quinta-feira, 28 de maio de 2020

“ Matando vontade ou passando vontade? “ 33

- Ele é tão bonitinho. - Ela falou sobre o cachorrinho.

- Ele é. - Eu falei e passei as mãos por sua barriga nua.

- Aquieta sua mão. - Ela riu e eu sorri. Parece que tem alguém cedendo.

- Saudade de você. - Suspirei em seu pescoço. 

- Hum. - Foi o que ela me respondeu. Comecei a beijar o pescoço dela novamente. Mas desta vez, apertei sua cintura, passei a mãos por suas pernas e então lhe dei uma lambida. Ela suspirou. - Deixa só eu tocar você. Ouvir você gemer e gozar pra mim. - Eu pedi, sussurrando. Senti ela relaxando mais em meus braços. Voltei com os beijos, ela não respondeu nada. Subi para seus seios. Apertei e massageei. Ela suspirou. - Deixa, minha loira? - Lhe dei uma mordidinha no ombro. 

- Deixo. - Ela sussurrou. Porra! Eu segurei o sorriso. Amo saber que ela não resiste a mim. 

- Você gosta quando eu te dou prazer? - Ela gemeu baixinho em resposta, enquanto simultaneamente eu apertei seu mamilo. Ela jogou mais a cabeça contra meu peito e se inclinou pra me olhar. Esses olhos... eles me deixam perdido. É uma imensidão de verde. Mistura com a boca carnuda... é o meu fim. Abaixei a alça do seu sutiã e ela voltou sua atenção para o que eu estou fazendo. Pegou o controle da tv e desligou. É, agora a brincadeira vai começar. - Eu sou doido nos teus peitos. - Eu falei já vendo os dois completamente revelados pra mim. Ela sorriu. - É, é verdade. - Falei enquanto os toco do jeito que ela gosta. Fazendo ela remexer bem pouquinho na cama. O começo. Comecei a ficar excitado. Calma lá, amigo. Você não vai receber atenção nenhuma. Isso é pra ela. Mas no fundo, é pra mim também. Não há nada que eu precise mais agora do que ver ela ofegante, com o rosto corado, chamando meu nome, se contorcendo. Eu realmente quero.

Continuei estimulando, ela continuou gemendo baixinho. Do jeitinho dela. Só dela. Chupei seu pescoço, mordendo em seguida e ela tentou se esfregar em meu pau. Provocadora. Minhas mãos procuraram outro rumo, passando por sua barriga. Cheguei na barra do seu shortinho e ela procurou meus cabelos com sua mão, puxando mais meu rosto contra sua pele e eu cheirei. Nossa, é tão cheirosa. Eu fico impressionado todas as vezes. Minha mão adentrou seu shortinho e ela suspirou quando eu toquei. Só toquei. Comecei a perceber o quão calada ela está. Ela geme, mas só isso. Ela não tá falando comigo e no mesmo instante eu percebi. É porque ela tá brava. Que mulher difícil!
 
- Molhadinha. Cê tava com saudade também? - E aí ela não me respondeu de novo, só se esfregou contra meus dedos. - O que você quer que eu faça? - Ela puxou meus cabelos como forma de reclamação. - Lavínia... - Eu disse rindo. - Fala comigo. Diz pra mim. 

- Do jeito que você sabe, Luan. - Por fim ela respondeu. A voz saiu baixinha, necessitada. 

- Hum, agora sim eu entendi. - Sorri contra sua pele e com uma mão puxei seus cabelos fazendo ela olhar pra mim. - Eu quero te beijar. Na verdade, eu tô doido pra te beijar. 

- Então beija. - Ela disse olhando minha boca. Foi o que eu precisei para beija-lá da forma mais quente, mostrando pra ela o quanto ela é minha. Por que ela é minha! Não adianta ela negar, mesmo que não tenhamos nada. Na cama eu faço dela minha e nós dois sabemos disso. Ela gemeu quando eu chupei sua língua e comecei a mover meus dedos. Ela tá completamente molhada e isso só mostra o quanto ela precisa de mim. 

- A tua boca é a mais gostosa. Esse teu beijo não tem pra ninguém. Que beijo desgraçado! - Falei olhando em seus olhos e ela mordeu os lábios, enquanto eu ainda seguro seus cabelos e movimento mais dedos. Ela começou a rebolar e eu sorri. Adoraria ela rebolando em mim também, mas no mínimo eu recebo um não seco e cheio de certeza. Conheço a mulher que tá comigo, sei o quão brava ela ainda está. Larguei seus cabelos e ela deixou de ter o contato visual comigo. Procurei sua entrada e meti dois dedos, fazendo ela arquear as costas e segurar meu punho. É, gatinha. Eu peguei de surpresa. O melhor foi sentir meus dedos deslizando. Ela tá muito estimulada, pronta pra mim. Comecei a estocar e ela relaxou novamente. Gemeu e sussurrou meu nome, me fazendo gemer também. Como eu senti falta disso! Comecei a meter mais rápido e suas unhas fincaram meu braço. Pensei em pedir pra não me marcar, mas isso ia ser um gatilho pro que ela viu em minhas costas. Decidi continuar como está. 

- Mais rápido. - Ela pediu. Assim fiz. 

- Aguenta três? - Ela gemeu. - Posso tentar? - Ela assentiu. Coloquei. Entrou apertado, ela gemeu mais alto. - Tudo bem? 

- Uhum. - Mordeu o lábio. Comecei a estocar e cheirei seus cabelos. Isso é tão íntimo. Parece mais um casal de namorados de longa data, fazendo um sexo durante um filme.

Não lembro de ter me dedicado a uma mulher na cama desse jeito. Dedicar tudo a ela, sabendo que no máximo eu vou receber um beijinho em troca. Nada de mão trabalhando em mim, nada de boca, nada de sentada, quicada... mas eu tô tão excitado! Ver ela com a boca entreaberta, segurando meu pulso, fechando os olhos... porra, é tudo pra mim. Então, soltei mais um gemido. 

- Lavínia. - Falei seu nome e senti vontade de chorar por sentir o sentimento me arrebatando. Beijei sua bochecha e fechei meus olhos. Se eu não fosse tão errado, se ela não fosse tão cheia de marcas do passado... nós dois poderíamos tentar. Não daria mais do que isso. Eu machucaria ela. Eu sei que machucaria. 

- Ai. - Ela disse em um gemido e eu puxei seus cabelos de novo. Eu quero beija-la. Assim fiz. Invadi sua boca com minha língua. Não tive delicadeza. Aumentei a velocidade das estocadas e ela quis gemer mais alto, porém eu engoli seu gemido. Chupei seu lábio. - Luan. - Ela gemeu meu nome, meio embolado. 

- Tira seu short. - Pedi com a boca colada na sua. 

- Me dá um tapa. - Me surpreendi com seu pedido. Olhamos nos olhos um do outro. - Um tapinha. - Eu sorri de lado. Safada! 

- Aqui. - Encostei a mão em sua bochecha. Ela assentiu. Lhe dei um tapinha estalado e ela sorriu. - Assim? 

- É, assim. 

- Você me deixa doido, sabia? - Ela segurou minha mão e colocou dois de meus dedos em sua boca. Fingiu chupar meu pau, isso me fez pulsar. Caralho! Como se fosse possível, eu tentei meter meus dedos ainda mais fundo. - Lavínia, o short. - Voltei a pedir e desta vez ela me atendeu. Rapidamente se livrou da pequena peça de roupa e jogou longe, abrindo bem as pernas. Essa mulher me quer pra caramba! Sorri abertamente, meu ego inflamando. Sou um filho da mãe sortudo. Estimulei seu clítoris com voltinhas circulares, ela gemeu mais alto e contraiu o abdômen, enquanto tentou fechar as pernas pelo contato. - Abre pra mim. - Sussurrei e assim ela fez. Continuei no clitóris. O segurei entre meus dedos, sentindo meu pau pulsar o tempo todo. Implorando por ela, pelo mínimo de atenção. Suas mãos procuraram as pontinhas dos meus cabelos e então ela atacou minha nuca. Fincando suas unhas em minha pele e gemendo mais alto. Ela tá chegando lá. Suas pernas quiseram fechar novamente e então eu coloquei as minhas por cima das dela. Deixando-a presa, dando certeza de que as pernas vão ficar separadas pra mim. Minha panturrilha enganchada na dela, impedido qualquer movimento. Segurei sua mandíbula e enfiei os três dedos. Ela quase gritou e eu gemi junto.
-  Gostosa! 

- Oh, Isso é muito bom. - Ela sussurrou já muito ofegante. 

- Vai gozar pra mim? - Provoquei. Sei que isso vai estimular ainda mais. - Eu fico maluco quando te vejo gozar. O mundo merecia ver isso, privilégio meu. Você goza tão lindo. - Ela começou a tremer. - Tua boca fica entreaberta, as bochechas ainda mais coradas. Teu coração muito acelerado, o corpo chegando no limite. Eu fazendo você chegar no limite. Você me fode toda vez, Lavínia. Toda vez. - Ela gemeu.

- Luan, ah. - Ela disse, revirando os olhos. Me aproximei mais do seu ouvido. 

- Eu ficaria um dia inteiro te fazendo gozar. E eu ainda vou fazer isso. Só pra depois você ficar toda molinha nos meus braços e eu te encher de beijo. - E então ela não aguentou. Gemeu firme e suave ao mesmo tempo. Falou meu nome repetidamente como em uma oração. Eu me senti no céu. Ela parecia está me venerando e porra, eu fiquei feliz pra cassete. Seu corpo foi relaxando. Tirei meus dedos devagarinho, sentindo seu sexo pulsar constantemente. Soltei sua mandíbula, acariciei sua barriga lisinha e em seguida passei as mãos por seus cabelos. Liberei sua pernas e então ela se virou e me abraçou. Fechei os olhos e respirei fundo. Eu precisava disso. Ela ainda ofegando, meu pau ainda muito ereto. Sei que ela não vai fazer nada. Tá muito brava. Sua boca procurou a minha, mas não me beijou. Olhou em meus olhos e eu me perdi, não diferente de todas as outras vezes. Ela me tem. Beijou a pontinha do meu nariz e eu fechei os olhos novamente. E beijou meus dois olhos e eu sorri. Ela beijou meu sorriso. Beijou minhas duas bochechas. Delicada. Cuidadosa. Carinhosa. Pousei as mãos em sua bunda. E aí ela me beijou. Foi um beijo lento, tradicional depois das nossas transas. Ela sentou em cima de mim, sem desconectar nossas bocas e eu gemi. Foi bem em cima do meu pau. Ela mordeu meu lábio e puxou os cabelos próximo a minha nuca. 

- Eu ainda tô chateada com você. - Disse baixinho e eu suspirei. 

- Eu sei. - Nos olhamos e ficamos em silêncio. Meu celular tocou e eu suspirei, relutando em deixar ela se afastar. Mas ela se afastou, levantou e foi pelada até o banheiro. Peguei meu celular e ouvi ela fechando a porta. Atendi e massageei meu amigo. Eu tô muito excitado. 

- Oi. - Falei. 

- Nós vamos em duas horas. Tô te ligando antes, porque a Lavínia tá com você e talvez vocês precisem de mais tempo. - Edgar disse. 

- Pode deixar. Valeu, cara. 

- Valeu. - Ele desligou e eu respirei fundo. Eu bateria uma agora, mas ela pode sair do banheiro em qualquer momento. Será que topa um banho juntos? Levantei e fui até o banheiro, sentindo meu pau doer. 

- Loira? - Chamei. 

- Oi. 

- Cê vai tomar ganho agora? 

- Já tá na hora? - Ela perguntou e então abriu a porta, ficando pelada na minha frente. Meu maxilar ficou rígido pois o meu pau pulsou de novo. Isso é uma judiação do caralho. 

- Edgar ligou agora. - Encostei meu braço na parede, me apoiando. Passei a mão por meus cabelos. 

