domingo, 28 de junho de 2020

“ Cada um de volta a sua rotina “ 39

Chegamos até o jatinho. Wellington parou um pouco mais distante. Cumprimentei o Léo com um aperto de mãos e ele nós deixou no nosso momento. Coloquei minhas mãos no bolso e abaixei minha cabeça.

- É, chegou a hora. - Ela riu sem humor. Eu tô me sentindo covarde pra caramba por deixar ela ir, sabendo que eu sinto tanto quanto ela. Eu a olhei. 

- É. Cuidado tá? Cuidado na viagem pra Sidney. Me avisa quando cê chegar em casa. 

- Tá. Aviso sim. Você também me avisa? - Me olhou com os olhos mais lindos. 

- Aviso. 

- Tá. - Ela ficou meio sem saber o que fazer e então eu percebi que estou feito um idiota. Totalmente retraído. Lhe abracei e ela me abraçou de volta. 

- Vou sentir saudade do teu cheiro. De você. De tudo. 

- Eu também. Mas nós vamos ser amigos. A amizade continua. 

- É, eu sei. Vai com Deus tá? 

- Fica com ele também. - E ela se afastou. Segurei sua mão e suspirei olhando pra ela. Ela sorriu, sem deixar de me olhar. 

- Ai, Luan. - Ela choramingou e eu sorri. 

- Meu beijo? - E então ela se aproximou e me beijou. Não queria largar sua boca nunca! Queria continuar beijando, beijando... e fiz isso. Até meu ar faltar. Foi um beijo deliciosamente lento e me deixou tonto. Lhe abracei de novo. Forte. Fechei os olhos e senti ela. O coração, o corpinho pequeno. 

- Luan, nós temos que partir. - Léo disse e eu me afastei dela. 

- Tá. Vão lá. Cuidado com ela tá? - Pedi a ele. 

- Pode deixar. Confia em mim, companheiro. Tô já voltando pra pegar vocês. 

- Tchau, loirinha. 

- Tchau. Beijo. - E ela fez um biquinho lindo de longe. Fiz o mesmo e observei ela subir. Logo sumiu lá dentro e então apareceu na janela me dando tchauzinho e sorrindo. Tem mais linda? Não, não tem. Dei tchau e ela apontou pro Wellington. 

- Negão! - Chamei ele que está distraído no celular. Ele olhou e ela deu tchau pra ele sorrindo. Ele sorriu e logo deu tchau também, fingiu estar enxugando uma lágrima e pude perceber que ela gargalhou. Soltou beijo pra mim e então sumiu lá dentro. Virei e caminhei. Senti meu corpo pesar uma tonelada. Parece que eu nunca mais vou ver ela. Pra falar a verdade, não vou ver mais do mesmo jeito. Quando nos encontrarmos vai ser como amigos. E porra, isso não dá pra nós. Suspirei. 

- Já tá com saudade? - Wellington brincou. 

- Vai se foder. - Eu ri de leve. Seguimos em silêncio até o carro e não precisei ver ninguém. Foi ótimo. Não tô com animação nenhuma nesse momento. Sentei ao lado de Wellington e permaneci calado. Ele ligou o som e seguimos em silêncio. Pouco antes de chegarmos no hotel, minha mãe me ligou. Quis saber quando vamos, expliquei tudo e ela me pediu pra ligar quando eu chegar na cidade de destino.

Quando finalmente entrei em meu quarto, senti meu coração contorcendo. É isso que o amor faz? Puta que pariu! O quarto extremamente grande. Agora não tem mais ela, mas tem o cheiro. É, o cheiro ainda toma conta. Tudo parece tão vazio... suspirei e fui até o banheiro. Vi uma calcinha dela. Lerda demais! Sorri e segurei. Ela lavou, mas esqueceu de guardar. Cheirei e trouxe comigo. Comecei a ocupar minha mente com as malas que preciso arrumar. Com absoluta certeza, não vou comentar com ninguém que acabou. De jeito nenhum.

|| Lavínia

Cheguei no meu apartamento por volta das três e quarenta da manhã. Entrei em casa e encontrei tudo em absoluta silêncio. Fui direto para meu quarto. Larguei minha bagagem, tirei o vestido e me joguei na cama. Estou péssima. Mas preciso dormir. Daqui a pouco eu acordo e tenho que ir trabalhar. Mandei mensagem para Luan, mas nem esperei ele me responder. O cansaço me venceu rapidamente. Mas eu sonhei com ele o tempo todo. Perseguição.

Acordei com o celular despertando, sobressaltei e gemi. Preciso dormir mais. Meu corpo ainda tá um pouquinho dolorido pelas aventuras com Luan. Transamos demais. Suspirei e passei a mão por meu rosto. Fui até o banheiro e fiz todas as minhas higienes matinais. Quando saí, encontrei Clarissa tomando café com Marco. 

- Bom dia! - Sorri feliz ao vê-los. Minha irmã abriu um sorriso, juntamente com Marco. Abracei um por um, mas eles permaneceram sentados. 

- Cê chegou que horas? Talita me mandou uma mensagem dizendo que você ia vir. Esperei, mas eu tava com tanto sono. - Clarissa disse, enquanto eu sentei. 

- Quase quatro da manhã. - Marco riu de leve. 

- E agora são seis da manhã. Ou seja, cê não dormiu nada. 

- Nada. - ri de leve. - Tudo em ordem por aqui? - Olhei minha irmã. 

- Sim. Talitinha foi dormir com o Keven. - Segurou o sorriso, enquanto eu coloco o café. 

- Sim, ela me disse. - Eu sorri. 

- O viado tá por onde? - Marco perguntou enquanto eu pego duas fatias de pão integral.

- Não sei. - Eu ri. - Foi tudo tão de repente. Nós fomos no shopping ontem e aí quando voltamos eu já tive que vir, porque liberaram os voos. Eu seguida ele já ia também. 

- Cês foram ao shopping? - Minha irmã se surpreendeu. 

- Ao cinema. - Sorri ao lembrar. Tô com saudade. 

- Como? - Ela continuou surpresa. 

- Luan tem os truques dele. - Marco disse. 

- É, nós fomos na última sessão. Tinha pouquíssimas pessoas. 

- Uma vez nós já fizemos isso. Mas a gente foi durante o dia mesmo. Pra gente entrar nesse cinema foi uma artimanha das grandes. Do estacionamento acompanharam a gente até dentro do cinema. Não me perguntem como eu cheguei lá, só sei que cheguei. - Nós rimos da história dele. 

- Luan é um maluco mesmo. Você também. - Olhei para Marco. 

- É, nós temos história pra contar. - Ficamos em silêncio, comendo. Até Clarissa falar: 

- Mamãe ligou. Quis saber de você, mas eu disse que cê tava com Luan. Ela não ligou pra você, pra não incomodar, mas espera que cê ligue quando puder. 

- Tá. Tô tão ansiosa pra nossa viagem. - Marco bufou e Clarissa riu o olhando. - Que foi? 

- Vou sentir saudade. - Ele lamentou e eu sorri. Que lindos! 

- É rapidinhos. Só uns dias, a gente volta logo. 

- Mesmo assim. Vou sentir saudade do meu pudinzinho. - Ele segurou o sorriso é minha irmã tentou lhe acertar um tapa, enquanto eu gargalhei. 

- Ridículo, Marco. - Eu disse ainda rindo. 

- Ele não me chama assim. Ele faz essas palhaçadas na frente das pessoas. Idiota. - Ela fez bico e ele riu dela, eu continuei gargalhando. Esses dois são lindos! 

- Eu realmente preciso comer. Vocês precisam parar de fazer graça. 

- O Marco é o único pagando de palhaço. - Ela se irritou e nós rimos de novo. 

- Te amo, meu bem. - Ela revirou os olhos e então começamos a comer. Agradeci por nenhuma pergunta comprometedora sobre Luan e eu fosse feita. Não tô pronta pra dizer que acabou. Sei que para Clarissa e Talita não vou conseguir adiar muito. Teremos essa conversa muito em breve. Nosso voo já vai ser depois de amanhã, então eu terei um tempo para me distrair, renovar minhas energias. Acredito que vai ser ótimo.

Marco nos levou até a loja e ao chegar eu cumprimentei os funcionários, fiquei por dentro de alguns detalhes. Caixa do dia anterior, previsão de venda para os dias que estaremos em Sidney, entre outros detalhes. Passei quase duas horas na sala de Clarissa conversando, avaliando esses detalhes. Por fim, fizemos uma vídeo chamada com nossa mãe. 

- Meus amores! - Ela sorriu ao atender. 

- Oi, mãe. - Eu disse e Clarissa soltou beijo. 

- Cê tá bem? Como foi com o cantor? - Eu sorri de lado. Caramba, não queria que ela ficasse por dentro disso. Afinal, já acabou. 

- Tranquilo. Eu gosto de tá com ele. Preparada pra nossa ida? - Mudei de assunto. 

- Ansiosa demais! Seu pai quase enlouquecendo. Já disse pra ele ligar pra vocês. Ele tá sempre aparecendo aqui querendo saber se isso tá de pé, pra avisa-lo quando estiverem vindo. Que ele vai buscar vocês e blá blá blá. - Clarissa e eu rimos. Esses dois são uma gracinha. Se dão bem, apesar do divórcio. 

- Vou ligar pra ele mais tarde. - Minha irmã disse. - Mas nossa ligação não foi totalmente sobre a viagem. Querendo acertar quanto as análises que fizemos agorinha. Queremos repassar pra vocês. 

- Nossa, o Drake tá muito ocupado agora. - Ele é o gestor financeiro em Sidney. - Podemos tentar a tarde? Ele precisa participar também. 

- Ok, mãe. - Eu disse. 

- Onde está Talita? - Ela quis saber. 

- Deve tá chegando. - Clarissa falou. 

- Nossa... - Minha mãe franziu a testa. 

- Ela tá conhecendo uma pessoa, mãe. - E então minha mãe fez cara de espanto. 

- Vocês vão todas se casarem, é isso mesmo? 

- Exagerada! - Eu disse, enquanto Clarissa e eu rimos. 

- Ela acabou indo pra casa dele ontem. - E mais uma vez, minha mãe fez cara de espanto. - E ainda não chegou. Mas cê sabe, a gente reveza essas folgas, afinal, a gente sempre acaba ficando bem mais do que realmente deveria. - Clarissa esclareceu. 

- É claro. Sou consciente sobre isso. Vocês estão se esforçando bastante. Então, reunião mais tarde?
Sim. A gente faz uma conferência tá? - Eu falei. 

- Beijo. Até mais! Pelo que vejo teremos muito o que conversar. - Nós sorrisos e então demos tchau. 

- Mamãe vai ficar maluca. - Clarissa disse.

- Com certeza. - Eu sorri. E então bateram na porta, abrindo em seguida. Talita. 

- Olha só! - Clarissa bateu palmas. 

- Diz logo, sem rodeios. - Eu quis saber. 

- Oi, bom dia. Tudo bem com vocês? - Ela fingiu uma tosse e nós gargalhamos. Ela sentou-se no sofazinho de Clarissa e suspirou. - Ai, meninas. Foi ótimo. Estou um pouco sem palavras, sabe? Realmente sem palavras. - E então suspirou novamente. Clarissa e eu nos olhamos e gargalhamos. 

-?Filha da mãe! - Clarissa xingou. Ela nos olhos totalmente debochada. 

- Percebo que todas nós estamos com uma pele maravilhosa, não é mesmo? - E mais uma vez nós rimos. Talita tem um tom único de falar. Sempre parece que ela está sendo irônica e está, na maioria das vezes. 

- Mamãe já tá sabendo de vocês. - Eu disse e foi a vez de Talita ficar surpresa. 

- Eu não falei nem pra minha! Quem teve a boquinha desenfreada? - Apontei para Clarissa e a mesma colocou as mãos no rosto. 

- Desculpa. Foi mal. 

- Sua... tudo bem, vou deixar pra lá. Estou de muito bom humor. 

- Sinto informá-la e provavelmente vou acabar com todo seu bom humor agora. 

- Análises? - Ela fez careta. 

- Sim. - Eu ri de leve. E então fui para a sala de Talita. 

- Como foi a viagem? - Ela disse já no caminho.

- Bem. Eu gostei de ter ficado presa lá, pra ser sincera. - Sorri de lado.

- Sua danada! - Ela brincou e então entramos. - Luan tá bem? 

