segunda-feira, 23 de agosto de 2021

“ A verdade sobre o clipe “ 80

Capítulo de hoje dedicado a Cátia que tá aniversariando! Últimos minutinhos do dia hein?! Espero que seja um “ presente “ bom! Paz, saúde e felicidade, linda! ✨❤️


Chegou a hora de irmos para o jantar tão esperado. As meninas estão em êxtase, segundo elas, tudo em ordem. O sorriso da Lavínia não tem tamanho! Então, mas uma vez adiei a conversa sobre o clipe. Mas prometi a mim mesmo, de hoje não passa. Após o evento, pretendo conversar com ela.

- Vem fazer uma foto aqui, amor. - Ela me chamou, logo que estacionamos no local do evento.

- Nesse fundo branco? - Franzi a testa, mas acompanhei ela.

- Vai ficar bom. - Ela disse. Estamos combinadinhos

- Vai, eu ligo o flash pra ajudar na luz. - Clarissa disse.

- Liga o seu também. - Talita falou com Marco.

- E por que você não liga o seu? - Ele rebateu.

- Você é insuportável, cara! - E eles, começaram a discutir.

- Eu ligo, eu ligo! - Keven disse, dando fim as farpas dos dois. Fizemos várias poses e eles fizeram graça. Peguei Lavínia nos braços, brincamos e rimos.

- Chega! - Talita berrou. - Temos um evento, caralho!

- Chata! - Lavínia berrou de volta.

- Talita fica fora do sério quando tá tensa. - Clarissa riu. E então, seguimos para a entrada do evento. Todos os casais de mãos dadas.

- Amor! - Lavínia me mostrou, postando no feed:


 “ E as coisas lindas são mais lindas quando você está ❤️ @luansantana “ 

- Te amo, loira. Sua bunda tá espetacular nesse vestido. - Sussurrei em seu ouvido e ela riu, corando.

- Não fala essas coisas. - E então, chegamos a entrada. Haviam alguns fotógrafos e nós paramos para fotos. Em seguida, as três foram chamadas para dar algumas entrevistas para blogueiros/jornalistas ali presentes. E então, foi quando Lavínia desapareceu do meu radar. Eu vi ela brilhar e falar com muita gente, cumprimentando muitos. Enquanto isso, fui conhecendo sua família, juntamente com Marco, com a ajuda de meu sogro. Temos música ao vivo e telões onde passam imagens da marca, toda criação, produtos e tudo mais. São muitas, muitas pessoas prestigiando o evento e eu entendo que as meninas tenham que dar atenção. Nem ao menos consegui dizer oi a minha sogra desde que cheguei. Lembrei de minha irmã. Ela adoraria estar aqui! Sempre foi fã assumida da marca, sempre ganha os mimos da Lavínia.

- Porra, só tô vendo o cabelo da minha mulher. - Keven se aproximou, após meu sogro ser chamado por um grupo de convidados.

- Nem me fala. Festa foda! Mas em compensação, nossas mulheres sumiram. - Falei, bebendo um pouco de champanhe.

- Fala, seus viados! Se meteram aonde? - Marco apareceu também com uma bebida na mão.

- Você quem sumiu. Disse que ia ao banheiro e evaporou. - Eu disse.

- E eu, tava comendo e conversando com uns parentes da Talita.

- Eu tava apertadão. Aproveite pra comer alguma coisa. - E então, bebeu um pouco. - Minha mulher tá uma gata! - Ele babou.

- Eu tô sem sexo há semanas. - Suspirei. - Sem uma metidinha de nada e a Lavínia fica pra cima e pra baixo com esse vestido e esses saltos. - Passei as mãos por meus cabelos.

- E ontem, porra? Nada? - Keven me olhou.

- Teve um negocinho, mas eu tô falando de meter mesmo. Saudade disso. - Franzi a testa.

- Relaxa, amanhã cê vai gozar muito no resort. - Marco disse e nós rimos, brindando com nossas bebidas.

- Sinto muito, meu amigo. Ontem eu conheci muito bem o quarto da Talita. - Keven sorriu malicioso.

- Esse moleque representa! - Marco disse. - Clarissa caiu de cansaço ao meu lado logo que deitou. - Ele sorriu. - Mas quando acordou, a gente tirou um tempinho. - E a gente continuou falando de sexo, até Marco tocar no assunto do pedido. - Tô tenso pra caramba. Combinei tudo certinho lá com o hotel, mas tô nervoso. - Ele disse. Sim, ele vai pedir a Clarissa em casamento e isso é segredo dos homens.

- Ela vai dizer sim, sem dúvidas. Fico com pena, mas fazer o que?! - Keven brincou e nós rimos.

- Seu filho da puta. - Marco revidou.

- Tô nervoso pra falar do clipe. - Esfreguei minha testa com os dedos.

- Natália é gostosa demais. - Keven comentou.

- Lavínia vai ficar maluca! - Marco disse e eu bebi o restante do champanhe em um gole só.

- Relaxa, vai com jeitinho. Vai dar tudo certo. - Keven tentou ajudar.

- Quando cê vai falar? - Marco perguntou.

- Logo que a gente for pra casa. Tem umas coisinha pra arrumar pro resort, espero ter tempo entre o banho e dormir.

- Já deu certo. Ela sabe que cê ama ela. - Marco quis confortar. Mas ele sabe, eu sei e Keven sabe: não vai ser fácil. Voltamos a falar sobre o pedido de casamento. Bruna também sabe, ela o ajudou para que tudo saia romântico. Vai ser no fim da tarde, por do sol que a Clarissa ama. Ele pensou em tudo. E eu preciso dizer: me sinto um tanto ansioso por ele também. Porém, o assunto do clipe está corroendo meu estômago.

- Poxa, olha só! - Keven disse, nos mostrando em seu celular uma publicação de Talita: 

“ A parceira de vocês é essencial nisso tudo. E vamos continuar honrando essa história tão linda! ❤️ “ 

- Gatas pra caralho! - Eu babei.

- Muito! - Marco sorriu. Ela são poderosas.

Quando minha sogra assumiu o microfone, voltamos nossa atenção para ela. Houve todo um discurso sobre o dia de hoje, sobre a marca. Em seguida, houveram algumas outras pessoas importantes falando sobre todo o desenvolvimento em Sidney. E quanto chegou a parte do Brasil, lá estavam elas. Lavínia falou um pouco e eu tive que gravar um storie dela e postar no meu Instagram. Em seguida, Clarissa também falou, logo depois Talita. Só então, deram início oficial ao jantar beneficente. E então, logo elas nos localizaram. Talita, Clarissa e Lavínia vieram juntas em nossa direção.

