segunda-feira, 6 de abril de 2020

“ Momentos a dois “ 23



Acordei ouvindo o barulho chato do despertador. Fechei os olhos com força e ouvi um gemido frustrado. Lavínia. Eu dormi com ela. Sorri ainda de olhos fechados. Senti ela se esticar toda e desligou o despertador. No mesmo instante senti ela se mexer e então percebi que estou sendo observado. Fingi estar dormindo e ela se aconchegou em mim, beijando minha bochecha.

- Cheiroso. - Sussurrou, falando sozinha. - Luan? - Me chamou e passou a mão por meus cabelos. - Ei, gostosinho. - Não segurei o sorriso e ela soltou um risada gostosa. Olhei em seus olhos e me perdi neles. Meu pau reagiu imediatamente a visão de ter ela toda pra mim nessa cama. - Bom dia. - Sorriu lindamente e eu senti como uma pontada no estômago. Ela mexe comigo pra caralho. 

- Bom dia, loirinha. - Segurei a lateral de seu rosto e lhe beijei de leve. 

- Você nem me trocou ontem. - Olhou suas roupas. As mesmas de ontem. 

- Fiquei com dó de te acordar. Cê tava desmaiada. - Ri de leve e ela montou em mim, ficando deitada.
 
- Cansada. - Olhou minha boca e eu sorri. Ela tá com um olhar faminto no rosto. 

- O que cê quer? - Ela riu. 

- Nada. Te acordei porque cê viaja hoje, pode querer ir logo pra casa. 

- Hum, só pra isso? - Provoquei e ela se remexeu em cima de mim, escondendo o rosto em meu pescoço. Não me respondeu. - Quer transar? - Perguntei ainda sentindo minha ereção. Reajo muito fácil a ela. 

- Eu adoraria. - Admitiu em um sussurro. 

- Eu também. - Passei a mão por sua bunda, apertando. 

- Eu sei. Tô sentindo. - Falou com um sorriso no rosto e eu ri de leve. Sei que se refere a minha ereção. 

- Ele é muito fácil quando se trata de você. - Brinquei e ela riu. 

- Gosto dessa facilidade. - Senti um beijo em meu pescoço e curti a sensação. - Você gosta de fazer comigo? - Ela me olhou, sussurrando. 

- Ah, eu realmente gosto de fazer com você. - Emaranhei minhas mãos em seus cabelos e lhe beijei. Quando dei por mim, já estava em cima dela. Nossas preliminares se basearam em beijos provocantes, boca no pescoço, as unhas dela, o cheiro dela. Ela já é minha preliminar por si só. Pelo jeito, eu já sou a preliminar dela, por que eu encontrei ela pronta pra mim. Fizemos um sexo preguiçosamente bom. Devagarinho, intenso. Ela soltou uns gemidos manhosos e eu pensei que seria muito bom transar com ela todos os dias quando eu acordar. A ideia me assustou, mas pareceu tão boa. Ter ela receptiva, me querendo, toda dengosa e faminta. Porra, muito bom.

Tomamos banho juntos e conversamos. Ela me desejou boa viagem, disse que vai tomar a pílula do dia seguinte novamente. Falamos também sobre sua ida ao ginecologista. Eu quis ela de novo, se ela não tivesse me evitado por já estar atrasada, eu teria transado de novo e de novo... eu não me canso dela. 

- Não temos ideia de quando a gente vai se ver de novo né? - Me olhou, enrolada na toalha, após sairmos do banheiro. 

- Não. Já tá com saudade? - Sorri e ela bufou. - Lavínia! - Repreendi e ela nem ligou. Então ouvimos uma batida na porta. 

- Amiga, estamos atrasadas. - Talita disse do outro lado. Lavínia me olhou e fez careta como quem se repreende por estar atrasada. 

- Eu te levo. Vim de carro. - Falei. 

- Mesmo? Não vai te atrapalhar? - Ela perguntou.

- Lavínia! - Talita chamou novamente. 

- Não. - Respondi. 

- Me atrasei por culpa do Luan. Mas ele vai me levar, vocês podem ir na frente. - Fiquei boquiaberto. Que cara de pau! Talita riu do outro lado e Lavínia claramente se divertiu com a minha expressão.

- Ok, entendi. Boa viagem, Luan. 

- Valeu. - Respondi. - Ela tá mentindo. - Ouvi a risada da Talita e então tudo ficou silêncio. - Eu devia deixar você ir sozinha. - Apontei o dedo pra ela e ela riu, se aproximando, passando as mãos em volta do meu pescoço. 