- Sim. Tá tudo bem. - Sorri, sabendo que estou omitindo um grande detalhe. Isso fica pra depois.

Passei o restante da manhã com ela. Previsão de vendas para os próximos dias que ficaremos fora, minha mãe precisa saber que realmente será alcançado, ter noção de como vai ser enquanto estivermos fora. Como o funcionamento da loja fica com a nossa ausência. Fizemos uma previsão de vendas e recebimento de todo o mês. Ela me mostrou alguns gráficos e me explicou detalhadamente. Me disse também sobre a reunião que teve ontem com as pessoas do marketing de Sidney. 

- Nossa ideia de fazer parceria com algumas blogueiras aqui no Brasil já era bem antigo. Lembra? 

- Sim, claro. 

- Então, entramos mais a fundo nisso. Tive uma reunião pela manhã com eles. E ainda ontem selecionei cinco perfis como foi solicitado por eles. Antes precisa passa por você. Te mandei por e-mail. 

- Eu ainda não olhei nada. 

- E nem vai. Nós vamos almoçar agora. - Ela fechou o notebook. 

- Mas eu tenho muito o que fazer. Preciso ficar. Cês podem trazer pra mim. 

- Não. De jeito nenhum. - Ela franziu a testa. - Nós vamos aproveitar pra comprar presentinhos. Nós tínhamos combinado. 

- Hoje não dá, Talita. - Eu disse já levantando e ela indo até a porta. 

- Da sim, Lavínia. Anda, anda. É rapidinho. Não é como se a gente fosse levar presente para todas as pessoas de Sidney. 

- Eu sei. - Revirei os olhos. Saímos de sua sala e encontrei Clarissa.

- Já estão prontas? Eu tava indo encontrar vocês. 

- Preciso pegar minha bolsa. - falei.

- Eu vim de carro, então esperamos você lá. - Talita disse.

- Tá. - suspirei. É mais fácil arrancar a cabeça delas do que a ideia das duas quanto a isso. Seria atencioso da nossa parte. Mas elas não tiveram um dia fora. Eu tive. Isso já me deixa atolada. Peguei minha bolsa e nem verifiquei celular. Apenas o coloquei na bolsa e encontrei as duas já no carro.

Ao chegar no restaurante, fizemos nossos pedidos e Talita fez tranças em mim e em Clarissa. Do nada surgiu o assunto e do nada ela quis fazer. Nossos assuntos são muito aleatórios. Na verdade, lembro bem, ela viu uma saída no assunto das tranças. Ela é Keven estavam sendo assunto. 

- Ficaram lindas! Certo, agora o registro, amadas. - Lhe dei meu celular e ela fez alguns registros. Nós acabamos rindo da empolgação dela dizendo para fazermos várias poses, mas então a comida chegou e nós comemos. Fiz as duas comerem rapidamente e seguimos para as compras. No trajeto eu decidi postar uma das fotos com Clarissa:
“ Tranças e fome registradas no feed 🤣 @clarissableasby “ 

Pude ver uma publicação dela comigo comigo também:
“ Quase gêmeas 😆❤️ “ 

Conseguimos agilizar nas nossas compras e já na volta para a loja. As fotos que vazaram no show de Luan foram comentadas entre nós. Falei como me senti e o quanto estou tranquila. Segurei a informação. Não quero jogar isso no meio da nossa correria, enquanto estamos trabalhando. Mais tarde teremos tempo. Isso é, se elas não estiverem com seus homens, enquanto eu terminei tudo com o meu. Que na verdade não era meu. Que bagunça!

(...)

Segui com meu dia em meio a trilhões de coisas pra fazer. Passei cerca de duas horas respondendo e-mails, verificando de um por um. Como pode? Foi apenas um dia. Desci para a loja e acompanhei a movimentação. Cumprimentei alguns clientes e fui elogiada pelo talento que tenho com a maquiagem. Ouvi alguns pedidos de voltar a ser ativa no canal do YouTube e Instagram. Prometi pensar. Conversei um pouco com os funcionários. Gosto de estar presente e parecer disponível para o que seja necessário. Já estava voltando, quando uma adolescente me chamou. 

- Lavínia! - Ela disse animada. Está acompanhada de uma amiga e então eu virei para cumprimenta-la. 

- Oi, tudo bem? - Caminhei até elas. Parte da clientela me conhece pelo nome. Da família, sou a mais ativa em redes sociais e pelo fato de eu fazer maquiagem, facilita o reconhecimento. 

- Tudo bem sim. Ai, meu Deus! Posso te dar um abraço? - Eu sorri, surpresa. 

- Claro. - Nos abraçamos. 

- Eu acompanho o Luan. Sei que vocês são... - Ela desfez o abraço. - Amigos. - Sorriu de lado. - Eu apoio total! - Ela suspirou encantada. - Você nem parece real de tão linda, ele também. São perfeitos. - Eu tive que rir. Ela é uma fofa, mas não se baseia só nisso. 

- Obrigada. Ele é um grande amigo. Obrigada pelo teu carinho. Fiquem a vontade tá? Preciso voltar pros afazeres. - Soltei beijo para as duas e então voltei para a parte de cima, nos escritórios. Me enfiei na minha poltrona e fiquei por mais uma hora.




Luan me ligou quando eu já estava indo para a sala de Talita, vamos começar a reunião.

-?Oi. - Não pude deixar de sorrir.

- E aí, loira. Saudade de você. - Eu derreti.

- Saudade também. Recebi uma fã sua aqui hoje. - Eu parei na entrada do escritório de Talita.

- Mesmo?

- Sim.

- E aí? Como foi?

- Ela basicamente disse que shippa nós dois. - Eu ri.

- Eu também shippo.

- Shippa nada. Para de coisa.

- Cê tá dentro da minha cabeça? Cê num sabe de nada, bebê. Eu shippo tanto!

- Para, Luan. Agora nós somos só amigos. - Tentei levantar um limite entre nós.

- Eu sei, pô. Mas ainda te quero, Cê sabe.

- Quem te quer sou eu. Você só quer transar.

- Não fala um negócio desses, Lavínia. Cê consegue me deixar chateado de verdade.

- Luan, basicamente era isso.

- Não, não era. A gente conversou e eu te falei meu ponto de vista e expliquei os motivos.

- É, eu sei. - Clarissa surgiu.

- Bora pra reunião? Eu pensei que tava atrasada. - Passou feito um foguete para dentro do escritório de Talita.

- Tá, já tô indo. - Suspirei. Eu realmente vou precisar desligar. - Tenho uma reunião agora. Tá tudo um furacão aqui.

- Como sempre é. - Ele riu de leve. - Eu também espero sua ligação, mensagem, sinal de fumaça... qualquer coisa.

- Tá, eu vou falar com você sim. Faladeiro. - Eu ri e ele riu também.

- Faladeira é você. - A porta abriu e Talita apareceu.

- Vamos começar. É algo importante? - Talita se referiu a ligação.

- É o Luan. Já vou desligar. To entrando já.

- Certo. Agiliza. - E então ela entrou novamente.

- É, eu ouvi daqui. Não quero atrapalhar. Posso esperar você dar sinal de vida?

- Pode sim.

- Bom trabalho tá?

- Pra você também. Bom show.

-?Beijo.

- Outro. - E então eu desliguei. Entrei rapidamente na sala e me acomodei na mesinha juntamente com as meninas que já deixaram um notebook no ponto pra mim. Cada uma fica com um notebook. E então todo se juntam numa chamada de vídeo. Para facilitar nossa comunicação, preferimos nos reunir numa sala só. Assim, temos um contato pessoalmente também.

Fiquei atolada de trabalho até tarde. Totalmente de volta a minha rotina.







OIIIIII PRINCESAS!!! Que saudade de vir aquiiiiii!!! Que saudade de escrever e postar
Pra vocês. Eu não tive tempo nem ao menos de escrever como gostaria essa semana. Por aqui, minha rotina voltou 100%, então eu fiquei um pouco exausta. Não consegui mesmo, mas sempre dando uma passadinha no blogger e vendo os comentários de vocês. Essa fanfic nunca teve tantos comentários!!! Obrigada pelo engajamento 😍😍😍 Vou demorar assim sempre KKKKKKKK tô brincando, não precisam arquitetar minha morte. Mas sim, eu não tenho como garantir de vir postar durante essa semana que se inicia amanhã. Vai depender mtttt de como vai ser o dia a dia, quero mto ter tempo pra escrever e vir aqui. Espero que vocês compreendam! Continuo escrevendo a história com mttttt carinho e vocês não imaginam o tanto de coisa que ainda tem pra acontecer. Essa história tá longe de acabar! Conto com vcs pra continua! Obrigadaaaa!
Sobre o né capítulo: sei que querem a viagem, sei que querem matar o Luan, sei que querem Lavínia dando motivo de ciúmes pra ele. Hahahahahah o que vai acontecer heinnnn?!!! O que acharam deste capítulo??? Comentem mtttt, adoro ler vocês!!!! 😍😍😍
Bjs, Jéssica 

sexta-feira, 19 de junho de 2020

“ Cinema é aquela conversa “ 38

- Luan do céu! - Ela disse empolgada ao entrarmos no shopping.

- É, isso é diferente. - Sorri pra ela e então subimos na escada rolante. Pouquíssimas pessoas, as lojas fechando. Recebemos alguns olhares, mas eu não larguei a mão dela. - Quer que eu solte sua mão? - Eu decidi perguntar. 

- Por que? - Ela franziu a testa. 

- Tem algumas pessoas aqui, pode ter foto. - Chegamos ao fim da escada rolante e começamos a caminhar. 

- Não. Você solta se você quiser. - Eu sorri com o que ela pode estar pensando. 

- Não quero soltar, loirinha. - Ela me olhou, buscando verdade e eu tentei passar isso pelo meu olhar.
O cinema é pra cá. - Ela disse, apontando para as placas.

|| Lavínia ||

Ao chegarmos ao cinema, vimos algumas pessoas. Pouquíssimas. Porém, todas quiseram foto. Me afastei e vi ele atender todo mundo. Mantive um sorrisinho bobo no rosto ao ver o quanto as pessoas gostam dele, o quanto ele é carismático.

Depois disso, compramos nossos ingressos e os funcionários pediram fotos. Dei o espaço necessário, ele fez o atendimento, enquanto eu escolhi os combos para comermos. Logo recebemos e já fomos convidados a entrar e aguardar o início do filme lá dentro. Cerca de seis pessoas permaneceram fora, esperando o horário exato. 

- Bora lá pra cima. 

- Você não vai me agarrar o filme todo. - Avisei e ele riu despreocupado. 

- Vou sim. 

- Não, eu quero assistir. - Ele continuou despreocupado. 

- Aqui. - Escolheu a penúltima fileira. Fomos para o cantinho da parede. 

- Luan, é sério. - Eu repreendi. 

- Relaxa, pô. - Me olhou. E me entregou o balde de pipoca. Segurei e bebi um pouco do meu refrigerante. Peguei a pipoca e ele ficou estranhamente quieto. 

- Não vai querer a pipoca? - Perguntei. 

- Só quando começar. - Pegou seu refri e bebeu. Ele ficou chateado com o que falei. Claramente. 

- Tá chateado? - fui direta. 

- Não. - Ele franziu a testa, me olhando. 

- Tá sim. - Ele bufou e olhou para frente. - Para de bobagem, princeso. - Ele bebeu mais refri. - Ou, olha aqui. 

- Lavínia, me deixa. Eu também quero assistir o filme. - As pessoas começaram a entrar e os trailers a rolar. 

- Luan, sua loirinha tá chamando. - Ele revirou os olhos. E me olhou. Sorri pra ele e mais uma vez senti vontade de dizer eu te amo. - Para de ficar bicudo comigo. Daqui a pouco eu tô indo, deixa de bobagem. - Ele negou com a cabeça e permaneceu quieto. Tentei me aproximar e em meio ao meu movimento, derrubei a pipoca. 

- Merda, Lavínia. - Ele sussurrou e eu ri, tentei rir baixo. 

- Merda. - Eu disse e me abaixei junto com ele. - Lá se foi nosso baldão. - Fiz bico, voltando a sentar normalmente.

- Cê é desastrada pra caramba.

- Você também. - Retruquei. 

- Fez uma sujeira das grandes. - Negou com a cabeça e eu segurei o rosto dele, aproximando o meu. - Agora cê quer beijo? 

