domingo, 7 de novembro de 2021

“ Cumprindo o acordo “ 88

Quando a gravação acabou o relógio já marcava mais de 2:00 horas da manhã. Tudo que eu mais queria era ver ela, dar um cheirinho e sentir a presença dela. Meu coração ficou apertado, pedindo e implorando. Eu sei, é muito saudade nesses últimos tempos. Porém, sabendo que não vou conseguir realizar minha vontade. Fui para casa e decidi dormir logo, apesar de me sentir empolgado com os resultados de hoje. Foram horas de trabalho, mas sinto que vai ficar incrível!

Tive a sensação de dormir apenas cinco minutos. Porém, coloquei o celular pra despertar bem cedo. Quero ir até Lavínia, convencer ela de ir comigo ver os dois apartamentos. Tomar café com ela e matar essa saudade que meu peito tanto reclama. Peguei meu carro, após encontrar a casa toda em silêncio. Ainda é cedo realmente. Segui meu caminho até o apartamento dela, no trajeto parei numa padaria e consegui ajuda de um funcionário para levar um pão recheado com queijo que eu sei que ela ama. Levei um brownie também. Levei pães comuns, queijo, presunto e porções de salgadinhos. As meninas ainda estarão em casa., muito provavelmente.

O porteiro liberou minha subida e chegando lá, toquei no pequeno botão. Esperei e então, Clarissa abriu a porta.

- Oi, Luan! - Sorriu animada.

- Trouxe o café da manhã. - Mostrei as sacolas. - Vocês não fizeram nada ainda né?! - Fiz careta.

- Nada! Lavínia tá fazendo café, Talita terminando de se vestir. Entra. - E assim fiz. Seguimos até a cozinha e encontrei ela somente de pijama. Shortinho rosa listrado com branco e a camiseta com a mesma estampa.

- Marco, foi você que me levou ontem né?! Eu apaguei, tava com tanto sono. - Ela disparou a falar, enquanto permanece de costas pra mim. Larguei as sacolas na bancada e encostei nela em seguida, cruzando os braços e observando. Meu coração já agradeceu. Clarissa riu e então Lavínia se virou sorrindo, mas logo mudou de expressão quando me viu.

- Bom dia, dorminhoca. - Eu sorri e ela virou-se novamente.

- O que você tá fazendo aqui? - Seus cabelos estão desgrenhados, o que torna ela ainda mais linda. 

- Vim tomar café com você, uai. - Dei de ombros e Clarissa riu. Então, Talita apareceu.

- Bom dia, bom dia! - Disse animada e então me viu. - 

- Cunhado! - Lavínia quase matou ela com o olhar. Já trazendo o café para a mesa.

- Tudo bem, Talitinha? - Sorri.

- Tudo! Você por aqui tão cedo. Caiu da cama? - Ela disse, já sentando na cadeira da mesa.

- Quase isso. Vim tomar café aqui e convencer Lavínia a ir visitar os apartamentos comigo. - Falei, pegando as sacolas e Clarissa foi me ajudando a colocar cada coisa em um recipiente.

- Já disse que não vou. - Lavínia falou, sentando-se também. Ela tá bem brava. Olhei Clarissa que está atrás dela e li seus lábios dizendo “ ela tá com ciúmes “. Então, segurei o sorriso entendendo tudo. As gravações de ontem fizeram essa cabecinha fértil imaginar um trilhão de coisas.

- Eu trouxe aquele pão recheado que você gosta. - Eu disse, lhe dando o pão embrulhado. Ela pegou, mas continuou emburrada.

- Vamos sentar, Luan. - Clarissa convidou e eu fiquei de frente pra Lavínia e ao lado de Talita.

- E aí, como tá o trabalho? - Olhei Talita, enquanto coloco café na xícara.

- Corrido. Nós vamos ter uma viagem… - E então, Lavínia interrompeu:

- Esse assunto, Talita? - Disse irritada. Franzi a testa, ficando curioso.

- O que houve? - Olhei Lavínia, esperando uma explicação.

- Nada que te interessa, Luan.

- Por que você tá tão grossa? - E ela me olhou pela primeira vez.

- Tô normal. Tô falando que não interessa porque não inclui o bebê. Coisas de trabalho. - Tentou justificar.

- Clarissa. - Ergui as sobrancelhas, cruzando os braços.