- Tá, então vem. - Ela me chamou e abriu mais a porta. Eu sorri de lado. - É só um banho. - Ergueu as sobrancelhas e eu mostrei minhas mãos em sinal de defesa. Logo fiquei pelado, enquanto ela fez um coque nos cabelos. 

- Faltam duas horas ainda. Mas acho que é o tempo que a gente leva pra ficar prontos.

- Que você leva. - Ela me olhou corrigindo, enquanto eu já testo a temperatura da água. Eu ri e pude ver ela segurar o sorriso. - Ridículo. 

- Ou, tô ouvindo.

- Eu sei que tá. - Nem se importou e então se aproximou. 

- Se importa se eu deixar a temperatura mais fria? - Ela olhou meu pau ainda muito ereto. 

- Claro que me importo, Luan. Se você precisa se acalmar, vai no seu banho sozinho. - Foi grossa e eu revirei os olhos. 

- Para de ser grossa. - Reclamei. 

- Quer espaço? - Ela disse e antes de eu responder já fez menção de sair do banheiro. Puxei ela pela cintura e agarrei contra meu corpo. 

- Não. Eu quero ficar com você. - Virei ela de frente pra mim. - Não vai molhar os cabelos? - Perguntei e engoli seco ao perceber pela milésima vez o quanto ela é linda. 

- Não. - E então mudou de assunto. - Preciso ir embora logo depois do teu show. Tenho muita coisa pra resolver antes da viagem. - Respirei fundo. A maldita viagem. 

- Quando cê volta? - Quis saber já me molhando no chuveiro, mas sem largar ela, porém tomando cuidado pra que ela não molhe os cabelos. Ela riu. 

- Eu nem fui ainda. - Fechei a cara. Não consigo disfarçar o quando essa viagem me incomoda. Tenho medo que ela tenha espaço demais pra pensar bem, que as pessoas queiram palpitar e ela volte diferente. Lá o Bernardo é muito presente. Eu fico muito inseguro. 

- Quando você voltar, quero te ver. Logo que cê voltar.

- As coisas não funcionam assim, Luan. Eu tenho responsabilidades.

- Não quis dizer que você é irresponsável, só quero te ver. 

- Se eu tiver podendo... - Deu de ombros. 

- Não brinca, Lavínia. 

- É sério. - Ela sorriu. - Tá achando que é só chamar que eu venho? Não é assim não, neném. - Suspirei. Abracei ela. 

- Vou sentir sua falta. 

- Igual cê sentiu durante essa viagem? Se for assim, eu tô fodida. 

- Lavínia, para com essas alfinetadas. - Ela riu. Filha da mãe! - Cê acha que eu não senti sua falta? - Olhei em seus olhos.

- Luan, não vamos entrar em outra discussão. Eu só brinquei. - Ela quis encerrar o assunto.
Brincou nada. Eu sinto tua falta, tá? Mesmo que você não acredite. - Ela assentiu, pude perceber que minhas palavras não valeram de nada. Mulher impossível! 

- Vou me ensaboar, afinal, a gente veio aqui pra tomar banho. - E assim ela fez. Depois me passou o sabonete e eu fiz o mesmo. Nós dois em silencio, apenas troca de olhares. Ela realmente não acredita em mim. Mas ela tem toda razão. Eu também não acreditaria se estivesse no lugar dela.

Meu corpo acalmou totalmente. Ela começou a cantar e eu segurei o sorriso. Nós dois retardando a saída do banheiro. Mesmo sem diálogo, apenas curtindo a presença um do outro.

Quando ela percebeu minha reação diante da voz dela, recebi um tapa no ombro e então eu soltei a risada. Foi a vez dela de segurar o sorriso. Lhe agarrei pela cintura e procurei sua boca. Ela segurou as laterais do meu rosto e me deu um beijinho gostoso. 

- É por isso que cê se atrasa. - Sorriu contra meus lábios. Nós dois abraçamos, ensaboados. 

- Mas é gostoso. - Sorri de volta. 

- O que? - Ela me olhou.

- Tá contigo. - Olhei em seus olhos e ela corou me abraçando. - Lava meu cabelo? 

- Cê num tá merecendo nadinha. 

- Para, pô. - Reclamei e ela se afastou, pegando o shampoo e começou a ensaboar meus cabelos, ficando na ponta dos pés. 

- Se abaixa mais. - Ela pediu e eu fiquei com o rosto quase em seus seios. Aproveitei e dei um chupada em cada um. Ela se afastou rindo. - Pode parar. Me deixa fazer esse trem aqui. - E eu sorri com seu sotaque. Gostosinha! 

- Vem. - Puxei pela cintura e ela continuou sua tarefa. Me comportei, mas apertei sua bunda hora ou outra. 

- Pronto, pronto. - Ela disse logo que terminou. Me empurrou delicadamente para debaixo do chuveiro, puxei ela junto. Logo ficamos limpinhos e então eu percebi que só tinha uma roupão no banheiro. 

- E agora? - Eu perguntei. 

- É meu, ué. Cê vai pelado. - Ela deu de ombros.

- Não. Eu voto por você ir pelada. É mais interessante.
 
- Há controvérsias. - Ela me mostrou um sorriso malicioso e eu quase arrastei ela pra cama de novo. 

- Deixa de malícia, Lavínia. - Ela riu e selou nossos lábios. - O quarto é meu, então o roupão é meu. Cê vai peladinha. - Falei decidido e então me vesti com o roupão. Ela bufou e logo saiu do banheiro.

Se arrumou o tempo todo passando de um lado pro outro. Sentou só de calcinha no banco largo, acolchoado que tem no quarto. Começou a se maquiar despreocupada e por fim, ela conseguiu demorar mais que eu. 

- Tô em dúvida sobre esses dois vestidos. - Me mostrou os dois, de pé só de calcinha, enquanto eu tô deitado na cama. 

- O verde vai ficar bonito. Vai casar com os teus olhos. - Sorri e ela segurou o sorriso. Um sorrisinho bobo. 

- Tá, então vou com o verde. - Continuei sorrindo pra loirinha mais linda desse mundo. Eu tô fodido.




(...)

Descemos e o combinado foi ela entrar depois de mim somente com o Edgar ao seu lado. Arleyde achou melhor e eu também.

Atendi minhas fãs, tentei ser atencioso e rápido. Temos que chegar para o show. Quando sentei, ouvi o burburinho delas. Olhei pela janela e vi Lavínia andando rapidamente com Edgar segurando seu braço. Como essa mulher consegue se equilibrar nesses saltos? Ela finalmente conseguiu ficar na mesma altura que eu.

Logo ela entrou e vi ela sorri e dar um tchauzinho. 

- Oi. - Eu disse.

- Parece que alguém perdeu as fãs pra mim. - Ela debochou e todos riram. Ela sentou-se ao meu lado. 

- Elas não te xingam nadinha? - Ela riu.

- Claro que sim. Elas não são bobas né?! Não vai ser do nada que vou virar tua melhor amiga. Quase irmã. - Fiz careta. Lavínia tá longe de ser isso. - Edgar, ficaram lindas. Obrigada. - Ela olhou para trás. 

- O quê que ficou linda? - Eu quis saber, enquanto a equipe tratou de colocar música pra tocar

.- Minhas fotos. - E então eu pude ver. Ela começou a editar, luz, contraste e tudo mais. Fiquei observando e por fim vi ela postar: 
“ Olha só quem tá na nigth 🤪 “

E então ela me olhou após bloquear o celular. 

- Eu não tenho nem palavras pra dizer o quanto você tá gostosa. - Falei baixinho e ela riu. 

- Você já disse isso umas cinco vezes. 

- Então agora são seis. Você tá muito gostosa. O objetivo é tirar meu juízo né?! - Ela sorriu e me abraçou, beijando meu queixo. Encostou a cabeça em meu ombro, mas logo se aninhou em meus braços e eu acolhi ela. Enterrou o rosto na curvatura do meu pescoço e o braço em volta dele também. Eu realmente gostei de me sentir sufocado por ela. Fui até o local do show com a preguicinha dormindo. Como é bom ter ela comigo!






Oiiiiii, quase matei vocês de curiosidade e vocês quase me mataram por curiosidade 😂 
Lavínia acabou cedendo, mas ainda não tá totalmente na dele.. o que acharam desse comportamento? Como acham que vai acabar a noite? 🌚
Desculpem a demora, as vezes os dias não são bons, mas tô aqui. Volto logo! ❤️
Obrigada por todos os comentáriossssss!!! Acho lindoooo 😍

sexta-feira, 22 de maio de 2020

“ Apaixonado “ 32

- Ou, ou. Espera... - Ela não deixou eu.

- Você me chamou aqui pra isso? É sério, porra? Eu trabalhei feito uma louca, tô cansada, com dor de cabeça e tudo isso pra ver você cheio de marca de unha das piranhas de Ibiza. Me respeita, Luan. - Ela disse com a voz alterada. Tentei me aproximar. 

- Lavínia, eu não lembrei disso. Tá achando que foi de propósito? Eu te respeito, caramba. - Eu falei calmamente. 

- Agora me diz se tem como eu não me sentir sem valor diante disso? - Ela negou com a cabeça, irritada.

- Me desculpa. Eu não tive a intenção. Caralho, eu não tive mesmo. - Fiquei sem saber o que fazer. Ela respirou fundo e fechou os olhos. Fiquei em silêncio, esperando alguma reação dela. 

- Isso não dá. - Meu coração parece ter sido retorcido. O que ela quis dizer com isso?

- O que?! - Antes que eu pudesse pensar, ela se virou e pegou sua calça. Então eu agi. Segurei o seu braço, fazendo ela olhar pra mim. - Não vai. - Eu quase implorei. 

- Eu não tô aguentando olhar pra sua cara. - E então ela me olhou. 

- Faz o seguinte, toma um banho. Relaxa. Eu peço um remédio pra sua dor de cabeça. Depois disso a gente conversa, pode ser? - Ela avaliou meu pedido, olhando em meus olhos. Negou com a cabeça. - Por favor. Por favor. - Eu repeti.

- Me solta. - Disse friamente. Fui resistente, mas acabei soltando. Fechei os olhos sem acreditar que ela vai embora e que eu estraguei tudo. Fui mesmo um idiota. Abri os olhos novamente e ouvi os passos dela em direção a porta. Ela não vai sair de lingerie. Me virei e vi ela se agachando pra abrir a mala. Gostosa. Eu me xinguei mentalmente. Ela tá brava comigo, mas eu não consigo deixar de admirar e desejar. Fiquei observando e então sentei na cama. Ela pegou tudo que precisava e foi até o banheiro sem nem olhar pra mim.
Logo passou em minha cabeça todo o desentendimento que nós tivemos por causa da Jamile e tudo que eu disse pra ela e como eu vi ela. Frágil, chorando, magoada. Me senti péssimo, meu peito apertou. Ela não sabe que ela é simplesmente ela? Porra, nenhuma consegue chegar perto. Quando eu voltei de viagem lembrei imediatamente dela. Cheguei e já quis ver ela. Eu senti saudade. Bufei me jogando na cama e pousei o antebraço em meus olhos. Foi uma puta sacanagem, mas eu só queria ver ela. Não pensei na porra dos arranhões, em tudo que poderia causar e em como ela poderia ficar diante disso. A reação dela não foi uma surpresa. E eu quero me socar por pensar que ela pode tá chorando no banheiro. Eu conheço a Lavínia, sei o quanto ela é sensível, ainda mais depois do Bernardo. Eu sei que ela tá tentando e eu sou um filho da puta, mas eu não quero abrir mão dela. Isso é egoísmo, eu sei. Mas eu não me sinto assim com uma mulher em muito tempo.

Lembrei que tenho que pedir um remédio pra ela. Interfonei, pedi o remédio sem nem saber se eles podem disponibilizar. Só pedi, educadamente e expliquei que realmente estava precisando. Voltei a sentar. Decidi ficar somente de cueca, de repente comecei a me sentir sufocado e ansioso. Como ela vai sair de lá?