- Eu sempre quero o teu beijo. Você que tá todo sensível. Cê acha mesmo que eu ia negar de você me agarrar? Por favor, né?! Até parece que não me conhece quando se trata de você. - Selei nossos lábios e ele correspondeu sem muita vontade. - Cê não vai me beijar, bebezinho? - Fiz voz de beber e consegui arrancar o sorriso dele. 

- Vou sentir tua falta. - Me olhou nos olhos. 

- Eu também. Você nem imagina o quanto. - E então eu o beijei. Desta vez fui correspondida com a mesma vontade. Suas mãos foram para meus cabelos e eu me deliciei nos lábios dele. Cada movimento, a língua, a pegada, ele. Mordeu meu lábio, lambeu, continuou o beijo, chupou minha língua e uma de suas mãos foram abaixando, pousando no meu seio. Ele apertou e eu puxei os cabelos dele. Fiquei sem fôlego e então pousei meu rosto na curvatura do seu pescoço. Enquanto ele massageia meu seio e beija meu pescoço. Mais uma vez quis dizer eu te amo. Tá ficando quase incontrolável essa vontade. A luzes apagaram e isso fez eu me afastar. 

- Eu tinha esquecido das pessoas. - Sussurrei. 

- O filme já vai começar. - Ele se ajeitou e bebeu um pouco do refri. 

- Eu queria a pipoca. - Sussurrei. 

- Cê quer ir lá? - Me olhou. 

- Não. Quero assistir o filme. 

- Pra eu ir é mais complicado. 

- Tá, vamos assistir. - passei a mão pelo peito dele e o abracei, pousando minha cabeça em seu ombro. A mão dele acariciando meu braço atravessado em seu peito. Nos concentramos. Eu realmente prestei atenção no filme, sentido o cheiro maravilhoso que ele tem, sabendo que depois vai ficar impregnado em mim. 

- Me dá um beijinho. - Ele sussurrou e eu atendi seu pedido. - Da próxima vez que a gente vier num cinema, a gente vem pra transar. - Eu ri e lhe dei um tapa de mentirinha no rosto. 

- Você é um safado. - Mordi meu lábio e ele riu, selando nossos lábios. 

- Esse filme é muito bom. 

- É mesmo. - E voltamos a atenção para o filme de ação.

|| Luan ||

O filme acabou e ela reclamou de fome. 

- Meu amor, não tem nada aberto mais. - Falei andando com ela no shopping todo vazio. 

- Mas a gente só almoçou, Luan. 

- No final da tarde já. A gente pode comer quando chegar no hotel. - Ela fez careta e eu ri. - Quer comer outra coisa? - Ela assentiu com a cabeça fazendo uma carinha de neném. Passei o braço em volta do seus ombros e então paramos em frente ao elevador, indo para o estacionamento. - Negão já tá esperando a gente, no caminho a gente procura um lugar aberto. Quer comer o que? - Entramos no elevador. 

- Hambúrguer. - Disse e me abraçou. 

- Tá, então a gente procura o hambúrguer. 

- Eu amei o filme. 

- Eu também gostei demais. Muito foda. 

- Uhum. - E ela me olhou. Tá pedindo beijo. Eu já conheço. Lhe beijei e ela correspondeu. Não gosto de pensar que ela tá indo e que depois disso acabou.

Chegamos ao estacionamento e já vi o carro com negão esperando do lado. 

- Wellington, o filme é incrível. - Ela já foi logo falando. 

- Muito foda, negão. - Ela abriu a porta e entrou. Entrei em seguida, após trocar um toque de mãos com Wellington. 

- Foda mesmo? - Ele disse ao entrar no banco do motorista. Já deu partida no carro. 

- Massa. Massa, negão. 

- Não dá spoiler pra ele. 

- Não, não vou dizer nada. - Ela segurou meu rosto e selou nossos lábios. 

- Lindo. - Ela sussurrou, mas com certeza Wellington ouviu. Sorri pra ela e cheirei seu pescoço.

- O que cê vê aberto, cê para. - Pedi. 

- Beleza. - Wellington disse. - Tinha muita gente lá com vocês?

- Quase ninguém. - Respondi. - Cê sabe, esse horário é tranquilo. 

- É muito bom ir ao cinema esse horário. - Ela disse. 

- É, eu também gosto bastante. - Ele falou do banco da frente. - Oh lá, ali é uma hamburgueria. - Disse logo que saímos do shopping. 

- Beleza, bora lá. Tenho uma mulher esfomeada pra alimentar. - Os dois riram alto e eu, claro, levei um tapinha no ombro em forma de repreensão. 

- Idiota. - Ela reclamou, enquanto Wellington já estaciona. 

- Cê vai lá? - Eu quis saber.  

- Vou sim. 

- Negão vai com você. Escolhe um seu também, negão. - Falei pra ele e tirei meu cartão de débito. - Pega. - Dei pra ela. - A senha é 1296. 

- Tá. - Ela selou nossos lábios e saiu do carro. Wellington acompanhou e eu fiquei vendo os dois entrarem. O local tem as paredes todas de vidro e quando adentraram ao local, vi uma mesa de marmanjos olhando pra ela. Wellington não os intimidou. Não posso culpá-los. Ela é linda. Hoje então... Vestiu uma calça minha que ficou excessivamente maravilhosa nela. Ficou cintura alta, as barras dobradinha, ela usou um cinto e colocou uma camisa minha amarrada em um nozinho. Usou os calçados que veio de viagem. Completamente estilosa. Vi a rodinha comentando, enquanto ela e meu amigo já estão no balcão. Suspirei. Ela claramente se declarou pra mim. Deixou claro que quer mais, que sente mais. Acho que meio mundo pensaria que estou sendo no mínimo, burro. O posicionamento que tomei foi pensando mais nela, do que em mim. Ela não aguentaria a vida que eu levo. Eu não quero machucá-la. Ela claramente se incomoda com as outras, eu não culpo. Ela carrega sentimentos por mim, mas eu tenho esse tipo de contato todos os dias. Abraços exagerados, beijos mal intencionados e propostas. Muitas propostas. Lavínia merece mais que eu. Ela olhou pra trás, claramente em dúvida. E então falou com Wellington que logo veio em direção a saída. Fiquei esperando até que ele chegou próximo a mim. 

- Que foi? - Abaixei o vidro. 

- Ela pediu pra eu perguntar se cê quer a carne mal passada ou ao ponto. Ela ficou na dúvida porque você come das duas maneiras. Cê tá sendo muito mimadinho por essa mulher. - Eu ri dele, ao mesmo tempo encantado com ela. Princesa demais! 

- Vou querer ao ponto. - Ele se afastou e quando isso aconteceu eu vi um cara conversando com Ela. Olhei para a mesa dos marmanjos. Caralho! É um deles que tá lá com ela. Filho da puta! A sensação foi de um banho frio da cabeça aos e no mesmo milésimo de segundo, senti o corpo todo ferver. Ela sorria educadamente, até que Wellington chegou até eles. O viadinho disse algo mais e saiu após sorrir pros dois. Filho da puta! Meu pé ficou inquieto. Nervoso pra caramba. Ela ficou no balcão, esperando com Wellington após os dois terem sido atendidos. Senti tanta raiva, porra. Tanta raiva! O que ele queria com ela? Meu pé continuou. Soltei um grunhido torcendo que eles venham logo. Olhei os filhos da puta e eles continuam falando dela. Mas que porra! O olhar é de quem realmente tá babando. Me deu vontade de entrar lá e pedir pra ela desistir desse hamburguer. Suspirei pesado. Quantos caras vão aparecer depois que ela for? Vários! Eu vou sofrer. Eu sei. Tô fodidamente apaixonado. Mas acredito que a maior prova de ela realmente importa pra mim, é deixar ela ir. Não consigo lidar com tudo que vem com um namoro agora. Não consigo. Talvez um dia ela saiba que eu já venho trabalhando isso, talvez ela saiba que meu passado fez com que eu tenha esse receio hoje. Talvez um dia eu conte, mas ela não precisa dessa carga toda que tem meu passado. Não precisa saber que eu tenho medo de tentar por algo que aconteceu lá no início da minha carreira. Meu celular tocou. Edgar.

Eu o atendi e ele pareceu preocupado. 

- Estamos chegando. Lavínia tava com fome, estamos esperando um hambúrguer. Fiquei no carro, eles foram lá. 

- Beleza, cara. Cê fala pra ela que ela precisa ir dentro de duas horas. Logo que o jatinho voltar, nós vamos. Os voos acabaram de ser liberados. Já corri pra encaixar ela. - Mais um banho frio em mim. Desta vez muito pior. 

- Falo sim. - Minha voz quase não saiu. 

- Não falei com você antes porque era preciso agilizar. Nós vamos precisar partir logo. 

- Não, tudo bem. Cê fez certo. Valeu. Estamos chegando. 

- Beleza, falou. - E então desligou. Dei um soco no teto do carro e joguei minha cabeça para trás. Ela vai embora. Ela vai embora. Caralho! Senti meus olhos arderem. Engoli seco qualquer emoção que quisesse se manifestar em mim. Agora não, pô. Ela nem foi ainda, coração. Dá uma segurada. Quando olhei vi ela vindo com sacolinhas e Wellington também. Sorri ao imaginar o que ela comprou. Passou pela mesa dos viadinhos e o atrevido pareceu se despedir dela com um aceno e um sorriso. Ela sorriu de volta, educadamente. Comentou algo com Wellington, revirando os olhos e ele segurou o sorriso. Os dois saíram e então vieram até mim. Ela abriu a porta. 

- Chegou! - Toda animada. 

- O que aquele cara queria com você? - Eu quis saber. 

- Nada. - Ela quis fazer pouco caso do assunto. Wellington entrou, deu partida no carro e eu continuei olhando ela. - Eu comprei um sanduíche muito completão pra mim. Por que tava morrendo de fome e comprei um completão pra você. - Ela disse totalmente empolgada, já abrindo as sacolas. - Trouxe batata frita. Trouxe refri também. Tá com você, Wellington? - Ela perguntou. 

- Tá sim. Aqui no banco do passageiro. - E então ela se esticou toda pra pegar duas latinhas. Minha raiva quis ir embora. Por ela ser encantadora, por saber que me resta pouquíssimo tempo com ela. 

- Não vai esperar chegar no hotel? 

- Eu tô com fome. - Me olhou ofendida. 

- Tá. Então come. Eu só vou comer lá. - E então ela começou a comer em silêncio. Depois de alguns minutinhos em um silêncio total, eu disse: - Edgar marcou sua ida. Daqui umas duas horas. - Me olhou surpresa. - Acabaram de liberar os voos. Vamos precisar ir logo depois que o Jatinho voltar. - Ela somente assentiu, sua boca completamente cheia. Ela sentiu o impacto. Eu percebo que sentiu. Assim como eu também. Continuou em silêncio e eu respirei fundo. O clima pesou dentro do carro. Wellington ligou o som na tentativa de amenizar a situação estranha. Olhei ela comendo e pensei: ela não teve culpa dos caras comendo ela com os olhos. Eu ainda quero saber o que o filho da mãe queria, mas essa mulher vai embora daqui a pouquinho e eu quero aproveitar a presença dela. Passei o dedo por uma mecha dos seus cabelos e coloquei atrás da orelha. Ela olhou pra mim e o canto da sua boca está sujo de molho. Sorri e me aproximei, lambendo o local e ela selou nossos lábios. 

- Come pelo menos a batata, Luan. Vai ficar fria e murcha. - Fez careta. 

- Só no hotel, loirinha. - E então ela me ofereceu seu refrigerante. Aceitei e bebi um gole. 

- Geladinho né?! - Assenti sorrindo. - Seu cartão tá no meu bolso, chegando no hotel eu te dou. Tô muito ocupada agora, acho que você me entende. - Me mostrou o hambúrguer pela metade e eu ri. Desta vez, Wellington não se segurou também.

Ela continuou comendo até chegarmos ao hotel. Comeu a porção dela de batatinha e comeu a minha. 

- Tô tão cheia. - Ela disse quando entramos no elevador. 

- Estranho seria se não tivesse... - Falei. 

- Acho que quero vomitar. - Ela fez careta. Wellington e eu nos afastamos. - Tô brincando. Seus medrosos! - Ela riu. 

- Você é ridícula. - Eu disse e ela me olhou ofendida. 

- Cê sabe que isso tudo é sentimento, né?! - Ela olhou pra Wellington e eu sorri. Tá muito convencida! 

- Não tenho dúvida. - Negão respondeu. Ela sorriu abertamente. Coisa mais gostosa!