- Parem de falar como se eu não estivesse aqui! Você não tá me ouvindo? Acabei de explicar! - Ela esbravejou.

- Você fica calma. Não pode tá se estressando. Eu quero entender o que tá acontecendo, só isso. - Falei sério.

- Nós vamos viajar daqui uns quatro dias. Lavínia vai ficar aqui, ela não pode tá viajando. É isso. - Clarissa explicou, ficando numa saia justa.

- Você fica comigo esses dias. - Dei de ombros.

- Tá vendo só?! - Ela levantou. - Eu não sou criança! Parem de me tratar como se eu não pudesse decidir nada por conta própria! Inferno! - Esbravejou e saiu, porém voltou os passos para pegar seu pão e café. Sumiu em direção ao quarto. Respirei fundo.

- Ela tá assim desde quando?

- Desde anteontem. - Talita disse.

- O clipe tá deixando ela… insegura e essas coisas. Eu me sinto péssima de tá entregando ela assim, mas você precisa entender o que tá se passando e a situação de vocês já tá tão difícil. - Clarissa se justificou.

- A gente fica no meio do fogo cruzado. - Talita suspirou. - Ela vai se fechar mais, Luan. Você precisa de paciência com essa cabeça-dura. - Talita me olhou. 

- Eu sei. - Suspirei. - Essa mulher vai me deixar louco. - E então, continuamos conversando. Elas me falaram sobre as datas da viagem e vai coincidir com minhas folgas. Não vou deixar ela sozinha.

Nós comemos e em seguida, fui atrás da esquentada. Bati em sua porta.

- Loira, abre aqui. - Pedi com jeito.

- Luan, eu não vou visitar os apartamentos. Pode ir. E larga de insistência!

- Abre aqui. Tenho uma coisa pra você.

- Não quero, caramba! - Respirei fundo.

- Chocolate, loira. - Tentei, segurando o brownie.

- Pode deixar lá, depois eu pego.

- Eu quero te ver, poxa. - Pedi manhoso.

- Não tem nada de diferente. Eu só tô cada vez mais inchada. - Ela disse um pouco melancólica e então abriu a porta. Vestindo um shortinho e uma camisa minha. Ela pegou quando a gente só ficava e se apossou. Eu sorri.

- Camiseta bonita. - Elogiei e só então ela se deu conta.

- Ah, é que é confortável. - Se justificou. Está somente com um coque. Continuei sorrindo e lhe entreguei o brownie. Ela pegou.

- Posso entrar? - Lhe olhei com a carinha mais doce que eu poderia.

- Pode. - Disse baixo, se rendendo. Me deu espaço e então, fui até sua cama. Vi ela pegando umas roupas na poltrona e levando até o closet. Fiquei acompanhando com os olhos. Como é gata! 

- Bora comigo, amor. - Inclinei minha cabeça pro lado, observando ela voltar.

- Amor, Luan? Cê acha que isso tá certo? - Ela pegou um perfume no criado mudo.

- Tá sim. Você é meu amor. - Sorri e ela bufou.

- Quando você vai anunciar nosso término?

- Não vou anunciar. Larga de coisa. Seus pais nem sabem a verdade, esqueceu? - Ela suspirou, indo até o closet de novo.

- Infelizmente. Eles não receberam bem a notícia da gravidez, enlouqueceriam ao saber que eu engravidei e separei, tudo em dois meses de namoro. - Ela disse e então, apareceu novamente.

- Só tá assim porque você quer. - Lhe olhei intensamente e ela desviou. Eu adoro flertar com ela.

- E então, você já me viu. - Ela me expulsou. Eu ri de leve.

- Você é tão grossa. Vem cá, senta aqui. Você não parou desde que entrei.

- Minha atividades domésticas. Pelo menos organizar meu quarto, eu posso. - Resmungou.

- Vem cá. - Chamei de novo. Que vontade de abraçar e beijar bem muito essa minha coisinha pequena e impossível. Ela suspirou e então, veio em minha direção. Sentou-se. - Como você tá? - Olhei seu rosto de pertinho e meu coração se aqueceu.

- Tô bem. - Deu de ombros.

- Pode ser bem detalhista. - Eu ri de leve.

- Tô bem. Não enjoei, só me senti um pouco tonta. É isso. O último enjoo tem três dias já. E eu acho que minha barriga cresceu um pouquinho. - Eu fiquei fascinado, enquanto ela me falava.