Uma eternidade depois, a porta do banheiro se abriu. Eu olhei pra ela e meu coração apertou. Ela tava chorando. O nariz vermelho, o roupão em volta do seu corpo, os cabelos molhados. Tão pequena e frágil. Me deu vontade de correr e abraçar ela e me desculpar e explicar que eu não presto pra ela, mas que não quero ficar sem ela. 

- Já pedi seu remédio. - E então ela me olhou. - Vem cá. - Ela suspirou, caminhou até sua mala, largou as roupas na poltrona e se agachou novamente. Pegou um shortinho de tecido confortável, bem curtinho, vestiu ainda com o roupão e em seguida escolheu um sutiã sem bojo, rendado. Ela tem umas lingeries... tirou o roupão, já de costas pra mim e então vestiu o sutiã. Quando se virou pude ver seus mamilos enrijecidos no tecido delicado. Esse é branco e o short também. Suspirei. Ela não penteou o cabelo e me olhou. Veio até mim e sentou igual indiozinho. Fiz o mesmo e pousei as mãos em suas pernas. 
- Eu sou um filho da puta. - Comecei e ela ficou me olhando, muito séria. - Mas nunca tenho a intenção de te magoar, Lavínia. Nunca mesmo. Você sabe que nós não temos nada parecido com compromisso, então rolou sim. Mas eu não tô criticando o fato de você se sentir mal com essas marcas em mim. Você tem direito. - Dei de ombros e suspirei. - Eu só queria ver você. Você tá na minha cabeça o tempo inteiro. Eu sinto saudade e eu fico querendo você. Aquilo foi diversão, um momento. Você é mais que isso. A gente se conhece, pô. Eu sei da sua vida, você sabe da minha. A gente tá na vida um do outro. Elas não. 

- Elas? - Ela riu sem humor e eu percebi que cometi mais um erro. - Você usou camisinha? Por que você tá louco se acha que a gente vai ter alguma coisa... - Não deixei ela terminar. 

- Óbvio que usei. Só não uso com você.

- Quem me garante isso? - Ela ergueu as sobrancelhas. 

- Eu não minto pra você. Já menti alguma vez? Por mais que as minhas verdades não sejam as mais bonitas, eu sempre fui sincero. Uso camisinha em todas as minhas transas. Só não uso com você. Qual a parte do: você é diferente, que você ainda não entendeu? 

- Não tô vendo nenhum tratamento em especial. - Revirou os olhos. 

- Para de ser cabeça dura. Você sabe que é. 

- Tenho minhas dúvidas. - Ela respondeu seca. 

- Posso não ser o melhor parceiro desse mundo, mas eu realmente... - Eu não quis falar o que veio em minha cabeça. A realidade parece ter me dado uma martelada. Eu tô gostando dela. Eu tô apaixonado por ela. Mas eu sei, eu sei que não mereço alguém como ela. E pra falar a verdade, eu percebi isso, que tô apaixonado quando ela saiu do banheiro uns minutinhos atrás e eu só senti vontade de proteger e de cuidar. 

- Você o que? - Ela me impulsionou a continuar.

- Eu só consigo ter esse tipo de relação. Eu não seria um bom namorado pra você. - Eu soltei, mesmo sabendo que não é o foco da nossa conversa. 

- Isso quem tem que decidir sou eu. Se você seria bom ou não. 

- Eu sei que não seria. - Ela respirou fundo e eu me aproximei. Segurei seu rosto e encostei meu nariz no dela. - Me desculpa. Fica bem comigo, por favor. - Beijei sua bochecha e ela continuou imóvel. Beijei novamente e fui descendo para seu pescoço. 

- Você tá completamente errado. Totalmente errado. - Eu continuei com meu rosto em seu pescoço, com os olhos fechados. - Eu não precisaria passar por uma situação dessas e você sabe disso. - Passei meus braços em volta da sua cintura, com medo do que ela vai falar. Que ela não desista. Que ela não desista. Que ela não desista. - Eu ainda tô brava, mas eu vou ficar. - Ela pareceu exausta ao dizer isso. Me afastei um pouco e olhei em seus olhos. 

- Você é uma mulher incrível. Incrível. Eu sou privilegiado por ter você aqui e por viver o que tô vivendo com você. Só quero que saiba disso. - Ela assentiu e eu fui tentar beija-la, mas ela desviou. 

- Eu tô brava com você. Magoada, pra ser mais exata. 

- Tá. Vou dar o seu tempo. - Me afastei completamente e bateram na porta. É o remédio dela. 

- Deve ser meu remédio. - Ela disse.

- Eu atendo. - Eu disse ao ver o que ela tá vestindo. Caminhei até a porta, abri só um pouquinho e coloquei minha cabeça no espaço entre a porta e a parede. 

- O remédio, senhor Luan. 

- Só Luan. - Eu sorri para a senhora. - Obrigado. - Peguei o pequeno pratinho e entrei. Encontrei ela deitada na cama, já escolhendo algo na Netflix. - Aqui, olha. - Sentei ao lado dela e lhe dei o copo com água, em seguida o remédio. Ela tomou rapidamente e me devolveu. O cheiro dela me invadiu. Em algum momento que eu não registrei, ela passou hidratante. É o cheiro do hidratante dela. Deixei o copo com o pratinho no criado mudo e deitei com ela. - Você pode ficar pertinho? - Eu perguntei. Quero sentir ela. Odeio esse clima ruim. Sem contar que eu tô morrendo de desejo nela. Só de tá perto mexe comigo, apesar de minha consciência pesada por saber que fiz o que fiz, por saber como ela deve tá se sentindo. Estranhei o fato de ela ter encerrado a discussão com tão poucas palavras. Esperei que ela fosse me falar poucos e boas, mas ela pareceu exausta. Isso me preocupa mais. Será que ela tá cansando?
- Vamos assistir um filme. - Ela não respondeu minha pergunta e também não se moveu. 
- Tá. 
- Que horas cê tem que ir? - Me olhou. 

- Umas 2:00 horas. - Ela assentiu. Escolheu um filme chamado quatro vidas de um cachorro. Cruzou os braços, se fechando toda. Ficou olhando a TV fixamente. Suspirei olhando pra ela. Eu senti tanta saudade. Não imaginava que iria ser assim quando a gente se encontrasse. Eu realmente mudei meu comportamento em relação a ela depois que voltei de viagem. Parece que a realidade me bateu dizendo que não importa quantas transas eu tenha, eu sempre vou querer ela. Eu deveria saber que eu ia me ferrar desde o início. E na verdade, eu soube. Só não quis assumir. Não quis assumir nem pra mim mesmo. E agora que já assumi pra mim, vou resistir em assumir pra ela. Não vou ser bom pra ela. Eu sou bom em foder, fazer uns carinhos e pronto. Mas relacionamento não. 

- Lavínia. - Eu chamei e ela me olhou. - Deixa eu ficar perto, pô. - Ela suspirou.

- Não tem nada te amarrando aí. - E então eu me aproximei, me aconchegando todo em seu corpinho pequeno. Enterrei minha cabeça em seu pescoço, ficando de lado, passando a perna em cima das delas e meu braço em volta do seu abdômen. Sorri contra a pele dela. É tão bom ficar assim com ela, mesmo sabendo que a vontade dela é me asfixiar. No mínimo. 

- Saudade desse cheiro, meu Deus! - Falei após cheira-lá caprichosamente. 

- Eu tô tentando assistir. - Ela continuou me dando gelo, mas agora eu tô decidido a derreter essa mulher. De jeito nenhum que eu vou ficar nesse clima sabendo que a gente tem pouquíssimo tempo juntos. 

- Pode assistir. - Eu sussurrei e beijei sua pele.

- Para de ficar provocando. - Ela reclamou, ainda bem seria. 

- Não tô fazendo nada. - Ergui minha cabeça pra olhar pra ela.

- Não sou boba, Luan. Não fica me tratando feito boba. - Me olhou, encolhendo os olhos. Eu tive que sorrir e ela voltou a olhar a tv. 

- Olha aqui, rapidão. 

- Já disse que quero assistir. 

- Rapidinho. - Mesmo sem querer ela me olhou. - Tu é uma gata. É a minha loira. - Falei olhando nos olhos dela firmemente. Tentou fingir que não foi atingida pelas minhas palavras, mas eu percebi. Ela foi atingida sim. - Esse filme é triste.

- Eu sei. - Ela respondeu no mesmo tom. Voltei para seu pescoço, o beijando delicadamente. Ela suspirou pesadamente. É, eu sei conseguir o que eu quero. Passei minha língua e chupei, logo voltei e beijar de novo. - Eu preciso ir ao banheiro. - Tem alguém fugindo. Com um sorriso no rosto, deixei ela se afastar e ir. Fiquei olhando sua bunda aparecendo no shortinho pequeno. O rebolado... a cinturinha... É de foder comigo! Deitei normalmente e olhei o filme, mas o pensamento nela. O que será que ela tá pensando? Fazendo?

Não deu dois minutos, ela saiu. Segurei o riso ao perceber ela só enrolou lá dentro pra fugir de mim. 

- Deita aqui. - Bati no espaço do colchão entre minhas pernas. 

- Luan, se comporta. - Franziu a testa.

- Ué, eu não tô fazendo nada demais. - Me fingi de ofendido e ela revirou os olhos. Veio engatinhando e então deitou entre minhas pernas, encostando as costas em meu peito. Me encostei na cabeceira e puxei ela junto. Lhe abracei e beijei seus cabelos. Hoje essa mulher não me escapa. Não importa se ela tá brava, se eu fui um filho da puta, mas eu quero ela. Eu tô morrendo de saudade.








OOIIII meninas!!! Vi que ficaram enlouquecidassss! Queria tanto responder vocês! Eu vi leitora
Antiga comentando 😍 fico tão feliz de ver vocês me acompanhando depois de tanto tempo, feliz também pelas mais novas, que agora permaneçam 🙏🏾😍 Entoooonnn, vamos ao capítulo: Luan FINALMENTE  assumiu ( pelo menos pra ele mesmo ) que está apaixonado! Zero surpresa pra nós né?! Quem aí já estava quase entrando na história e esfregando isso na cara dos dois? Hahahaha
Lavínia parece ter desculpado, mas tá dando um gelo nele, mas Luan não desiste fácil. Tá investindo forte! E aí? O que vem no próximo?
AMEEEEI CADA COMENTÁRIO, Fico toda eufórica com vocês 😍🥰🥰
Bjs, Jéssica ❤️

segunda-feira, 18 de maio de 2020

“ Vestígio de Ibiza “ 31

Cheguei ao aeroporto com muita dor de cabeça. Cabelo feito um coque, calça jeans e camisa de mangas longas, calçando um salto. Bolsa, uma mala pequena na mão e completamente perdida e irritada. Acabei de me informar sobre a passagem e o tal voo que o Luan me disse simplesmente que não existe para esse horário e que não foi reservada nenhuma passagem.
Peguei meu celular, pra lá de irritada e liguei pra ele. Me atendeu rapidamente. 

- Luan? 

- Oi, loira. Já tá no aero?

- Sim. Não tem nenhum voo pro horário que cê falou. Eu tô aqui igual uma maluca e sem saber o que fazer. 

- Meu jatinho tá te esperando. - Eu senti meu sangue ferver em cada veia do meu corpo.

- Como é? - Eu quase gritei, sem querer acreditar. 

- Se eu falasse, você não ia querer vir. Não tinha voo. Meu jatinho tá aí e vai te levar de volta. - Ele falou com o maior jeito do mundo, mas tudo que eu queria era asfixia-lo. 

- Você é um filho da mãe. - Eu falei pausadamente. - Você sabe que nunca eu iria aceitar isso, Luan. Porra! - Eu falei realmente irritada. Não gosto que ele faça esse tipo de coisa. 