Chegamos ao nosso andar e então nos despedimos temporariamente de Wellington. Ele vai deixar ela no aeroporto.

Entramos no quarto. 

- Tenho quanto tempo? Até eu ir? - Ela perguntou. 

- Não sei bem. Vou mandar mensagem pro Edgar. 

- Tá. Vou ligar pra Talita. Pra ela ir me pegar no aeroporto. - Nós dois sentamos na cama, após eu largar à sacolinha com meu hamburguer e Refri na mesinha ao lado da cama. Cada um com seus celulares. Ouvi ela falar: - Oi, desculpa te acordar. As coisas melhoraram aqui. Já tô voltando. - Ouve uma pausa, enquanto leio a resposta do Edgar dizendo que ela tem pouco mais de uma hora. - Cê pode ir? Tá na casa dele? - Me olhou surpresa. E eu franzi a testa. - Tudo bem, amiga. Eu chamo um uber. - Ouviu algo e então disse: - Tudo bem, sem problemas. Quando eu chegar a gente conversa. Beijo. - E então desligou. - A Talita tá na casa do Keven! - Ela disse muito empolgada. 

- Porra! Sério? - Fiquei surpreso e empolgado também. 

- Seríssimo. Caramba, ela ainda não tinha dormido lá. - Sorriu. 

- Eles vão dar muito certo. Escuta o que tô te falando. 

- Eu também acho que sim. - Ela me olhou e suspirou. - E eu? Ainda tenho quanto tempo? 

- Pouco mais de uma hora. 

- Beleza. - Ela bateu uma mão na outra. - Me ajuda com a mala? - Ela brincou. 

- Vai levar minhas coisas? - Eu zoei e ela gargalhou. 

- Essa foi a viagem mais imprevisível da minha vida. Em todos os sentidos. - E então nossos sorrisos foram sumindo. Mordi meu lábio inferior. 

- Tá decidido mesmo? Tem certeza que não quer repensar? 

- Você não quer repensar? - Ela devolveu a pergunta. 

- É complicado, Lavínia. - Ela riu sem humor. 

- Cê acha que pra mim não é?! Eu tô apaixonada por você, me declarei e me abri totalmente pra você. Eu recebi um não seu. Depois eu transei e transei e beijei e beijei você loucamente. Eu perdi toda minha dignidade. - Ela riu de leve. - Então acredite, eu mais do que ninguém posso falar que é complicado. 

- Não é bem assim, Lavínia. - Tentei me explicar. Se ela soubesse... 

- É sim, Luan. Não tem problema nenhum. Você não quer repensar, eu não quero repensar. Então continuamos como ficou decidido. - Levantou-se. 

- Cê tá judiando comigo. Nossa, demais, cara! - Franzi a testa e ela suspirou. 

- Não vamos mais falar sobre isso. É péssimo pra mim essa situação. Agora cê vai comer e eu vou tomar um banho. 

- Banho de novo? - Cedi ao fim da conversa. 

- Sim, de novo. Vai, come logo. 

- Tá. Vou comer o que sobrou. - Alfinetei e ela riu, me mostrando o dedo do meio. Entrou no banheiro, enquanto eu comi o sanduíche. Pensando no que está acontecendo. Nem parece real. Não parece que ela vai mesmo. Não parece que acabou. Fiquei totalmente perdido em pensamentos, na minha confusão mental, até ela sair. Só de calcinha. Me permiti admirar uma última vez. Suas curvas, o rebolar enquanto ela caminha. A bunda empinadinha, os seio igualmente empinados. Cintura estreita, os quadris largos. As tatuagens espalhadas pelo seu corpo. Eu já beijei cada uma delas. Ela pegou o vestido que usou na festa. 

- Será que tá fedido? - Ela cheirou, me olhando. 

- Claro que não. - Eu respondi ao engolir um pedaço do sanduíche. 

- Cheira só. - Ela se aproximou de mim, ficando entre minhas pernas. Fiz como ela pediu. 

- Cheiroso demais. - Fechei os olhos. - Perfume e bebida. - Ela riu se afastando. 

- Vou vestir ele. - Deu de ombros. - A opção que restou. - Fiquei olhando ela vestir e lembrei do filho da puta da hamburgueria. 

- O que aquele cara tava falando com você no balcão? - Decidi perguntar e então ela se enrolou toda com o vestido que ficou acima de seus seios e ela não conseguia tirar ele do lugar. 
 
- Me ajuda. - Ela pediu um pouco desesperada. 

- Você é lerda demais. - Levantei, deixando meu alimento de lado e indo até ela. Ajudei. Pelo fato de o vestido ser muito colado e o tecido grossinho, foi um pouquinho complicado. Quando deixei no lugarzinho certo, lhe dei um tapa na bunda. - O que tem de gostosa, tem de lerda. - Ela riu.

- Vai se ferrar, cara. - Voltei a sentar e ela amarrou os cabelos em um coque. 

- Responde minha pergunta. - Mordi meu sanduíche. 

- Coisa sem importância, Luan. - Ela revirou os olhos. Continuei olhando, esperando. Ela grunhiu e sentou-se ao meu lado, passando creme nas pernas. - Quis saber se eu tava acompanhada pelo Wellington. 

- Cê disse o que? - Quis saber, bebendo um gole de refri. 

- Que não. - Ela me olhou. - Não ia inventar. - Voltou a passar o creme.

- Poderia. - Retruquei. 

- Nem vem. - Ela me olhou debochada. E então sua atenção voltou-se para suas pernas. - Perguntou meu telefone, eu disse que não tava interessada. Ele me elogiou e voltou pra mesa. - Franzi a testa, prestando atenção. Ela tá me contando bem por cima. Nada de muito detalhe. Até parece que ele não insistiu. 

- Entendi. - Me contentei. 

- Satisfeito? - Usou um tom irônico e eu fiquei calado, terminando de comer. Ela parou e me olhou. Suspirou e ficou me olhando. Olhei de volta e então ela me abraçou. - Vou sentir sua falta. - Afaguei seus cabelos. 

- Eu também vou sentir de você. - Fechei meus olhos. Ela se afastou e então nos olhamos novamente. Terminei meu hambúrguer e bebi o restante do refrigerante. 

- Agora cê some de vez da minha vida. - Riu sem humor. 

- Que papo é esse?  

- Cê já sumia antes, agora então... não tem mais motivo né?! 

- Tá maluca se acha que vai me ver longe da tua vida. E nem vem, porque você. É, você mesma. Era expert em sumir. 

- Por causa do trabalho. Motivos diferentes. 

- Vamos discutir de novo? Não imaginava assim a nossa despedida. 

- Não, eu tô só comentando. - Deu de ombros e olhou pra frente. Joguei ela na cama e deitei junto. Segurei seu rosto e fiz ela olhar pra mim. 

- Escuta só: eu não vou deixar de manter contato com você. Nem se você quisesse. Você é importante pra mim. Cê sabe disso. Eu sinto... - Decidi me conter. - É diferente com você. Sempre foi, por mais que você questione e eu entendo seus questionamentos. Mas tô falando de peito aberto. Sempre foi diferente pra mim. - Nossos olhares sempre um no outro. Ela assentiu e então disse: 

- A gente tá parando com nosso lance de uma forma madura. Então nós podemos ser amigos. Nós temos amigos em comum. Meu ciclo de amizade em São Paulo, é o seu ciclo. Então é meio impossível a gente não se ver em algum momento, mas eu quero que você saiba que eu sigo muito mais forte que antes. Mesmo! Você foi essencial pra que eu pudesse deixar o luto pelo Bernardo. O que a gente teve foi a coisa mais louca que já fiz. - Ela riu de leve e eu sorri. - Não sou muito de aventuras. Cê já sabe disso. Foi muito bom ter você como parceiro nessa. Hoje eu me sinto melhor. Apaixonada por você? Sim. Mesmo sabendo que não vamos continuar junto? É. Mas ainda sim, melhor. - Se calou e meu coração pulou no peito. 

- Você é a coisa mais linda que já vi. - Ela sorriu. - Só de pensar que eu não vou mais ver esses olhinhos verdes assim tão de perto. Que coisa mais gostosa! Eu fico mal. 

- Não vai ver porque não quer. - Me alfinetou. 

- Lavínia, me entende. - Pedi. 

- Tá, tá. - E então continuei a falar: 

- Essa tua boca. Porra. Eu sou apaixonado na tua boca. Não tem outra nesse mundo. Só a tua e cê tá me fodendo. Você é uma mulher maravilhosa. Maravilhosa pra caramba! Sortudo daquele que tiver você. 

- Tô olhando pro sortudo. - Me interrompeu de novo. E eu ri de leve. Ela mexe com meu coração. 

- Para, loirinha. Me deixa falar de você. 

- Deixo. - Mordeu os lábios e eu olhei pra eles. Desejei na hora. Fechei os olhos por um segundo e ela sorriu. Percebeu. Safada! 

- Cê merece um cara foda. Totalmente diferente de mim. Eu sei que o sentimento existe, mas quando a realidade chega, fica uma disputa grande e desgasta nós dois. Você, principalmente. 

- Mas seria outra situação. - Ela ergueu as sobrancelhas. 

- Ainda seria difícil. E eu tenho muitas questões também. Eu sei que você não tá preparada pra enfrentar tudo que vem comigo e eu não tô preparado pra namorar ninguém. Porque eu sei como vai acabar, acredite. 

- Você não tem como prever, Luan. - Suspirou. - Mas tudo bem. É o que você quer. 

- Só quero que entenda que você é espetacular. Eu, com certeza, sempre vou ter uma quedona por você. - Fiz careta e ela riu. 

- Você é muito gostoso! - Ela me beijou. E eu retribui. Foi um beijo com sentimento. Meu e dela. Muito sentimento. Meu peito quase explodiu e meu ar faltou. Eu perdi isso. Já era. 

- Me perdoa. - Olhei em seus olhos, pedindo baixinho. - Nunca quis te magoar, fazer você se sentir usada, uma qualquer. Nunca. Nunca quis te desrespeitar. Em hipótese alguma! Pelo contrário, eu sempre tentei mostrar o quando eu me importo e o quando é especial pra mim. Pelo jeito eu sou meio errado com isso. Tento, mas só faço errado. Então eu realmente não queria te magoar. Cê me perdoa?
 
- Tá. Eu perdoo sim. Agora vamos parar com esse papo? - Ela levantou. - Você desfez o meu coque. Tô toda descabelada. - Ele me olhou. 

- Nada disso. Mentirosa. 

- É verdade sim. - Ela sorriu e então levantou indo para o banheiro. Suspirei e fechei meus olhos. Que conversa intensa. Mas eu me sinto mais leve. - Luan! - Ela me chamou animada. - Já ia esquecendo minha máscara. - Voltou com um potinho não mão. 

- Cê levou pro banheiro? Nem vi você usando máscara.

- Eu pretendia. Mas não deu. Posso passar agora. Rapidinho. 

- Pra quê serve isso? 

- Tira as impurezas e rejuvenesce. Vou passar em você também. 

- Não, não. 

- Vamos, vai. Ela é dourada, bobo. 

- Belo argumento, mas não muda nada pra mim. - Eu ri. 

- Por favor. Sua loirinha tá pedindo. 

- Cê pode parar de usar isso pra me convencer de tudo. - Ela mordeu os lábios. 

- Vou passar no banheiro e depois venho passar em você. 

- Eu não vou passar.

Eu passei. Ela voltou, sentou em cima de mim e passou a tal máscara. Quis bater uma foto nossa. Uma das fotos mais bobas que já fiz. Ficamos abraçados, na cama. Ela me convenceu a ir deixá-la no aeroporto e disse que odeia clima de despedida. Então pediu pra que agisse naturalmente. Isso me fez rir. Pediu pra eu avisar quando chegar na cidade do próximo show e eu pedi pra ela avisar quando chegar em casa. Ficamos entre esses assuntos aleatórios. Passou-se 10 minutos e nós tiramos a máscara. Fizemos uma lambança no banheiro e ela molhou minha camisa toda. Riu de mim feito criança. 

- Cê fez isso de propósito. 

- Não. Eu juro que não. - Ela disse se acabando de rir. Não acredito que não vou ter mais isso.








