segunda-feira, 18 de maio de 2020

“ Vestígio de Ibiza “ 31

Cheguei ao aeroporto com muita dor de cabeça. Cabelo feito um coque, calça jeans e camisa de mangas longas, calçando um salto. Bolsa, uma mala pequena na mão e completamente perdida e irritada. Acabei de me informar sobre a passagem e o tal voo que o Luan me disse simplesmente que não existe para esse horário e que não foi reservada nenhuma passagem.
Peguei meu celular, pra lá de irritada e liguei pra ele. Me atendeu rapidamente. 

- Luan? 

- Oi, loira. Já tá no aero?

- Sim. Não tem nenhum voo pro horário que cê falou. Eu tô aqui igual uma maluca e sem saber o que fazer. 

- Meu jatinho tá te esperando. - Eu senti meu sangue ferver em cada veia do meu corpo.

- Como é? - Eu quase gritei, sem querer acreditar. 

- Se eu falasse, você não ia querer vir. Não tinha voo. Meu jatinho tá aí e vai te levar de volta. - Ele falou com o maior jeito do mundo, mas tudo que eu queria era asfixia-lo. 

- Você é um filho da mãe. - Eu falei pausadamente. - Você sabe que nunca eu iria aceitar isso, Luan. Porra! - Eu falei realmente irritada. Não gosto que ele faça esse tipo de coisa. 

- Lavínia, calma. Calma, pô. - Ele disse. - Eu quero te ver e não medi esforços pra isso. Não era pra você ter essa reação, caramba. - Revirei os olhos. - Vem, entra no jatinho, deita. Relaxa, minha loira. - Eu respirei fundo. Por que as palavras dele me atingem com tanta facilidade? Caramba, mas a raiva não passou. 

- Não era pra ter feito isso. - Falei agora em um tom mais baixo.

- Só vem. Por favor. Chegar aqui cê pode até me bater se quiser, mas eu quero pelo menos sentir o teu cheiro. - Eu suspirei. As palavras de novo. 

- Tá, Luan. Tá. 

- Um beijo. 

- Beijo. - Falei baixo, ainda um pouco fria. 

- Nossa, até imaginei o beijo nesse tom de voz. Não foi muito bom não. - Ele brincou e eu revirei os olhos, segurando o sorriso. - Só mereço isso?

- Você merece muito tapa por ter me enganado. - Ele riu. 

- Mereço nada. Eu mereço beijo, isso sim. 

- Uhum, vai pensando. - Fui irônica e ele riu novamente. 

- Tô te esperando. Demora não. 

- Tá. Até já. - E então eu desliguei. Ele consegue ser o filho da mãe mais fofo do mundo! Fui me informar sobre o jatinho e após pedir minha identificação, fui acompanhada até o ponto onde o piloto do Luan me recebeu. 

- Tudo bem? - Ele foi simpático. 

- Tudo sim. Você também?

- Sim, tudo ótimo. - Entrei e ele me acompanhou. - Deu tudo certo?

- Mais ou menos. Digamos que eu demorei um pouco a saber que iria vir no jatinho dele. - Ele riu, enquanto eu fui me acomodando. 

- Cê fica a vontade. Tem vários chocolates pra você aqui. - Abriu uma gavetinha. 

- Não só chocolate né?! - Eu ri de leve ao me deparar com um monte de bobagem. 

- É. Ele gosta dessas coisas. - Ele sorriu. - Podemos ir? 

- Sim, podemos. - E então ele foi para seu posto e eu encostei minha cabeça no encosto da cadeira e peguei um KitKat. Mordi e fechei os olhos. Estou tão cansada. Respirei fundo e continuei me deliciando. Acabei soltando um gemidinho de puro prazer, só por estar relaxada e comendo um chocolate.

Logo terminei e então continuei de olhos fechados. Nem percebi quando dormi.

|| Luan || 

Fiquei esperando Lavínia no carro, no estacionamento do aeroporto com Wellington. Eu tô tão ansioso. Ansioso pra caralho!

Quando eu vi ela chegando, carregando sua bagagem de mão, o rostinho cansado. Meu corpo todo reagiu. Senti vontade de sair, mas tem tanto movimento... 

- Ela tá linda. - Acabei falando em voz alta e Wellington soltou uma risada, sentado no banco da frente. 

- Cê tá lascado, boi. - Ele disse.

- Cala tua boca, caralho. - Eu disse sorrindo e então ele saiu pra recebê-la. Fiquei olhando o rápido diálogo e então ela abriu a porta, enquanto ele levou sua mala até o porta-malas. 