- Lavínia, calma. Calma, pô. - Ele disse. - Eu quero te ver e não medi esforços pra isso. Não era pra você ter essa reação, caramba. - Revirei os olhos. - Vem, entra no jatinho, deita. Relaxa, minha loira. - Eu respirei fundo. Por que as palavras dele me atingem com tanta facilidade? Caramba, mas a raiva não passou. 

- Não era pra ter feito isso. - Falei agora em um tom mais baixo.

- Só vem. Por favor. Chegar aqui cê pode até me bater se quiser, mas eu quero pelo menos sentir o teu cheiro. - Eu suspirei. As palavras de novo. 

- Tá, Luan. Tá. 

- Um beijo. 

- Beijo. - Falei baixo, ainda um pouco fria. 

- Nossa, até imaginei o beijo nesse tom de voz. Não foi muito bom não. - Ele brincou e eu revirei os olhos, segurando o sorriso. - Só mereço isso?

- Você merece muito tapa por ter me enganado. - Ele riu. 

- Mereço nada. Eu mereço beijo, isso sim. 

- Uhum, vai pensando. - Fui irônica e ele riu novamente. 

- Tô te esperando. Demora não. 

- Tá. Até já. - E então eu desliguei. Ele consegue ser o filho da mãe mais fofo do mundo! Fui me informar sobre o jatinho e após pedir minha identificação, fui acompanhada até o ponto onde o piloto do Luan me recebeu. 

- Tudo bem? - Ele foi simpático. 

- Tudo sim. Você também?

- Sim, tudo ótimo. - Entrei e ele me acompanhou. - Deu tudo certo?

- Mais ou menos. Digamos que eu demorei um pouco a saber que iria vir no jatinho dele. - Ele riu, enquanto eu fui me acomodando. 

- Cê fica a vontade. Tem vários chocolates pra você aqui. - Abriu uma gavetinha. 

- Não só chocolate né?! - Eu ri de leve ao me deparar com um monte de bobagem. 

- É. Ele gosta dessas coisas. - Ele sorriu. - Podemos ir? 

- Sim, podemos. - E então ele foi para seu posto e eu encostei minha cabeça no encosto da cadeira e peguei um KitKat. Mordi e fechei os olhos. Estou tão cansada. Respirei fundo e continuei me deliciando. Acabei soltando um gemidinho de puro prazer, só por estar relaxada e comendo um chocolate.

Logo terminei e então continuei de olhos fechados. Nem percebi quando dormi.

|| Luan || 

Fiquei esperando Lavínia no carro, no estacionamento do aeroporto com Wellington. Eu tô tão ansioso. Ansioso pra caralho!

Quando eu vi ela chegando, carregando sua bagagem de mão, o rostinho cansado. Meu corpo todo reagiu. Senti vontade de sair, mas tem tanto movimento... 

- Ela tá linda. - Acabei falando em voz alta e Wellington soltou uma risada, sentado no banco da frente. 

- Cê tá lascado, boi. - Ele disse.

- Cala tua boca, caralho. - Eu disse sorrindo e então ele saiu pra recebê-la. Fiquei olhando o rápido diálogo e então ela abriu a porta, enquanto ele levou sua mala até o porta-malas. 

- Oi. - Ela disse ao entrar, me mostrando um sorriso cansadinho, mas feliz, desfazendo o coque do cabelo. 

- Oi, loira. - Nem perdi tempo e já abracei. Parece que as transas de Ibiza nunca existiram, parece que nada veio antes dela. Parece zerado. Reiniciado. Que porra. Senti o cheiro, enchi meus pulmões e o ar saiu mais leve. Eu me senti bem e ao mesmo tempo, tive medo. O que essa mulher tá fazendo comigo? - Saudade de você. - Falei contra sua pele. 

- Saudade de você também. - Ela me apertou mais. - Não fica aprontando essas coisas. - Me repreendeu sobre o jatinho. Foda-se, eu ia fazer de tudo pra ver ela. Wellington voltou e ela desfez o abraço. 

- Meu beijo. - Falei baixinho, já que agora não temos nossa total privacidade. 

- Tá maluco? Claro que não. - Sussurrou e deu uma olhadinha para Wellington. Eu sorri, achando lindo o jeitinho dela. 

- Para de bobagem. - Coloquei a mão entre seus cabelos e cheirei sua bochecha, beijando o canto da sua boca em seguida. 

- Luan... - Ela disse em tom de aviso. Eu parei e olhei em seus olhos com o rosto bem próximo ao seu. Eu quero beijar ela e nesse momento ela sabe o quanto eu quero. - Cê para com isso. - Ela sorriu e eu sorri involuntário. Eu abracei de novo, sem ligar se tô sendo grudento demais ou algo do tipo. Beijei seu pescoço e ela se encolheu, me fazendo rir. Bateu em meu peito, na tentativa de me afastar. Assim fiz. Ela tá toda sem graça por causa do negão. Sentei normalmente e olhei ela. 

- Cansada? 

- Quase morta. - Ela riu sem humor. - Tô com dor nas costas. Fiquei verificando uns produtos que chegaram pra saber se realmente estão com qualidade, a posição não era muito favorável. 

- Entendi. - Passei o dedo em sua bochecha, só pra tocar. Ela tá aqui. - Cê quer uma massagem? Eu garanto que da pro gasto.

- Você? - Ela desacreditou, segurando o riso. 

- Eu sim. 

- Tá né. Não vou recusar, tô precisando mesmo. 

- Você não vai se arrepender. - Eu pisquei um olho e ela sorriu. 

- E aí, Wellington, como foi a viagem? - Quis puxar assunto e eu olhei o negão pelo retrovisor interno. 

- Boa. - Ele me olhou também. Quase como uma comunicação. - Descansamos, nos divertimos.
Imagino. - Ela sorriu. - E você? Gostou? - Me olhou.

- Gostei. Lá é lindo. - Eu tentei olhar nos olhos dela, mas acabei desviando. Parece que tô falando de algo proibido. Mas que porra! 

- É, é lindo mesmo. 

- Cê já foi? - Wellington perguntou. 

- Já. Faz muitos anos, mas já. - E então o silêncio reinou. Que assunto mais desconfortável. Ela sabe que teve sexo, ela simplesmente sabe. E a gente só confirmou isso agora, através da nossa reação. Lavínia não é boba. 

- Mas o melhor é tá de volta. - Eu tentei fazer o ambiente melhorar. 

- É, chegar em casa é a melhor coisa. - Ela me olhou. - Mas cê nem foi pra casa ainda. 

- É, mas não vou demorar muito a parar por lá. Só de tá no Brasil, já é bom.

- Uhum. - Ela mostrou seu sorriso educado. Ela também não tá gostando do assunto. Pra que ela entrou nele? - O hotel é muito longe?

- Não. - Wellington respondeu. - Daqui uns dez minutinhos nós vamos chegar lá. 

- Certo. - Ela pegou seu celular e eu nem me incomodei de ficar olhando ela entrar no WhatsApp e mandar mensagem no grupo chamado “ Irmãs “

“ Acabei de chegar tá? “

“ Logo tô de volta. Qualquer coisa me liguem “

“ Amo vocês “

E então bloqueou o celular e me olhou.

- Seu fuxiqueiro. - Brincou e eu revirei os olhos. Olhei sua boca, querendo beija-la. Ela riu de leve, percebendo. Pousou a mão em meu rosto e mordeu minha bochecha.
 
- Meu beijo, loira. - Pedi novamente.

- Eu fico sem graça. - Ela sussurrou, pousando a cabeça em meu pescoço, me abraçando. 

- Isso é bobagem. - Ela ficou em silêncio, abraçada comigo. Fiz carinho em seu cabelo e foi assim até Wellington estacionar. Percebi que ela não se moveu. - Lavínia? - Eu ri de leve.

- Hum? - Ela respondeu.

- Chegamos. - E então ela tirou o rosto do meu pescoço e me olhou com uma carinha de sono. Ela realmente se esforçou pra tá aqui. 

- Vamos. - Ela disse, se afastando. Eu abri a porta, sai e ela saiu em seguida. Fechei a porta e então procurei sua mão. Fomos de mãos dadas até o elevador, em silêncio. - Seu show é que horas? - Ela disse logo que o elevador se abriu.

- Lá pras três horas da manhã. 

- Tarde. - Ela fez careta. E nós entramos no elevador juntos com Wellington. 

- Vou ter mais tempo contigo. Pensa pelo lado bom. - Pisquei e ela corou. Até Wellington acabou sorrindo ao perceber ela sem graça. Seguimos em silêncio até nosso andar. 

- Tchau, Wellington. Obrigada. - Ela agradeceu ao perceber ele ir para o lado contrário, logo após me entregar sua mala. 

- Que isso, pode contar quando precisar. - Ele sorriu e então eu segui até o quarto.

- Valeu, negão. - Falei já caminhando.

- É nós, boi. - E então eu não ouvi mais a voz dele. Chegamos ao quarto e eu abri a porta, dando espaço pra ela entrar. Fechei a porta e larguei sua mala no cantinho da parede. 

- E agora? Só nós dois. Eu quero meu beijo. - Ela sorriu e se aproximNou. Agarrei sua cintura e o corpo já familiar me fez relaxar completamente. Suas mãos em minha nuca e sua boca procurando a minha. Me beijou e então meu corpo todo se ascendeu. Porra! O beijo dela não é brincadeira. Apertei sua cintura quando senti sua língua em minha boca. As mãos arranhando de levinho minha nuca. Isso é bom demais! Girei nós dois e encostei ela na parede. Enfiei as mãos entre seus cabelos com muita vontade. Quase enlouqueci quando senti ela chupando meu lábio. Abri os olhos e vi ela com os olhinhos fechados. Porra! Encostei ainda mais meu corpo no dela e senti ela querer mais. Com nós dois é sempre assim. Eu não consigo explicar. Mordi o seu de volta e ela tentou ficar ainda mais na ponta dos pés do que já estava antes. Desci minhas mãos. Passei por sua cintura, parei em sua bunda. Apertei e empurrei contra meu corpo, fazendo nossos sexos se encontrarem. O beijo não é desesperado. É cheio de saudade e de pegada, sensualidade. Eu e ela sabemos exatamente como fazer um com o outro. Entramos em combustão juntos. Voltei os braços em volta da sua cintura, lhe abraçando, sei deixar de beija-lá. Apertei em volta de mim e ela sorriu. Lhe dei um tapinha na bunda e procurei sua língua pra chupar. Assim fiz e ela ofegou. Foi minha vez de sorrir.
Gostoso. - Ela sussurrou e então sua voz foi engolida pelo meu beijo. Lhe dei um selinho de língua, chupando seu lábio carnudo antes de me afastar. Pousei minhas mãos nas laterais do seu rosto e quase adorei essa mulher de joelhos só por ela estar aqui. Eu tenho medo dos meus pensamentos. Não quero nada com ninguém, eu não presto pra isso. Muito menos pra ela. Ela sorriu e então eu percebi que eu tô olhando vidrado pra seu rosto. Olhos, boca, sobrancelhas, cílios, bochecha... tudo. É linda. 

- Ô saudade dessa boca. - Ela sorriu e eu lhe abracei, tentando acalmar meu corpo. 

- Você me prometeu massagem. - Falou com a voz abafada em meu ombro.

- Eita! Tinha até esquecido. - Ela riu. E eu sorri. Me afastei. - Fica só de calcinha na minha cama. - Seu olhar se tornou malicioso. 

- É mesmo uma massagem? - Ela não precisava me afetar tanto. 

- É mesmo uma massagem. - Eu confirmei. - Depois um banho, nós dois. - Eu pisquei. 

- Banho mesmo? - Eu ri.

- Se você só quiser banho, é só banho. Cê tá cansadinha.

- Acho que nem tô tanto assim. - Dessa vez eu ri mais forte e ela se agarrou em mim. - Bobão. 