Oiiiiii princesas! Dessa vez eu não demorei, vocês comentaram com vontade hein?!!!! Fiquei comovida com os comentários!!! Vocês são lindas, obrigada!!!! Vamos pra história? Esse capítulo foi uma mistura de fofice com tristeza. Que conversa sincera eles tiveram né?! Luan tentou se justificar... Lavinia sem rodeios quanto aos seus sentimentos. O que vocês acham? Digo mais: Luan tem um motivo. Pronto, falei! Masss me calei. Em breve saberão. Já quero ver vocês chutando tudo que é coisa 😂 Ainda teve ciúmes deleeeeee!!! Quem também adorou????
Espero voltar logo! Tô escrevendo horrores, morta de empolgada com a história 😍 Vocês também? 
Bjs, Jéssica ❤️

segunda-feira, 15 de junho de 2020

“ Cinema “ 37

Nós transamos. De novo. Foi tudo tão leve, lento, sem pressa. Senti cada investida dele. Entrando, quase saindo. Tirando totalmente, colocando de novo. Suando, a voz dele. Chamando meu nome, me falando coisas que... Deus! Eu realmente fico com a cabeça virada com esse homem. Continuei com os olhos fechados, sem querer me dar conta do que acabei de fazer.

- Isso não muda nada. - Eu sussurrei. 

- Você é tão cabeça dura. - Ele disse ainda ofegante. Senti ele se aproximar e me abraçou. - Tá com fome? 

- Uhum. 

- Vamos almoçar com a galera? - Me perguntou. 

- Eles ainda não foram? - O olhei. 

- Acho que não. 

- Pode ser. Nós dois em um quarto não da em boa coisa. - Ele riu. 

- Isso não é uma coisa boa? Pra mim é uma coisa maravilhosa, loira. 

- Você me entendeu. Luan, eu me decidi. E você vem com esse sexo... 

- Esse sexo o que? - Quis saber. 

- Você sabe. Você sabe que faz terrivelmente bem. - Ele riu. - Não vai todo convencido. - Ele riu mais e me abraçou mais forte. 

- Coisa linda! - Ele disse, procurando minha boca. Eu beijei. É, eu beijei. Já transei mesmo. Um beijo não vai fazer diferença. - Tua boca é tão boa. Já te disse isso? - Ele falou após o beijo. 

- Já. - Eu sorri. 

- Boa em tudo. Dá vontade de morder toda e chupar também. - Meu corpo reagiu. Caramba! 

- Para. Você para. - Me saí dele. Ouvi sua risada gostosa. 

- Você é gostosa demais! - Ele gritou e eu o olhei assustada, repreendendo. 

- Luan! - Reclamei e continuei andando, pelada, até o banheiro. Tomei um banho, sem conseguir conter o sorrisinho no rosto. Ficar com ele é tão bom, mas eu sei que quando as nossas vidas entram na história, quando começamos a viver o real, saindo das paredes de um quarto, não funciona. Não funciona pra mim. Ele é incrível. Muito, demais! Mas pra mim, esse lance não dá. Preciso pensar em mim primeiro. Prezar meu bem estar mental.

Quando voltei, encontrei ele no celular. A chuva parou, mas o tempo ainda está bem fechado. 

- Eles ainda vão almoçar. A maioria tá acordando agora. - Ele me disse assim que me viu. 

- Tá. Que horas são? - Eu quis saber. 

- 16:00 horas. 

- Nossa. - Suspirei. É, não posso mais fazer nada no trabalho por hoje. 

- Tarde né?! Cê tá com muita fome? - Se preocupou novamente. 

- Muita. - Sorri. Sentindo minha barriga roncar. 

- Vou pro banho bem rápido e aí a gente vai, tá? 

- Tá. - Ele então levantou e eu sentei na cama olhando o espetáculo andar pelado até o banheiro. Nossa intimidade construída é tão confortável. Eu vou sentir falta disso. Ele abriu a porta do banheiro, entrou e fechou. Deitei na cama ainda enrolada na toalha. - Merda. - Murmurei ao lembrar que não tenho nenhuma roupa. Eu pensei que viria somente ver o show, pronto.

Levantei e procurei a calça jeans que vim. Vai servir. Realmente tá fazendo muito frio. Vesti o mesmo sutiã que vim e fiquei esperando ele sair do banho, mas nesse meio tempo, escovei meus cabelos e os amarrei em um coque. Procurei meu óculos escuro. Estou péssima. Dormi muito pouco. Ele saiu dançando ridiculamente. 

- Nossa, Luan. Você é péssimo. - Eu disse, segurando a risada e ele gargalhou gostoso. 

- Cê tá gata. 

- Eu quase nem tô vestida. Exagerado. Me empresta uma camisa? 

- Claro. Tô gostando de você usando minhas roupas. 

- Eu não trouxe nada. - Falei enquanto ele já procura, levantei e me aproximei. 

- Tenho essa de moletom. Te protege do frio, mas lembrando que eu tô aqui também. - Ele me entregou e eu revirei os olhos. Agarrou minha cintura e com um sorriso no rosto falou: - Cê é chata hein, loira?! - Revirei os olhos de novo, desta vez, sorrindo.

Nos vestimos. Descemos, comemos. Houveram perguntas sobre minha ida pra casa, achei fofinha a preocupação deles. Expliquei que volto logo que for liberado os voos. Nossas fotos também foram assuntos. Segunda Arleyde não teve nada de beijo, somente algo muito íntimo. Luan pediu pra que nada seja pronunciado, ele mesmo vai falar sobre o assunto quando for questionado.

- E você trata de ficar tranquila tá?! - Arleyde de preocupou, enquanto os meninos engataram numa conversa sobre algo engraçado do show de ontem. 

- Eu tô tranquila. Quase nem tenho tempo de ficar fuçando no celular, então nem vejo metade das coisas que falam sobre mim. 

- Ainda bem. Você é tão madura, tão decidida. Admirável. 

- Onw. - Eu me derreti. - Você é uma linda. - Segurei sua mão, já que ela está sentada de frente pra mim. Luan ainda concentrado na conversa dos meninos, olhou para meu prato e pegou um pão de queijo. - Nossa, esfomeado. - Reclamei, o olhando. 

- Eu vou te beijar aqui. - Falou em tom de ameaça e Arleyde ouviu, acabou rindo e eu olhei bem nos olhos dele. 

- Você não tá louco. - Estamos em um lugar público e depois das fotos de ontem não preciso dar mais munição para as pessoas. 

- Cê não me desafia. Tá vendo só, Arleyde? Ela é um teste, já falei. 

- Ah, então cê andou falando de mim? - Ergui as sobrancelhas e ele riu. Arleyde acompanhou e eu fiquei sem entender. - É um complô? 

- Esse cara não para de falar de você. - Wellington disse. 

- Ai, Lavínia. - Edgar o imitou e eu tive que rir. 

- Vai se foder, viado. - Ele reclamou, seu rosto corou. Poucas vezes eu vejo ele sem graça e desta vez eu senti vontade de beija-lo. Segurei seu rosto e beijei sua bochecha. Ele é lindo demais, Jesus!
 
- Ele tá sem graça, gente. - Arleyde piorou tudo e ele repreendeu ela com o olhar. 

- Deixem ele. - Eu defendi, passando a mão por sua barba. 

- Oh lá, ela defendendo e tudo. Já era. Já era. - Um dos meninos falou e eu tive que rir.

- Ou, cês não tem outro assunto não?! Deixem a gente de lado, pô. - Ele reclamou e eu senti vontade de morder ele todinho. Eu tô fodidamente apaixonada. 

- Eu só quero filme agora. Dormir mais, já que a gente não vai conseguir sair daqui hoje. - Edgar disse, finalmente mudando de assunto. Ainda está chovendo, porém para e volta constantemente. 

- Acho que esse é o plano de todo mundo aqui. - Arleyde disse. E então Luan para provocar Edgar, citou o nome de Gabi: 

- Pena que a Gabi não tá aqui né?! - O olhou. 

- Agora você falou de um assunto bom. Aquela mulher sempre é um assunto bom. - Sorriu e eu sorri também. - Ela não tá aqui agora, mas a gente vai se ver. Espera só. - Piscou um olho. Diferente do Luan, ele não teve problema em assumir que tem interesse em Gabi. Eu me envolvi com um homem complicado. 

- Sua vingança não deu certo. - Arleyde disse ao perceber a intenção de Luan. Rimos dele e então ele levantou dizendo que vai subir. 

- Vem. - Estendeu a mão pra mim. Olhei ele e sua mão. Decidi por ir junto. Levantei e ele passou o braço em volta dos meus ombros. Demos tchau a todos e fomos para o elevador. Olhei ele enquanto esperando o elevador abrir. - Quê? - Me olhou. 

- Nada. - Acariciei sua mão que está em meu ombro. Meu corpo tá pedindo por ele de novo. Mas só faz alguns minutos! Eu já me sinto um pouco dolorida. O elevador abriu e então entramos. Encostei nele e mordi seu queixo barbado. Ele me olhou e pousou a mão em minha bunda. Ficamos em silêncio e então ele suspirou, parecendo pensar consigo mesmo. - Que foi, princeso? - Diz voz de bebê e ele riu. 

- Isso é ridículo, Lavínia. - Me fiz de ofendida e quis me afastar, mas ele me prendeu. - Você não devia ser tão perfeita. Perfeita de um jeito imperfeito, mas ainda sim perfeita. 

- Aí depois cê reclama da minha voz de bebê. Você é lindo. - Ele sorriu e eu também. Poderia ser diferente e eu já deixei claro que quero. Mas ele não. Se mantém com a ideia de nada sério. O elevador abriu e nós saímos. 

- Edgar disse que pela previsão o tempo deve melhorar ainda nessa madrugada. - Abri a porta do quarto que fica bem em frente ao elevador. 

- Que bom. Assim eu consigo ir trabalhar. - Entramos. 

- Cê não tá cansada? - Ele se preocupou. 

- Tô sim. Mas eu tenho meu trabalho. - Sentei no sofazinho e ele deitou na cama. 

- Vem assistir filme comigo. - Chamou. 

- Qual cê vai escolher? - Me animei. Levantei e fui para perto dele. Ligou a TV e seu celular tocou. Ele olhou rapidamente. 

- Minha mãe. - Me disse antes de atender. Levantou e foi para a varanda. Eu comecei a ver os filmes e gostei de um que parece ser bem clichê. Foda-se. Ele vai assistir esse. Para todos os garotos que já amei ps: ainda te amo.

Me enrolei nas cobertas e comecei a assistir enquanto ele continua no telefone, não consigo ouvir muita coisa, me concentrei no meu filme.

Sobressaltei quando ouvi ele falar, depois de uns minutinhos de filme: 

- Ah, não. Filme de mulherzinha. 

- Que susto! - Reclamei. - Não é filme de mulherzinha. - Rebati. 

- É sim. Vai, vamos escolher outro. - Ele sentou na cama. 

- Não. Quero ver esse. 

- Então cê vai assistir sozinha. - Ficou emburrado e eu voltei minha atenção para a TV. Ele voltou a olhar o celular e eu fingi nem ligar.

Com pouco tempo ele deitou-se ao meu lado, continuou no celular e então começou a ver vídeos no Instagram. 

- Luan, é sério? 

- Tá baixinho. 

- Mas tá me atrapalhando. - Eu o olhei irritada. 

- Cê é chata pra caramba. 

- Chato é você! - Esbravejei. Ele bufou e largou o celular, cruzando os braços igual uma criança birrenta. Voltei minha atenção para o filme e ele ficava resmungando o tempo todo. “ filme bobo. “ “ nossa, sem graça demais. “ “ como a pessoa escolhe um filme desses? “

Se aconchegou em meu corpo, pousando o rosto em minha barriga, passando o braço em volta do meu quadril. Comecei a fazer cafuné em seus cabelos. Ele levantou minha camisa e mordeu minha cintura. Puxei seus cabelos em forma de repreensão. Ele lambeu no mesmo local e começou a chupar outros. Ah, não! 

- Deixa esse filme pra lá. - Ele me olhou. 

- Você é incansável. 

- Só com você. - E então ele tirou minha camisa.

Quando percebi estávamos pelados. Ele trabalhou tanto em oral, fizemos um meia nove maravilhoso. Eu mais gemi do que chupei, ele é demais.

Quando eu fiquei quase gozando, ele penetrou em mim. Fiquei de quatro pra ele, a bunda totalmente pro alto e o tronco encostado na cama. Ele me falou tanta sacanagem. Rebolei em cima dele. Foi a coisa maravilhosa de sempre. Terminei exausta ao lado dele. Eu nunca transei tanto em minha vida. Me sinto dolorida realmente. 