- Oi, meu amor. - Ela sorriu, me abraçando. E então me olhou, sem me largar. - Desculpa não poder te dar tanta atenção. Isso tá uma loucura. - Acariciou minha barba.

- Tô muito orgulhoso de você. - Eu disse e ela sorriu, me beijando rapidamente.

- Vamos pra mesa. - E então, nós fomos. Ficamos juntamente com sua mãe e seu pai. E então, enquanto o jantar era servido, vários prêmios começaram a ser leiloados. Fiz minha parte, comprando um colar de diamantes. E obviamente, será para Lavínia. Marco comprou uma bolsa da prada e Keven comprou uma coleção inteira de lingeries da Victoria Secrets. Entre tantos outros prêmios leiloados.

Procurei a mão de Lavínia, embaixo da mesa e não encontrei. Somente sua perna. Apertei e ela me olhou. Subi um pouquinho a mão e ela me deteve com a sua.

- Quero muito ficar sozinho com você. - Eu disse em seu ouvido. E ela sorriu, tentando disfarçar. Olhou minha boca e então, me beijou rapidamente, sem dizer nada. Se envolveu em uma conversa com seus pais. Sua indiferença me subiu a cabeça. Voltei com a minha mão novamente e subi um pouco seu vestido. Ela me repreendeu com o olhar. Sorriu fingida e me abraçou.

- Para de me provocar. - É, parece que ela não tá tão indiferente assim.

- Você tá me dando tanto tesão hoje. Esse vestido, você toda séria, sendo uma mulher de negócios… porra. - Ela segurou meu maxilar.

- Luan. - Sorriu. - Não faz isso. - Olhou minha boca. E eu ri.

- Tô falando sério. - Olhei em seus olhos e ela suspirou.
Irmã! Te enviei aquela sua foto. - Talita falou com ela, enquanto a conversa rola na mesma ao mesmo tempo do leilão.

- Tá. - Lavínia disse, pegando seu celular. Logo abriu na conversa e viu a foto:


- Olha isso. É a mesma mulher que eu puxo o cabelo, dou tapa na cara… impossível não sentir tesão. - Ela me olhou muito corada.

- Sério, amor! Vou colocar uma fita na sua boca. - Ela sorriu, encostando a boca na minha.

- Coloca outra coisa, que eu me calo. - Ela riu e eu acompanhei. Ninguém pode nos ouvir devido o barulho do ambiente, mas conversar sacanagem na frente de todos também me deixou excitado.

(…)

O evento finalmente chegou ao fim e eu fui apresentado a mãe de Bernardo que me recebeu com a mesma simpatia de todos. Me disse palavras bonitas e sobre o quanto apoia Lavínia e eu. Já na saída eu me sentia zonzo de tantos nomes que ouvi hoje. Fui apresentado à muitos parentes da Lavínia, impossível não ficar confuso.

Seguimos para casa e eu comecei a ficar tenso. Está chegando a hora de falar o que eu tanto adiei.

Ela abriu a porta do quarto, já com os saltos na mão, enquanto eu carrego sua bolsa.

- Nossa, eu tô exausta. - Ela se jogou na cama.

- E ainda precisa separar o que vai levar pro Resort. - Lhe lembrei e ela gemeu frustrada.

- Mas antes, pode rolar um banho juntos? - Ela propôs.

- Bora. - Eu sorri e ela sorriu também.

- Deu tudo tão certo hoje, amor. Tô muito feliz. - Ela sentou-se e eu sinto por ser a pessoa que vai mudar seu humor.

- Eu fiquei bobo com você lá. Coisa mais linda do mundo! - Eu disse, deixando sua bolsa e meu casaco da cama e já tirando minha camiseta. Ela levantou e sorriu daquele jeito.

- Você me provocou e muito! - Ficou bem próxima de mim.

- Eu fiquei com tesão. - Assumi, novamente.

- Ah, foi?! - Ela ficou na ponta dos pés e desabotoou o cinto da minha calça.

- Você não imagina o quanto. - Sorri maliciosamente e ela riu.

- Então vem pro banheiro, que a gente resolve. - Ela me puxou pelo cós da calça, mal sabe ela que meus planos são outros. Nossa conversa não pode mais ser adiada.

Tiramos as roupas e entramos no chuveiro. Ela molhou os cabelos, quer ir com eles lavados amanhã.

- Eu quero conversar com você. - Eu disse, enquanto ela pega o shampoo. E então, me olhou esperando. - É sobre o clipe. - Peguei o shampoo dela e depositei em minha mão, espalhando em seus cabelos.

- Tá, pode falar. - Ela disse, pousando as mãos em meus quadris, e ainda assim, me olhando.

- Foi decidido tudo. A modelo é uma gringa.

- Certo… - Ela incentivou, enquanto seu cabelo já está todo ensaboado. Fomos para debaixo da água para tirar o shampoo e eu ganhei tempo. Ela fechou os olhos e eu fiz todo o trabalho de deixar seu cabelo levadinho. Isso não demorou muito, então ela se afastou novamente da água. - E aí? - Me incentivou de novo.

- Esse clipe tava decidido muito antes de eu começar a namorar você, então muito coisa eu não consegui mudar. Envolve estratégias e um mundo por trás de um lançamento. Isso foi pensando por muito tempo e por muitas pessoas. Foi trabalho duro. - E ela assentiu, pegando o sabonete e começando a me ensaboar pelos meus ombros. - Vai ser algo mais quente. - Eu falei devagar, olhando a reação dela. Seus olhos nos meus e ela franziu a testa.

- Quão quente? - Perguntou.

- Ficou acertado de ter beijo e… - Suas mãos pararam em meu peitoral, deixando pra lá a ideia de me ensaboar.

- E você vai beijar? - Ela parecia incrédula.

- Eu tentei mudar esse detalhe, mas é como eu te falei… - E então suas mãos deixaram de me tocar. - Existe muito por trás, foram meses de trabalho. - Ela riu fraco e colocou as duas mãos na cintura.

- Por isso você escondeu tanto… - Ela negou com a cabeça.

- Não, eu só queria que ficasse tudo certo pra que eu te contasse.

- Sei. - Ela ergueu as sobrancelhas, sem acreditar em mim.

- Vão ter cenas sensuais e… - E então, ela me interrompeu.

- Cês vão encenar uma transa? - Disse com ironia.

- Sim. - Eu respondi, sentindo meu coração acelerado. Não quero que ela fique chateada. Ela soltou mais uma risada incrédula.

- Eu sinceramente não sei o que dizer. - E então, se virou de costas pra mim, se ensaboando.