- Foi? Me mostra. - Pedi.

- Eu acho que você não vai perceber. - E então, ficou de pé e levantou a camiseta. E eu não achei diferença. - Tá conseguindo perceber? - Me olhou.

- Não, amor. - Falei intrigado. - Vem mais pra perto. - Chamei e ela se aproximou.

- Não é nada de muito diferente, Luan. Só um tantinho de nada. Parece que eu comi e tô de barriga cheia. - Eu ri com seu exemplo. Segurei sua cintura e trouxe ela mais pra perto, virando-a de frente pra mim, ficando entre minhas pernas. Acariciei a barriguinha pela primeira vez. E foi mágico. O fruto do nosso amor tá aqui. Beijei sua barriga repetidas vezes, carinhosamente. Percebi ela arrepiar.

- Cê vai ficar tão linda com um barrigão. - Sorri, olhando ela e pousando minhas mãos em seus quadris. Ela apenas suspirou, como quem não acredita muito no que eu falo. - Vai sim. - Reforcei. - E vai ficar mais linda se deixar de ser tão braba. - Ela bufou, se afastando, mas eu segurei sua mão antes. - Sabe a primeira coisa que eu quis fazer depois das gravações ontem? Vir aqui. Te ver, te cheirar… meu coração implorou. Fui dormir angustiado, porque eu sinto sua falta. - Ela ficou me olhando sem expressão nenhuma.

- E aí, beijou muito? - E de tudo que eu falei, ela só focou no clipe. Eu ri, levantando e segurei as laterais do seu rosto.

- Por que você é tão ciumenta? - Falei entredentes, enquanto sorrio. Ela revirou os olhos. - Só quero beijar uma boca. - E então, me aproveitei do momento e abracei ela. Afastando seus cabelos antes, cherei seu pescoço, enchendo meus pulmões com seu perfume delicioso. Meu corpo todo reagiu. Tanto tempo sem ela! Senti ela entregue e então beijei seu pescoço repetidas vezes, demoradamente. Ela pousou as mãos na minha cintura e eu já sabia que iria me afastar.

- Para. Você é aproveitador demais! - Reclamou, indo em direção a porta e eu sorri, acompanhando ela.

- Cê vai comigo ver os apartamentos?

- Você vai passar o dia me enchendo? - Retrucou, indo para a sala e vimos as meninas saindo.

- Vou sim. Se for preciso eu remarco, mas só vou quando você for.

- Tchau, galera. - Clarissa disse, rindo de nós dois.

- Tchau, fiquem na santa paz! - Talita se benzeu e saiu. Eu ri.

- Cê vê como elas tratam nós dois? - Lavínia se virou pra mim, sorrindo. Sinto falta de ver esse sorriso pra mim.

- Elas sabem que você é braba.

- Não sou, não. - Fez bico inconscientemente.

- E, aí?! Nós vamos hoje ou eu remarco? - Ergui as sobrancelhas.

- Tá, Luan. Tá. Espero que isso seja rápido. - Ela disse, já andando em direção ao quarto. Fiquei na sala aguardando e então, ela voltou com uma calça jeans e uma blusinha frouxa. Tão delicada e feminina. Eu sou rendido demais.

- Bora! - Falei animado, então fomos. Visitamos o primeiro que é imenso, fica na avenida paulista, mas segundo Lavínia é muito masculino. E mesmo diante da proposta de mobiliar tudo do jeito dela, ela pareceu não estar muito satisfeita. Então, seguimos para o segundo. Também fica na avenida paulista, uma vista incrível e um ambiente imenso. Tudo mais clear.

- Aqui é perfeito. - Ela disse encantada, parando na vista da varanda. Parei ao seu lado.

- É o lugar perfeito. Condomínio de alto patamar, moradores discretos. Como vocês gostariam. - O corretor disse.

- Você poderia escolher esse. - Ela deu de ombros e eu sorri.

- Você vai vir morar comigo. - Pisquei um olho, confiante do que falo e ela revirou os olhos. - Esse então, amigo. Negócio fechado. - Virei para o corretor e apertamos as mãos.

- Bom, eu preciso dar entrada na papelada. Se você puder assinar tudo até o final da tarde, seria ótimo.

- Posso sim. Faz o seguinte, manda pro meu escritório. Passo lá, assino e eles enviam pra você. Pode ser?

