segunda-feira, 28 de junho de 2021

“ Curiosidades do casal “ 73

Subi e ouvi o chuveiro ligado. Tirei a roupa e decidi entrar. Logo vi o vapor deixando o vidro do box embaçado. Mas o corpinho dela lá. Abri o box e ela me olhou e eu sei que tá enciumada. Sorri pra ela, lhe abraçando.

- Terminando aqui eu tô indo, tá?! - Me avisou.

- Não, amor. Dorme aqui, por favor. - Fiz minha melhor carinha de dengoso.

- Não. Eu quero ir pra casa.

- Por quê cê não pergunta logo? - Ela franziu a testa e logo percebeu.

- Não quero saber dela.

- Ah, quer sim.

- Não, não quero. Eu tava relaxando no banho, daí cê vem pra falar de Jamile? Ah, da um tempo.

- Ela só queria saber se eu vou tá aqui próxima semana. - Ela revirou os olhos.

- Essa mulher não percebe? Eu fico furiosa de verdade. Cê não tá mais no mercado.

- Isso aí, caramba. Sou todo teu.

- Ela que procure outro amigo de foda. Chata! - Revirou os olhos de novo e eu tive que sorrir. Toda pequenininha e brava. Ela fica irresistível assim.

- Eu só fodo com uma. Quem pegou, pegou. Já era. - Ela me olhou encolhendo os olhos.

- Cê se acha o gostoso né?!

- Não, uai. - Eu ri e ela bufou. Acariciei sua cintura e beijei seu nariz. - Tô dizendo que já era. Cê sabe que eu não te largo mais.

- Precisa elas saberem.

- Já sabem, amor. - Apertei sua cintura e beijei sua bochecha, empurrando ela pra debaixo do chuveiro, molhando nós dois na água quentinha. Comecei a passar a mão por todas as suas curvas, enquanto ela se manteve calada por conta da água caindo em nós. 

Saiu do banho após poucas palavras trocadas e já foi se vestindo.

- Lavínia, não vai. Por favor!

- Eu vou. - Disse enquanto veste a blusa, sem olhar pra mim.

- Por quê cê vai?

- Acima de tudo, porque você me irrita. - Me olhou, bufando em seguida. Não considerei suas palavras.

- Então se você for, eu vou junto e vou ficar lá até… alguém me convidar pra dormir. - Me olhou incrédula.

- Respeita o meu espaço. Larga de chatisse!

- Não largo não. - Me joguei na cama, enquanto ela me ignorou. Peguei seu celular, fiquei em silêncio observando ela terminar tudo, com uma toalha enrolada na minha cintura.

Quando ela terminou, fiquei observando o quanto é gostosa. Começou a procurar o celular, não achou e então perguntou:

- Cadê meu celular? - Me olhou e eu balancei na minha frente. - Me dá. - Estendeu a mão se aproximando, até ficar na ponta da cama.

- Não antes de um beijinho. - Olhei ela com malícia. Suspirou.

- Luan, eu preciso chamar um uber.

- Então vem cá dar um beijo no teu amor. - Falei colocando o celular nas minhas costas.

- Você é impossível, cara.

- Não fala assim comigo. - Fiz manha, estendendo minha mão. - Vem cá, só um beijinho. - Reprimiu os lábios, mas veio, ficando de quatro em cima de mim. Os olhos nos meus e eu me perdi. Caralho, como posso amar tanto uma mulher? Seus cabelos molhados tocaram meu rosto e eu fiz careta, enquanto ela sorriu.

- Acaba logo com isso. - Ao falar, ela me beijou. Foi um beijo extremamente envolvente, com muita calma e maestria. Agarrei sua nuca, comandando tudo. Sua língua encontrando com a minha, sabendo que é dona de tudo. Acariciei sua perna, puxando de leve, querendo que ela sente no meu colo. Ela chupou meu lábio, enquanto eu procurei sua bunda, apertando por cima da calça. Deu mais intensidade ao beijo e eu fiquei totalmente refém. Gemi na sua boca, sentindo meu pau reagir a tudo que ela provoca no meu corpo com seu beijo. Lambeu meus lábios e quando quis se afastar, lhe puxei de volta. Devorei sua boca, procurando sua língua e quando achei chupei. Chupei uma, duas, três vezes. Foi a vez de ela soltar um gemido, porém não juntou sua pélvis a minha, evitando contato maior. Logo encerrou o beijo, me dando selinhos. Desci meus beijos para seu maxilar, dando uma puxadinha em seus cabelos.

- Amor… - Ela disse e eu sorri contra sua pele. Parece que a raiva de alguém já tá passando.

- Oi, meu bem. - Continuei beijando, indo para seu pescoço. Comecei meu trabalho por lá, sem pressa, língua, beijo, chupadas leves, dentes… ela gemeu de novo.

- Amor… - De novo e eu chupei mais forte sua pele, apertando sua perna.

- Fala, minha loira.

- Escuta. - Ela disse baixinho e eu decidi lhe dar atenção. Mordi meu lábio inferior, olhando ela. - Cê tem uma cara de safado... - Ela sorriu afetada.

- Cê me deixa com muito tesão. - Mordi meus lábios de novo, ela negou com a cabeça, segurando o sorriso. Relaxando os braços e as pernas. Pousou o rosto em meu pescoço.

- Humm… - Ela disse sugestiva ao sentir meu pau e eu ri.

- Tô te falando. - Acariciei sua cintura, adentrando minha mão em sua blusa.

- Preciso ir. Mesmo. - Suspirei. Caralho! 

- Cê não sentiu tanta saudade de mim né?! - De repente me senti muito frágil, o que é uma droga. 

- Claro que senti. - Me olhou. - Chorei de saudade de você.

- E agora eu tô aqui, amor. Vou passar 15 dias fora. Cê não quer ficar… poxa. - Franzi a testa. 

- Eu tenho trabalho. Cê precisa ficar com sua família também.

- Não é sobre isso, amor. Vou ficar com minha família o dia inteiro amanhã.

- Você é um insistente. Desde o começo deixa minha rotina de cabeça pra baixo pra ficar com você. - Ergui as sobrancelhas.

- Então tá, se você não quer.

- Não é assim, neném. - E então sua voz de bebê entrou em ação. - Você é a coisa mais gostosa do mundo. - Sorri, revirando os olhos e ela riu. - Fico morrendo de saudade do meu neném. - Continuou e eu bufei.

- Para, minha ereção já foi. - Ela gargalhou.

- Amo você. - Sussurrou.

- Eu que te amo. Ciumenta. - Provoquei e ela me deu um tapinha no braço.

- Por quê será? - Ergueu as sobrancelhas.

- E… lá vem ela desenterrar o passado.