- Eu não menti. A culpa foi sua. 

- Você foi quem acordou com aquela cara de “ me come “. 

- Luan! - Ela arregalou os olhos, ainda sorrindo e bateu em meu ombro. - Você quem acordou ereto. 
- Homens acordam assim, Lavínia. 

- Tanto daquele jeito? - Encolheu os olhos e eu ri. 

- Filha da mãe. Cê chama um uber, cara de pau. 

- Não. Você disse que ia. - Continuou sorrindo e eu tentei andar, mas não deu. Acabei tropeçando no pé dela e quase caímos. 

- Lavínia... 

- Luan... - Eu sorri olhando pra ela. 

- Cê tá atrasada. 

- Você disse que ia me levar. 

- Você não merece. Fica me difamando por aí. 

- Que dramático. - Ela selou nossos lábios rapidamente. Vou sentir falta dela durante esses dias de viagem. 

- Pode deixar eu me vestir? - Sim, eu estou só de cueca. 

- Não sem antes você dizer: eu vou levar você, loirinha. - Eu ri e ela riu também. Ela ficou esperando e eu não disse nada, só fiquei olhando-a feito bobo. - Posso te convencer. - Disse em um tom malicioso. 

- Não brinca com fogo. - Avisei e ela se afastou um pouco e então se desfez da toalha. Gemi e fechei os olhos. Como ela consegue ser tão gostosa, engraçada e encantadora ao mesmo tempo? Olhei seus seios e em seguida o meio de suas pernas. Lhe agarrei pela bunda. E lhe dei um tapa. - Para de me provocar. Você não vai dar pra mim, porque já tá atrasada. 

- Você tá enganado. Eu daria pra você sim. - Senti a excitação crescente em mim. 

- Tá brincando comigo? - Ela sorriu. 

- Claro que tô. - Riu se afastando. - Vou me vestir e você vai me levar. Fim de papo. - Se fosse possível, meu olhar teria matado ela. Entrou em seu closet e eu comecei a me vestir também. Lavínia tá ficando muito saidinha... peguei meu celular e me certifiquei que ainda está em modo avião. Geralmente deixo assim quando estou com ela. Quero estar absolutamente com ela e só. Quando fiquei pronto, sentei na cama e enquanto ela se arrumava, liguei para o Max, meu tio. As mensagens começaram a chegar. Ele e eu vamos nos encontrar no pantanal hoje. 

- Macaco, cê sumiu. - Ele disse assim que atendeu. 

- Tava ocupado. Mas me diz, cê já chegou? 

- Nada. Só vou a tarde, viado. Cê tá doido? - Eu ri. 

- Verdade. Eu tinha esquecido. - Lavínia voltou somente de lingerie e me olhou, passando para o banheiro. 

- A gente vai chegar quase ao mesmo tempo. - Ele disse. 

- É, eu sei. Vou desligar. Quando eu tiver saindo falo contigo. Valeu, macaco. 

- Falou. - Desligou e então ela voltou segurando uma escova. 

- Mas cê é gostosa hein?! - Ela sorriu. 

- Até que enfim você pegou no celular. - Começou a escovar os cabelos no quarto mesmo. 

- Não gosto de pegar nele quando tô com você. 

- Por que? - Me olhou. 

- Tenho coisa mais interessante. - Pisquei o olho, me referindo a ela e ela riu. 

- É por isso mesmo? - Desconfiou. 

- E por que seria? - Ela deu de ombros de não respondeu. - Fala, Lavínia. 

- Nada. - Eu bufei e não insisti. Deitei na cama e fiquei assistindo ela escovando os cabelos e sua bunda enorme bem na minha frente. Eu poderia olhar essa mulher por horas. Os cabelos longos, loiros... eu adoro puxa-lós. Essa bunda que eu adoro pegar, dar tapas... e adoraria foder. Eu ainda vou foder essa bunda. Sorri ao perceber meus pensamentos pervertidos. Meu celular começou a vibrar com algumas mensagens, mas eu não olhei.
- Tá perto, loirinha? - Perguntei e ela me olhou. 