- Pode, pode sim. - E então, ele nos agradeceu. Quando voltamos para o carro, olhei as horas e vi que o relógio já marca mais de 9:00 horas da manhã.

- Tô com fome. - Lavínia reclamou, abrindo a porta do carro.

- O que você quer comer? - eu disse, entrando no automóvel.

- Não sei. - Ela franziu a testa, sentando ao meu lado.

- Cê podia ir lá pra casa e passar o dia comigo. - Pedi, olhando ela. - Minha mãe fez bolo de milho. - Argumentei.

- Não, eu quero ir pra casa mesmo. - Ela disse e colocou o cinto, eu suspirei.

- Você ainda me ama? - Perguntei, me sentindo inseguro.

- Luan, crise de autoconfiança num momento desses? Logo você? - Ela ergueu as sobrancelhas.

- Não, uai… é que você tá tão distante. Vai ver o amor acabou pra você.

- Você acha que acaba assim? Só se for no seu mundo. - Disse em tom acusatório.

- Você tá mudando o rumo do assunto. - Bufei, impaciente.

- Me leva pra casa. - Ela disse e então, ligou o som. A mensagem subliminar para que eu fique em silêncio. Assim fomos, mas eu ainda não me sinto pronto pra deixar ela e ir. Eu tô com saudade de nós. Tô me sentindo muito carente. Só queria ficar de denguinho com ela. Receber carinho. Beijo. Brincar e provocar, até ela ficar irritada. Mas ela simplesmente não permite. 

Chegamos em frente ao seu prédio e ela já foi tirando o cinto. Tratei de garantir que as portas estejam travadas.

- Você poderia dizer o que quer comer, eu te levo. - Tentei.

- Não precisa. Você tem gravação ainda hoje, não quero atrapalhar. - E então, o ciúmes estava lá.

- Psiu, loira. - Chamei e ela me olhou. - Ninguém chega aos teus pés. Você é a mais linda desse mundo inteiro, caramba. Eu sou completamente apaixonado. - Pousei minha cabeça no encosto do assento, olhando ela. - E eu tô morrendo de saudade de você. - Falei abertamente. - Do teu beijo, do… - E então, ela colocou a mão na minha boca. 

- Não. Já chega. - Eu ri e ela se agitou, querendo sair.

- Amor! - Eu continuei rindo.

- Destrava, Luan. - Ela disse autoritária.

- Não, uai. Tô conversando com você. - Eu continuei me divertindo.

- Não quero saber dessas coisas. - Franziu a testa.

- Por quê? Você sente saudade também? - Olhei ela intensamente e ela empurrou meu rosto com sua mão e eu ri. - Diz pra mim.

- Não tenho nada pra dizer. - Voltei a olhar ela daquele jeito e ela desviou o olhar.

- Me dá um beijo, loira. Só um beijinho. - Mostrei o dedo indicador e ela me olhou com desdém.

- Tá maluco mesmo. Abre isso. Eu vou gritar.

- Ninguém vai te ouvir. - Dei de ombros, mordendo meus lábios. - Vem cá. - Tentei me aproximar e ela se afastou. Então eu recuei, ainda rindo.

- Você não presta. Basta uma chance e você já vem assim. - E então, eu gargalhei diante da sua agitação. Ela tá morrendo de medo de não se segurar. Recebi um tapa no braço e então outro.

- Ou, ou! - Repreendi e ela me olhou brava.

- Abre. Isso. Agora. - Pediu séria.

- Bora fazer um acordo. - Estendi minha mão e ela cruzou os braços. - Sem acordo? É um bom acordo. - Tentei convencer.

- Larga de bobagem. Anda logo!

- Eu destravo a porta se você ficar comigo no nosso apartamento durante os dias de viagem das meninas. - Ela negou com a cabeça na mesma hora. - E mais. Quero um abraço bem gostoso. Tô carente de você. - Ela bufou.

- Não. Agora abre. - Ergueu as sobrancelhas.

- Então a gente fica aqui. Tenho o dia livre mesmo. - Dei de ombros e ela grunhiu.

- Certo. - Falou baixo.

- O que? - Fingi que não ouvi.

- Certo. Eu disse: certo. - Falou irritada.

- Então aperta minha mão e fala: Luan, eu prometo cumprir nosso acordo. - Mesmo contra a vontade ela fez:

- Luan, prometo cumprir nosso acordo. - E eu sorri.