- Cê tá bem? - Ele sussurrou. 

- Tô. 

- Tá tão caladinha. - Eu somente suspirei. Nós parecemos dois coelhos querendo transar o tempo todo e no fundo eu sei que além do desejo que sentimos, queremos aproveitar cada segundo, por que depois daqui, acabou. 

- Perdi meu filme. - Falei na tentativa de deixar o clima mais leve. 

- Como cê tem coragem de me dizer isso depois do que a gente acabou de fazer? - Eu sorri ao perceber que ele reagiu como eu esperava. 

- Ué, eu tava interessada. 

- Porra, Lavínia. - E então se calou. Eu não aguentei e comecei a rir. 

- Tô brincando, bebezão. - Subi em cima dele e ele continuou me olhando feio. 

- Você foi uma babaca comigo agora. - Fez biquinho. 

- Eu tava brincando, poxa. - Segurei seu rosto e apertei, fazendo a boca dele formar um bico ainda mais lindo. Senti suas mãos em minhas pernas, acariciando sem malícia nenhuma. - Cê é lindo. Af! - Revirei os olhos e ele riu. Ficamos em silêncio. Eu nua em cima dele, ele pelado, porém com a coberta cobrindo da cintura pra baixo. As mãos me acariciando e eu passando as unhas distraidamente por sua barba. 

- A chuva passou. - Ele disse e então olhei em seus olhos. 

- Uhum. Volto logo que possível. - Seu semblante pareceu desapontado. 

- Não tem nenhuma possibilidade de você mudar de ideia? - Sorriu de lado.
 
- Não. Já deixei claro como eu quero. - Ele suspirou e fechou os olhos. Me abaixei e abracei ele. - Não vai deixar de falar comigo. - Eu pedi. 

- Claro que não. - suas mãos foram para minhas costas. 

- Cê promete? 

- Prometo. - Me afastei para olhá-lo nos olhos. 

- De dedinho? - ergui meu dedo. 

- Ah, não. - Ele riu. 

- Promete, Luan. - Insisti e ele sorriu. 

- Tá. - Entrelaçou o dedo no meu. 

- Agora diz: Lavínia, eu prometo não deixar de falar com você. 

- Lavínia, eu prometo não deixar de falar com você. - E eu sorri. 

- Muito bom. - Beijei a mão dele. E entrelacei meus dedos nos dele. 

- Cê quer ir ao cinema? - Eu me surpreendi com sua pergunta aleatória. 

- De onde você tirou isso? - Eu ri de leve.

- Cê queria assistir o filme, a gente pode ir ver algo lá. 

- Eu só tava brincando, meu bem. - me aproximei, encostando meu nariz no seu.
 
- Eu sei, mas vamos. 

- Cê quer ir? 

- Quero. Fazer algo diferente de ficar aqui dentro. Vai ser legal. - Acariciei sua bochecha.

- Certo. Cinema com Luan Santana. Acho que vou gostar disso. - Sorri e ele também.

- Boba.

- Quem vai?

- Nós dois, ué. Deixa eu pegar meu celular. - E então eu saí de cima dele. Fiquei sentada de frente pra ele, enquanto ele mexe no celular em silêncio. Depois de poucos minutos, ele largou o celular e me olhou. - Tudo certo.

- Então eu vou tomar banho. - Me animei.

- Não. - Ele puxou meu braço, todo manhoso. - Fica mais um pouquinho. Nós só vamos na última sessão. - Eu sorri, me rendendo a ele.

- Tá bom. - Ele sorriu também e me beijou.

- Você é a mulher mais linda que eu já vi. - Ele disse após o beijo.

- Ah, para. Você não precisa me ganhar mais. - Ele riu. - Olha eu aqui. Deitada em cima de você, totalmente pelada, mesmo depois de dizer que não queria mais isso. Você tem noção da proporção que isso tem? - Ele suspirou, seu sorriso se perdeu.

- Não toca mais nesse assunto que de vai me deixar ou algo parecido.

- Eu não tô te deixando.

- Tá sim. E não vamos mais falar disso. Por favor. - Franziu a testa.

- Tá. Tudo bem. - Selei nossos lábios. Ele lambeu os meus e então lambeu minha bochecha. - Para. - Comecei a rir, me agitando nos braços dele, porém me manteve presa. Ele lambeu meu rosto todo, enquanto eu gritei e gargalhei. - Que nojo! - Eu falei quando ele finalmente parou.

- Nojo? Eu lambo coisa mais íntima e você não tem nojo.

- É diferente. - Eu ri. - Tô toda melada. - Reclamei e ele riu.

- Eu gosto de você melada. - Meu rosto corou e eu bati em seu ombro.

Ficamos enrolando na cama até seu celular tocar. Edgar parece ter ligado para dizer que estava tudo certo. Luan só disse para irmos tomar banho. E desta vez, foi só banho realmente. Ele implicou comigo o banho todo! E claro, eu também revidei. Isso nos causou muitas risadas. Eu vou morrer de saudade dele.








Oiiiii! Meninas, sei que algumas devem ter esperado capítulo ontem, mas não vi comentários suficientes. Quando olhei, não chegavam nem a 10 comentários e vocês já comentaram mais, por isso acabei não postando. Nós tínhamos um combinado né?! Enfim, bora pro capítulo! Transaram, transaram de novo, houveram fotos, Lavínia continua decidida. Luan quer levar ela ao cinema. O que vocês acham que vai acontecer? Tô vendo vocês mto divididas. Umas querem Luan se declarando, outras querem que ele se declare. Até agora ele não disse nada. Como será que isso vai ficar?
Volto logo! Vocês me impulsionam sempre! Obrigada!
( preciso enaltecer mais uma vez a alegria de ver leitoras taoooo antigas ainda acompanhando! Genteee, carinho imenso por vocês! Algumas da época que tínhamos um grupo no WhatsApp 🙆🏾‍♀️
Mtoooo feliz pelas novas tb! Vocês são participativas, mto lindas em cada comentário. Fico taoooo feliz!!!! Não tá escrito minha felicidade.
Minhas visualizações não são como antes. Nem de longe! Agora são bem menos pessoas que acompanham, mas eu continuo fazendo com muito carinho. Eu faço por que gosto, pq tenho compromisso com vocês. E obrigada a vocês que continuam! Isso só acontece por causa de vocês! Amo escrever, independente de ser fanfic ou não. Se eu tivesse oportunidade um dia, escreveria um livro. Massss, por enquanto isso fica só em um sonho distante.
Eita, hoje falei demais. Quem leu até o final comenta 🤣
Bjs, lindas!!!
Jéssica ❤️

sábado, 13 de junho de 2020

“ Momentos diferentes 36



Tomei banho chorando silenciosamente. Chorei por toda a situação que me envolvi. Chorei por estar sentindo algo a mais por ele, chorei por ter sido fraca e transado depois de tudo. Por ter sido ingênua ao pensar que eu poderia lidar com uma relação assim. Eu me apaixonei e ele só me decepciona com suas atitudes, que eu inicialmente fui totalmente de acordo. Não temos nada sério, mas eu sinto. Sinto ciúmes, me sinto desrespeitada e as vezes usada. Só mais uma. Apenas isso.

O soluço veio e pareceu tão alto quanto o barulho da chuva que está mais forte. Eu só quero ir pra casa, parar pra pensar e tomar uma decisão. Molhei meu cabelos, tirei toda minha maquiagem e tentei controlar meu choro. Ao fim do banho me olhei no espelho e vi vestígio de rímel debaixo dos meus olhos, apenas um pouco, mas ainda visível. Meu nariz vermelho, meu rosto corado também. Os olhos inchados e tristes. Eu adoro estar com ele, mas desse jeito eu não consigo mais. Me enrolei na toalha e abri a porta. Vi seus olhos preocupados em mim. 

/ Ô, loira. Senta aqui. Vamos conversar. - Ele disse com todo o jeito do mundo e eu o adorei mais por isso. Meu coração doeu ao saber que tudo poderia ser diferente e melhor. Eu quero mais que uma transa sem compromisso. 

- Oi. - Eu sentei na cama, ainda de toalha e ele se aproximou, vestindo apenas sua cueca. 

- A gente tem muita coisa pra falar não é?! 

- Eu preciso ir embora, Luan. - ele acariciou meus cabelos e me olhou com um carinho quase palpável. 

- Edgar me ligou agora. Não tá partindo nenhum avião. Não tem previsão de voltar a liberar os voos. A chuva tá forte e a previsão é continuar. - E nesse momento ouvimos um trovão. 

- Ah, que ótimo. - Eu sorri sem humor. - As meninas vão me enterrar viva. 

- Não vão nada. - E aí ele beijou minha testa. - A gente vai ter tempo o bastante pra conversar. Então me diz, por que cê tava chorando de novo? 

- Preciso mesmo te contar? - Fui irônica. 

- Precisa. Eu quero ouvir você, Lavínia. 

- Você tá sendo um puto comigo. - Eu soltei sem rodeios. - E talvez eu possa te falar algumas coisas agora que te magoem, mas eu tô muito machucada também. Luan, eu não consigo lidar com esse tipo de relação. Não gosto de você com outras, não quero estar com outros. Eu quero você. Ficar com você. - Suspirei, sendo totalmente sincera. - Você sabe o que achei desses arranhões, aquelas meninas no camarim se oferecendo pra você e eu não posso dizer nada por que eu sou só uma transa. Você nem fez nada pra afastar elas, pra mostrar respeito por mim. - Continuei sem nem me dar tempo para respirar direito. As lágrimas voltaram. - Você disse que eu não iria passar por essas situações, mas eu tô passando. - E então ele me interrompeu. 

- Espera lá, eu disse que não iria colocar nenhuma ex no mesmo ambiente que você. - Me corrigiu. 

- E disse também que não queria que eu me sentisse usada, desrespeitada. Mas eu tô me sentido assim. - Funguei, realmente muito machucada.

- Não é bom tá comigo? - Ele disse como quem realmente se sente magoado com minhas palavras. 

- Eu adoro tá com você. - Suspirei. - Esse é o problema. Eu realmente adoro tá com você, Luan. Mas desse jeito não dá. Eu quero mais. - O olhei com um certo receio e expectativa 

- Eu não posso dar o mais que você quer, loirinha. Tá vendo só a bagunça que eu sou, a bagunça da minha vida? - Ele franziu a testa e eu senti meu peito doer. Pelo jeito é o fim. 

- Desse jeito também não dá pra mim. Eu já sinto demais pra ser algo tão pouco e incerto. - As palavras saíram quase sussurradas. Eu não queria dizê-las, mas precisei pensar em mim. 

- Tá me deixando? - Eu apenas suspirei e abaixei minha cabeça, sem coragem para encara-lo. - Você também me deixou louco de raiva hoje, pô. Você foi lá e beijou outro, mesmo depois de ter vindo aqui pra me ver. Que puta sacanagem, Lavínia. 

- Sacanagem, Luan? Você tá todo marcado das suas fodas de Ibiza. Aquelas duas querendo dar pra você descaradamente. Eu fiz por raiva, nem significou nada. - O olhei. Ele negou com a cabeça. 

- Vem cá. Nós somos dois doidos, cê sabe né?! - Me abraçou e eu bati em seu ombro. 

- Eu não sou doida, não. - Ele se afastou pra me olhar. 

- Então nós vamos parar por aqui? - Ele quis ter certeza. 

- Eu acho melhor. - Foi com pesar que eu tomei a decisão. Percebi seu semblante triste, mas ele assentiu. 

- Fica comigo só hoje? - Me olhou com a carinha de neném mais fofa do mundo. 

- Eu preciso ir embora, Luan. - Ri de leve. 

- Tá chovendo, loira. Como cê vai? 

- Tá. Enquanto nada normalizar, eu fico. Vai tomar seu banho, tá fedido. - Fiz careta, brincando e ele me olhou ofendido. Somente de cueca. Ficou me olhando e então sorriu. 

- Vontade de beijar tua boca. - Me olhou intensamente. Eu com certeza corei. 

- Você tá ciente da conversa que a gente acabou de ter?

- Tô sim, mas a vontade é a mesma. É você que tá me deixando. 