- Vai, deita lá. Vou te deixar bem relaxada. - Ela me olhou. 

- Você vai tirar a roupa também? - Eu ri de leve, mostrando surpresa. 

- Cadê a Lavínia que eu conheço? 

- Não quis ser maliciosa. - Ela sorriu. - É que eu vou ficar só de calcinha e você todo vestido. Tira pelo menos a camisa. 

- Tá. Eu tiro. - Concordei e então ela se afastou. Lhe dei espaço e ela caminhou até a cama. 

- Isso aqui é enorme. - Ela disse, tirando os calçados. Virei e fiquei olhando. 

- É, é mesmo. - Concordei por saber que ela se refere ao quarto. Ela começou a descer sua calça. 

- Luan! - Me repreendeu e eu então me movi. Deixei ela sem graça. Virei de frente para o espelho, mexendo no cabelo e continuei olhando pelo espelho. Ela riu e eu acabei sorrindo também. - Toma jeito, garoto. Toma jeito. - Tirou a calça por completo e vi sua calcinha azul claro. Pequena, simples e delicada. Já começou a tirar a blusa. 

- Garoto nada. - Ela me mostrou a língua e tirou a blusa completamente. O sutiã é conjunto com a calcinha. Gata. Segurei a barra na minha camisa e tirei. 

- Tá de sacanagem, Luan? - Ela disse com muita raiva, sentou na cama e eu encontrei seus olhos através do espelho. - Você é um escroto. - Ela disse com os olhos fervendo de raiva, olhou minhas costas. - Eu sou uma idiota mesmo. - Levantou e eu lembrei que tô completamente arranhado pela última transa em Ibiza. Puta que pariu, eu tô ferrado.








Meninasssss! Tenho palavra hein! Tô aqui! Pelo jeito, todas acertaram... Lavínia não gostou nada do que viu. O que vocês acharam? Confesso que ficou com dó. Como acham que isso vai acabar? Prometo voltar logo com outro! Bjsss
Obrigada pelos comentáriosssss, vocês estão mto espertinhas, acertando tudoooo! 

domingo, 17 de maio de 2020

“ Primeiro pensamento ao chegar de viagem “ 30



Infelizmente chegou o último dia da viagem e já estamos no aeroporto. Foi fantástico! Algo de outro mundo e que realmente marcou. O mais diferente e inesquecível foi transar numa praia onde todos estavam transando. 

- Que sorriso é esse, viado? - Douglas me olhou. 

- Tô lembrando da praia do sexo. - Eles riram.

- Porra, eu não tive essa sorte. - Negão lamentou. 

- Você não trocou número com ninguém, pô. Eu troquei. - Pisquei um olho. É uma morena, segundo ela, mora na Itália e já veio várias vezes por aqui. Quis me apresentar uma praia que as pessoas frequentam na intenção de transar. Vários casais, grupos, vão com esse intuito. Foi algo surreal de tão diferente. Enquanto eu transava com ela, todos a nossa volta transavam também. 

- Sorte sua. Que morena. - Douglas disse.

- Se orienta, seu viado. Tá esquecendo da Ju? - Marquinhos brigou.
 
- Vai se foder. É claro que eu prefiro minha magrela. 

- E eu a loira. - Soltei e eles me olharam com expectativa.

- Que loira? - Douglas franziu a testa e negão riu. 

- Lavínia? - Ele chutou e eu assenti. Ninguém pode com aquela loira. 

- Cê tá gamado e não disse nada? - Marquinhos indignou-se. 

- Tá ficando maluco? Não tô gamado. Tô num lance com ela. Um lance muito bom. - Dei de ombros.
 
- Que tipo de lance, cara? Que porra é essa? - Douglas perguntou e então ouvimos a última chamada por nosso voo. 

- Olha só, temos que ir. - Fugi do assunto. A Lavínia é algo tão meu, tão meu, que não quero tá falando muito. Parece que ela é algo a parte da minha vida.

- Ou, cê não vai fugir desse assunto igual um covarde. - Marquinhos me seguiu enquanto eu já vou caminhando em direção ao embarque. Não respondi nenhuma de suas provocações, mas para o meu azar, nós sentamos um ao lado do outro. Eu no meio dos dois! 

- Porra, negão! Troca comigo. - Pedi olhando a fileira ao lado e Wellington negou com a cabeça, rindo, se divertindo com a situação. - Não vou falar sobre a loirinha, caramba. - Eu falei um pouco alto e me arrependi. Vi alguns olhares sobre mim e os três riram. 

- Fala logo. - Marquinhos insistiu.

- Conta essa porra. Não vou te deixar dormir até lá e isso não é brincadeira. - Douglas falou. 

- Tô fodido. - Joguei minha cabeça contra a poltrona. 

- Bora logo, seu viado. - Marquinhos voltou a falar e eu fechei os olhos na tentativa de evitados. 

- Não, porra. - Respondi. 

- Bora cantar. - Douglas iniciou e puxou um modão sertanejo e foi aí que eu realmente percebi: eles não vão me dar paz. 

- É a loira do aniversário. - Falei. 

- A que você transou enquanto todos nós estávamos lá por causa de você? - Douglas fez questão de lembrar. Eu não precisei falar nada pra eles naquele dia, acredito que todos perceberam.

- É. - Eu ri de leve, ainda de olhos fechados

- Filho da puta! - Marquinhos me xingou e eu não entendi. O olhei. - Aquela mulher é uma maravilha. Gostosa pra caramba. 

- Tá doido, filho da mãe? - Lhe dei um tapa na cabeça. 

- Respeita a mina dele. - Douglas disse.

- Não é dele. - Provocou e eu o olhei com as sobrancelhas erguidas. Esse cara é mesmo irritante. 

- É namoro ou foda? - Douglas quis saber. 

- Foda. Não quero namorar, mas pô, ela é diferente. Com ela é diferente. Não é igual era com a Jamile. 

- Espera, espera... era? Era? Como assim? - Marquinhos me interrompeu.

- Não vou transar com a Jamile enquanto eu tiver com a Lavínia. 

- Tá fodido. - Douglas disse como quem sente muito e eu sorri. Eles não entendem. 

- A loira fez você fazer isso? Caramba, pô. Acho que ano que vem tem casamento. - Marquinhos me provocou novamente. 

- Ou no final deste ainda. - Douglas se juntou a ele.

- Não vamos namorar. - Eu disse tranquilamente. - É sem compromisso. Cês viram, eu transei algumas vezes nessa viagem. Tá tudo normal. - Eu disse, apesar de saber bem lá no fundo que algo mudou depois dela. Mesmo que minimamente. 

- Normal nada. Cê disse que prefere a loira. - Douglas disse. No mesmo instante a aeromoça pediu para colocarmos os cintos de segurança. Assim fizemos e eles continuaram me olhando, esperando eu falar.

- Acabou esse assunto. Não vou mais falar sobre a Lavínia. - Eu não gosto de falar sobre ela com absolutamente ninguém. O que a gente tem é muito nosso pra tá dividindo com terceiros. Pode ser quem for, eu não gosto de falar sobre nós. 

- Vai sim. - Douglas insistiu. 

- Puta que pariu. - Olhei para Wellington como quem pede socorro e ele só riu. Outro filho da mãe!

Eu aguentei os dois em boa parte da viagem tentando fazer com que eu falasse. Só tive paz quando os dois se renderam ao sono e eu fiz o mesmo, já pensando em quanto vou ver ela.

|| Lavínia ||

- Tá tudo arrumadinho, olha. - Clarissa disse, mostrando sua mala, enquanto Marco está esparramado na cama dela e eu sentada na pontinha. 

- Cê tá toda descabelada. - Eu ri. Tadinha, tem horas que ela focou nessa arrumação com o namorado. Talita e eu acabamos assistindo série nesse tempo, até que ela dormiu e eu vim atrás do casal. 

- Imagina só, arrumar tudo isso. Esse dai não me ajudou em nada. 

- Como é que é, Clarissa? - Marco largou o celular. 

- É verdade, amor. - Ela resmungou e ele sorriu. Caidinho por ela.
 
- Me diz se não é a coisa mais linda? - Ele olhou pra mim e eu ri. 

- Vocês são muito melosos. - Fiz careta e eles riram. Marco jogou o travesseiro em mim e eu joguei nele de volta. 

- Chama o Luan pra ela, por favor. - Meu cunhado brincou.

- Vai se ferrar. - Eu sorri e então pensei: será que ele já chegou?

- Acabaram de chegar, aqueles viados. - Marco parece ter lido meus pensamentos. 

- Mesmo? - Eu perguntei e ele assentiu.

- Já tá falando da loirinha dele. - Revirou os olhos e eu ri. Não sou dele, mas eu gostei de ouvir isso. Pensei comigo mesma novamente. 

- Quando vocês vão se ver? - Clarissa quis saber, mas não deu tempo de eu responder, pois a Talita apareceu com uma cara péssima e segurando meu celular que toca insistentemente. 

- O Luan. - Ela murmurou. Ouvi zoações do casal e ainda sorrindo, saí do quarto deles, atendendo a ligação. 

- Oi. - Eu disse, caminhando até meu quarto.

- Loirinha, cheguei. 

- É, eu soube pelo Marco agorinha. Foi tudo bem? - Entrei em meu quarto.

- Foi, foi sim. Seguinte, eu te liguei por um motivo. 

- Hum. - Eu segurei o sorriso já esperando o que ele tem pra dizer. 

- Cê sabe que eu tô morrendo de saudade da minha loira. 

- Sua? - Eu debochei. De novo isso de “ minha “.

- É sim. - Ele disse bem humorado e eu revirei os olhos, porém com um sorriso no rosto. - E dando continuidade, eu tenho um convite. Vem me ver amanhã? 

- Cê tá doido? Amanhã é segunda. Eu trabalho. Sem condições. - Fui em direção a minha cama. 

- Tá, então que dia cê vem? - Eu fiz careta. Tentei adiar isso o máximo possível. 

- Eu tô cheia de trabalho, Luan. Não vou conseguir tempo. - falei já deitada em minha cama. - Antes de viajar não. - Esclareci.

- Lavínia, isso é sério? - Seu tom logo mudou. - Porra, eu tô com saudade. Cê me prometeu. 

- Não, não prometi. 

- Faz isso não, pô. Eu tô pertinho. Paraná. - Eu suspirei. 

- Não tem como. 

- Ah, tem sim. Vem no meu show, depois do trabalho. Passa a noite aqui e aí eu te mando de volta no meu jatinho. 

- De jeito nenhum. - Eu neguei na hora. 

- Então cê volta num voo comercial mesmo. Logo pela manhã, loirinha. Dá certo assim. - Insistiu como uma criança birrenta. 

 - Luan... - Eu comecei a me sentir tentada. 

- Eu tô doido pra sentir teu cheiro, caramba. 

- Não vai ter passagem. - Eu disse fechando os olhos. Como eu posso ser tão fraca? Porra, eu sei que não dá, mas tô aqui quase topando ir. 

- Vai ter. Eu garanto. 

- Então cê olha? Mas tem que me dar uma resposta em meia hora no máximo. E aí eu vou avaliar a situação por aqui. 

- Eu vou olhar e já compro. - Ele disse. 

- Não compra não. Só olha. Eu tenho que conversar com as meninas. Cê pensa que é assim? 

- Tá, tá. - Concordou contra vontade. 

- Beijo. - Eu disse e então desliguei. Suspirei e fechei meus olhos. Eu realmente tô ficando maluca? Toda vez que o Luan vem, invade minha rotina e as vezes eu não sei se isso é bom. Será que eu não estou perdendo meu foco demais? Levantei e fui procurar roupas que possivelmente eu leve pra ver ele amanhã. Viajo para Sidney no próximo fim de semana e ainda não ajeitei nadinha, diferente de minha irmã. Já tem tudo pronto.