- Loira, eu queria te explicar, te dizer tudo e deixar claro que é só trabalho.

- Queria ver meu trabalho sendo assim. - Ela resmungou.

- Meu amor, tenta entender. - Quando eu toquei seus ombros ela se virou.

- Tentar entender? Sabe o que eu tô entendendo nisso tudo? O desrespeito comigo, a situação constrangedora que eu tô sendo colocada! - Ela disse firme, já irritada.

- Eu entendo você, mas isso não tem nada haver com nosso relacionamento.

- Não tem? Luan, você tá se ouvindo? - Ela se alterou e eu suspirei. - Isso foi planejado quando você estava solteiro! Um clipe quente desse tipo, não vai influenciar no nosso relacionamento? Só na sua cabeça mesmo!

- Se você ver isso com maturidade, não vai. - Suspirei.

- Foda-se a maturidade! Queria ver você no meu lugar, só pra saber o quão confortável e agradável é. - Ela foi irônica e se virou novamente, para tirar o sabonete que já foi espalhado em seu corpo.

- Não tenho como evitar isso, só queria que você soubesse de tudo.

- Beleza, já tô sabendo. - Respondeu seca e então, ela logo saiu do banheiro, procurando sua toalha. E eu deixei. Ela precisa desses minutos pra analisar tudo e quem sabe ser um pouco mais flexível. Céus, por favor! Que tudo fique bem.

Terminei meu banho, fazendo todas as orações possíveis pra que ela esteja melhor. Enrolei a toalha em minha cintura e quando cheguei no quarto, vi ela ajeitando sua mala, vestindo um conjunto de pijama. Os cabelos ainda estão molhados. Permaneci em silêncio e ela nem ao menos me olhou. Continuou sua tarefa, como se eu fosse nada. Fui até minha mala, em seu closet, peguei uma cueca, vesti e em seguida um shortinho que é pijama e decidi ficar sem camisa. Hoje tá bem fresquinho, muito agradável. Voltei pro quarto, e ela continua ajeitando tudo. Me aproximei e lhe abracei por trás. Ela ficou tensa, parando o que estava fazendo.

- Não fica brava, minha princesa. - Beijei seu ombro.

- Tô ocupada, Luan. - Ela disse, friamente.

- A gente vai pra um resort amanhã, amor. Não vamos ficar num clima ruim. - Pedi. E ela se virou me olhando. Pequena no tamanho e imensa na braveza.

- Aquele clipe que você fez pra mim, foi só pra recompensar essa palhaçada toda? - Ergueu as sobrancelhas.

- Como você pode falar isso, Lavínia? - Fiquei ofendido. - Eu fiz como presente de um mês pra você.

- Sei… - Ela desacreditou.

- Você pode duvidar o quanto quiser, eu sei da minha real intenção. - Fui firme. E neguei com a cabeça, sabendo o que ela ficou imaginando.

- Quem vai ser essa modelo, Luan? - Ela perguntou, respirando fundo.

- Natália. - Suspirei. Ela franziu a testa e pareceu pensar.

-  A ex do maluma? - Ergueu as sobrancelhas, sem acreditar.

- É… ela tava entre as opções faz tempo. - Ela negou com a cabeça e vi seus olhos se encherem de lágrimas, então se virou de novo, voltando a fazer sua tarefa. - Amor, é só trabalho, poxa! - Franzi a testa, sentindo meu coração doendo por ver ela tão chateada.

- Não quero conversar agora. - Disse baixinho, com a voz um pouco embargada e eu respirei fundo.

- Posso te ajudar? - Decidi não insistir no assunto e tentar algo mais leve.

- Trás lá tudo que você vai levar. - Ela disse, sem me olhar. Fechei meus olhos com força. Eu sabia. Sabia que seria assim. Fiz como ela disse, peguei tudo que vou querer da minha mala para os próximos dois dias e deixei na cama, sentando em seguida. Procurei seus olhos e vi seu rosto vermelho, sem sinal de lágrimas. Ela tá muito brava e chateada. Essa combinação é complicado. Não sei direito como agir. Ela deve tá se sentindo insegura e com ciúmes. Se eu pudesse, colocaria ela nos meus braços e lembraria que não quero mais ninguém além dessa baixinha, dos olhos lindos.

- Seco o seu cabelo depois tá? - Tentei uma conversa.

- Não precisa. Eu mesma faço. - Ela disse, começando a colocar minhas coisas na mala. E ela continuou nesse serviço, e eu não consegui puxar papo, mas fiquei ali ao seu lado. Quando ela terminou, deixou a mala prontinha e foi para o banheiro. Ouvi o barulho do secador e fiquei sentado. Eu também acabei molhando os meus, mas já está secando, o lado bom de ser homem. Liguei a tv e fiquei assistindo, mas o pensamento nela.

Longos minutos depois, ela voltou e ainda sem me olhar, deitou-se na cama ao meu lado.

- Vem cá. - Chamei, mas eu me arrastei até ela que rapidamente se cobriu com o edredom. Me enfiei embaixo também e cheirei seus cabelos. - Cheiroso demais. - Sussurrei e então, beijei onde cheirei.

- Tô morrendo de sono, vamos dormir. - Ela disse fria como um cubo de gelo.

- Então me olha, me deseja boa noite, amor. - Pedi abraçando ela pela cintura. Ela me olhou sem emoção nenhuma.

- Boa noite, Luan. - Sua frieza fez meu coração retorcer.
E um beijinho, eu ganho?

- Não força. Tô péssima com isso tudo. Tô irritada, tô chateada… tudo! - Revirou os olhos.

- Mas não precisa se sentir assim. - Ela riu ironicamente.

- Não precisa? Você sendo o mulherengo que sempre foi, beijando uma mulher daquelas… - Negou com a cabeça.

- Meu coração é teu, loira.

- É, mas homem adora pensar com o que tem entre as pernas. - Me olhou irritada.

- Cê tá insinuando que eu posso te trair? - Franzi a testa.

- Você ficou com várias enquanto ficava comigo. - Deu de ombros.

- Mas a gente não tinha nada sério, eu disse que não queria compromisso. Depois que a gente começou a namorar, tudo mudou, caramba. - Ela bufou.

- Você não tem poder pra dar uma palavra final no seu trabalho? Imagina só o quanto isso vai dar o que falar por aí… - Ela passou a mão por seu rosto.

- Não é tão simples quanto você pensa. - Suspirei.

- Na boa, Luan. Eu tô puta com você e quero que tudo vá se ferrar. - Ela desabafou e se não fosse não sério, eu iria rir agora.

- Inclusive eu?