- Então vem cá, me um abraço. - Ela veio e eu senti seu perfume tão pertinho. - Hummm. - Eu suspirei, me sentindo tão em paz. Beijei seu ombro. - Abraça direito, amor. Faz carinho. - Eu pedi, me sentindo uma criança dengosa. Eu tô realmente carente. Ela acariciou minhas costas, delicadamente. Eu sorri. Que coisa boa. - Amo muito você. Muito. Muito. - Sussurrei, falando com todo meu coração.

- Eu preciso ir. - Ela disse baixinho também. Então, liberei ela do abraço.

- Vai cumprir nosso acordo né?! Foi sua palavra.

- Luan, você acha que eu não consigo passar três dias no mesmo teto que você? - Ela me olhou debochada e eu ri.

- Não sei, uai. Cê mal consegue ficar aqui dentro comigo.

- Você tá muito enganado. Agora destrava isso. - Ela pediu e eu atendi.

- Cuida do nosso bebê. - Pedi e ela assentiu. Abriu a porta e se foi. Fiquei olhando até ela desaparecer. Como eu gostaria que estivéssemos bem. Que estivéssemos juntos. Só quero estar em paz com ela, construir nossa família e morar no nosso cantinho. Aonde ela quiser. Seja naquele apartamento, seja em qualquer outro lugar. Meu lar é ela, o resto não importa.

Sem ter opção, acabei voltando pra casa. Aproveitei o tempo com minha família, falei sobre a escolha do apartamento e também fui ao escritório. Resolvi algumas questões de trabalho, então deu a hora de ir gravar. Vai ser mais uma gravação noturna.

|| Lavínia ||

Passei o dia entre dormir, comer e decidi me exercitar um pouco. Minha médica liberou algo bem leve, ou seja, só corri na esteira. Queria qualquer coisa que pudesse me fazer esquecer que o Luan vai passar boa parte da noite naquela gravação. Ele vem se esforçando e além de falar, ele vem mostrando. Comprar o apartamento hoje foi um grande passo. Ele afirmou por meio da sua atitude que quer estar comigo, que quer nossa família e que seja da melhor maneira pra mim. Além do mais, sinto meus hormônios gritando exaustivamente por ele. E até já sonhei com nós dois transando umas duas vezes. Eu sinto tanta falta. Mas eu tenho meu orgulho e meu amor próprio. Sei de tudo que não quero mais. E ainda mais agora, esperando um filho. Ou filha.

Hoje as meninas não me fizeram companhia. Decidiram sair com seus respectivos pares. Clarissa foi encontrar a família de Marco, falarem sobre o casamento que vai acontecer em três meses. O tempo tá voando, eles estão muito empenhados nos preparativos. Pretendo fazer um chá revelação para descobrir o sexo do bebê, ainda não conversei com Luan, mas pelo jeito, teremos tempo nos próximos dias. Eu gostaria que fosse assim, lá para o quarto mês de gestação. No mês seguinte, Clarissa se casará. Teremos muitos eventos e acontecimentos. Eu me sinto empolgada. Tirei a roupa e antes de ir pro banho, me olhei no espelho. Meus seios estão um tantinho maiores, minha barriga tá saltada. Ah, tá sim. É muito pouco, mas eu consigo perceber.

- Meu pequeno feijão, você tá crescendo hein?! - Acariciei minha barriga. - Cê viu o apê maneiro que seu pai comprou hoje? É! Eu também gostei de lá. - Suspirei, lembrando do sorriso daquele filho da mãe. Expulsa, Lavínia. Expulsa tudo isso.

(…)

Os dias se passaram, as gravações acabaram e Luan esteve presente em todos os dias. Minha mãe, meu pai, a família de Luan, todos eles estiveram em constante contato comigo para saber sobre o bebê e eu, sobre nossa saúde. Bruna inclusive veio aqui ontem, passou o dia comigo e fizemos compras no shopping. Compramos as primeiras roupinhas para o bebê, procurando tons neutros. Recebi pressão pra que ela seja a madrinha, mas foram tantas risadas e eu fiquei mais leve.

- Barbie, Luan chegou. - Ouvi a voz de Clarissa e me deu um frio na barriga. Hoje elas viajam. Irão em poucas horas e ele já chegou pra me levar ao apartamento.