Peguei uma peça de roupa, com vários pensamentos aleatórios. Será que ele ficou com alguém lá? É óbvio que sim. Eu deveria me sentir bem pelo fato de ele ligar querendo me ver logo que chegou? Ou eu deveria me sentir como segunda opção? Suspirei.

Como as meninas vão reagir a essa viagem do nada? Suspirei novamente.

Sentei na cama, sem saber o que pensar direito. Bateram na porta respondi:

- Entra. - Logo Talita apareceu.

- O que aquele lagartixa branca queria? - Ela sorriu, já com um humor melhor.

- Ei! Ele não parece uma lagartixa. - Eu defendi, mas também sorrindo. 

- Vou chamar ele assim agora. - Ela riu, se jogando em minha cama. 

- Você gosta de irritar hein?! O Marco, agora o Luan... 

- Ai, é de mim. Eu gosto mesmo. - Ela assumiu e eu ri. - O que ele queria? - Me olhou curiosa.

- Me ver. - Sorri de lado, sem saber direito como vai ser a reação dela. 

- É? Quando? 

- Amanhã. - Fiz careta. - Depois do trabalho. 

- Ele tá em São Paulo? 

- Não. Paraná. - Dei um sorriso amarelo.

- Quando isso vai virar um namoro? - Ela riu de leve.

- Não, ele nem pensa nisso... nem eu. - Levantei, ficando um pouco agitada com o rumo do assunto. 

- Você namoraria com ele, amiga? - Olhei pra ela, sem saber o que responder. Ri de leve e dei de ombros. - Responde. - Ela insistiu. 

- Não sei. Para de fazer pergunta difícil. - Fiquei em cima do muro. Nunca pensei que logo ela fosse fazer essa pergunta e sinceramente, eu sou muito confusa em relação ao Luan. 

- Namoraria sim. - Me mostrou um sorriso sapeca.

- Tá, mas e você? Namoraria com o Keven? - Ergui as sobrancelhas, virando o jogo e ela riu.

- Sem dúvidas. - Jogou os dois braços abertos em minha cama e eu ri de sua reação. 

- Filha da mãe, tá gamadinha no compositor. 

- Mas então, voltando a você. - Ela virou o assunto novamente e eu tive que rir, deitando com ela na cama. - Vai ser uma correria né?! Pra cê ir e voltar. 

- Vai. - Suspirei. - Ele também ainda vai tentar conseguir passagem, certeza que não vai conseguir. - Talita levantou as sobrancelhas claramente duvidando de mim.

- Cê acha que o Luan não vai conseguir? Cê jura? Acha mesmo? - Fez sua melhor cara de deboche e eu sorri. 

- Ele não é um Deus, amiga.

- Tá, não chega perto disso, mas você sabe que ele pode sim conseguir. 

- Pode nada. - Teimei e então a porta abriu, Clarissa entrou. - Ou, não bate mais nesta porra? - Eu fingi estar brava e ela sorriu despreocupada.

- Marco foi embora. Procurei vocês e não achei. - Deu de ombros e se jogou entre nós duas. - Qual o assunto? - Talita me olhou esperando eu falar.

- Provavelmente eu vou ver o Luan amanhã. - Clarissa me olhou franzindo a testa.

- Tanta saudade assim? 

- Ele insistiu. - Dei de ombros.

- Vai faltar o trabalho? - Senti uma pontada de incômodo. 

- Não. Vou depois do trabalho. 

- Eu acho que eles deveriam namorar logo. - Ela olhou Talita e eu fiquei aliviada de ela não ter criticado. Ela não costuma fazer isso e obviamente torce por nós dois, mas sei que ela tem razão sobre eu colocar ele a frente do meu trabalho, então se ela reclamar sobre isso, não vou ter argumentos pra rebater, ela só vai estar sendo sensata. 

- Não, não devemos. Tudo no seu tempo. Eu ainda tô cicatrizando. - Elas me olharam com compaixão. 

- É, e eu fico feliz por isso. - Minha irmã sorriu. 

- Eu esperei muito por essa fase. Então vai lá, vai lá ver seu boy. 

- Não é meu boy. - Rebati.

- Ah, é sim. - Clarissa disse. - Se um cara chega de uma viagem internacional, vai direto pra um show, mas lembra logo de você, querendo te ver, e você achar que ele não é o seu boy, cê tá errada. Ele com certeza é o seu boy. - Eu revirei os olhos pra elas. 

- Bobagem. - Logo que fechei a boca, meu celular tocou. Vi o nome dele e então atendi. - Oi. 

- Amanhã cê vai ficar no trabalho até que horas? 

- Acho que até as 18:00 horas eu consigo organizar tudo. 

- Mesmo? Certeza?

- Sim. Você conseguiu a passagem? - Quis saber. 

- Consegui. Tem uma passagem disponível pra 19:30 

- Eita. Vai ser uma correria. 

- Consegue chegar lá a tempo? 

- Acredito que sim. 

- Então cê vai, eu já comprei. 

- Eu te disse pra não comprar logo. 

- Comprei agorinha, depois que cê me confirmou que conseguiria chegar a tempo. - Tentou se safar.

- Sei, Luan. Sei. - Falei desconfiada e ele riu. 

- Beijo na boca. Te espero amanhã. 

- Até amanhã. - Desliguei. Olhei minha amiga e minha irmã que esperavam com expectativa. - Eu vou mesmo viajar amanhã. - Eu confirmei e elas fizeram cara de malícia. Senti o frio na barriga e alegria por saber que vou ver ele e matar a saudade.





Oiiii meninas! Vocês estavam um pouco ansiosas né?! Eu vi nos comentários kkk Desculpa pelo sumiço! Fico tentando adiantar capítulos para que vocês não fiquem totalmente zeradas de capítulo e eu acabe demorando mais pra postar. Enfim, capítulo no arrrr! E Aí? O que acharam? Luan voltou, já quis ver ela... ela vai né?! Vi que vocês queriam que ela ficasse fria com ele, mas parece que não hein... Como vai ser esse reencontro? Se tiver bastante palpite sobre o reencontro,
Volto amanhã com mais um! 🤭
Obrigada por cada comentáriooooo!!!! 
Bjs, Jéssica! ❤️

sexta-feira, 8 de maio de 2020

“ Resultado da primeira noite “ 29



A balada estava lotada, é uma festa fora de comum. Eu nunca vi algo assim numa balada. Pessoas fazendo perfomance quase no teto do lugar, penduradas, muita gente dançando. 

- Ele tá chupando os peitos dela! - Marquinhos exclamou surpreso e então eu olhei. Realmente me deparei com a mulher sorrindo diabolicamente enquanto o cara chupa os seios dela. 

- Caralho! - Douglas disse. - Me façam uma promessa. - Todos nós olhamos pra ele. - Me prometam que a Ju nunca vai saber que eu estive num lugar como esse. - Marquinhos deu um gargalhada e eu também não me segurei. - Eu tô falando sério! - Ele gritou por conta do som alto. 

- Ah, cara! Vai se foder! - Marquinhos não o levou a sério. 

- É coisa nossa, cara. Relaxa. - Eu disse, batendo em seu ombro. 

- Podem vim, gostosas. Hoje eu sou todo de vocês. - Marquinhos gritou e riu em seguida. 

- Marquinhos, filho da puta! Me promete. - Douglas insistiu. 

- Relaxa, viado. Cê nunca ia trair a Ju e as baladas daqui são assim mesmo. - Deu de ombros. - Não vou dizer nada, nenhuma brincadeirinha quanto a isso. - Douglas olhou negão. 

- A última pessoa que você precisa se preocupar é comigo. - Ele colocou os braços pra cima em defensiva. 

- Agora, vamos curtir, beijar na boca. Menos você. - apontou para Douglas e ele riu. 

- Mas eu posso beber, caramba! Vamos encher a cara. - E então seguimos para o bar. Eu não acreditei quando vi as duas ruivas de mais cedo. 

- Não tô acreditando. - Negão disse.

- Bora lá, pô. - Me animei. 

- Na hora. - E então ele me acompanhou, enquanto Douglas e Marquinhos nos observaram um pouco afastados. Meti meu inglês com elas, negão também. Ele sabe o básico de inglês e consegue desenrolar. Apesar de eu jogar todo o meu charme, elas piraram no negão. Quando souberam que era brasileiro... dei a batalha como perdida. Logo me afastei, me aproximando de Douglas e Marquinhos. Fui recebido com risadas. 

- Primeiro fora de Ibiza! - Marquinhos zoou. 

- Vai se foder. - Eu ri. - Elas gostaram do negão. 

- As duas? - Douglas ficou surpreso.

- As duas. Inclusive, provavelmente, essa viagem vai ter uma história de Ménage. - Eles gargalharam e disseram o quanto Wellington é foda e tudo mais. 

- Pede esse treco aqui. - Marquinhos me indicou a bebida que ele já está provando. 

- Não tem nada aqui que também tenha no Brasil não? - Quis saber.

- Não trabalho no bar, parceiro. - Douglas não me levou a sério e eu lhe dei um tapa na cabeça. 

- Esse cara é um filho da mãe mesmo. - E então eu chamei o barman. Diante da orientação dele, eu peguei uma bem forte. É, de cara mesmo. Quero beber mesmo, apesar de eu não gostar de ficar bêbado. Mesmo que amanhã eu me arrependa. Estou com meus amigos em Ibiza, nós temos que fazer história. 

- Uou! - Os dois gritaram quando eu virei a dose em minha boca. 

- Puta que pariu! - Douglas disse, olhando além de mim. Virei para trás e vi o negão num beijo triplo. 

- Sortudo do caralho! - Marquinhos comemorou. Eu só sabia rir. 

- Nossa! - No mesmo instante eu senti um puxão no meu pulso e unhas cravando em minha pele, quando olhei me deparei com uma loira muito linda. Olhos azuis, bronzeada, bem gostosinha. 

- Tô querendo você. - Ela disse bem decidida, em inglês. Eu só tive tempo de sorri e então agarrei seus cabelos e lhe beijei. Ela agarrou meus ombros, cravando suas unhas em minhas camisa e colocando sua língua em minha boca. O beijo é bom. Seu corpo se achegou mais ao meu e então eu agarrei sua bunda, lhe beijando com vontade. Só ouvia o barulho da música alta ao redor e as pessoas festejando. Enquanto eu também festejo. O beijo encerrou-se e ela me olhou, ainda falando em inglês:
- Você é daqui? 

- Não. Sou do Brasil. - Ela sorriu. - E você? 

- Eu moro aqui. - Continuamos nosso diálogo em inglês. 

- Tá sozinha? - Ela negou com a cabeça e apontou para trás. 

- Minhas amigas. - Apontou para quatro meninas dançando animadamente em uma rodinha. 

- Bom, muito bom. - Eu disse. 

- Me dá mais um beijo. - Ela pediu e eu sorri novamente. 

- Mais um? - Perguntei em inglês.

- Sim. - Sorriu pra mim e então eu lhe beijei. 

- Tem uma boca aqui também hein?! - Ouvi Marquinhos gritar. - Só uma. Apenas uma. Esse cara é comprometido com uma mulher incrível, então nem tentem com ele. - Pude ouvir, enquanto ela me beijava. Então eu lembrei de Lavínia, mas logo a expulsei dos meus pensamentos. Não tem nada que ocupar meus pensamentos agora. Qual é? Não temos nada. A loira que eu ainda não sei o nome, puxou meus cabelos e mordeu meus lábios. Meu corpo naturalmente reagiu, meu pau pulsou. A carne é realmente um negócio muito fraco. Ela gemeu na minha boca quando eu puxei os cabelos dela.

Não tenho ideia de quantos minutos ficamos nos pegando, até uma de suas amigas se aproximar e quase arrastar ela. Me olhou como quem se desculpa e se afastou. 

- Pensei que ia casar. - Marquinhos já começou. 

- Eu casaria. - Brinquei. 