- Principalmente você. - Ela falou. - Agora eu vou dormir. Já chega dessa conversa. - Ela disse e se virou, ficando de lado, de costas pra mim. Encerrada a conversa. Eu tentei dormir, mas demorei. E então, o cansaço pelo dia corrido, me venceu.

(…)

Acordei com a sensação de ter dormido uma horinha. Meus olhos ardendo e implorando por mais horas de sono.

Lavínia está na ponta da cama, o mais distante de mim possível. Suspirei ao me deparar com a realidade.

- Bom dia, minha loira.

- Bom dia. - Ela respondeu de costas pra mim. Sentou-se e foi para o banheiro. Eu respirei fundo e grunhi, sentindo minha ereção matinal se misturar com a minha frustração pela indiferença dela. Lavínia sabe ser indiferente quando quer, sei que os próximos dias serão difíceis. Sentei e verifiquei meu celular. Respondi algumas mensagens e separei a roupa de ir. Fui ao banheiro e fiquei somente na bancada, escovando meus dentes, e logo que terminei ela saiu do chuveiro, pegou a toalha e eu fiquei de frente para porta, impedindo sua passagem.

- Como cê tá? - Perguntei.

- Bem. Preciso passar. - Disse me olhando friamente.

- Lavínia… - Neguei com a cabeça. - Por favor, não fica assim comigo. - Me aproximei e abracei ela, agarrando sua cintura e cheirei seu pescoço. - Te amo tanto, loira. Não precisa de ciúmes, eu só tenho olhos pra você. - Sussurrei, beijando seu pescoço carinhosamente. Ela arrepiou e ficou molinha.

- Para, para. - Seus braços pousaram em meu peito, na tentativa de me afastar.

- Cê vai ficar assim mesmo? - Eu suspirei, soltando ela.

- Respeita minha reação, cara! - Se irritou e eu cruzei os braços. - Eu preciso aceitar esse clipe cheio de pouca vergonha com uma modelo toda gostosona e você precisa aceitar o modo que eu reajo a isso. Pronto! - Cruzou os braços também.

- A gente vai viajar com a galera e você assim? - Continuei questionando.

- Não vou tá fingindo que tá tudo bem entre nós não. Sou transparente, sinto muito. - Ela me alfinetou. Passei as mãos por meus cabelos.

- Cara… você vai me deixar maluco. - Eu respirei fundo.

- Você é quem vai me deixar maluca! Agora eu preciso sair. - Pediu de novo. E eu lhe dei passagem.

- Você quer tirar minha paz! - Acusei e ela andando pelo quarto, retrucou:

- Você que me tira do sério! Que ódio! - E eu fechei a porta, indo para o banho na tentativa de esfriar minha cabeça.

Ela não me esperou para o café. O quarto estava vazio e eu já encontrei ela lá. Juntamente com seus pais, Talita, Keven, Marco e Clarissa.

- Olha só! Ele apareceu! - Talita disse animada.

- Bom dia, gente! - Eu sorri, sentando na única cadeira vazia, ao lado de Lavínia.

Tomamos o café da manhã, agradavelmente. Lavínia continuou indiferente, mas pelo fato de ter várias pessoas nosso desentendimento passou despercebido.

Seguimos para nosso destino de carro, que contém sete lugares. Clarissa foi dirigindo e Marco ao seu lado. Ela nem imagina que vai ser pedida em casamento hoje, enquanto eu, no primeiro mês de namoro, já consegui deixar Lavínia puta comigo.

- O que vocês tem hein?! - Clarissa perguntou já no trajeto. Eu sabia que isso não passaria despercebido entre nós.

- Namorar Luan Santana não é fácil. - Lavínia disse eu realmente senti suas palavras.

- Não fala assim, pô. - Pedi e ela nem se importou.

- Pelo jeito ela já sabe do clipe. - Marco disse.

- Então você sabia? - Lavínia esbravejou.

- Eu também sabia. - Keven assumiu.

- Que clipe, gente? - Talita perguntou confusa.

- O Luan vai transar com uma gostosona no clipe novo. Beijos e o caralho todo. - Ela disse irritada.

- O quê? - As duas berraram, incrédulas.

- Sim, e sabe quem vai ser a modelo? Natália, a ex do Maluma.

- Lavínia… controla aí, poxa! - Pedi firme e ela bufou, olhando a janela. - Não vou transar com ninguém. É um clipe que eu e toda uma equipe já tinha pensado antes mesmo de começar a namorar, muita coisa já havia sido definido. Eu contei pra ela e ela surtou. É isso. - E ela me olhou brava, devolvi um olhar irritado também.

- Porra, não vou tomar partido! - Talita disse. - Ela nos olhos, estão sentados à frente.

- A Natália? Sacanagem! Aquela mulher é sem condições. - Clarissa disse.

- Tá vendo só? - Lavínia me olhou.

- É só trabalho, galera. Só trabalho! - Eu disse já irritado.

- Esse clipes sempre são feitos, gente. Não é nada de outro mundo. - Marco entrou em minha defesa.

- Só uma gravação, tudo profissional. Vai ter uma equipe gigante com eles. - Keven disse.

- Mas eu entendo a Lavínia. Eu também ficaria pra lá de irritada. - Talita finalmente tomou lado, olhando seu namorado como quem o avisa. Olhei Lavínia, muito insatisfeito com a situação. Ela tá tão irritada, tão indiferente… eu senti tanto sua falta, tô com um tesao acumulado. Foi um boquete excepcional, mas eu queria muito mais. Algo me diz que sexo é algo que eu não vou ter nessa viagem. Nem sequer um carinho e porra, eu já me sinto carente dela. Mesmo me preparando pra esse momento, já prevendo sua reação, eu não estava pronto pra ver nosso clima abalado.







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terça-feira, 17 de agosto de 2021

“ Dia dos homens “ 79

Quando eles largaram o jogo, já era madrugada. Minha irmã, minha mãe e eu fomos para o jardim conversar. Falamos sobre trabalho e ela me falou sobre Luan, sobre Marco também. Somente pontuou coisas boas, o que me deixou bem contente. Os três apareceram.

- Tô indo, filhas. - Meu pai disse em português. Isso me surpreendeu.

- Lembraram da gente? - Clarissa foi dramática. Eles riram. Ela levantou e abraçou nosso pai, em seguida fiz o mesmo.
Amanhã o dia dos meninos vai ser comigo. - Ele disse por fim. Realmente nós teremos um dia de trabalho amanhã. Bom saber que ele se dispôs a estar com seus genros.

- Vai largar o trabalho? Esses homens fizeram lavagem cerebral em você? - Eu ergui as sobrancelhas, segurando o sorriso.