- Só pra você não esquecer.

- Chata.

- Como é? - Franziu a testa. - Eu te chupando não sou chata né?

- Não, não é. Inclusive se quiser fazer isso agora, tô aqui. - Eu ri e ela me acertou mais um tapa.

- Grosso! - E então levantou-se. No mesmo instante bateram na porta.

- Gente? - Bruna falou no outro lado.

- Oi. - Respondemos juntos.

- Raphael fez uma reserva em um restaurante pra nós. - Olhei pra ela ciente de que ganhei o que queria. Ela não vai negar o pedido da Bruna. Levantei e fui até a porta.

- A Lavínia tava querendo ir embora… - Antes que eu continuasse.

- Não, a gente vai. Eu fico aqui. - Se rendeu e Bruna deu pulinhos, enquanto eu sorrio vitorioso. - Mas não trouxe roupa.

- Nem se preocupa! - Bruna disse. - Bora logo lá no quarto pra você escolher uma.

Elas foram e depois de ficar cerca de meia hora no celular, vi as perguntas que meus fãs deixaram. A grande maioria foi perguntando sobre o nosso namoro, então vou deixar pra responder quando voltarmos do jantar. Olhei pela janela e vi o pôr do sol. Decidi descer, encontrei meus pais assistindo uma série mexicana. Na verdade, uma novela que é transmitida pela Netflix. 

- Onde tá a Lavínia? - Minha mãe perguntou, enquanto eu sentei na poltrona.

- Com a Bruna. Aquelas duas…

- Sua irmã adora ela. - Meu pai disse.

- Olha só! Ele vai pegar ela agora. - Minha mãe olhou a tv. E assim ficamos. Conversando sobre a novela, assistindo e colocando assuntos aleatórios no meio disso. Meu pai me relembrou da reunião que vou ter amanhã, pra escolher a modelo que vai participar do clipe. Tudo isso é feito com muita antecedência. Max vem aqui com sua esposa, vamos almoçar aqui. Contratar um serviço de comida e ter uma refeição em família. Comecei a ficar agitado, sentindo falta da Lavínia. Que demora pra escolher uma roupa!

Meu celular tocou e vi o nome de Clarissa na tela. 

- Oi, cunhada. - Atendi.

- Cunhado, minha irmã não me atende. Ela tá com você?

- Tá. Na verdade, tá com a Bruna lá em cima.

- Queria saber se ela vem dormir, caso venha vamos pedir comida pra ela também.

- Não. A gente vai jantar fora hoje. Ela vai dormir aqui. 

- Perdeu! - Brinquei e ela bufou.

- Certo. Não faz ela se atrasar amanhã não. Se não, já sei em quem descontar.

- Não faço isso, cê sabe.

- Debochado.

- Talita se recuperou? - Me preocupei.

- Mais ou menos. Tá aqui existindo. Tomando água de coco. - Eu ri.

- Isso que dá…

- Sobra pra mim. - Suspirou. - Então tá. Bom jantar pra vocês, Luan. Beijo.

- Obrigado. Boa noite pra vocês. Beijo! - E então desliguei, meus pais continuaram vidrados na tv. Foi quando eu vi as duas descerem. Lavínia com os cabelos secos e modelados. - Nossa! - Elogiei e ela girou, movimentando os cabelos. Meus pais riram e eu fiz o mesmo.

- Minha obra de arte. - Bruna disse orgulhosa.

- Por isso a demora toda… - Comentei.

- Não preciso mais ir em salão. Minha cunhada é talentosa o suficiente. Ainda montou meu look. - Lavínia veio, sentou-se de lado em meu colo.

- Em troca, ela vai me maquiar. - Bruna sorriu, sentando ao lado da nossa mãe.

- Tá gata e cheirosa. - Falei cheirando seus cabelos e ela corou, me olhando com um sorriso envergonhado. É por causa da minha família.

- Vocês são tão lindos. - Minha mãe disse.

- Quando vem o primeiro neto? - Meu pai cobrou e nós gargalhamos, enquanto Lavínia arregalou os olhos.

- Na hora que ela quiser. - Olhei minha gatinha que sorriu, negando com a cabeça.

- Agora não. Eu não tenho tempo nem de comer direito, imagina cuidar de uma criança.

- Mas não abro mão de netos com esses olhos. - Minha mãe continuou.

- Já imagino uma menininha pro Luan morrer de ciúmes. - Bruna disse.

- Aí ele vai ver o que é bom. - Lavínia sorriu sapeca.

- Não, não dá certo eu ser pai de menina. Vai ser um meninão. 

- Vou ensinar tudo. - Eu disse brincando.

- Ah, tá maluco! Ensinar tudo? Tá doido! - Lavínia disparou e todos riram quando perceberam ela sentir o desespero só de imaginar.

- Acho que já sabemos quem vai ser a ciumenta da situação. - Bruna disse rindo.

- Sempre é. - Falei e ela me olhou, repreendendo com o olhar.

- Bora começar a nos preparar pro jantar? Ainda tem a maquiagem. - Mudou de assunto e nós rimos de novo.

- Cês podem ir, demoram mais.

- Ah, não. Você também demora pra caramba. - Levantou, me segurando pela mão.

- Bora apostar o que? Eu termino primeiro que você.

- Apostar nada. Vem. - Continuou insistindo e eu vi os olhos encantados de minha família sobre nós. Essa já conquistou todo mundo mesmo.

- Eu vou, mas nós vamos apostar. - Levantei.

- Seu irmão é um eterno adolescente. - Olhou Bruna que nos acompanhou.

- Com certeza é. - Minha irmã concordou. Dei um tapa na bunda de Lavínia e outro na cabeça da Bruna. Antes que as duas pudessem revidar, subi as escadas correndo.

(…)

Chegamos ao restaurante e as duas já foram logo posando pra uma foto, enquanto nós servimos de fotógrafos. Houveram algumas tentativas e então, fomos para a mesa. As mesas que escolhemos ficam ao ar livre numa espécie de cobertura. Nunca tinha vindo aqui antes. Onde estamos, é mais tranquilo, enquanto lá embaixo é mais como uma balada, balada com mesas e cadeiras, mas ainda assim o ar de balada. Lavínia sentou-se ao meu lado e encostou a cabeça em meu ombro, enquanto escolhemos o que comer. Na verdade, eu escolho. Ela tá só no celular. Olhei e vi ela postando a foto com minha irmã: 

“ Ela escolheu meu look e eu a make dela ❤️ “ 

Não pude deixar de sorrir. Minha escolha não poderia ser melhor.

-  Chegando em casa quero responder umas perguntas com você que meus fãs fizeram. - Ela me olhou de imediato.

- Sério? Já tô nervosa. - Me olhou feito menina e eu ri.