- Não. - Eu neguei o beijo, segurando o sorriso. Na verdade, eu tô louca que ele me beije. Ele sorriu e me abraçou. Beijou meu ombro, meu pescoço, minha bochecha e então me olhou, com o rosto bem próximo ao meu. - Eu não resisto. - Gemi frustrada e ele sorriu antes me beijar. Segurou meus cabelos, mostrando sua pegada. Os lábios, a língua, fizeram o resto do trabalho para me deixar mole e entregue. Ele deu intensidade ao beijo, dando impulso para frente. Me mantive sentada, se eu deitar, a gente transa de novo. Encerrei o beijo com selinhos. - Seu banho. - Lembrei e ele se afastou. 

- Eu devo tá fedido mesmo hein?! - E então ele levantou com a carinha amarrada. Bobo!

Procurei meu celular ainda suspirando. Não queria que tivesse chegado a esse ponto e muito menos beijar ele depois de tudo. Não resisto a esse homem. Essa conversa foi uma das mais difíceis nos últimos meses.

Achei meu celular, olhei as horas. 8:40. Meu Deus! Já é muito tarde. Vi um relâmpago, seguido de um trovão.

Procurei o número de Clarissa e liguei. Chamou, chamou e então ela me atendeu. 

- Oi, mana. 

- Oi. Aqui o tempo tá muito fechado, tá chovendo demais. Tô presa aqui. O aeroporto não tá liberando nenhum voo. 

- Cê acha que não consegue vir hoje? - Suspirou. 

- Tá muito fechado, mas acredito que pode melhorar. 

- Certo. Consigo segurar tudo por aqui com a Talita. 

- Qualquer coisa me liga, por favor. Houve esse contratempo, não tô conseguindo ir mesmo. 

- Fica tranquila, mana. Você adiantou bastante coisa. Nós vamos conseguir por aqui. 

- Tá. Me liga se for preciso, tá? - Voltei a pedir. Ainda bem que ela está sendo muito compreensiva. 

- Pode deixar. Aproveita seu boy. 

- Tá. - Soltei um risadinha. Ela nem imagina o que já rolou em poucas horas. Fiquei me atualizando no Instagram e obviamente houveram fotos do Luan e eu. Nenhuma de beijo, porque sim, eu fucei tudo. Tem algumas nós abraçados, saindo do local do show de mãos dadas, alguns olhares íntimos. Na verdade, todas as fotos parecem íntimas. Foda-se. Eu fui só mais uma, nada mais comum que aparecer por aí como tal.

Ele saiu de toalha e me olhou. 

- Não se vestiu ainda? - Franziu a testa. 

- Não. Tem fotos nossas em todo lugar. - Ele ergueu as sobrancelhas como quem diz “ eu avisei “ - Tudo bem. Não tem nada de beijo, pelo menos por enquanto. - Dei de ombros. 

- Mas é algo muito... - Antes de ele terminar eu respondi. 

- Sim, é. Obviamente a gente tava se pegando. - Ele suspirou e foi até sua mala. 

- Relaxa, tá? - Ele disse, procurando suas roupas. 

- Não, por mim tá tudo bem. 

- Tá mesmo? - Ele me olhou já com a cueca na mão.

- Uhum. Tá sim. - Ele vestiu a cueca por debaixo do roupão e eu fiquei olhando o tanto que ele é lindo. 

- Ou, cê tá babando. - Ele riu de mim. 

- Vai se ferrar. - Eu levantei e procurei alguma roupa leve, mas não achei. Na verdade eu não trouxe nada. Parei para olhá-lo novamente e o vi somente de cueca preta, mexendo no celular, sentado na cama. 

- Cê tem uma camisa pra me emprestar? - E então um trovão. A chuva não tá cessando. 

- Claro. - Ele levantou e pegou uma em sua mala rapidamente. Me entregou e eu fui para o banheiro. Vesti a camisa que se tornou um vestido e voltei para o quarto. Encontrei ele deitado, ainda no celular. - Deu certo? - Me olhou sorrindo e eu assenti. Peguei uma calcinha em minha bagagem, vesti por debaixo da camisa e me juntei a ele. Largou o celular imediatamente e deitou-se de frente pra mim. 

- A gente vai dormir. - Eu disse. 

- Calma. - Ele riu. - Cê vai me deixar mesmo? - Ele acariciou minha bochecha. 

- Para de falar assim. Só vamos parar com isso. - Suspirei, franzindo a testa. 

- Mas se a gente transar de novo... - Não deixei nem ele terminar.

- Não vamos transar de novo. Não mesmo. 

- Tá. - Ele apenas concordou e continuou me olhando. Peguei as cobertas e me cobri.
Desculpa se eu te magoei. Era a última coisa que eu queria. - Ele disparou depois do nosso momento em silêncio. Suspirei. 

- Você falhou sim, mas eu tenho um carinho imenso por você. Valeu a pena tentar. Foi uma experiência que eu sempre vou lembrar. - Sorri de lado pra ele e ele suspirou. Me pareceu mais uma carinha de apaixonado, mas obviamente estou errada. Eu me declarei pro cara e mesmo assim ele tá me deixando ir. 

- Vamos dormir. - Ele se aproximou e me agarrou todo em mim. Não tive força pra reclamar ou me afastar. Vai ser nosso último dia juntos, desse jeito. Fechei meus olhos e não demorei nada pra apagar, sentindo o corpo dele e ouvindo a chuva forte lá fora.

(...)

Acordei com um celular tocando insistentemente. 

- É o meu. - Ouvi a voz rouca dele. - Oi. - Ouvi ele atender, voltei a fechar os olhos. - Mesmo? - Seu tom pareceu preocupado. - Ah, cara. Foda. - Lamentou e eu abri os olhos. Procurei seu rosto e franzi a testa ao ver a expressão dele. Passou a mão por meus lábios, ouvindo a pessoa do outro lado da linha. - Eu sei, eu sei. - Ele lamentou mais uma vez. Ouviu novamente e por fim disse: - Beleza, valeu. - E então desligou, bufando. 

- Que foi? - Eu quis saber. Pude ouvir um trovão, mas a chuva enfraqueceu. 

- Voos liberados só amanhã, caso o tempo melhore. Meu show de hoje vai ter que ser adiado. - Passou a mão pelo rosto. 

- Merda. - Resmunguei. - Não vou conseguir voltar hoje. - Lamentei também. 

- Isso não é tão ruim. - Franziu a testa me olhando. 

- É sim. Tenho meu trabalho também. 

- Mas pelo menos eu vou ter você comigo. - Deu de ombros e eu bufei. 

- Cê é um bobo. - Ele sorriu. 

- Vem cá, me dá um abraço. - assim fiz. - Minha leoa. - Fez graça por provavelmente eu estar bem assanhada. 

- Ah, para! - Reclamei e ele riu. - Cê não fica muito atrás. - Me afastei e ele rapidamente fez com que meu corpo ficasse preso em volta das pernas dele. Não sei como conseguiu, mas quando percebi eu já estava em cima do seu corpo, suas pernas cruzadas em volta da minha bunda e suas mãos tentando segurar as minhas. - Luan, espera. Me solta. - Reclamei e ele sorriu. 

- Não vai sair assim não. Eu não largo. - Me olhou sapeca. Segurou minhas duas mãos. 

- Me solta logo. - Tentei me desvencilhar dele. 

- Ou, quieta. - Fez a cara de bebê que ele sempre faz e me derrete todas as vezes. Parei de relutar e fiquei olhando em seus olhos. - Me dá um beijo. - Pediu e eu neguei com a cabeça. - Eu sei que acabou, mas só por hoje, pô. Cê tá aqui, eu também. Nós estamos presos aqui. 

- Não exagera. - Revirei os olhos. 

- Mas é verdade. - Fiquei em silêncio. - Unzinho? - Olhou minha boca e se aproximou. Virei o rosto. 

- Luan, por favor. 

- Cê não quer me beijar? - Perguntou e eu olhei sua boca. Engoli seco. Eu sempre quero beijar ele. - Não tem problema em admitir isso. Eu tenho um tesão doido em você, sem contar a atração e a conexão. Porra, a gente é demais juntos. Só não estamos numa mesma fase. O que eu quero não dá pra você, o que você quer, não dá pra mim. Mas eu ainda quero te beijar e transar com você. - Eu fiquei com a boca seca diante das suas palavras. Ela foi tão franco e ainda assim conseguiu ser gentil. E novamente reforçou o que sente por mim. Caramba, isso me atingiu. - Não vai dizer nada? - Me mostrou um sorrisinho. 

- Eu odeio que você seja tão... - suspirei. Não me contive. Eu o beijei. Beijei com tanto sentimento, com intensidade. E ele segurou meus cabelos com firmeza. Os lábios dele foram incríveis como sempre. O corpo dele em contato com o meu. Pouca roupa. Senti a reação entre minhas pernas. O friozinho no fim da barriga me fez remexer. A mão dele procurou minha bunda, levantou a camisa e apertou. Mordi seu lábio inferior e ele apertou com mais força. Eu gemi na boca dele e foi involuntário ele nos girar, ficando por cima e procurando minha boca novamente. A sensação é mágica e quente. Muito quente! Fiquei sem fôlego e então ele desceu os beijos por meu pescoço.
Você fica irresistível com a minha camisa. Não consigo com você. Eu não consigo. - Sussurrou em meio à beijos e eu puxei seus cabelos. Senti vontade de soltar a frase mais proibida entre nós dois. Eu te amo. Eu o amo. Meus olhos encheram de lágrimas e eu engoli seco.

 - Faz comigo mais uma vez. - Pediu e eu mordi meu lábio. Irresistível. Totalmente irresistível! - Faz? - Chupou meu pescoço. 

- Eu faço. - Sussurrei, engolindo o choro. Me segurando, para me concentrar em aproveitar esse momento que eu sei, sempre é excelente.








Oiiiiii!!! Capítulo triste, meio confuso! Lavínia decidiu terminar, mas já beijou de novo, parece que vai transar de novo. E aí? Como cês acham que termina essa viagem? Ainda temos mais uns Cap tipos dentro dela. Variossss acontecimentos! Ela obviamente se declarou pro Luan, mas ele não quis assumir nada. O que acham disso? Se tiver mttttt comentário, volto amanhã com mais!
Eu sumi pq voltei a trabalhar, fiquei sem tempo, mas sempre apareço né?!
Obrigada pelos comentários! Vcs são lindas e empolgadas com a história mais aindaaaa 😍
Assistiram a live do nego agorinha? Eu pesseguei mttttt! Gatilho total, já vou escrever horrores.
Bjs, Jéssica ❤️

quarta-feira, 3 de junho de 2020

“ Cedendo “ 35



Lavínia continuou bebendo, porém bem menos. Não desgrudou de mim e eu estarei mentindo se disser que não gostei.

- Cê sabe que pode ter fotos, vídeos de nós dois mais tarde por aí, não sabe?! - Perguntei, olhando em seus olhos bêbados.

- Eu sei. Você se importa? - Ergueu as sobrancelhas.

- Não. Mas você deveria parar de beber.

- Luan, você tá muito chato hoje. - Ela quis se afastar e eu agarrei sua cintura trazendo ela de volta. - Faz meia hora que meu copo tá na mesa e você fica falando bobagem.

- Faz uns cinco minutos. No máximo. - Ela bufou.

- Eu tô quase parando. Tem que ser aos poucos pra não sentir o impacto. - Eu ri, mas ri mesmo.

- A pior desculpa que vou ouvir hoje. - Ela sorriu e me beijou. Meu corpo incendeia de forma automática. Ela também não ajuda muito. Me beija com tanta vontade, faz umas coisas com a língua. Hora ou outra sua mão sua boba me faz suspirar. É, ela tá pegando no meu pau sempre que pode. E acabou de fazer isso de novo. - Você é tão provocadora. - Eu disse e ela sorriu contra meus lábios. Segurou meu lábio inferior e chupou, mordendo em seguida. - Bora pro hotel. - Eu chamei, com a minha cabeça repleta de ideias.

- Não vou dar pra você hoje. - Ela disse e massageou meu pau. Segurei sua mão e tirei do local. Ela tá querendo me enlouquecer, só pode.

- Eu também tô bravo com você.

- Sem razão.

- Você beijou outro.

- Você também. - Ela rebateu no mesmo instante.

- Mas em situações completamente diferentes. - Ergui as sobrancelhas.

- Isso não quer dizer nada. - Ela ergueu as sobrancelhas também e colocou as mãos na cintura, lhe soltei e ela bufou. Mulher impossível!

- Boi, cês não acham melhor a gente ir? Lavínia volta daqui poucas horas. - Edgar falou, se aproximando de nós dois.