- Um sogro como eu é para poucos. - Ele brincou e nós rimos. - Rapazes, a programação de amanhã vai ser a melhor! - Ele se comprometeu e então abraçou Luan, em seguida abraçou Marco, se despedindo. Beijou os cabelos de minha mãe e realmente se foi.

- Parece que vocês já escolheram um preferido. - Minha mãe alfinetou. Nós realmente gargalhamos.
Parece que o ciúmes é genético. - Luan brincou.

- É da geração das mulheres dessa família. - Marco também brincou.

- E aí, porquinho. Vai finalmente tomar um banho? - Olhei Luan, que sorriu pra mim.

- Vou. Cê vem? - Ele meio que convidou.

- Vão lá. Amanhã teremos que acordar cedo. Esses homens já fizeram muita farra por hoje. - Minha mãe disse, mas recebeu o abraço e um beijo carinhoso dos dois. Eu realmente estou impressionada como parecem que convivem há anos. A realidade é algumas chamadas de vídeos e raros encontros. No caso do Luan, o primeiro. Subimos as escadas, enquanto Luan me agarra pelos ombros, beijando meus cabelos. Senti saudade da presença dele, assim, pertinho.

- Boa noite, gente. - Eu disse, ao chegar em frente ao meu quarto.

- Boa noite. - Todos responderam.

- Durmam bem, gente. Boa noite! - Luan disse e também foi respondido por todos. Entramos e ele parou logo após a porta. Eu o olhei, observando sua reação.

- Esse é meu quarto. - Sorri. 

- Já imaginei seu quarto antes, sabia?! - Ele me olhou e em seguida seus olhos seguiram em direção ao porta retrato da foto com Bernardo.

- Ele sempre foi muito presente aqui. - Comentei, já percebendo. - Bernardo até nos últimos dias esteve por aqui.

- Eu imagino. Não tem problema. - Ele segurou minha mão e me abraçou. - Fico feliz de você ter se permitido de novo. Me dando a oportunidade de tá aqui com você, dividir a vida comigo. - Acariciou minha cintura, falando tudo em meu ouvido. Eu arrepiei inteira. Ele realmente me toca! - Cê sabe que a gente vai casar né?! - Eu ri. Logo ele consegue deixar tudo leve.

- A gente vai? Não tô vendo aliança de noivado na minha mão. - Brinquei também.

- Nem brinca… eu já resolvo isso. Na hora! - Sorriu contra meu pescoço, me dando um beijo. Eu ri, então desfiz o abraço.

- Vem, quero te mostrar o restante do quarto. - Segurei sua mão e o levei até a varanda. - A vista daqui é linda, amor. Cê precisa ver o por do sol. - O olhei.

- Massa hein?! Tem toda a visão do jardim também né?! A piscina… aqui é lindo.

- É. Vem cá. - O levei pra dentro novamente e segui para o banheiro.

- Que imenso! Opa, tem até banheira! - Ele me olhou malicioso. - Você tem dinheiro mesmo hein?! - Brincou e eu gargalhei.

- Palhaço! - Ele me beijou rapidamente. Tem algo no olhar dele. Eu diria admiração. Mas é uma admiração tão imensa que chega quase a uma adoração por mim. Eu me sinto extremamente amada só no olhar. - Tem o closet também. - E então, ele veio.

- Quanto salto, loira! - Ele ficou boquiaberto.

- É, mas eu vou doar a grande maioria.

- Olha a altura desse. - Ele se aproximou, pegando um dos mais altos que eu tenho.

- É, eu tenho que dar um jeito na falta de altura né?! - Eu sorri e ele riu me olhando. Devolveu o salto.

- Massa aqui hein?! - Colocou as mãos na cintura, observando tudo. - São roupas do Bernardo? - Seus olhos encontraram.

- São. Eu quis deixar. - Observei sua reação.

- Como você tá se sentindo? - Ele foi compreensivo, mas eu senti um pouco de tensão em seus ombros.

- Muito diferente da última vez. Sinto paz e felicidade. Conseguir trazer você tá dento um divisor de águas pra mim e a saudade dele agora é uma saudade boa. Nada angustiante como antes. - Me expliquei.

- Que bom, amor. Quero sempre te fazer feliz. - Sorriu e me puxou pra um abraço.

- Hum… quanto carinho. - Brinquei.

- Eu sempre sou carinhoso. - Me olhou ofendido e eu ergui as sobrancelhas só para provocá-lo. - Não sou, Lavínia? - Me chamou pelo nome e eu não aguentei. Acabei gargalhando. - Palhaça. - Resmungou.

- Luan… - Repreendi. Ele colocou as mãos na cintura, me olhando. Eu ri novamente. - Amor, quero te mostrar uma coisa. - Eu mudei de assunto e logo peguei o globo de neve. - Esse foi um presente do Bernardo. - Mostrei a ele, que pegou o objeto em suas mãos. 

- É lindo. - Elogiou. 

- Foi um dos últimos momentos antes de ele descobrir que estava doente. Foi meu presente de aniversário. Cê sabe, é em dezembro. - E ele assentiu, olhando o globo. - E tem uma história legal por trás disso. Quando eu era criança, eu tinha um desses. Meu pai havia me dado de presente, mas quando ele e minha se divorciaram, nós tivemos que fazer mudança. Tanto minha mãe, quanto meu pai decidiram mudar de casa. E aí, na mudança eu perdi. Fiquei desolada, mas naquele momento a menor preocupação era a perda do globo. Contei essa história pra ele, e ele me deu isso de aniversário que valeu mais do que qualquer presente.
Luan sorriu me olhando. - Não consegui me desfazer. Quero levar comigo dessa vez. 

- Muito bonita a história de vocês. Você sabe que eu tenho muito respeito por tudo que vocês viveram, me sinto um pouco enciumado, confesso. - Fez careta e eu neguei com a cabeça sorrindo. - Ele foi muito importante pra você….

- E você também é. - O interrompi. - Você é tudo que eu precisava, Luan. - Me declarei. - Eu quis dividir essa história com você, pra você ter noção do quanto Bernardo foi especial na minha vida, pra que você saiba que eu nunca vou deixar de amar ele, mas sem que haja ciúmes da tua parte. Porque o amor da minha vida é você e mesmo que ele tenha sido um grande amor, eu tenho por você um sentimento tão grande, mas tão grande… Eu não me imagino com mais ninguém! E eu sinto que agora Bernardo está em paz aonde quer que esteja. - Eu senti meus olhos marejando, enquanto eu falava o que nunca disse pra ele. Acho que nunca me declarei tanto.