- Só pergunta boba.

- Sei… - Desacreditou. 

- Ou, escolhe aqui comigo, amor. - Pedi. 

- Tá, bora lá. - Ela deu uma olhada. - Rapha, você tem alguma indicação de comida daqui? - Olhou pra ele.

- Sim, o prato de número 67. Muito bom! - Ele disse.

- Garante? - O olhei. - Tem que impressionar seu cunhado. - brinquei e nós rimos.

- Impressionar é comigo mesmo. - Disse convencido e nós rimos.

Pedimos vinho e então, nossos defeitos começaram a ser apontados por elas. Enquanto esperamos a entrada.

- Não, você demora mais. - Eu revidei após ela dizer que eu demoro mais a me arrumar.

- Que mentira! Quantas vezes eu te esperei, amor?! - Me olhou incrédula e eu bufei.

- Lavínia me irrita sabe no que? - Olhei o casal. - Ela me enche pra que a gente se arrume, por que segundo ela eu demoro. Beleza. Me arrumo. Quem fica feito trouxa no final? Eu! Esperando ela. - A danada riu e o casal acompanhou.

- A Bruna diz que vai fazer uma maquiagem rápida e quando volta, já tá completamente maquiada. Pô, qual a necessidade de minimizar?

- Nem me fala disso! - Me empolguei. - Essa daqui logo que acorda precisa da bancada inteira do banheiro pra ela. É um ritual sabe? Se eu precisar usar durante o ritual… Recebo olhares faiscando através do espelho.

- Não, não, não. - Ela quis se justificar, mas riu no processo.

- Cê sabe que é verdade, amor. - Eu disse, bebendo mais vinho. Não costumo beber vinho, mas esse é realmente gostoso. 

- Você exagera. - Me olhou risonha e bebeu o vinho me olhando através da taça. A discreta ação me afetou. Ela me excita com pequenas coisas, isso é fodidamente irritante as vezes. 

- A Bruna não pega a toalha nunca, cara! Ela sai do banheiro, molhando tudo! - Raphael entregou e dessa vez nós gargalhamos.

- Amor! Que mentira! Eu acho você pra levar pra mim! - Minha irmã disse.

- Deixa só eu te contar a mania que ela tinha quando criança… - E nosso papo continuou. Comemos, e eu não parei de beber o vinho. Senti meu corpo todo quente e reagindo muito fácil aos sorrisos e olhares de Lavínia. Sei que ela só está sendo ela, mas não passa despercebido. Recebi alguns pedidos de fotos e quando descemos, rumo a saída. O casal foi mais na frente, pude flertar com ela um pouco.

- Decotão hein?! - Olhei seus seios.

- Lindo né?! - Ela olhou também e eu passei o braço em volta do seu pescoço.

- Esse vinho tá me excitando muito e eu acho que tô um tantinho animado. - Ela riu e me olhou maliciosa. Ah, não! Esse olhar não!

- Amiga, olha esse sofá! - Bruna disse quando chegamos na saída. Então, eu não tive muito tempo livre. Pessoas me reconheceram. Então, Fotos, fotos e fotos. Os três ficaram fazendo registros ao lado. Algumas mulheres tiraram uma casquinha e soltaram uma ou outra frase de duplo sentido, mas Lavínia ficou o tempo inteiro alheia. Parece que o vinho afetou ela um pouco também.

- E aí, bora? - Eu disse após ficar livre.

- Vem tirar uma foto comigo. - Me chamou toda linda. Sou rendido igual um cachorro por essa mulher.

- Rapidinho, tá?! - Eu disse, querendo evitar mais tumulto e ela ergueu as sobrancelhas.

- Luan Santana tá sem tempo pra mim. - Ironizou e eu sorri, sentando ao lado dela.

- Todo tempo do mundo pra você, minha loira. - Segurei seu queixo e lhe dei um beijinho, vi minha irmã fazer o registro. - Só quero evitar tumulto.

- É rapidinho. - Disse olhando minha boca. Foda-se Lavínia! Filha da mãe tá me seduzindo de propósito.

- Beleza. - Fingi estar alheio e minha irmã faz alguns registros, logo saímos de lá e fomos de uber. Raphael foi na frente e eu atrás com as duas. Na verdade, Bruna entre nós após reclamar da distância do seu namorado. Segundo ela, nada mais justo de ter uma distância entre Lavínia e eu.

Posso parecer um pouco doentio, mas o cheiro da minha namorada estava em todos os lugares ao meu redor. Isso me excita. Que porra de vinho! Tudo que eu queria era afundar meu rosto no pescoço dela. Saber que temos a noite inteira pra isso, me deixa reconfortado. 

- Amor! - Ela me chamou e eu olhei, vi nossa foto que ela acabou de postar:



“ É como se existisse um mundo só pra você e eu 💕 “ 

Ela escolheu um trecho da música que compus pra ela. Que coisa linda! 

- Te amo, gata. - Sorri e ela sorriu de volta.

- Vou postar uma minha aqui. Vi a nossa foto, amiga… - Bruna começou e então eu fiquei refletindo. Lavínia nem imagina o que espera por ela semana que vem. Vai ser uma surpresa e tanto.

(…)

Chegamos em casa, Raphael acabou indo dormir na própria casa. Subi as escadas com as duas mulheres. Vimos tudo apagado. Elas iluminaram com a lanterna do celular. Olhei as horas. 1:30 da manhã. Ao chegar no corredor, seguimos para os quartos em silêncio.

- Boa noite, casal. Beijo. - Bruna disse ao chegar na sua porta.

- Boa noite, amiga. - Lavínia disse.

- Dorme com Deus. Beijo. - Soltei beijo, entrando no meu. Logo que a porta se fechou, matei minha vontade. Cheirei o pescoço de Lavínia, agarrando ela.

- Cê sabe que já tá muito tarde né?! - Ela disse, acariciando meus ombros. Recebi o fora, mas foda-se.

- Prometo não te atrasar amanhã. - Ela riu.

- Você já tá me atrasando pra amanhã. Olha essa hora. - Apertei sua bunda, trazendo seu quadril ainda mais para o meu. - E ainda quer transar.

- Você ainda tá dolorida? - Sussurrei.

- Nada que seja incômodo. - Procurou meu olhar.

- A gente faz de vagarinho. Podia ser um anal também.

- Eu não gostava muito. - Fez careta.

- Você não gostava de oral, hoje eu te faço gozar só com a minha boca. - Ela acariciou meus cabelos.

- Você é um tremendo convencido. - Sorriu.

- Loira, é verdade. Sou louco de vontade de fazer anal com você. Tenho umas coisas aqui que podem ajudar a ser mais gostoso. - Mordi meus lábios.