- Oi. - Ela disse ao entrar, me mostrando um sorriso cansadinho, mas feliz, desfazendo o coque do cabelo. 

- Oi, loira. - Nem perdi tempo e já abracei. Parece que as transas de Ibiza nunca existiram, parece que nada veio antes dela. Parece zerado. Reiniciado. Que porra. Senti o cheiro, enchi meus pulmões e o ar saiu mais leve. Eu me senti bem e ao mesmo tempo, tive medo. O que essa mulher tá fazendo comigo? - Saudade de você. - Falei contra sua pele. 

- Saudade de você também. - Ela me apertou mais. - Não fica aprontando essas coisas. - Me repreendeu sobre o jatinho. Foda-se, eu ia fazer de tudo pra ver ela. Wellington voltou e ela desfez o abraço. 

- Meu beijo. - Falei baixinho, já que agora não temos nossa total privacidade. 

- Tá maluco? Claro que não. - Sussurrou e deu uma olhadinha para Wellington. Eu sorri, achando lindo o jeitinho dela. 

- Para de bobagem. - Coloquei a mão entre seus cabelos e cheirei sua bochecha, beijando o canto da sua boca em seguida. 

- Luan... - Ela disse em tom de aviso. Eu parei e olhei em seus olhos com o rosto bem próximo ao seu. Eu quero beijar ela e nesse momento ela sabe o quanto eu quero. - Cê para com isso. - Ela sorriu e eu sorri involuntário. Eu abracei de novo, sem ligar se tô sendo grudento demais ou algo do tipo. Beijei seu pescoço e ela se encolheu, me fazendo rir. Bateu em meu peito, na tentativa de me afastar. Assim fiz. Ela tá toda sem graça por causa do negão. Sentei normalmente e olhei ela. 

- Cansada? 

- Quase morta. - Ela riu sem humor. - Tô com dor nas costas. Fiquei verificando uns produtos que chegaram pra saber se realmente estão com qualidade, a posição não era muito favorável. 

- Entendi. - Passei o dedo em sua bochecha, só pra tocar. Ela tá aqui. - Cê quer uma massagem? Eu garanto que da pro gasto.

- Você? - Ela desacreditou, segurando o riso. 

- Eu sim. 

- Tá né. Não vou recusar, tô precisando mesmo. 

- Você não vai se arrepender. - Eu pisquei um olho e ela sorriu. 

- E aí, Wellington, como foi a viagem? - Quis puxar assunto e eu olhei o negão pelo retrovisor interno. 

- Boa. - Ele me olhou também. Quase como uma comunicação. - Descansamos, nos divertimos.
Imagino. - Ela sorriu. - E você? Gostou? - Me olhou.

- Gostei. Lá é lindo. - Eu tentei olhar nos olhos dela, mas acabei desviando. Parece que tô falando de algo proibido. Mas que porra! 

- É, é lindo mesmo. 

- Cê já foi? - Wellington perguntou. 

- Já. Faz muitos anos, mas já. - E então o silêncio reinou. Que assunto mais desconfortável. Ela sabe que teve sexo, ela simplesmente sabe. E a gente só confirmou isso agora, através da nossa reação. Lavínia não é boba. 

- Mas o melhor é tá de volta. - Eu tentei fazer o ambiente melhorar. 

- É, chegar em casa é a melhor coisa. - Ela me olhou. - Mas cê nem foi pra casa ainda. 

- É, mas não vou demorar muito a parar por lá. Só de tá no Brasil, já é bom.

- Uhum. - Ela mostrou seu sorriso educado. Ela também não tá gostando do assunto. Pra que ela entrou nele? - O hotel é muito longe?

- Não. - Wellington respondeu. - Daqui uns dez minutinhos nós vamos chegar lá. 

- Certo. - Ela pegou seu celular e eu nem me incomodei de ficar olhando ela entrar no WhatsApp e mandar mensagem no grupo chamado “ Irmãs “

“ Acabei de chegar tá? “

“ Logo tô de volta. Qualquer coisa me liguem “

“ Amo vocês “

E então bloqueou o celular e me olhou.

- Seu fuxiqueiro. - Brincou e eu revirei os olhos. Olhei sua boca, querendo beija-la. Ela riu de leve, percebendo. Pousou a mão em meu rosto e mordeu minha bochecha.
 
- Meu beijo, loira. - Pedi novamente.

- Eu fico sem graça. - Ela sussurrou, pousando a cabeça em meu pescoço, me abraçando. 