- Tô. Vou só me vestir. - O celular vibrou novamente. - Acho que tem alguém querendo muito falar com você. - Foi impossível não sorrir ao perceber seu incômodo. Antes que eu pudesse responder, ela caminhou até o closet novamente e demorou um pouco por lá. Olhei o celular e vi que são mensagens de grupo, meus amigos... as pessoas de sempre. Não respondi nenhum e então ela apareceu. Um vestido preto, um pouco acima dos joelhos. Um salto fechado nos pés. Toda linda. - Vamos? - Ela continuou com a cara mais fechada. Não gostou nada do celular vibrando o tempo todo. 

- Não, espera. Deixar eu bater uma foto sua. Tá linda. 

- Não, Luan. Eu tô atrasada. - Reclamou. 

- Não, não. Antes eu vou bater foto dessa loirinha gata. - Ela revirou os olhos e eu levantei. Segurei sua mão e posicionei ela na parede próximo a janela, fazendo a luz deixá-la ainda mais linda. - Pronto. Agora faz pose. - Ela posicionou sua bolsa e me olhou séria. - Sorrisinho, Meia porção. - Ela segurou o sorriso e então fez pose com o rosto mais amigável, fez pose espontânea e então saiu de perto da parede. 

- Chega. - Ela caminhou e eu logo alcancei sua mão novamente. Fechou seu quarto, seguimos para a sala, em silêncio. 

- Não vai comer? - perguntei ao perceber que ela está indo em direção da porta de saída. 

- Tô morrendo de fome, mas não tenho tempo. 

- Lavínia, não pode sair sem comer. - Continuei seguindo ela. Saímos do apartamento. 

- Vou comer. - Riu de leve. - Meus dias são sempre uma correria. Aí depois cê diz que nunca falo com você, mas eu realmente fico atolada de coisas. - Apertou o elevador. 

- Mas eu preciso de atenção também. - Resmunguei e ela riu. 

- Eu sei, nenenzão. - Me beijou e eu não tinha o intuito de prolongar, mas a boca dela... só paramos quando o elevador abriu vazio. - Vou comer quando der. 

- Quando der nada. A gente para em algum lugar. - Falei decidido. Já dentro do elevador. 

- Ah, não. Nós vamos direto pra loja. - Me enfrentou 

- Cê tá mesmo discutindo comigo? - Ela revirou os olhos e quando percebi que não iria revidar, reforcei: - Nós vamos parar em algum lugar. Ela permaneceu calada e seu celular tocou. No mesmo instante, o elevador se abriu no estacionamento. Não vi ninguém. 

- Oi, já tô saindo de casa. - Ela falou ao atender. - Já disse que foi culpa dele. - Me olhou feio e eu a olhei entediado. Segui atrás do meu carro. - Vou dar uma parada pra comer antes. É rapidinho. - Ouviu mais um instante. Achei meu carro. - Certo, certo. Eu dou conta sim. Fica tranquila. - Ouviu mais uma vez e eu abri a porta pra ela. Nunca sou de fazer isso. Ela agradeceu silenciosamente e entrou. - Beijo. - Pude ouvir ela falar. Dei a volta no carro e entrei também. - Cavalheiro. 

- Nem acostuma. Eu nunca faço isso. - Ela riu. 

- A Talita me ligou agora maluquinha. - Riu de leve. - Ela vai ter uma reunião com o pessoal de marketing agora pela manhã. Eu nem lembrava disso. 

- Não é só ela nessa área? 

- Aqui no Brasil sim. Mas precisa se reunir com as lojas de Sidney também. 

- Eita. - Foi o que respondi e então liguei o carro. Continuamos conversando, até que passamos em frente a uma cafeteria. - Ó, lá. Vai comprar alguma coisa pra você. - Parei o carro. Quando tireia carteira do bolso e abri, ouvi a porta sendo aberta e antes que eu pudesse chamar por ela, ela já havia batido a porta e me olhou sorrindo. Filha da mãe! Se afastou e logo entrou no estabelecimento. Demorou alguns minutos e eu parei para pensar em seu incômodo, me sentindo invadido pelo cheiro dela no carro. Temos que conversar sobre o que ela ficou pensando quando meu celular vibrou. Demorou cerca de 15 minutos, mas pareceu uma eternidade. As mãos carregadas de comida. Pude ver dois cafés, e outras coisas empacotadas. Me pediu ajuda para abrir a porta e logo lhe ajudei. 

- Comprei varias coisinhas pra gente. Salgadinho. Pedi pão com queijo e presunto. - Falou se sentando e eu me peguei admirando ela de novo.

- Não esperou eu dar o dinheiro né?! - Ela me olhou e sorriu. Eu desarmei. Que coisa mais linda! 