- Você guarda isso aqui? - Encolheu os olhos. Que ciumenta impossível!

- Sempre tenho, levava nas viagens. Cê sabe como é… - Procurei seu pescoço de novo, sentindo ela tensa contra mim. Beijei seu pescoço na tentativa de fazer ela relaxar de novo. - Agora eu pretendo usar com uma só, se você quiser, é claro. - Abracei sua cintura com firmeza e senti ela melhorar um pouco.

- Antes a gente tem as perguntas do seus fãs pra responder. Eu fiquei animada com isso.

- Cê tá me dando um fora? - Desanimei.

- Você quer muito? - Me olhou.

- Quero, mas sem você querer não vale. - Franzi a testa em descontentamento, apesar de meu corpo continuar quente.

- Amor, você sabe que eu sempre quero você. Apesar de você citar o passado vergonhoso que você teve, nem é por isso. É por conta do horário. Eu trabalho amanhã.

- Eu também! - Soltei exasperado e me afastei dela, indo para a cama. Me olhou risonha. Sentei e olhei pra ela.

- Bora responder as perguntas? - Veio em minha direção.

- Ah, pra isso dá tempo. - Bufei.

- Larga de chatisse. Amanhã depois do trabalho, cê vai lá em casa… a gente faz um amorzinho gostoso. - Ficou entre minhas pernas. Não sei se o fato de estar dolorida influenciou na sua recusa ou o fato do anal. Poxa… impossível não ficar desanimado.

- Tá, bora lá. - Tentei ser compreensivo.

- Vamos! - Sorriu animada e logo tiramos nossos sapatos e nos encostamos na cabeceira da cama. Peguei meu celular e já comecei a procurar as perguntas. 99% eram sobre nós. Comecei gravando um storie sozinho:

- Oi, meus amores! Tem alguém por aí? Tô aqui pra responder as perguntas e trouxe uma convidada muito especial. - E então mostrei ela que sorriu e acenou. - Oi, linda! Tudo bem? - Cumprimentei, brincando e ela riu. 

- Tudo sim. Você é um apresentador agora? 

- É sim! - Eu ri e ela aconchegou a cabeça em meu ombro. - Bora lá! Vamos responder perguntas de casais que foram a maioria por aqui. Vocês são curiosinhas hein?! - E então o tempo de storie acabou e eu escolhi a primeira. 

- Qual é essa? - Ela não conseguiu ler.

- Psiu. Cê vai ver. - E então comecei a gravar de novo, já lendo a pergunta. - A Fama/trabalham atrapalham o novo namoro? - Li e olhei pra ela, lhe deixando falar primeiro.

- Um pouco. A rotina do Luan é noturna, enquanto a minha é diurna. Enquanto ele dorme, eu trabalho e enquanto eu durmo, ele trabalha. - Ela concluiu.

- Temos pouco tempo livre coincidindo, mas todos os dias a gente procura brechas e sempre tem um horário certo pra gente se falar com mais calma. Né, amor?! 
 
- Isso. A gente faz dar certo. - Ela sorriu me olhando e então fez um soquinho com a mão e eu fiz com a minha. E o Stories encerrou. - Eu escolho a próxima. - Disse e já segurou meu celular. Atrevidinha! - Essa. - E então me devolveu. 
Li primeiro e então comecei a gravar, já lendo a pergunta. 

- Oia só isso aqui! - Eu ri de leve. - Aonde foi o seu primeiro beijo com a Lavínia? - Olhei ela. 

- Cê lembra? - Ergueu as sobrancelhas, me olhando. 

- Óbvio! - Olhei o celular de novo. - A luta pra conseguir ficar com essa mulher… - E ela gargalhou, beijando minha bochecha. - Cê foi difícil viu?! 

- Só um pouquinho. - Brincou e eu neguei com a cabeça.

- O primeiro beijo foi em um quarto. Numa viagem que a gente por acaso estava juntos. - Olhei ela.

- É, ele alugou uma casa com os amigos e aí já me ligou querendo me ver quando soube que eu estava na mesma cidade. - Ela disse toda convencida e eu ri. 

- Cê tá muito convencida. Você já tava querendo também, tanto é que cê foi.

- Talvez, um pouco. - Ela brincou e me deu um selinho. - Mentira, eu já queria também. - Me olhou risonha. Rostinho de apaixonada. E então encerrei o storie, escolhendo a próxima.

- Quem é o mais ciumento do namoro? - Já fui lendo e gravando. Olhei pra ela rindo. Ela mordeu os lábios.

- Depende… - Começou e eu gargalhei. - Amor! - Me olhou segurando o sorriso.

- É você, loira. - Olhei ela.

- Depende. Você também é. - Tentou se justificar.

- Não tanto quanto você. - Sorri e ela revirou os olhos.

- Tá, tá. Sou eu. - Segurou o sorriso, olhando o celular. - Próxima. - E eu gargalhei de novo, encerrando o vídeo. E então, ela me bateu. - Cê fica rindo de mim na cara dura! - Eu não conseguia responder, só sabia rir. Senti meus olhos lagrimejando. Ela pegou o celular e escolheu a próxima. - Vem, anda. - Me olhou sorrindo e eu tentei me recompor.
Como vocês se conheceram? - Ela leu e me olhou, já gravando e mostrando nós dois. 

-  Tá, essa eu digo. Foi através do Marco, meu amigo.
É, ele já tava enrolado com a irma da Lavínia e aí aconteceu de a gente se conhecer. - me limitei a isso. - Você quis me beijar de primeira? - Perguntei, curiosidade minha. 

- Você me chamou atenção de primeira, mas não pensei em te beijar logo de cara.

- Cê nem imagina o que eu pensei sobre você de primeira… - Sorri e ela arregalou os olhos.

- Amor! Meu Deus! - Colocou a mão na minha boca e eu caí na risada de novo. Ela ficou toda corada e eu dei um zoom no seu rosto estupidamente lindo. Encerrei o vídeo e comecei a próxima.

- Lê essa e já diz a resposta. - Eu falei e ela leu. 

- Qual a surpresa mais marcante que você fez pra Lavínia? - Os olhos dela brilharam claramente. - Ai, gente! Posso escolher duas? - Me olhou e eu assenti. Voltou sua atenção ao celular e continuou: - O nosso pedido de namoro. Foi a coisa mais linda desse mundo! Ele me levou em um restaurante na praia, lá em Fortaleza. O lugar é um absurdo de tão lindo! Se declarou pra mim… - Sorriu me olhando e eu sorri de volta. - Eu fiquei toda boba nesse dia. 

- Coisa linda. - Eu disse e ela sorriu de novo.