- Tô indo. - Falei, me olhando no espelho pela décima vez. Eu confesso que a ida da Natália me deixou um pouco mais tranquila. Mas eu ainda tenho receios quanto a ele. A postura, a atenção… Eu realmente me magoei muito nos últimos tempos. Estar indo não quer dizer que eu voltarei, que estaremos bem. Espero que ele esteja bem ciente disso. Escolhi um conjunto de moletom preto. Calça, com uma camisa de mangas longas. Peguei a pequena malinha que fiz e segui para fora do quarto. Chegando na sala, encontrei ele de pé, conversando animadamente com as meninas. Então, me olhou e eu vi seus olhos brilhando.

- Oi, minha linda. - Sorriu abertamente.

- Oi. Você chegou cedo. - Franzi a testa.

- Uai, no horário marcado. - Abriu os braços, então o abracei. Ele beijou o alto da minha cabeça. Meu Deus, como meu coração tá acelerado. Nunca vou parar de reagir assim a ele? - Como cês tão? - Me olhou, me mantendo em seu abraço. As meninas nos olham derretida.

- Bem. - O olhei. Ele tá tão contente e eu sei que muito é pelo fato de termos três dias só nossos. Eu não faço a mínima ideia de como vai ser isso. Confesso que me sinto nervosa, receosa. Minha razão me diz para não fraquejar, o medo de me machucar logo mais… porém, meu coração e todo meu corpo pedem por ele. Eu espero seguir com minha razão, ainda não sinto que seja a hora de voltar. Apesar de sofrer pela falta dele, a paz que eu sinto hoje é bem maior do que quando eu estava no caos do nosso relacionamento.





OOOOOOIIII! cheguei rápido dessa vez! Não quero falar de coisa triste por aqui, então vamos continuar no nosso mundo de fantasias?! Sobre o capítulo: Muitos acontecimentos! Luan realmente comprou o apartamento, anda aproveitando as oportunidades. A saudade tá gritando entre os dois! Lavínia mantém o orgulho e pretende seguir assim. O clipe aconteceu, veremos como será esse lançamento hein?! Logo mais! E para o próximo capítulo, o que vocês acham que vai rolar? 👀
Comentários respondidooosss
Bjs, Jéssica ❤️

10 comentários:

  1. Ela podia ceder a ele e depois ela voltar a ficar fria com ele kkkk sou má demais mas é serio eu acho q quando ela ver o clipe ela vai pra sidney pra passar pelo menos um ou dois meses longe dele pra ver se é isso msmo q ela quer pq ela n pode agora pra ele n ta muito cedo deixa ele sofrer mais kkkk continua

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. E obs: amei muito o capitulo viu jessica mas agora q acabou a gravação acho q ela ceda um pouco mas quando ver o clipe ai desanda de novo kkkk

      Excluir
  2. Eu sei que pedi para o Luan sofrer, mas já estou ficando com dó kkkkkkkk
    Ooo judiação kkk mas ele fez por merecer.

    Que no próximo capitulo ele apresente o quarto pra lavinia dormir, e fala que vai dormir em outro e ela peça pra ele dormir juntinho com ela. Aaaaa eu crio a fic msm kkkkkk
    Continua Jess você arrasa demais mulher
    Ansiosa pra esses dias deles juntos
    //Carol

    ResponderExcluir
  3. Oiii , só pra dizer que a Lavínia já passou do ponto já tá na hora de ir abrindo a guarda , tadinho do Luan gente 🥺

    ResponderExcluir
  4. Amei que minha ideia veio parar no cap KKKKKKKK
    Só falta eles se acertarem nesses dias que eles vão ficar juntos:P

    Ps: ansiosa pro chá revelação!!

    Bjs, Ana Carol

    ResponderExcluir
  5. Tô com pena do luan, n faz ele sofrer assim

    ResponderExcluir
  6. Quero o luan atiçando ela e muito e no final ela não cedendo e quando forem dormir que ela acabe sonhando que está transando e ele perceba tire muito sarro dela e depois acabe rolando de verdade,quero eles juntos logo kkk continua por favor

    ResponderExcluir
  7. Mulher, cadê vc? Volta logo

    ResponderExcluir
  8. "PELAMOR" TU NÃO ME FAZ COM ESSA FIC, IGUAL VOCÊ FEZ COM A ENTRELAÇADOS. NEM BRINCA JÉSSICAAAAAAAAAA.

    Espero que esteja tudo bem!!

    Beijos, Ana Carol

    ResponderExcluir