- Você é a mulher da minha vida. Somos propósito na vida um do outro, loira. Não abro mão de você, nem dos filhos que já planejei com você, aqui dentro da minha cabeça. - Ele disse e eu sorri. 

- Filhos vão demorar um pouco. - Fiz careta e ele riu.

- A gente pode negociar isso mais pra frente. - E então, me beijou. Senti falta dos seus lábios nos meus. O beijo mais gostoso do mundo! O jeito que ele me pega e a vontade que ele me beija… me deixa sem chão, sem norte e sem ar. Quando seus lábios se separaram dos meus, eu me senti um pouco bêbada.

- Estar aqui de agora em diante vai ser um novo significado. 

- É, você mudou tudo hein, neguinho?! - Disse com o rosto próximo ao dele.

- Eu causo isso. - Brincou e eu acertei seu ombro em um leve tapa. - Ainda quer me mostrar algo a mais? - Quis saber.

- Não. Cê já pode ir pro Banho e só depois eu quero que você experimente minha cama. - O olhei maliciosa.

- E… sei não hein?! - Ele riu, se afastando.

- Nem vem! Você chegou de viagem e a gente não teve tempo de nada. - Protestei já andando atrás dele, que riu.

- Vou pro banho, depois a gente vê como fica isso. - Me deu uma olhadinha, antes de entrar no banheiro. Eu sentei na cama, sentindo uma leveza inexplicável. Como foi bom dividir isso com ele, dizer tudo isso… eu o amo com toda minha alma! Não sou tanto de falar, sempre fiz questão de mostrar. Ele já é diferente. Fala o tempo inteiro. E quando não fala com a boca, se comunica com os olhos. Não preciso nem lembrar dos gestos. Ele é um sonho. E como foi difícil a gente chegar até aqui… suspirei alto e deitei, tirando minha calça de moletom. Ficando apenas com a parte de cima e calcinha. O aquecedor ajuda e as cobertas também. Deitei e liguei a tv esperando ele voltar. Demorou um pouco e enquanto isso, fiquei perdida em meus pensamentos. Que grande passo trazer ele aqui. Parece que concretizou algo que faltava. Eu me sinto, tão, tão, tão realizada! É algo que nem parece real. Amanhã estaremos juntos no jantar de aniversário e todos que sempre estiveram ao meu redor, irão conhecê-lo. Sem contar com a parte que estamos aqui em casal. Minhas irmãs e eles. Sorri sozinha, perdida em pensamentos.

- Sorriso mais lindo. - A voz dele ecoou. Somente de toalha, amarrada na cintura.

- O seu é mais. - E então ele sorriu.

- Nem vem.

- É sim. - Insisti. E ele caminhou até a mala. - Suas covinhas da vontade de lamber. Eu ainda vou fazer isso. - Ele riu, me olhando surpreso. Dei de ombros, sem me importar com minha vontade estranha. Ficamos em silêncio, me concentrei na série e ele se vestiu. Camisa com manga longa e cueca box, as duas na cor preta. Quando olhei foi impossível não olhar seu volume. Tão gostoso! Meu corpo ascendeu e mesmo percebendo meu olhar, ele ignorou, deitando ao meu lado. Quando ele se cobriu com a coberta, eu já me movimentei, deitando em cima dele.

- Opa. - Ele sorriu, surpreso. Beijei seu pescoço e rebolei no seu volume. - Amor… - Ele segurou minha cintura. - Eu tô tenso. - E então, o olhei. - Aqui é a casa dos seus pais. - Franziu a testa pra mim. - Eu tô quase explodindo de vontade, mas não tô relaxado. 

- Eu te faço relaxar. Ninguém vai ouvir a gente. - Garanti, rebolando em cima dele. Senti seu pau pulsar.

- A gente tem que conversar. Seus pais falaram comigo. - Ele tentou desviar o assunto, enquanto eu subo sua camisa e me cubro com a coberta. Deixando ele sem nenhuma visão minha. Só as sensações que eu causo. Minha língua procurou seu mamilo e eu chupei em seguida. - Loira… - Ele pediu. Ele quer! Seu corpo tá correspondendo, ele só tá tenso. Sei como fazer esquecer tudo e só pensar em mim. Em estar em mim. Continuei lambendo ele, descendo para seu abdômen que se contraiu e eu arranhei de leve. - Por que você é tão safada? - Ele disse meio desesperado e eu ri, beijando sua pele. Comecei a lhe dar alguns chupões e fui descendo. Comecei a beijar abaixo do seu umbigo e então ele levantou a coberta, procurando meu rosto. - Você é sem condições. 

- Vou te fazer relaxar, meu amor. - Falei e então lambi seu umbigo. Ele se contraiu todo e seu pau já está completamente duro. Como eu senti saudade! Sempre que vejo o Luan, o tanto que eu puder chupar ele, eu vou fazê-lo. Eu realmente gosto disso e eu sinto falta. Libertei seu amigo que saltou pra fora. Olhei em seus olhos. Ele continua segurando a coberta e me olhando. E então o coloquei na boca e ele gemeu. Largou a coberta e procurou meus cabelos. Deixou que eu fizesse do meu jeito, mas dando umas estocadas em minha boca aqui e ali. Quando senti ele quase gozar, me afastei. Fiquei de joelho e apoiei minha bunda em suas panturrilhas, me livrando da coberta.

- Não. Não vamos acabar assim. - Eu disse, diante do olhar questionador dele. Gemeu, jogando a cabeça contra a cabeceira. Suas bochechas estão vermelhas por conta da excitação, ele fica uma coisa muito, mas muito sexy nessas horas.

- Lavínia… - Ele sussurrou meu nome e então me olhou. - Eu preciso gozar.

- E você vai. - Sorri.

- Para de brincar! Eu vou me vingar de você. - Ameaçou com a voz rouca. A voz também me arrepia inteira!

- Ah é?! Bora ver! Eu quero que você se toque. - E então seus olhos ficaram mais atentos.

- Que? - Ele corou mais. Que gracinha, caramba!

- Se toca. Bate uma pra mim. - Joguei meu tronco para trás, apoiando minhas mãos no colchão, sem tirar os olhos dele. Ele soltou uma risadinha sexy pra caralho e olhou pro lado.

- Não. Sem condições. - E então me olhou, ainda com aquele sorrisinho que me faz querer pular nele.