- E tem outra. Ele fez uma música pra mim. - Sorri. - Foi a coisa mais incrível que alguém já fez pra mim. - Me olhou agraciada. 

-  Como eu não me apaixono desse jeito? - Eu falei e ela riu. Encerrei o storie. - Te amo tanto, gata. 

- Também te amo. Muito. - e então me beijou. Logo me empolguei e pensei em deixar as perguntas pra lá, mas quando ela percebeu minha intenção, encerrou o beijo.

- Judia mesmo. - Resmunguei.

- Bora responder mais algumas. - Ela selou nossos lábios. - Deixa eu escolher. - E assim fez. - Essa é boa. - Me entregou o celular e eu li, já gravando. 

- Se Lavínia é convidada pra fazer um ensaio sensual com um outro cantor, qual seria sua reação? - Bufei só de pensar.

- Tá vendo só, gente! Essa carinha aqui é ciúmes. - Ela riu de mim e eu a olhei entediado. - Responde, amor. - Encolhi os olhos pra ela e voltei minha atenção para a tela. 

- Não precisaria de outro cantor se tem eu, ué. - Dei de ombros e ela gargalhou. Risada gostosa. - Que? Ah, para! - Ela riu mais. 

- Cê tá com ciúmes. - Neguei com a cabeça e suspirei. 

- Cês parem de botar fogo viu?! - Eu sorri, encerrando o vídeo. - Cê faria?

- O ensaio? - Ela me olhou e eu assenti. - Não sei, uai. - Repreendi com o olhar e ela riu. - Cê sabe que não. Não sou boa pra essa exposição toda. Mas se eu fosse, a proposta fosse boa… - Deu de ombros.

- Beleza. - Decidi encerrar o assunto. Ela vai ter que lidar com meu clipe daqui uns meses e essa conversa pode ser facilmente jogada na minha cara no futuro. Conheço a mulher que tenho. - Vou escolher a última. - Falei já procurando. - Ó, essa é boa. - Comecei a gravar. - Quem teve a primeira crise de ciúmes? - E já respondi. - Lavínia! Na primeira vez que a gente ficou. - Joguei na cara dela e ela riu, ficando vermelha.

- Essa história tem todo um contexto.

- Ela ficou sim, gente. - Olhei ela e ela negou com a cabeça sorrindo.

- Você é irritante. - Passou a mão no rosto e foi minha vez de gargalhar.

- É a coisa mais linda desse mundo mesmo. - E então procurei seu pescoço, encerrando o vídeo.

- Amor… - Ela disse.

- Uai, é verdade. Você chorou e tudo mais. Foi uma crise de ciúmes braba. - Nos olhamos.

- Não. Já expliquei tudo naquele dia.

- Eu sei, gatinha. Eu sei. - E então lhe beijei.

- Tá, vou parecer uma louca ciumenta agora. - Eu ri.

- Não vai não. Da outro beijo aqui. - E assim ela fez e quis escolher a última. - A última mesmo. Quero ir pro banho com você. Um oralzinho rápido? Gozadinha lá, gozadinha cá… - Ela corou.

- É, a gente pode sim. - Sorri vitorioso.

- Então escolhe logo. - Falei ansioso e ela riu de mim.

- Essa. - E então me deu. - Li e então gravei.

- Quem se apaixonou primeiro? E já respondi. - Acho que os dois…

- Não. Eu acho que foi eu primeiro.

- Não. Na nossa primeira conversa eu já te achei incrível. Fiquei bobo. - Eu disse olhando ela. 

- Awn, gente! - Selou nossos lábios. - Agora assumir… - Eu ri. 

- É, nisso eu demorei mais. Ela disse primeiro que tava apaixonada. Eu também já tava, mas expor em palavras foi ela. - Mexeu nos cabelos toda convencida. E eu encerrei. Comecei a gravar outro. - Galera, por hoje é isso. Vocês gostaram dessa gata com a gente hoje? - Ela sorriu e eu também. - Se tiverem gostado muito, a gente volta mais vezes. 

- É! E na próxima eu falo tudo de você… - Eu ri diante da sua ameaça e ela também. Soltei beijo e ela fez o mesmo. Encerramos os stories e eu quase carreguei ela até o banheiro. Tô morrendo de vontade desse meu pedacinho de ciúmes!






OOIIIIII!!! Nem demorei dessa vez 😍🙏🏾 Cheguei com capítulo imensooooo e divertido! Mereço mtos comentários se recompensa né?! 😩 
Só quero reforçar as ideias que tenho para os próximos capítulossssss! Mtas surpresas, vocês vão amarrrr! 😍
Me digam o que acharam, o que estão achando! 
Esse jogo de perguntas foi ideia de leitora por aqui hein?! Adoro essa interação e sempre que der, encaixo as ideias de vocês!
Comentários respondidooooss
Bjs, Jéssica❤️

sábado, 19 de junho de 2021

“ Novidade oculta “ 72

Acordei com meu celular tocando e com dificuldade consegui ver o nome. Xumba. Logo atendi.

- Oi, mãe. - Esfreguei meus olhos e procurei por Lavínia, encontrando-a dormindo despreocupadamente ao meu lado.

- Oi, filho. Vocês vem que horas?

- Que horas são? Eu ainda tava dormindo. Ontem a gente chegou tarde da casa do Marco.

- Já são quase meio dia.

- Merda. - Resmunguei. - Vou acordar Lavínia e vamos chegar rapidinho.

- Venham. Já tô terminando o almoço.

- Tá, xum. Beijo.

- Beijo, filho. - Então desligou. Olhei Lavínia novamente. A boca entreaberta, os cabelos desgrenhados, os seios de fora. Eu sorri. Ela dormiu completamente nua e eu também. Transamos muito, só dormimos no início do dia. Meu pau celebrou a cena e eu precisei ser racional. Nada de sexo. Lavínia deve estar muito dolorida e minha mãe preparou um almoço pra nós. Precisamos chegar lá em tempo record.

- Amor. - Chamei, me chegando a ela. Cheirando sua bochecha. - Acorda, dorminhoca. - Insisti e ela somente resmungou, se agarrando em mim. Eu ri. - Loirinha. - Chamei mais alto.

- Vamos dormir, amor. - Ela murmurou com um bico enorme nos lábios.

- Dormir nada. Sua sogra tá te esperando com um almoço pronto. - Então ela abriu os olhos.

- Mesmo? Ô droga! Eu esqueci.

- Eu também. - Ri de leve e ela me olhou. Os olhos brilhando e de repente me senti a coisa mais preciosa do mundo.

- É errado não querer sair daqui e ficar agarradinha com você o dia todo? - Sorriu.

- Não. Eu também queria isso. Mas nós temos um compromisso.

- Tá, tudo bem. Vamos levantar. - E assim ela fez.

