmo? - Desconfiou. 

- E por que seria? - Ela deu de ombros de não respondeu. - Fala, Lavínia. 

- Nada. - Eu bufei e não insisti. Deitei na cama e fiquei assistindo ela escovando os cabelos e sua bunda enorme bem na minha frente. Eu poderia olhar essa mulher por horas. Os cabelos longos, loiros... eu adoro puxa-lós. Essa bunda que eu adoro pegar, dar tapas... e adoraria foder. Eu ainda vou foder essa bunda. Sorri ao perceber meus pensamentos pervertidos. Meu celular começou a vibrar com algumas mensagens, mas eu não olhei.
- Tá perto, loirinha? - Perguntei e ela me olhou. 

- Tô. Vou só me vestir. - O celular vibrou novamente. - Acho que tem alguém querendo muito falar com você. - Foi impossível não sorrir ao perceber seu incômodo. Antes que eu pudesse responder, ela caminhou até o closet novamente e demorou um pouco por lá. Olhei o celular e vi que são mensagens de grupo, meus amigos... as pessoas de sempre. Não respondi nenhum e então ela apareceu. Um vestido preto, um pouco acima dos joelhos. Um salto fechado nos pés. Toda linda. - Vamos? - Ela continuou com a cara mais fechada. Não gostou nada do celular vibrando o tempo todo. 

- Não, espera. Deixar eu bater uma foto sua. Tá linda. 

- Não, Luan. Eu tô atrasada. - Reclamou. 

- Não, não. Antes eu vou bater foto dessa loirinha gata. - Ela revirou os olhos e eu levantei. Segurei sua mão e posicionei ela na parede próximo a janela, fazendo a luz deixá-la ainda mais linda. - Pronto. Agora faz pose. - Ela posicionou sua bolsa e me olhou séria. - Sorrisinho, Meia porção. - Ela segurou o sorriso e então fez pose com o rosto mais amigável, fez pose espontânea e então saiu de perto da parede. 

- Chega. - Ela caminhou e eu logo alcancei sua mão novamente. Fechou seu quarto, seguimos para a sala, em silêncio. 

- Não vai comer? - perguntei ao perceber que ela está indo em direção da porta de saída. 

- Tô morrendo de fome, mas não tenho tempo. 

- Lavínia, não pode sair sem comer. - Continuei seguindo ela. Saímos do apartamento. 

- Vou comer. - Riu de leve. - Meus dias são sempre uma correria. Aí depois cê diz que nunca falo com você, mas eu realmente fico atolada de coisas. - Apertou o elevador. 

- Mas eu preciso de atenção também. - Resmunguei e ela riu. 

- Eu sei, nenenzão. - Me beijou e eu não tinha o intuito de prolongar, mas a boca dela... só paramos quando o elevador abriu vazio. - Vou comer quando der. 

- Quando der nada. A gente para em algum lugar. - Falei decidido. Já dentro do elevador. 

- Ah, não. Nós vamos direto pra loja. - Me enfrentou 

- Cê tá mesmo discutindo comigo? - Ela revirou os olhos e quando percebi que não iria revidar, reforcei: - Nós vamos parar em algum lugar. Ela permaneceu calada e seu celular tocou. No mesmo instante, o elevador se abriu no estacionamento. Não vi ninguém. 

- Oi, já tô saindo de casa. - Ela falou ao atender. - Já disse que foi culpa dele. - Me olhou feio e eu a olhei entediado. Segui atrás do meu carro. - Vou dar uma parada pra comer antes. É rapidinho. - Ouviu mais um instante. Achei meu carro. - Certo, certo. Eu dou conta sim. Fica tranquila. - Ouviu mais uma vez e eu abri a porta pra ela. Nunca sou de fazer isso. Ela agradeceu silenciosamente e entrou. - Beijo. - Pude ouvir ela falar. Dei a volta no carro e entrei também. - Cavalheiro. 

- Nem acostuma. Eu nunca faço isso. - Ela riu. 

- A Talita me ligou agora maluquinha. - Riu de leve. - Ela vai ter uma reunião com o pessoal de marketing agora pela manhã. Eu nem lembrava disso. 