- Neguinho, eu adoraria ver. - Mordi meus lábios e ele gemeu, jogando a cabeça para trás de novo. Eu sorri. - Vai, por mim. Pra mim, amor. - Incentivei. Ele suspirou pesado e sem me olhar, sua mão contornou em volta de seu pau. E então os olhos dele se voltaram para sua ação. E os meus também. Ele começou com um vai e vem devagar, e então criou coragem para me olhar. Quando isso aconteceu, ele gemeu. E eu fiquei molhada como nunca. Começou a aumentar a velocidade da sua mão, seus músculos todos se contraindo, a boca entreaberta, os olhos em mim. As bochechas vermelhas, a testa franzida, os gemidos baixinhos… é meu fim. Eu sinto que posso gozar agora mesmo de tão erótica que é a imagem dele se masturbando. Olhou seu pau rapidamente e aumentou ainda mais, um ritmo frenético. Eu acabei soltando um gemido e ele me olhou, ficando ainda mais boquiaberto. Gostoso pra caralho! - Isso. Goza pra mim. - Eu pedi e ele grunhiu. Quase lá. - Goza que eu lambo tudo. - E me ouvir dizer isso foi o fim. Ele lançou um jato longo. E eu, com muito prazer, fodidamente excitada, comecei a lamber todo e qualquer lugar que tivesse seu esperma. Ele gemeu. Ficou olhando tudo. 

- Você é a mulher! - Ele disse, ainda rouco. E eu sorri. Ainda lambendo ele. - Vem cá, me dá um beijo. - pediu e então, lhe atendi. Ele segurou meus cabelos e comandou tudo. Dominou minha boca, enquanto eu fico deitada em cima dele completamente entregue. Ele pode fazer o que quiser comigo. Desceu os beijos para o meu pescoço e me cheirou repetidas vezes, longamente. - Sou doido no teu cheiro. As vezes eu fico com tanta saudade, que eu sinto teu perfume. É como se você tivesse comigo. - Eu sorri, toda derretida com suas palavras. Ele é o mais lindo do mundo!

- Humm… - Eu disse, já com meu cérebro enevoado, sem conseguir raciocinar direito.

- Você tá muito molhada? - Quis saber, voltando a beijar meu pescoço alternando com lambidas.

- Tô. - Agarrei um de seus braços, só para sentir seus músculos.

- Então você vai se tocar pra mim também. - E então eu o olhei.

- Não! Eu pensei que… - Franzi a testa, insatisfeita. Pensei que a gente fosse transar.

- O que você quer? - Ele riu de leve, mantendo uma carinha de safado. 

- Eu quero você. Você dentro de mim. - Pedi, sentindo minha boca seca só de imaginar.

- Não dá. Você vai gemer alto. 

- Não vou. - Tentei argumentar, sem sucesso. Ele riu. 

- Você vai sim. Quando você tá perto de gozar então… - E eu corei. Ele me conhece muito bem. 

- Você coloca a mão na minha boca. - Tentei.

- Loira, seus pais gostaram tanto de mim. Não quero mudar isso porque deixei a filha deles a noite inteira gemendo. - Eu bufei, ficando irritada. 

- Só a minha mãe tá aqui e o quarto dela nem fica aqui do lado. - Ele me olhou duvidoso. 

- Acho que você tá só tentando me convencer. - E então, eu fiquei irritada de vez. Levantei e ele me olhou confuso.

- Não precisa mais resolver nada. - E fui até o banheiro.

- Lavínia, espera. - Ele pediu. Bati a porta em sua cara como resposta. Filho da mãe! Que raiva! É tão péssimo ficar com tanto tesão a esse ponto. Decidi ligar o chuveiro e quis a água um pouco mais fria. Comecei a me tocar, na tentativa de me aliviar, mas só vinha Luan a minha cabeça e agora eu estou irritada com ele. Não consigo relaxar. Grunhi, fechando os olhos e desisti. Tomei um banho na água fria e senti meu corpo ir acalmando. Só saí, quando tudo já estava controlado. Vesti meu moletom novamente e o estiquei para que eu cubra minhas partes intimidas. Abri a porta com uma mão e com a outra segurei o moletom para que não subisse. Nem olhei o filho da mãe. Percebi ele me observar com os olhos. Fui até o closet e vesti outra calcinha. Voltei para o quarto e deitei na cama, me cobri e virei para o lado oposto dele.

- Então Cê vai ficar emburrada porque eu não quis transar? - Não respondi e ele insistiu: - Amor, amanhã, depois do jantar nós vamos pro resort e eu transo com você em todos os lugares que você quiser. - Ele disse, amoroso. Suspirei alto. - Tá me ouvindo? - Bufei.

- Quero dormir. - Falei, indiferente.

- Sem me dar boa noite? - Ele disse com uma voz manhosa. Senti a cama se movimentar e logo ele se encaixou em mim, ficando de conchinha. - A vontade que eu tô de você não tem tamanho! É que a minha primeira vez aqui é hoje, deixa eu me adaptar. Eu queria ter resolvido com você, tentar fazer você gozar de um jeito gostoso. 

- Você mesmo disse que meus gemidos são altos quando tô perto. - Resmunguei.

- Mas é diferente. Eu fodendo é mais intenso. Aqui não, você quem ia controlar tudo.

- Eu quero dormir. - Disse, mais uma vez irritada.

- Mas nem a pau que você vai dormir sem me dar boa noite. 

- Vem, olha aqui. - Me puxou pela cintura e eu continuei imóvel. - Lavínia… - Disse em tom ameaçador e eu nem liguei. Ele simplesmente, passou por cima de mim, indo para o outro lado. Ficando assim, de frente pra mim. - Cê para de ser teimosa! - Agarrou minha perna, colocando em cima da dele. - Você é mimada, sabia? - Me provocou e eu revirei os olhos. - E eu, ainda deixo você mais mimada. - Continuou e então senti sua mão se movendo pra dentro da minha calcinha. Segurei seu pulso, fazendo charme. - Você me promete que não vai gemer alto. 

- É só isso que eu vou ter? - Protestei.

- Amor… só por hoje. - E acariciou meu clitóris. Já me arrepiei inteira.

- Que raiva de você. - Eu disse, mais ainda com raiva de mim mesma por ceder tão fácil, mesmo quando tô chateada com ele. Continuou com seus movimentos. Ele fez de uma jeito tão lento e envolvente que o orgasmo veio em ondas profundas e leves. O que não causou grandes gemidos em mim, mas a sensação de alívio foi maravilhosa. Esse não foi o melhor orgasmo que ele me proporcionou, mas eu me sinto bem melhor agora.
Rapidamente, adormeci.

|| Luan ||
Acordei com o celular de Lavínia despertando. Forcei meus olhos a abrirem. E vi ela também tentando despertar.

- Bom dia, amor. - Disse sonolenta.