- Sem beijo? - Falei quando ela já foi andando para o banheiro.

- Com bafo? Não mesmo.

- Não tô com bafo. - E então ela entrou no banheiro, fechando a porta. Abri o Instagram e decidi fazer uma caixinha de perguntas para meus fãs. Ando sumido, gosto da nossa troca nas redes. Mensagens chegaram. Novamente Jamile. Eu tenho me afastado, confesso. Quero evitar desconforto para Lavínia e reconheço que nossa relação não era de amigos tradicionais.

“ Onde cê vai tá semana que vem? “

Não respondi. Continuei de olho no Instagram, até o momento em que Lavínia saiu. Já saiu me apressando muito, o que teve efeito. Saímos rápido de casa.

Ao chegarmos em casa, sentindo nossa barriga reclamar de fome, seguimos para a cozinha. Minha família toda reunida, comendo batatinhas, esperando por nós.

- Ou, chegamos! - Anunciei e eles nos olharam. Bruna foi a primeira a levantar para falar com Lavínia. As duas trocaram um abraço apertado. - Demoramos muito? - Fiz careta para meus pais.

- Um pouco, filho. - Minha mãe respondeu.

- Vai uma batata? - Meu pai ofereceu.

- Na hora. - Sentei ao lado dele logo que minha mãe levantou.

- Como você tá linda, meu amor! - Minha mãe disse para Lavínia.

- Foi o que eu acabei de dizer. - Bruna sorriu.

- Aí, gente! Vocês são tão lindas! - Minha namorada sorriu e minha mãe logo a envolveu em um abraço. - Senti sua falta, sogra. - Ouvi ela dizer enquanto eu babo no contato lindo das duas.

- Cê pode aparecer quando quiser. Não espera Luan sempre tá aqui não.

- É tanta correria. - Elas se olharam, ainda com as mãos dadas. - Prometo que venho sempre que der.

- Venha mesmo.

- Ah, trouxe uma coisinha pra vocês duas. - Lavínia disse, já sei que é um teste do possível novo hidratante facial.

- E aí? Acordaram tarde? - Meu pai puxou conversa, tomando minha atenção.

- Foi. Lavínia passou do ponto ontem. Bebeu além da conta, foi uma trabalheira só. - Me limitei a essa explicação. Nunca diria toda a verdade.

- Ah, não acredito! - Bruna berrou já segurando o teste, voltamos nossa atenção pra elas.

- É a fase final já. Espero que vocês gostem e já me deem um retorno depois de usar. - Lavínia disse.

- Nossa, a gente tá muito chique. - Minha mãe disse e nós rimos.

- E eu? Não ganho esse trem não? - Meu pai se manifestou.

- Ô sogro, cês não usam isso, certeza. Como cê tá? - Ela se aproximou e o abraçou de lado.

- Tô bem. E você? Tudo certo? Nada de ressaca? - Ele correspondeu o abraço. Lavínia riu se afastando.

- Quer dizer que seu filho já andou me entregando. - Colocou a mão na cintura e logo eu agarrei ela, beijando seu pescoço.

- Ah, só por alto mesmo. - Tentei me defender

- Como cê tá? - Meu pai perguntou.

- Tô bem. Melhor agora com meu amor pertinho. - Me abraçou e meu coração esquentou por ela. Cada vez eu amo mais.

- Bom, vocês são lindos juntos. Mas a gente já tem tudo pronto e meu convidado acabou de chegar. - Bruna disse. Todos nós olhamos uns para os outros.

- Namorado novo? - Perguntei franzindo a testa. Faz uns meses que ela e Breno terminaram. Não foi de uma forma tão amigável, mas eu ainda não estou pronto pra receber alguém no lugar do meu amigo. Bruna sofreu por ainda gostar dele, o acusou de não amar ela o suficiente, enquanto Breno disse que Bruna era muito ciumenta e não teriam como seguir em frente. Eu fiquei neutro nisso tudo, na verdade, estava em uma fase complicada com Lavínia, então não tive tempo pra muita coisa.

Bruna caminhou até desaparecer das nossas vistas. Olhei meus pais.

- Ela tá namorando? - Perguntei de novo.

- Ele é um amigo do Max. Quando ela foi visitar Sthefany pra saber da gravidez, Max estava lá com ele. - Minha mãe explicou e eu franzi mais a testa.

- Quando foi isso? - Perguntei.

- Em uma das suas viagens. - Meu pai respondeu.

- E ele faz o que da vida? - Segui perguntando, mas não deu tempo de ninguém me responder, pois os dois apareceram. Ele com um sorriso amarelo no rosto, um tanto sem graça.

- Boa tarde, gente. - ele disse e todos nós respondemos juntos.

- Boa tarde! - Minha mãe logo o abraçou, sendo acolhedora como sempre.

- Ajeita essa cara. - Lavínia sussurrou e eu franzi mais a testa olhando ela. - Amor... - Repreendeu. Respirei fundo e ergui as sobrancelhas na tentativa de amenizar minhas expressões.

- E aí, cara! - Falei logo após meus pais o cumprimentarem.

- E aí? Beleza? - Levantei e então tocamos as mãos e nos abraçamos.

- Pi, esse é o Raphael. - Bruna disse enquanto ele já se afastava de mim. - A gente tá namorando tem uns dias. - E então eu franzi a testa novamente. Logo senti um aperto em minha mão. Lavínia atrás de mim.

- Prazerzão, cara. Não tava sabendo! Mas que bom, massa! - Eu disse.

- Obrigado, parceiro. A gente se conhece tem um tempo já, mas daí apaixonei e me rendi. - Ele disse sorrindo e a abraçou de lado. Até que formam um casal bonito.

- Toda felicidade! - Eu disse.

- Vocês são lindos juntos. - Lavínia disse.

- Essa é minha namorada. - Lembrei de apresentá-la. 

- Lavínia. - Ela foi simpática e o abraçou.

- Prazer conhecer você.

- A gente já pode sair de casais. - Lavinia deu ideia.

- Sim, amiga! - Bruna se empolgou.

- Quando eu tiver de folga, a gente vê. - Eu disse.

- É, tenho que ver quando tiver folga dos treinos. - Me peguei franzindo a testa de novo. Logo ele esclareceu. É jogador do palmeiras, sua família é do mesmo estado onde Max mora. Meu pai logo brincou com ele, sobre suas intenções e nós rimos. O almoço foi servido e continuamos em animadas conversas. Logo soube que durante minha última viagem ele veio aqui e falou com meus pais sobre o namoro com Bruna, minha irmã esclareceu que queria ter falado comigo antes, mas não teve tempo pois logo que voltei fui encontrar Lavínia. Raphael fez questão de vir até aqui e falar comigo hoje.