- Você foderia, cara. É diferente. - Douglas riu. E eu acabei rindo também. - Pede uma bebida. Essa daqui é muito boa. - Me mostrou a sua. 

- A mesma que a dele, por favor. - Eu pedi em inglês ao atendente.

Começamos a beber e não bebemos pouco. Comecei a ficar um pouco tonto, mas eu só queria outra dose, outro drink. Misturei tudo que pude e não pude. Tocou uma música do Charlie Puth e eu já ouvi Lavínia cantar algumas músicas dele, mas uma em especial eu sempre ouço dela. Foi impossível não sorrir. Pude rir também quando Marquinhos foi diversas vezes atacado por mulheres, sem nem precisar se esforçar. Beijei mais algumas bocas e Douglas se desviou de mais algumas. Eu ri de cada situação embaraçosa que ele se envolveu.

Bebemos mais. Algo bem no fundo dizia que eu já fiz isso uma vez e me arrependi, mas uma voz bem mais alta dizia “ foda-se “.

Negão finalmente apareceu e disse que iria para o hotel com as duas amigas! Claro, houve nossa comemoração. Só pode ser meu amigo mesmo! 

- Toma cuidado, seu filho da mãe! - Eu disse de forma embolada. 

- Acho que quem tá precisando de mais cuidado é você. Na verdade, vocês. Qualquer coisa me liguem.

- Você não é nossa mamãe, seu idiota. - Marquinhos gritou. Ele tá bem pior que eu. Gargalhei e Douglas me acompanhou. 

- Vai lá, negão. Vai lá e me representa. - Douglas disse. 

- Não vão foder com a viagem. - Ele avisou. 

- Relaxa, relaxa. - Marquinhos disse e eu só sabia sorrir. Negão se afastou e logo vimos ele segurar as mãos das duas amigas. 

- Eu tô feliz pra caralho! - Eu gritei e inclinei minha cabeça para trás. 

- Abraça, abraça, abraça, seu amigo viado. - Douglas começou a cantar e iniciou um abraço em grupo. Começamos a cantar juntos e nos juntamos no abraço, girando.

Quando percebi, vi Marquinhos chamando as pessoas aleatoriamente para se juntar a nós e logo se formou uma grande roda. Só consegui pensar: caralho, que noite! Uma morena se aproximou de mim, logo que o abraço foi se desfazendo. Ela também estava na nossa roda. 

- Olá. - Ela disse em espanhol. - Porra, eu não sei muito dessa língua. 

- Fala inglês? - Perguntei em inglês e ela respondeu que sim. - Você é linda. - Eu elogiei e ela sorriu, colocando o cabelo atrás da orelha.

O resultando não demorou a aparecer. Nós acabando indo parar num hotel. Não era o que eu estava hospedado, nem o dela. Transamos muito e com o efeito da bebida indo embora, eu consegui pensar e liguei para Wellington. Pude ver o sol já bem forte. Me despedi dela e ressaltei o quando ela foi incrível na cama. Minha transa de Ibiza. Gostosa pra caralho. E então a loirinha veio em minha mente, quase como uma comparação. Expulsei meus pensamentos e logo que entrei no carro com Wellington eu capotei, ainda ouvindo ele perguntar como eu fui para naquele hotel e em como estava tarde.

(...)

Acordei já bem tarde, na verdade, quase noite. Meu celular tocou, fazendo meu cérebro quase explodir.

Corri minha mão pela cama procurando, até que achei. 

- Alô! - Falei grosseiro. 

- Filho? - Minha mãe disse e então eu suavizei minha expressão, me xingando internamente. Eu deveria ter olhado quem era antes.

- Oi, xum. - A chamei pelo apelido carinhoso. 

- Como você tá? 

- Bem. Eu tava dormindo, por isso não liguei antes. 

- Sei. - Seu tom foi de preocupação. - Cê tá se cuidando direitinho? 

- Tô sim, mãe. - Sorri ao me deparar com seu cuidado. 

- O que cê fez ontem? Me conta. - Fechei os olhos e mesmo com muita dor de cabeça, eu falei: 

- Fomos a uma festa. Foi muito bom. Animado. Cheguei já bem tarde e aí capotei. 

- Até agora? - Ela se surpreendeu. 

- Até agora. - Eu ri de leve. 

- Lavínia veio hoje aqui. - Mudou totalmente me assunto... e que assunto! Eu senti o impacto só de ouvir o nome dela.

- Mesmo? - Fiquei curioso. 

- É sim. Ela veio maquiar sua irmã. Ela tinha uma jantar especial com a família do Breno hoje. Sabe como é. Ela colocou na cabeça que queria uma maquiagem muito bonita e então chamou sua amiga pra vir. - Eu suspirei. Saudade da loirinha. 

- E aí? Ela ficou muito tempo por aí? - Eu quis saber.

- Mais ou menos. Ela acabou ficando, conversamos um pouco. 

- Um pouco? Sobre o que? - Eu nem se quer fui discreto. 

- Coisas de mulher, filho. Cotidiano. Ela falou da correria que tá sendo a vida dela e disse também que fez um esforço pra vir até a Bru. 

- Entendi. E como ela tá? 

- Tá bem. Bem linda. - Ela soltou uma risadinha. 

- É linda né?! - Eu sorri bobo. 

- Nossa, demais! Eu fico boba com ela. - Eu quase concordei com minha mãe. Eu também fico bobo com ela. - Cê gosta dela, filho? - Suspirei. É sério que ela vai querer saber?

- Gosto, mãe. Ela é encantadora, cê sabe. Mas não queremos namorar e eu não tô apaixonado. Não vai entender mal. Ela me faz bem. Estamos nos conhecendo. 

- Entendi. Eu realmente gostaria de ver você aquietando o facho. 

- Eu sei, mãe. Você já repetiu isso várias vezes. - Acabei dando uma risadinha. 

- Você já conheceu muita gente, tá na hora de firmar com uma, não acha? 

- Não, mãe. Não acho. Cê quer me ver fora de casa? - Me fiz de vítima.

- Claro que não, filho. Não fala essas coisas. - Eu sorri. Eu sempre uso isso quando ela bate na tecla de namoro, compromisso. 

- Então sem pressão tá? - Falei bem humorado. 

- Tá, tudo bem. Mas só pra reforçar: eu acho muito linda, simpática e inteligente. Conversou muito com a Bru sobre a marca de roupas dela, deu conselhos.

- Tá. - Eu sorri. Parece que uma certa loirinha ganhou minha mãe. - E você como tá? - Mudei de assunto.

- Tô bem. Me conta, como tá sendo aí? - Comecei a contar sobre a noite passada omitindo alguns detalhes que ela realmente não precisa e nem quer saber. Conversamos até ela decidir desligar e eu mandei mensagem no grupo da viagem perguntando o que fazer pra passar a dor de cabeça que tô sentindo. O único que me levou a sério foi o Wellington.

De repente eu senti uma ânsia de vômito e levantei correndo. Vomitei e parecia que meu estômago iria sair junto. Puta que pariu! Alguém me lembra de nunca mais fazer isso? Lavei minha boca e voltei para cama. Isso é horrível! Lembrei da transa de ontem e logo associei a loirinha. Com Lavínia é ainda mais gostoso. Não lembro a última vez que tive uma química tão forte com alguém na cama. Parece que tudo encaixa bem, arrepia mesmo. Gemi frustrado. Ontem também foi muito bom, mas não chega nem a ser parecido com ela. Procurei o número dela e logo após verificar se havia alguma mensagem dela. Não vai me mandar mensagem, eu sei. Tá esperando que eu ligue, apareça. Lembrei da suspeita de gravidez e então eu decidir ligar. Ela demorou a atender e então eu ouvi sua voz: 

- Oi, Luan. 

- Oi, loira. Onde cê tá? - Eu sorri. 

- Na correria de trabalho. 

- Ainda?

- Sim. Fui na sua casa, maquiar a Bruna. Ela também não tava conseguindo vir, ia ficar muito puxado e aí eu dei um jeito. 

- Hum, entendi. Minha mãe disse mesmo que cê foi lá. 

- É. - Eu achei ela meio distante, mas acho que é psicológico. Parece até que ela sabe que transei com outra horas atrás. Mas qual é, não tem problema. Nós deixamos tudo muito claro. Ficamos em silêncio por um instante e então ela disparou: - Minha menstruação veio. - Comemorou. 

- Sério? - Suspirei aliviado. 

- Uhum. Faz uma meia horinha. 

- Olha só, eu te falei né?! 

- Não quero um susto desses nunca mais. 

- Agora não vai ter mais. Tem o remédio. 

- É, tem sim. Como tá aí? 

- Bom. Ontem eu bebi muito e eu tô passando mal agora. - Ela soltou uma risadinha e eu sorri. Que poder é esse? 

- Mas hoje cê vai de novo. 

- Vou nada. 

- Acredito. - Foi irônica. Nossa conversa tá tão estranha. 

- Tá ocupada? 

- Muito. - Riu fraco. Parece que ela tá mesmo sentindo. Porra, essa mulher é vidente? 

- Saudade de mim? - Eu quis me certificar que está tudo bem entre nós. 

- Tô. Tô sim, mas aproveita sua viagem. Você merece. - E então eu percebi que é tudo coisa da minha cabeça. Ela não sabe de nada, nem tá bolada com nada. É só minha consciência querendo me fazer acreditar que fiz algo errado, mas não fiz. Eu tô solteiro. 

- Tô aproveitando. Vou deixar você trabalhando e vou tomar um remédio. 

- Tá certo. Se cuida tá? Aproveita com cuidado. 

- Certo. Beijo. 

- Outro, coisa linda. - E então ela desligou e eu respirei fundo. A vontade de vomitar veio de novo e eu corri para o banheiro mais uma vez. Hoje vai ser o verdadeiro porre.





Oiiii meninas! Tô aparecendo no meio na madrugada sim! Tô funcionando toda errada! Hahahaha não apareci antes, mas em compensação, escrevi dois capítulos nesse meio tempo. Agora vim aqui postar essa capítulo tranquilo, com zero acontecimento pra vocês analisarem hahahahah e aí? O que acharam? Luan ficou com outras, não andou se comportando como muitas de vocês queriam. E foi só a primeira noite... mas ele não deixou de pensar nela hein!! É sobre a ligação: adeeeeus suspeita de gravidez. Não foi dessa vez, vamos aguardar mais né?! Luan acha que ele “ sentiu “ que ele ficou com outras. Qual a perspectiva de vocês? Cá entre nós, mulher sente messsmo hahaha! será que Lavínia teve essa intuição ou é coisa da cabeça dele? 
Volto logo, logo!
Obrigada pelos comentáriosssss! Tão dedicadinhas comentando, coisa mais lindaaaa! Fico encantada! 
Percebi que algumas pessoas me seguiram no insta, quem eu identifiquei como leitaria, eu segui de volta, se não segui, é pq não tive certeza de que era alguém daqui. Qualquer coisa mandem um oi, já aproveito e sigo. Bjussssss 💋💋💋

segunda-feira, 4 de maio de 2020

“ A Chegada “ 28

Chegamos em Ibiza logo cedo e eu não perdi tempo. Meus amigos, Douglas, Marquinhos, negão e eu, logo fomos para a primeira praia que queríamos conhecer.

- Isso é o paraíso. - Negão falou.

- Só faltou o viado do Marco. - Douglas disse.

- O cara tá comprometido, isso aqui é pra solteiros. - Marquinhos abriu os braços e eu ri quando Douglas deu um tapa na cabeça dele.

- Eu namoro, viado. Namoro e tô aqui. - Douglas disse.

- E é fiel. - Ressaltei.

- Sei não hein... - Marquinhos olhou desconfiado.

- Vai se foder. Eu amo aquela mulher, seu filho da puta.

- Ama tanto e não trouxe ela. - Marquinhos provocou. Ele realmente se diverte em provocar todo mundo.