- Cê tem razão. - Concordei.

- Ah, não! - Ela fez um biquinho emburrado.

- Ah, sim. Você já bebeu, já dançou. Tem que aquietar, mulher. - Wellington disse e ela me olhou, esperando que eu defendesse ela para continuarmos aqui. Mas eu também quero ir embora.

- Vamos. - Ela disse contra vontade ao ver que ninguém cedeu as carinhas que ela fez.

- Cuidou da nossa volta? - Quis saber com Edgar, segurando a mão de Lavínia.

- Já sim. Tem um uber esperando a gente. Foi o máximo que consegui tão rápido. - Ele disse e então caminhamos até a saída. Parei pra algumas fotos, mas não larguei a mão dela.

Seguimos até o uber sem grandes transtornos. Negão foi na frente, Edgar, ela e eu atrás.

- Já vou ter que ir embora né?! - Ela me olhou.

- É. Mas antes vai tomar um banho, tomar um café. - Passei a mão por sua bochecha, sentindo a luz do nascer do dia já começando a nos atingir. Ela sorriu e eu fiquei todo bobo. - Faz isso não. - Ela selou nossos lábios e então me abraçou como deu. Logo o motorista começou a puxar papo comigo, começamos a conversar. Meus amigos também se envolveram no assunto e Lavínia calada. Na verdade, dormindo.

Na chegada não tive muito trabalho pra acordar ela, por sorte.

Seguimos para o elevador e ela o tempo todo agarrada em mim, parecendo um bichinho preguiça.

- Boa noite, casal. - Edgar disse.

- Boa noite. - Nós dois respondemos.

- Na verdade é bom dia já. - Wellington disse. Lavínia riu de leve e eu também.

- Cê tem razão. - Ela falou. - Eu tô caindo de sono. - Ela murmurou e nós caminhamos até nosso quarto, eles seguiram para o quarto deles também.

Entrei, sentei no sofazinho e fiquei olhando ela. Vou sentir falta demais. Suspirei e ela me olhou.

- Não quer ficar hoje? - Pedi.

- Não posso, você sabe. - Começou a tirar a roupa. Na. Minha. Frente. Isso foi totalmente proposital.

- O que eu faço com você? - Neguei com a cabeça, olhando o espetáculo de mulher na minha frente.

- Nada. Eu vou pro banho e depois casa. - Ela sorriu.

- É mesmo? - Inclinei minha cabeça admirando ela. Jogou seu vestido na cama e então se agachou e tirou os saltos. - Só quero um beijo. - Ela me olhou desconfiada, ficando de pé já descalça.

- Nananão. - Eu sorri e ela foi tirando o sutiã, jogou na cama. Os seios lindos! Puta que pariu! Foi pra calcinha que também parou na cama. Toda depiladinha.

- Ei, só um. Vem cá. - Ela negou com a cabeça. - Lavínia! - Reclamei e ela riu.
Só um beijo.

- Tá. - E então ela veio, sentou no meu colo e logo procurou minha boca. Eu não sou bobo, já fui logo apertando sua bunda e dei um tapinha em seguida. A língua dela encontrando a minha. A sintonia é perfeita. Coisa de outro mundo. Meu corpo respondeu. Ascendeu.

Quando procurei sua boceta, ela levantou.

- É só um beijo. - Ela disse.

- Cê tá falando sério? Vem cá, caramba. Eu nem senti direito.

- Sei o que você queria sentir...

- Lavínia... - suspirei e então ela se inclinou, ficando de pé entre minhas pernas. Agarrou meus cabelos, me beijou de novo, e eu procurei sua bunda novamente. Passei os dedos entre suas pernas e senti o início da sua umidade. Ela também quer. Apertou as pernas, se fechando e então voltei com as mãos para sua bunda, enquanto ela coordena nosso beijo. Gostosa! Afastei suas nadegas e explorei seu orifício de trás. Ela suspirou na minha boca e eu mordi sua lábio, dando um tapinha em sua bunda. Minha mão mergulhou em toda a extensão de suas costas e voltei pra bunda. Tocando os dois pontos de prazer expostos. As mãos inquietas mais uma vez na bunda e eu puxei ela. Fiquei tão animado quando ela sentou em mim novamente, cedendo. Deu mais intensidade ao nosso beijo e com uma mão eu segurei firme um punhado de seus cabelos e com a outra toquei seu clítoris. Meu pau pulsou quando ela gemeu baixinho. É, eu tô inteiramente duro. Agarrei sua cintura e ela me olhou, afastando a boca da minha.

- Meia hora atrás eu disse que não ia rolar nada. Eu odeio você. - Eu sorri.

- Esquece isso. Eu também odiei você hoje por alguns momentos. - Ela sorriu.

- Eu tava brava. - Sussurrou. - Eu ainda tô.

- Não passa nunca? Eu posso te ajudar a esquecer isso.

- Você é um cafajeste. - Ela mordeu o lábio e eu sorri.

- Não sou, não. - Me beijou de novo e foi ficando de pé, sem deixar sua boca separar da minha. Eu nunca vou conseguir definir exatamente o que o beijo dela faz comigo, o quanto é gostoso. Foi se ajoelhando no chão e meu coração acelerou mais. Porra, ela vai me chupar. É o melhor boquete de toda minha vida, sem dúvidas. Ela faz isso tão bem! Foi abrindo meu cinto, em seguida minha calça. Abaixou só um pouquinho, o suficiente pra me liberar. Ela olhou e segurou. Me olhou e tirou minha camisa.

- Não me mostra suas costas em hipótese alguma. - Pediu baixinho e eu assenti. Os arranhões. Suspirei e ela começou beijando meu peito, de levinho. As unhas arranharam também levemente minha barriga e eu me arrepiei. Beijou acima do meu umbigo, abaixo. Me segurou e apertou, em seguida me colocou em sua boca, somente a pontinha. Chupou e deu voltas com sua língua. Joguei a cabeça para trás e só senti. Fui entrando mais fundo na boca dela, até ser engolido completamente, me estocou várias vezes no fundo da sua garganta e eu suspirei. Segurei seus cabelos e puxei, fodi mais um pouco sua boca até ela começar a engasgar. Liberei seus cabelos e ela me olhou. Acariciei sua bochecha.

- Você é uma coisa gostosa demais. - Eu disse. E ela, dedicadamente me colocou na boca novamente, fez movimentos de vai e vem, auxiliando com a sua mão. A língua dela nessas horas é uma coisa... soltei um gemido baixinho e ela então me colocou em sua garganta novamente. Gemi de novo e olhei ela. Eu poderia parar o tempo agora. Os olhos verdes nos meus, querendo ver cada reação minha, a boca em mim. Porra, isso é demais! Movimentei meus quadris empurrando mais e ela deixou eu fazer como eu quisesse. Eu sou apaixonado nessa mulher. Não tenho dúvida nenhuma.

O rosto dela corado, já um pouco descabelada, o efeito do álcool indo embora... o tesão, a vontade. E então ela me tirou da boca.

- Tá gostoso? - me olhou como uma felina.

- Nem precisa perguntar isso. Olha só pra mim. Tudo que cê faz é bom, loira. - Disse em um tom quase sussurrado e os olhos dela me passaram alguma mensagem, mas eu não captei. Voltou a me chupar, só na pontinha. Ameaça me colocar todo na boca e então voltava para a cabecinha. Isso me deixou maluco, mas não pude deixar de sorrir diante da sua provocação. Ela parou e sorriu pra mim.

- Safada. - Eu mordi meu lábio.

- Dá um tapinha. - E então mostrou um lado da face pra mim. Sorri mais ainda. Ela é uma safada, caralho! Lhe dei um tapa e ela sorriu. - Outro.

- Lavínia... Cê não me tenta.

- Dá outro, Luan. - Dei mais forte e puxei seus cabelos, inclinando sua cabeça para trás. Curvei meu tronco e procurei sua boca. Beijei com tanta vontade... vontade de não largar nunca mais. De foder ela pra sempre. Que ficar nesse quarto com ela pra sempre. Sem pensar em tudo que envolve nossas vidas. Só nós. Ela toda safada pra mim e depois toda carente me abraçando.

- Vem cá. - Joguei ela no sofá e ela já abriu as pernas pra mim. Ouvi um barulho de chuva, mas me concentrei tanto nela, que esqueci de todo o resto. Foi minha vez de fica de joelhos. Vi sua boceta toda molhada, encharcada mesmo. - Ô loira, você tira todo meu juízo. - Ela sorriu.

- Vai, me beija. - Ela pediu e eu sorri. Entendi bem aonde ela quer que eu beije. Inclinei minha cabeça e cheirei entre suas pernas. Que cheiro bom. Caramba.

- Espera. - Levantei e então tratei de ficar pelado completamente.

- Gostoso. - Ela me mostrou um sorriso safado.

- Todinho pra você. - Ela negou com a cabeça.

- Para de me iludir e vem logo. - Eu apenas sorri e então me coloquei entre suas pernas, chupando ela gostoso, do jeito que deixa ela doidinha. Ouvi seus gemidos, senti puxões em meus cabelos. Chamou meu nome tantas vezes. Eu realmente amo ela chamando meu nome, principalmente, nessas horas. - Chega. Isso tá muito bom, mas eu quero um negócio ainda melhor. - Me olhou quase implorando. Soltei um grunhido sem acreditar que me deixei apaixonar por ela e ao mesmo tempo pensando que é impossível não se apaixonar. As carinhas que ela faz, o jeitinho... os olhos. Os olhos realmente me encantam. A bunda me deixa louco.

- Como cê quer? - Perguntei, já ficando de pé.

- Quero sentar. - Eu sorri.

- Certo. - sentei no sofázinho e ela logo veio por cima. Segurou meu pau e guiou até sua entrada. Gememos juntos e ela grudou a testa na minha, começando os movimentos. Segurei seus quadris, mas deixei ela comandar. Só aproveitando a sensação de estar dentro dessa mulher. Porra, como eu senti falta e como é incomparável. Seus olhos encontraram os meus e então me vi perdido. - Lavínia. - Sussurrei e ela aumentou seu ritmo, mordendo os lábios e ainda me olhando. Os pequenos olhos verdes. Apertei seu quadril quando a sensação do sentimento me invadiu forte. Fechei meus olhos, tive medo de me entregar mesmo calado. E então seu rosto foi para meu pescoço. Começou a lamber, beijar. Começou a rebolar e eu gemi, jogando minha cabeça para trás. Ela atacou mais o meu pescoço e quando eu segurei seus quadris para comandar umas estocadas, ela me abraçou. Meti com força, com vontade e ela gemeu em meu ouvido. Até o gemido dela tem um diferencial. É suave, não é tão alto. Parece algo realmente só pra mim. Começou a rebolar novamente, voltando ao comando e eu quase delirei. Ela rebola como ninguém!

Mudamos de posição, ela sentou-se novamente, ficando com as costas colada em meu corpo. Nós dois suados, fiquei estimulando seu clítoris, enquanto ela rebolou, quicou. Gostosa demais!

Nós quase gozamos.

Mudamos de posição outra vez. Ela de quatro, com o tronco todo encostado no sofá. Foi a minha vez de ficar no controle de tudo. Eu fodi muito. Estimulei seu orifício anal, vi seu corpo tremer. Senti meus músculos se contraindo, continuei.

Dei mais alguma investidas até que gozamos juntos, em uma das melhores posições do mundo.

Respiração ofegante, o silêncio. Nos jogamos no sofá e eu olhei pra ela. Cabeça jogada para trás, apoiada no sofá. Assim como eu. Os olhos dela fechados e aí o medo me atingiu. Acho que teremos uma pequena discussão e isso vai ser inevitável.

- Vou tomar banho. - E então meus ouvidos pareceram ouvir o restante do mundo. Tá chovendo.

- Posso ir com você? - Olhei ela levantando.

- Prefiro ir sozinha. - Me olhou e eu não soube definir qual o humor dela no momento. Fiquei apreensivo por saber o que vem quando ela sair de lá. Torci para que não haja desentendimento entre nós, mesmo sabendo que realmente precisamos conversar.






Oiiiiii garoutassss!!! Vim um pouco atrasada mas vimmm! Hotzão pra vocês! E ainda não acabou essa pequena longa viagem. Logo, logo trago mais pra vocês. O que acham que vai rolar?
OBRIGADA PELOS COMENTÁRIOS, FICO IMENSAMENTEEEEE FELIZZZ 😍
Bjs, Jéssica ❤️