- Isso é bobagem. - Ela ficou em silêncio, abraçada comigo. Fiz carinho em seu cabelo e foi assim até Wellington estacionar. Percebi que ela não se moveu. - Lavínia? - Eu ri de leve.

- Hum? - Ela respondeu.

- Chegamos. - E então ela tirou o rosto do meu pescoço e me olhou com uma carinha de sono. Ela realmente se esforçou pra tá aqui. 

- Vamos. - Ela disse, se afastando. Eu abri a porta, sai e ela saiu em seguida. Fechei a porta e então procurei sua mão. Fomos de mãos dadas até o elevador, em silêncio. - Seu show é que horas? - Ela disse logo que o elevador se abriu.

- Lá pras três horas da manhã. 

- Tarde. - Ela fez careta. E nós entramos no elevador juntos com Wellington. 

- Vou ter mais tempo contigo. Pensa pelo lado bom. - Pisquei e ela corou. Até Wellington acabou sorrindo ao perceber ela sem graça. Seguimos em silêncio até nosso andar. 

- Tchau, Wellington. Obrigada. - Ela agradeceu ao perceber ele ir para o lado contrário, logo após me entregar sua mala. 

- Que isso, pode contar quando precisar. - Ele sorriu e então eu segui até o quarto.

- Valeu, negão. - Falei já caminhando.

- É nós, boi. - E então eu não ouvi mais a voz dele. Chegamos ao quarto e eu abri a porta, dando espaço pra ela entrar. Fechei a porta e larguei sua mala no cantinho da parede. 

- E agora? Só nós dois. Eu quero meu beijo. - Ela sorriu e se aproximNou. Agarrei sua cintura e o corpo já familiar me fez relaxar completamente. Suas mãos em minha nuca e sua boca procurando a minha. Me beijou e então meu corpo todo se ascendeu. Porra! O beijo dela não é brincadeira. Apertei sua cintura quando senti sua língua em minha boca. As mãos arranhando de levinho minha nuca. Isso é bom demais! Girei nós dois e encostei ela na parede. Enfiei as mãos entre seus cabelos com muita vontade. Quase enlouqueci quando senti ela chupando meu lábio. Abri os olhos e vi ela com os olhinhos fechados. Porra! Encostei ainda mais meu corpo no dela e senti ela querer mais. Com nós dois é sempre assim. Eu não consigo explicar. Mordi o seu de volta e ela tentou ficar ainda mais na ponta dos pés do que já estava antes. Desci minhas mãos. Passei por sua cintura, parei em sua bunda. Apertei e empurrei contra meu corpo, fazendo nossos sexos se encontrarem. O beijo não é desesperado. É cheio de saudade e de pegada, sensualidade. Eu e ela sabemos exatamente como fazer um com o outro. Entramos em combustão juntos. Voltei os braços em volta da sua cintura, lhe abraçando, sei deixar de beija-lá. Apertei em volta de mim e ela sorriu. Lhe dei um tapinha na bunda e procurei sua língua pra chupar. Assim fiz e ela ofegou. Foi minha vez de sorrir.
Gostoso. - Ela sussurrou e então sua voz foi engolida pelo meu beijo. Lhe dei um selinho de língua, chupando seu lábio carnudo antes de me afastar. Pousei minhas mãos nas laterais do seu rosto e quase adorei essa mulher de joelhos só por ela estar aqui. Eu tenho medo dos meus pensamentos. Não quero nada com ninguém, eu não presto pra isso. Muito menos pra ela. Ela sorriu e então eu percebi que eu tô olhando vidrado pra seu rosto. Olhos, boca, sobrancelhas, cílios, bochecha... tudo. É linda. 

- Ô saudade dessa boca. - Ela sorriu e eu lhe abracei, tentando acalmar meu corpo. 

- Você me prometeu massagem. - Falou com a voz abafada em meu ombro.

- Eita! Tinha até esquecido. - Ela riu. E eu sorri. Me afastei. - Fica só de calcinha na minha cama. - Seu olhar se tornou malicioso. 

- É mesmo uma massagem? - Ela não precisava me afetar tanto. 

- É mesmo uma massagem. - Eu confirmei. - Depois um banho, nós dois. - Eu pisquei. 

- Banho mesmo? - Eu ri.

- Se você só quiser banho, é só banho. Cê tá cansadinha.

- Acho que nem tô tanto assim. - Dessa vez eu ri mais forte e ela se agarrou em mim. - Bobão. 

- Vai, deita lá. Vou te deixar bem relaxada. - Ela me olhou. 