- Quero só ver cê ir em Sidney falar com meus pais. - Lavínia disse, olhei pra ela assustado. Todos riram.

- Tem que ir, pi. - Minha irmã incentivou.

- Usa o Raphael como exemplo. - Meu pai se divertiu.

- Cê ainda não conheceu os pais dela? Pô, tô na vantagem hein?! - Meu mais novo cunhado tirou sarro.

- Cê tá se achando hein?! Calma lá, vou dar aula de como se apresentar pra família da gata. - Pisquei o olho e eles riram. E então, minha mãe relembrou como foi quando meu pai viu os pais dela pela primeira vez. A história engraçada e cheia de sentimento atraiu nossa atenção. Me senti completamente preenchido. Minha família, minha mulher, todos juntos. Comendo, conversando animadamente.

Minha irmã como a empolgada que é, logo começou a dar ideia de irmos para a piscina após o almoço. Para minha surpresa, até meus pais concordaram em ir também.

Começamos a comer a sobremesa, enquanto Bruna e Lavínia e minha mãe falam sobre o quão difícil é administrar uma empresa. Os homens falam sobre futebol, na verdade, o futebol de Raphael. Nos contou sua história e toda a trajetória para chegar ao profissional. Gostei da sua garra. Ao fim do almoço, eu percebi que o cara sabe realmente ganhar as pessoas. Subimos as escadas, Bruna disse que vai emprestar um biquíni a Lavínia e eu uma bermuda leve ao Raphael. Lavínia foi pro quarto da Bruna e Raphael veio para o meu.

- Cara, tenho uns aqui que nunca usei. - Eu disse logo que entramos. Segui para o closet e ele sentou-se em minha cama.

- Qualquer coisa serve. A Bruna inventou de uma hora, me pegou desprevenido.

- Se acostuma. - Eu disse já pegando as bermudas. - Cês se conhecem há quanto tempo? - Falei ao voltar pro quarto e lhe mostrar as bermudas.

- Cara, tem quase três meses. Foi por acaso. O max deu muita força desde o início, ela é linda e então rolou.

- É, minha irmã é realmente incrível, mas tem seus defeitos também. Você é muito gente boa, da pra sentir, entendeu? Ela merece alguém que enxergue que ela vale a pena apesar dos defeitos.

- Com certeza. Ela me contou um pouco sobre o último relacionamento. Ela disse que não tinha confiança no cara.

- Breno é meu amigo, meu parceiro de anos! Mas eles já tinham um caso bem antigo, houveram erros dos dois lados e talvez nessa fase mais madura da vida complicou pros dois. 

- Vida que segue né?!

- Isso aí! Que bom que seguiu comigo. - Ele sorriu bem humorado e eu o acompanhei. Bateram na porta.

- Amor? - A voz de Lavínia.

- Oi, entra. - E assim ela fez. - Já decidiu? - Perguntei.

- Já. - Balançou o biquíni na altura dos olhos. - Olhei ela surpreso pela rapidez.

- Pô, cês tão ligeirinhas né?! - Rapha brincou. - Vou levar esse. - Pegou uma bermuda da estampa azul escuro com branco.

- Beleza. Até mais. - Trocamos um toque de mãos e ele saiu.

- Eu adorei eles juntos! - Lavínia disse.

- Sim, o cara é gente boa. - Sentei na cama.

- Gostava do Breno também, mas vida que segue né?!

- Foi o que eu acabei de dizer pra ele.

- Cê gostou dele mesmo?

- Gostei. - Dei de ombros. E então ela se aproximou passando as mãos pelos meus cabelos.

- Vai deixar crescer mesmo? - Se referiu aos meus cabelos.

- Tô pensando. O que cê acha? - Sorri.

- Vai ficar gato. Sempre fica. - Selou nossos lábios. 

- Cê devia dormir aqui hoje. - Pousei as mãos em sua bunda.

- E… lá vem ele com ideias.

- Amor, daqui três dias tô viajando de novo. - Argumentei.

- Mas daí eu chego atrasada no trabalho. - Suspirou.

- Não vai se atrasar, prometo. - Ela riu desacreditada, logo se afastou.

- Vou pensar no seu caso. - E então foi para o banheiro, trocar de roupa. Fiz o mesmo no closet e logo ela voltou com um biquíni rosa pink, simples, mas excepcional!

- Cê tá dolorida de ontem? - Quis saber.

- Um pouco.

- A gente exagerou né?!

- Culpa da saudade. - Ela suspirou e eu ri. - Cê tá pronto? - Perguntou.

- Tô. Cê tá de ressaca? - Eu quis saber também.

- Nadinha. Da pra acreditar?

- Sorte sua dessa vez.

- Bora beber de novo pra não ter perigo de me pegar. - Ela disse, me puxando pela mão e eu repreendi dando um tapa na sua bunda.

- Cê tá doida. - Eu disse e ela nem se importou. Me levando para fora do quarto. Seguimos para a piscina e encontramos Bruna e Raphael. Ele passando protetor solar no rosto dela. Lavínia e eu logo fizemos os mesmo e foi o tempo de meus pais chegarem. As meninas decidiram tomar um banho de sol e os homem sentaram na borda da piscina pra conversar. Meu pai logo marcou uma pescaria, uma ida nossa ao pantanal. Meu mais novo cunhado pareceu animados e nós lhe falamos sobre como é os passeios por lá. Ele também disse que adoraria nos ver em um jogo seu, o assunto rendeu muito. Olhei par trás e vi Lavínia fazendo uma trança nos cabelos da minha mãe. Enquanto as três não param de falar. É isso que importa pra mim. Não faz nem um mês que estamos juntos e a ideia de morarmos juntos passou novamente pela minha cabeça. 

- Bora dar um mergulho. - Raphael falou e assim nós fizemos. Não demorou muito e as meninas se juntaram a nós. Porém, meus pais foram os primeiros a saírem. Meu pai foi resolver alguns detalhes no escritório e minha mãe colocou na cabeça de fazer um bolo. Ela sempre quer cozinhar algo. Quando finalmente ficamos só os quatro, tive mais tempo com a Lavínia e pela primeira vez no dia tive um beijo digno. Ela ficou encostada na borda, as pernas em volta de mim e me beijou com vontade. Retribuí na mesma intensidade, sem me importar com o casal do outro lado da piscina.

- Cê dorme aqui hoje? - Perguntei logo após o beijo.

- Amor, você sabe o quanto fica distante.

- Eu vou te deixar.

- Mas antes vai me atrasar.

- Já prometi que não. - Acariciei sua bunda.

- Suas promessas… - Debochou.

- Tá dizendo que não tenho palavra, Lavínia? - Ela revirou os olhos. 