- Comprei também café. Não sei como você gosta, então pedi o seu tradicional. Tem pãozinho doce. Ai, eu trouxe várias coisas. - Continuou falando e eu ri de leve. 

- Te deixei com tanta fome assim? - Ela me olhou e sorriu de novo, me dando o café. 

- Deixou. - Se aproximou e me beijou com delicadeza. - Boca perigosa. - Falou antes de se afastar. Acabei sorrindo e não respondi. - Pode pegar. - Me ofereceu e nós acabamos comendo dentro do carro, ela acabou roubando o último salgadinho da minha mão. Não pude deixar de sorrir. Ela acabou postando uma das fotos que bati e me mostrou antes de Seguirmos para a loja:
E ela foi cantando, enquanto eu penso sobre o tempão que vamos ficar longe. Entramos na rua da loja, ela apontou e logo paramos em frente Sra. Make. 

- Chegamos. - Olhei pra ela e soube que teria que me despedir. 

- É, chegamos. - Sorriu de lado. - Boa viagem tá? Prometo dar mais atenção à você. 

- Tá. - Ri de leve. - E sobre eu nunca pegar no celular quando tô com você: eu realmente não tenho nenhum interesse além de tá com você. Só nós, sabe?! - Ela assentiu. - E quando meu celular vibrou não era nenhuma mulher. - Ela riu desacreditada. - Sua mente é muito fértil. 

- Não precisa se justificar. 

- Precisa sim. Só quero reforçar, você tá no topo pra mim. - Ela assentiu. - Vem cá, me dá um beijo. - Emaranhei minhas mãos em seus cabelos e devorei sua boquinha. Quando finalmente desgrudamos, ela disse: 

- Boa viagem. Se diverte. - Sorriu docemente. 

- Vou sentir tua falta, loirinha. 

- Eu também. Preciso ir. - Me abraçou e me deu um cheiro caprichado. 

- Beijo. - Selei nossos lábios e então ela saiu do carro, sem olhar para trás, entrou em sua loja. Essa danada tá fazendo um estrago comigo...






Ooiiiiê! Vocês pediram e aqui está! Capítulo novoooo! Essa quarentena não tá fácil né?! Sei que agora não tenho mais a falta de tempo pra me justificar, mas nem sempre imputação ajuda, apesar de eu estar escrevendo bem mais em comparação com antes. Se tiver muitos comentários, posto outro ainda essa semana. Valendo? Ok!
Sobre o capítulo: esses dois estão uma graçaaaa né?! Eu vou lendo e fico sorrindo feito boba, porque eu acho eles lindos! E vocês? O que estão achando? 
Obrigadaaaa a cada comentário! Vocês são dmsssss 😍😍😍
Bjs, Jéssica ❤️

9 comentários:

  1. Tô amando cada dia mais essa história.
    JÁ QUERO O REENCONTRO PÓS VIAGEM KKKK

    ResponderExcluir
  2. Aaai meu coração ♥️♥️♥️
    Continua, estou amando
    //Carol

    ResponderExcluir
  3. To sumida aqui, mas voltei de novo.. tô amando um casal
    Continua pfv
    Anna

    ResponderExcluir
  4. Luan já ta caidinho na Lavínia kkkkkkkkk tem nem como esconder mais... Já quero a volta pós viagem

    ResponderExcluir
  5. Neeeeeem acredito ... Mais uma vez a Jeeh chega como a salvadora do tédio e posta... Gente essa quarentena tá demais hahahahah

    Brincadeiras a parte , meus comentários estavam bem escassos por aqui , mas consegui voltar ... E volta logo , porque só quando você posta eu posso dizer que não é ruim ficar em casa hahahaha ...

    Enfim , meu coração já é totalmente desses dois , 100% , eles são muito fofos , muitos sintonizados , muito triloucos topadões ... Sinto cheiro que amor no ar ...

    ResponderExcluir
  6. Eu to muito apaixonada nesse "casal", já quero a volta de Lavínia dessa viagem, já to imaginando eles juntinhos novamente, aff to mt dependente...
    Você arrasa demais nas fic, amoooo!

    ResponderExcluir
  7. Tô ansiosíssima pelo próximo capítulo, já quero o reencontro desses dois que amo tanto!!!

    ResponderExcluir
  8. Ai gente que delicia esses dois, aff😍 tô amando muito.. posta logo o outro e outro e outro...

    ResponderExcluir