- Você vai tirar a roupa também? - Eu ri de leve, mostrando surpresa. 

- Cadê a Lavínia que eu conheço? 

- Não quis ser maliciosa. - Ela sorriu. - É que eu vou ficar só de calcinha e você todo vestido. Tira pelo menos a camisa. 

- Tá. Eu tiro. - Concordei e então ela se afastou. Lhe dei espaço e ela caminhou até a cama. 

- Isso aqui é enorme. - Ela disse, tirando os calçados. Virei e fiquei olhando. 

- É, é mesmo. - Concordei por saber que ela se refere ao quarto. Ela começou a descer sua calça. 

- Luan! - Me repreendeu e eu então me movi. Deixei ela sem graça. Virei de frente para o espelho, mexendo no cabelo e continuei olhando pelo espelho. Ela riu e eu acabei sorrindo também. - Toma jeito, garoto. Toma jeito. - Tirou a calça por completo e vi sua calcinha azul claro. Pequena, simples e delicada. Já começou a tirar a blusa. 

- Garoto nada. - Ela me mostrou a língua e tirou a blusa completamente. O sutiã é conjunto com a calcinha. Gata. Segurei a barra na minha camisa e tirei. 

- Tá de sacanagem, Luan? - Ela disse com muita raiva, sentou na cama e eu encontrei seus olhos através do espelho. - Você é um escroto. - Ela disse com os olhos fervendo de raiva, olhou minhas costas. - Eu sou uma idiota mesmo. - Levantou e eu lembrei que tô completamente arranhado pela última transa em Ibiza. Puta que pariu, eu tô ferrado.








Meninasssss! Tenho palavra hein! Tô aqui! Pelo jeito, todas acertaram... Lavínia não gostou nada do que viu. O que vocês acharam? Confesso que ficou com dó. Como acham que isso vai acabar? Prometo voltar logo com outro! Bjsss
Obrigada pelos comentáriosssss, vocês estão mto espertinhas, acertando tudoooo! 

16 comentários:

  1. Acho que ela vai perdoar o Luan kk.
    Pelamorrr, não demora pra postar o outro cap.

    Bjs, Ana Carol

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  2. É eita atrás de eita moça kkkk amando os sentimentos deles, já quero uma declaração bem romântica e fofa, eles tem que se assumirem logo af, kkkk mas está maravilhosa continuuua❤👏

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  3. Jéssica volta aqui Muié, como vc pode para logo nessa parte? Tem coração não? Tem dó das suas leitoras não?? 😂😂😂
    Acho que a Lavínia podia fazer alguma coisa pra deixar o Luan se mordendo de ciúmes dela kk e de quebra da da gelo nele 😌😂
    Tô amandoo, continua👏😍

    Bjinhoos// Rafa..

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  4. Foooogo no parquinhooooo
    Menina,não some eu quero Lavínia enganando luan kkkkk

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  5. Como é que cê para assim ? E tipo quando o boy não deixa gozar hahahahah...

    Só volta aqui e continua , quero ver como o Luan vai se sair dessa , e quero ver também como a Lavínia vai dar o troco nele ...

    Sera que vai ter treta ? Sera que ainda vai ter amor no Paraná hahahaha

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  6. AAAAAAH É FOGO NO PARQUINHOOOO !! ������
    Amandoooo, e sacanagem parar nessa parte kkkk eu quero tretaaaaaa
    //Carol

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  7. Eitaaaa, eitaaaaa! Curiosa demais, fiquei! No aguardo do próximo 😍

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  8. TRETAAAAAA não vou mentir,adoro
    Mas secagem parar na melhor parte, em kkkk continua logo, quero vê Lavínia dando um gelo nele

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  9. Eitaaa, atrás de eita
    Tadinha Lavínia

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  10. Acho que o Luan vai consegui controlar a situação.

    PS:Jéssica, bem que você poderia combinar pelo menos 2 dias na semana pra postar os capítulos kk. Tipo toda seg e quinta.
    Pensa nisso kkkk.

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  11. Quero a Lavínia dando o GELO que ele merece e muito ciúmes dela "indo em frente".
    Volta logooo!!
    Beijoo

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  12. Eitaaaaaaaaaaaa continua amor

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  13. Não aguento mais atualizar nega atrás da continuação kkkkkkkk a história tá perfeitaaa , bem que Lavinia poderia dar o troco e fazer ele provar o próprio veneno
    Bjs, Dalva

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  14. Luan é um babaca, quero ele levando um gelo

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