- Não é só ela nessa área? 

- Aqui no Brasil sim. Mas precisa se reunir com as lojas de Sidney também. 

- Eita. - Foi o que respondi e então liguei o carro. Continuamos conversando, até que passamos em frente a uma cafeteria. - Ó, lá. Vai comprar alguma coisa pra você. - Parei o carro. Quando tireia carteira do bolso e abri, ouvi a porta sendo aberta e antes que eu pudesse chamar por ela, ela já havia batido a porta e me olhou sorrindo. Filha da mãe! Se afastou e logo entrou no estabelecimento. Demorou alguns minutos e eu parei para pensar em seu incômodo, me sentindo invadido pelo cheiro dela no carro. Temos que conversar sobre o que ela ficou pensando quando meu celular vibrou. Demorou cerca de 15 minutos, mas pareceu uma eternidade. As mãos carregadas de comida. Pude ver dois cafés, e outras coisas empacotadas. Me pediu ajuda para abrir a porta e logo lhe ajudei. 

- Comprei varias coisinhas pra gente. Salgadinho. Pedi pão com queijo e presunto. - Falou se sentando e eu me peguei admirando ela de novo.

- Não esperou eu dar o dinheiro né?! - Ela me olhou e sorriu. Eu desarmei. Que coisa mais linda! 

- Comprei também café. Não sei como você gosta, então pedi o seu tradicional. Tem pãozinho doce. Ai, eu trouxe várias coisas. - Continuou falando e eu ri de leve. 

- Te deixei com tanta fome assim? - Ela me olhou e sorriu de novo, me dando o café. 

- Deixou. - Se aproximou e me beijou com delicadeza. - Boca perigosa. - Falou antes de se afastar. Acabei sorrindo e não respondi. - Pode pegar. - Me ofereceu e nós acabamos comendo dentro do carro, ela acabou roubando o último salgadinho da minha mão. Não pude deixar de sorrir. Ela acabou postando uma das fotos que bati e me mostrou antes de Seguirmos para a loja:
E ela foi cantando, enquanto eu penso sobre o tempão que vamos ficar longe. Entramos na rua da loja, ela apontou e logo paramos em frente Sra. Make. 

- Chegamos. - Olhei pra ela e soube que teria que me despedir. 

- É, chegamos. - Sorriu de lado. - Boa viagem tá? Prometo dar mais atenção à você. 

- Tá. - Ri de leve. - E sobre eu nunca pegar no celular quando tô com você: eu realmente não tenho nenhum interesse além de tá com você. Só nós, sabe?! - Ela assentiu. - E quando meu celular vibrou não era nenhuma mulher. - Ela riu desacreditada. - Sua mente é muito fértil. 

- Não precisa se justificar. 

- Precisa sim. Só quero reforçar, você tá no topo pra mim. - Ela assentiu. - Vem cá, me dá um beijo. - Emaranhei minhas mãos em seus cabelos e devorei sua boquinha. Quando finalmente desgrudamos, ela disse: 

- Boa viagem. Se diverte. - Sorriu docemente. 

- Vou sentir tua falta, loirinha. 

- Eu também. Preciso ir. - Me abraçou e me deu um cheiro caprichado. 

- Beijo. - Selei nossos lábios e então ela saiu do carro, sem olhar para trás, entrou em sua loja. Essa danada tá fazendo um estrago comigo...






Ooiiiiê! Vocês pediram e aqui está! Capítulo novoooo! Essa quarentena não tá fácil né?! Sei que agora não tenho mais a falta de tempo pra me justificar, mas nem sempre imputação ajuda, apesar de eu estar escrevendo bem mais em comparação com antes. Se tiver muitos comentários, posto outro ainda essa semana. Valendo? Ok!
Sobre o capítulo: esses dois estão uma graçaaaa né?! Eu vou lendo e fico sorrindo feito boba, porque eu acho eles lindos! E vocês? O que estão achando? 
Obrigadaaaa a cada comentário! Vocês são dmsssss 😍😍😍
Bjs, Jéssica ❤️