- Não tem mesmo. - Ergueu as sobrancelhas e eu belisquei sua cintura. Ela gritou e logo me acertou um tapa no ombro. O casal nos olhos e ela saiu dos meus braços. - Tá doido? - Outro tapa.

- Cê tá vendo a agressividade? - Eu me fiz de vítima, olhando Raphael. Lavínia colocou as mãos na cintura e me olhou, em seguida olhou eles.

- Seu irmão é um fingido. - Bruna gargalhou. Raphael também. 

- Desde de criança. Ele aprontava e colocava a culpa em mim. - Bruna entregou e eu ri. 

- Sem vergonha! - Lavínia acusou e eu lhe abracei, beijando seu pescoço. - Sai. - Ela fez charme. 

- Só depois de cê concordar em dormir aqui. 

- Não. - Ergueu as sobrancelhas. 

- Bruna, me ajuda. - Pedi e o casal se aproximou.

- Nem usa sua irmã não. - Ela revirou os olhos.

- Por que você não fica, amiga? - Ela perguntou, enquanto Raphael abraça ela por trás.

- Fica longe do trabalho e ele não acorda logo, vou me atrasar. O Luan quer virar minha rotina de cabeça pra baixo. - Me fiz de ofendido e ela revirou os olhos de novo. Mulher impossível. Ela vai ficar. Ah, vai.

(…)

Minha mãe insistiu para comermos o bolo dela logo que ficou pronto. Lavínia saiu correndo da piscina junto com a Bruna, enquanto riam. 

- Cês vão ca… - Não terminei de dizer e as duas foram de bunda no chão. 

- Caralho. - Raphael se preocupou. 

- Duas crianças! - Eu repreendi, enquanto elas reclamam. Logo nós fomos em direção a elas. - Machucou? - Olhei Lavínia que fez uma carinha manhosa. 

- Minha bunda vai ficar roxa. - Ela fez bico. 

- Anda, vem. - Sorri, ajudando ela a levantar. 

- Olha se tá roxo. - Se virou, enquanto Raphael ainda ri com a Bru. 

- Ainda não. Mas vai ficar né, amor?! - Neguei com a cabeça, segurando sua mão. 

- Droga. - Olhou Bruna, que já levantou. 

- A culpa foi sua, Lavínia. - As duas começaram a se acusar igual crianças. Só pararam quando viram o bolo já na cozinha.

- Oh, meu Deus! - Lavínia salivou e eu tive que gargalhar.

- Vocês não se secaram? - Minha mãe repreendeu.

- Vou pegar toalhas pra vocês. - Meu pai disse.

- Devia pegar o pano pra os quatro secarem. - Dona Marizete continuou brigando.

- Ah, mãe! Lavínia e eu já caímos, não precisa de mais sermão. - Bruna fez bico.

- Vem cá, me dá um abraço. - Provoquei e ela logo se afastou.

- Sai pra lá! Tá todo molhado. - Ela disse e nós rimos.

Comemos bolo despreocupadamente, depois de estarmos secos. Minha mãe manda muito bem. Olhei meu celular pra ver as horas e logo vi que já são quatro da tarde. No mesmo instante meu celular tocou. Lavínia do meu lado, deu um verificada discreta e eu quis sumir. Porra! É a Jamile. Não olhei para minha namorada e decidi atender, caso contrário Lavínia já iria me cobrar o motivo de não ter atendido. 

- Oi, Jami! - Atendi, fingindo naturalidade. Lavínia focou os olhos em seu bolo.

- A Jamile?! Manda um beijo! - Bruna disse animada. Minha mãe fez o mesmo, assim como meu pai.

- Oi, Luan. Manda um beijo pra todos. Eu ouvi daqui. - Ela disse bem humorada.

- Ela mandou beijo de volta. - Eu disse. - Como Cê tá? - Perguntei.

- Bem! E você? Depois do namoro me esqueceu.

- Ah, que isso! - Eu disse, enquanto Lavínia levantou e foi lavar o prato, enquanto minha mãe diz que não precisa.

- Cê me ignorou no whats.

- Eu cheguei ontem de viagem, tava aproveitando minha família.

- E a Lavínia.

- É, também.

- Tô ficando com ciúmes. - Brincou e eu ri.

- Boba. - Lavínia voltou-se para nossa direção, mas não me olhou.

- Vou pro banho. - Ela sorriu pra todos e passou por mim dando um aperto afetuoso no ombro.

- Tô indo já também, amor. - eu disse.

- Ou, escuta só. É rapidinho. - Jamile disse.

- Pode falar.

- Vou tá em São Paulo semana que vem.

- Mesmo? Vou tá viajando. Nordeste.

- Poxa, não vou conseguir te ver.

- Dessa vez não. Mas de outra vez a gente marca. Mas vem aqui em casa, todo mundo vai adorar te ver.

- Vou sim, pode deixar. Não vou mais ocupar seu tempo. Beijo.

- Beijo, jami. Fica com Deus.

- Você também. - E então desliguei e logo Bruna disparou:

- Lavínia não gosta muito da Jamile né?!

- Não. Ela sabe que eu ficava com ela antes, inclusive enquanto eu tava ficando com ela.

- Filho… - Minha mãe me repreendeu.

- Não tinha nada sério, mãe. - Me justifiquei.

- Mas isso não é legal. Nem escuta esses exemplos, Raphael. - Bruna tapou os ouvidos do namorado, fazendo todos rirem.

- Filhão, imagina quando ela souber do projeto pro novo clipe. - Meu pai franziu a testa. É, será um clipe bem quente.

- Isso é daqui uns três meses, pai. Não vou falar agora.

- É, mas já é um projeto de bem antes de vocês namorarem.

- Eu sei.

- Ela vai entender. - Minha mãe torceu.

- Eu não aceitaria numa boa. Isso é péssimo! Só na pele pra saber. - Bruna disse. Respirei fundo.

- Eu amo aquela mulher, isso vai ser só trabalho. Ela sabe que sou doido por ela. 

- Vocês são muito bonitos juntos. A gente vê o sentimento de longe. - Raphael disse.

- É, pô. Vai ser a mãe dos meus filhos. Ela vai entender, a gente vai passar por isso. - Eu disse, torcendo que a força das minhas palavras sejam jogadas no universo e abençoadas por ele. Sei o quanto Lavínia é ciumenta. Que Deus me ajude.






Ooiiiii! Quase um mês depois! Quem quer me matar aí???? Hahahaha Gente, eu demoro mas não largo! Vamos até o final e sobre o capítulo: houveram váriossss momentos! Me digam qual mais gostaram? Ansiosas para os próximos? Cheia de planos para o nosso casal 🥰
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Bjs, Jéssica 💕