- Isso é um programa de amigos, cara. Alguém manda ele calar a boca antes que eu quebre ele. - Douglas nos olhos e todos nós rimos.

- Isso daqui era pra ser uma turma muito maior. Breno, Caio... - Negão disse.

- Tudo namorando! - Marquinhos reclamou e eu ri.

- Cê é um encalhado, cara. - Douglas falou para Marquinhos.

- Vai se foder. Vou provar pra você, nessa viagem, que não sou encalhado. Apesar de você já saber disso. - Disse e piscou o olho.

- Botei fé. Acredito no teu potencial, viado. - Eu que sou não bobo nem nada, já fui dando força.

- Aposta? - Negão sorriu animado.

- Bora curtir esse primeiro dia. - Marquinhos abriu os braços novamente. - Depois eu mostro pra vocês como o papai faz. - Saiu andando e nós rimos novamente. Tenho uma certeza: essa viagem vai ser mais um momento inesquecível com eles. Acabamos ficando em uma barraca e caímos de cabeça nas bebidas do lugar. Era cada coisa diferente... umas tão boas e outra bem ruins. Isso nos rendeu risadas e quando percebi já estávamos todos alegrinhos. Decidi parar, até porque não gosto de ressaca. Porém, Marquinhos e Douglas continuaram.

- Cadê o top less? Caralho! - Marquinhos disse bem embolado.

- Cê tá bêbado, viado. - Eu ri.

- Tô nada, pô. Desse mais dez desse treco verde aqui. - Falou e tomou o resto da sua bebida.

- Dez pra mim também. - Douglas disse rindo pro vento. Olhei pro negão e ele me olhou.

- Puta que pariu. - Ele disse e nós rimos. No mesmo instante passou uma loira por nós, e puta que pariu de novo! Ela me lembrou a Lavínia. Os olhos, o cabelo. Mas o corpo não parece nada. O da loirinha eu conheço bem, é cheio de curva. Essa que passou por mim não, é magra, curvas discretas demais.

O coração apertou e eu senti saudade. Que caralho é esse? Passei a mão por meus cabelos e peguei meu celular, parei no número dela e quis ligar, mas fiquei na dúvida. Essa hora ela já deve tá quase largando o trabalho e com certeza tá na correria de sempre. A boca dela, o beijo dela invadiram minha mente. Suspirei e desviei meu olhar.

- Cê gostou hein?! - Negão percebeu e eu neguei. Mal sabe ele dos meus pensamentos.

- Ou, bora? Vamos comer, almoçar. - Chamei.

- Pede aqui, pô. - Marquinhos reclamou.

- Não, viado. Vamos voltar pro hotel, cês tomam um banho. Aliás, todo mundo. Se recuperam e aí a gente vai.

- Cê é um viadão mesmo. Estraga o passeio, porra. - Douglas disse embolado.

- Vai se foder. - Eu ri e já fui levantando. - Como que faz? Será que esperamos ou precisamos ir lá? - Os olhei em dúvida.

- Claro que ele vem, cara. Aquieta, senta aí. - Marquinhos apontou para minha cadeira. Passou uma loira novamente, com a pele bem bronzeada. - Que bebezinha. - Marquinhos disse, quase quebrando o pescoço e eu ri, sentando novamente.

- Vai ser foda pra gente ir. - Olhei pra Wellington.

- Cê acha que eu não sei? - Ele riu. - Caramba. - Ele olhou para minha direita e eu segui seu olhar. Duas ruivas estonteantes.

- Porra. - Assenti, como quem concorda com negão. Elas são lindas. As duas nos olharam e sorriram. Nós sorrimos de volta. Logo pudemos apreciar a vista na parte traseira. - Boa. - Eu disse.

- Muito boa. As duas. - Wellington tirou seu óculos de sol e eu vi o garçom que nos atendeu o tempo todo se aproximando. Usei meu inglês com ele e pedi a conta, ouvindo Marquinhos e Douglas reclamarem muito.

Com mais esforço, seguimos para o hotel e eu me joguei na cama quando enfim tive paz. Amo meus amigos, mas eles bêbados são uns filhos da puta.

Em meio a uma respiração profunda, eu lembrei dela. Lavínia. Peguei meu celular e disquei seu número. Chamou algumas vezes e então ela atendeu.

- Oi. - Sua voz suave encheu meus ouvidos e eu fechei os olhos. Eu tô começando a ficar com medo do que isso pode significar.

- Oi, loirinha. - Eu sorri.

- Demorou pra dar notícia. Eu já tava preocupada.

- Desculpa. A gente acabou saindo logo que chegamos e só parei agora. Ainda vamos almoçar.

- Sério? Nossa! São que horas aí?

- São umas treze horas. Cê tá em casa?

- Ainda não. Mas eu queria. - Soltou uma risadinha.

- Cê fica muito ligada no trabalho, loira. Precisa de um tempo só seu. - alertei.

- Eu sei. Preciso resolver muita coisa antes da viagem. A gente tá investindo em novas ideias e tá uma loucura, não queira nem imaginar.

- A loucura eu não imagino, mas agora você... loirinha, você eu imagino toda hora. - Ela riu e eu sorri.

- Para, Luan. - Ela disse e eu aposto que tá toda sem graça.

- Paro nada. É verdade mesmo.

- Até parece. Cê vai sair pegando geral aí.

- Ou, cê tá pesando o que de mim? - Ela riu.

- Nada, nadinha. - Ironizou.

- Você faz falta.

- Eu sei. Sou a tua saudade. - Ela disse convencida e eu ri.

- E eu sou a tua saudade.

- As vezes. - Desdenhou.

- Sem graça. - Eu disse sorrindo. Eu fico imensamente leve enquanto falo com ela, estou com ela. Qualquer contato que seja, desde que seja com ela, me deixa assim.

- Tá gostando daí?

- Tô. Vi muito pouco, mas tô sim. Marquinhos e o Douglas já estão bebaços. - Ela riu.

- Não acredito.

- Tô te falando.

- E você? Bebeu?

- Férias é isso né?! Beber logo que o dia amanhece. - Ela riu.

- Aproveita. Mas com cuidado, Luan.

- Eu sei, meu bem. - Saiu automático, mas eu também não me importei. Só tô sendo carinhoso.
Sabe mesmo?

- Sei. - Sorri e então ficamos em silêncio. - Queria teu beijo agora.

- Tô indo agora só já atender teu desejo. - Eu ri.

- Quem me dera isso fosse verdade. Mas quando eu voltar, antes de cê ir pra Sidney, cê vai me ver. - Afirmei. Ela precisa ir me ver.

- Não sei não...

- Lavínia. - Suspirei, insatisfeito.

- Tô te falando que tá uma loucura e você quer que eu viaje.

- Só um diazinho. Só um. - Apelei e já falei com uma vez mansinha.

- Para com esse seu jogo, seu safado. - Ela riu e eu sorri.

- Não tem jogo.

- Tem sim. - Ouvi uma voz feminina, mas não identifiquei muito bem. - Luan, eu preciso desligar. Clarissa chegou aqui, temos muito trabalho.

- Tá. Mas tarde fala comigo.

- Falo.

- Vou ficar esperando.

- Lembra que eu prometi né? Não sou sumir por causa do trabalho.

- Tô me agarrando nessa promessa. Beijo bem gostoso na sua boca.

- Beijo, coisa linda. - Ela desligou e eu suspirei de novo. Como tão pouco, faz tanta diferença em mim? Mordi meu lábio e grunhi. Não pode ser.

Levantei e fui até o banheiro, tomei um banho quente e me vesti confortavelmente. Vamos até um restaurante, que segundo Douglas, não podemos deixar de ir.

Cerca de meia hora eu os encontrei na recepção do hotel, Douglas e Marquinhos estão bem melhores, mas os olhos vermelhos não negam que beberam uma quantidade considerável.

- Ou, cê que vai guiar a gente. - Eu disse para Douglas.

- Nada, pô. Eu não sei guiar nem minha vida. - Negão riu.

- Cê vai confiar nesse macaco? - Marquinhos provocou novamente.

- Caralho, vai se foder. - Desta vez eu ri.

- Eu sei que vocês precisam ficar trocando essas declarações de amor, mas não estamos com tempo pra viadagem. - Negão disse e eu ri novamente. - Tô com fome, pô.

- É, viado. Bora logo. - Olhei Douglas.

- Seu filho da puta, eu não sei ir. - Ele se irritou e eu bufei.

- Cara burro. - Reclamei e Marquinhos riu.

- Por acaso eu já estive aqui antes? Imbecil. - Ele devolveu.

- Bora pelo gps. - Marquinhos palpitou.

- É, bora. - Eu disse e então seguimos para o estacionamento aonde está o carro que alugamos. E então, tivemos outra discussão pra saber quem vai dirigindo. Negão acabou indo, depois de deixar bem claro que o volante vai ser revezado.

(...)

- Minha magrela ia adorar essa comida. - Douglas disse, limpando sua boca com guardanapo.

- É boa demais. - Comentei, engolindo a última garfada.

- Bora olhar aqui a sobremesa. - Marquinhos disse, já pegando o cardápio.

- Não dá pra entender nada. - Negão riu ao tentar ler.

- Google tradutor, paizinho. - Marquinhos disse.

- Num tem em inglês não? - Perguntei.

- Me dá isso, pô. - Douglas tomou da mão do Marquinhos e recebeu um olhar matador. Segurei a risada. - Tá aqui embaixo, em inglês. Marquinhos é muito burro.

- Não vou nem dizer nada, se não eu vou acabar socando a cara dele. - Negão riu e então cada um escolheu sua sobremesa. Ficamos jogando conversa fora e dando risada. Claro, nos xingando também.

Voltamos para o hotel ouvindo um modão atrás do outros e soltamos a voz, enquanto Wellington preferiu somente bater o dedo no volante, acompanhando o ritmo.

Ao chegarmos no hotel, Ju ligou para Douglas e então fomos até o corredor dos nossos quartos ouvindo nosso amigo:

- Eu bebi demais. - Ele ria. - É, eu sei. - E então riu de novo. - Eu sei, eu sei. Cê precisava ver a comida, na verdade cê precisava experimentar. Magrela, só lembrei de você. - Marquinhos fez uma cara de nojo e eu não aguentei. A verdade é que ele ama o casal. - Voltando pro hotel. - Ouviu novamente. - Acho que uma baladinha.

- Não. - Eu disse. Não vou pra balada hoje, eu tô acabado.

- Sim, ah sim. - Marquinhos retrucou. Negão riu, ficando em cima do muro.

- Cês não cansam não? Puta merda. - Falei ao chegar em frente ao meu quarto.

- Eu também te amo. - Douglas continuou falando com ela. - Saudade. Beijo, minha linda. - E então desligou. Abri a porta do meu quarto e ficou olhando pra eles que acabaram parando.

- Quê? - Quis entender.

- Nós vamos pra porra da balada. - Douglas disse.

- Pensei que cê tava falando com sua namorada e não ouvindo nossa conversa. - Eu disse.

- Não sou surdo, Luan.

- Bora descansar por hoje, caramba. - Eu propus.

- Não, não. - Marquinhos disse.

- Sério? - Suspirei.

- Cê tá fraco, cara. - Negão disse.

- Tô achando que cê tá com alguém. - Douglas desconfiou. Eu evito falar de Lavínia. Nosso lance parece muito nosso, eles não sabem em que nível estamos.

- Bora pra porra da balada. - Falei pra eles se calarem. E então satisfeitos, eles foram para seus quartos e me deixaram em paz.








Oiiiii meninas! Voltei! Vi o tantão de comentários 😍😍😍 Voces são lindasssss!!!! A viagem dos meninos começou... e aí? Vocês tem a mínima ideia do que vai rolar? Não vou nem dizer muito, vou deixar pra imaginação de vocês...
volto amanhã, eu acho 🤭
Bjjjjjssss, Jéssica ❤️