- Bom dia, loira. - Eu falei bocejando.

- Você pode dormir mais. Eu só vou levantar porque preciso ir pra loja. - Ela disse e então, veio me abraçar. - Eu amo você, meu gato. - Beijou minha boca e em seguida minha bochecha, repetidas vezes. - Amo muito! - Repetiu por fim. E eu sorri. Nem parece que tava emburrada ontem porque queria transar.

- Também te amo. Bom trabalho. Te vejo mais tarde. - Eu disse e então, selei nossos lábios.

- Te vejo mais tarde. - Ela confirmou também. Levantou-se, indo para o banheiro. Voltei a fechar meus olhos e então, meu celular tocou. Quem pode ser agora? Bufei e atendi.

- Good morning! - Meu sogro disse animado do outro lado da linha.

- Oi, sogro! - Eu despertei. Lavínia olhou ainda da porta e franziu a testa. Eu dei de ombros, também sem entender sua ligação esse horário.

- Já estou aqui, esperando vocês pra tomar café.

- Já? - Eu ri, sem acreditar.

- Sim! Liguei pro Marco, ele já tá terminando e descendo.

- Beleza. Vou fazer o mesmo.

- Se adianta. Planejei muitas coisas pra nós hoje. - Ele disse e então desligou.

- O que ele queria? - Lavínia permaneceu na porta.

- Ele já tá lá embaixo, esperando a gente pra tomar café. - Eu ri, incrédulo. Ela riu também.

- Ah, ele tá animado demais! Me conta sobre essa amizade enquanto toma banho comigo. - Estendeu a mão e eu levantei, aceitando imediatamente. A gente sabe que não tem como se estender, então tomamos um banho tranquilo, enquanto eu lhe contei sobre as conversas que houveram ontem com seus pais. Fui muito bem recebido! Eles me falaram muito de como a Lavínia era antes de mim e como é agora depois de mim. Foram muito calorosos e atenciosos. Eu realmente me senti muito confortável.

Acabei ficando pronto antes dela, enquanto isso me atualizei em meu Instagram. Encontrei de cara uma foto que Keven postou com Talita: 

“ A melhor maneira de acordar, com o melhor sorriso, o melhor cheiro. ❤️ “ 

Sorri e acabei comentando:

“ A beleza desse casal tá todo na Talita, que responsabilidade 🥵 “ 

Logo mais abaixo, vi uma publicação de Clarissa: 

“ A diversão da minha vida! ❤️ “

Comentei também: “ meus sobrinhos são pra quando? 🤯 “

- Terminei, amor. - E então ela apareceu toda mulher de negócios na minha frente. Uma calça preta pantalona, juntamente com uma blusa de alcinhas e um decote gostoso de olhar. Muito elegante, muito gostosa!

- Caralho, loira. - Eu disse, quase babando. Ela riu de leve, pegando sua bolsa.

- Vamos? - Me estendeu a mão. Levantei e ao invés de segurar sua mão, eu me aproximei dela. Está de saltos, quase da minha altura.

- Você é a mulher mais perfeita que os meus olhos já viram. - Eu disse, passando os braços em volta da sua cintura. - Um cheiro. - Eu disse e em seguida, procurei seu pescoço, afastando seus cabelos e inalei seu perfume e lhe dei beijinhos. Como eu sou apaixonado por ela. Meu corpo todo arde, meu coração inteiro arde e minha alma completamente arde.

- Para de ser tão irresistível e vamos. Vem. - Ela sorriu, e seguimos para o café da manhã.

Só faltava nós dois e então cumprimentamos a todos. Meu sogro, muito empolgado já começou a falar seus planos.

Não demorou muito pra chegar a hora de eu me despedir dela.

- Te amo. Aproveita seu dia. - Ela disse, já do lado de fora da casa.

- Tá. E você bom trabalho. Te amo. - E então selei nossos lábios. Deixei aquela mulher do caralho ir sem mim. Pela primeira vez é ela quem vai, e ser a pessoa que fica também não é nada legal. Ficar longe dela, de qualquer forma, não é bom.

Logo segui caminho com meu sogro e Marco. Vamos encontrar Keven e seu sogro, na primeira parada que é Watson’s Bay. Meu sogro explicou que é a vila mais antiga de pescadores da Austrália. Demoramos um pouco para chegar, mas a vista foi a recompensa. Vários barcos e iates, o mar imenso a nossa frente.

- Aqui estão eles! - Meu sogro disse e então, vimos Keven e seu sogro que também é pai de Bernardo. Me sinto um pouco receoso, mas pretendo disfarçar muito bem.

- E aí, boi! - Eu disse, o abraçando. Enquanto Marco cumprimenta o pai de Talita. Em seguida, fui apresentado a ele por meu sogro.

- Finalmente conhecendo você. - Ele disse em inglês e eu mantive o contato em sua língua:

- Foi demorado, mas enfim deu certo. - Eu sorri e o abracei.
Ouvi falar muito bem de você. - Ele comentou, e então desfizemos o abraço.

- E eu do senhor.

- Ah, não. Me chame de você, por favor. - Ele sorriu e eu pude ficar um pouco mais relaxado. - Enquanto você estiver fazendo a Lavínia feliz, eu também vou estar. Essa era a maior meta do meu filho e ele cumpriu até o fim. Fico feliz que ela esteja bem novamente. - Ele disse e eu assenti, enquanto meu sogro e os meninos continuam em outra conversa.

- Essa é a minha maior meta também. Aquela mulher é tudo pra mim. - E ele sorriu.

- Que bom, que bom. - Deu um tapinha em minhas costas e então seguimos. Foi alugado um barco com capacidade para todos nós. Pescamos durante horas e foi imensamente divertido. Rimos e conversamos e claro, dividimos mentiras de pescadores. Tomamos whisky na ponte próxima aos barcos, sentados. Curtindo o dia ensolarado e agradável.

Almoçamos no restaurante do sogro do Keven, em seguida fomos assistir o jogo que meu sogro havia prometido. Antes do jogo começar, dei uma olhadinha em meu celular e vi uma publicação de Lavínia com a roupa que saiu para trabalhar, acredito que o registro já foi feito na empresa: 

“ Work, work @sramake 🔛 ❤️ “ 

“ Minha gata 😍 “

Comentei, sentindo uma saudade absurda dela! Saudade do cheirinho, do sorriso…
Mais tarde vejo ela.

Decidi chamar os caras para uma selfie e então rapidamente fizemos pose, erguendo as bebidas. Postei em meu stories e esperamos o início do jogo.

Nossa tarde tendeu muito e no fim, todos satisfeitos e alegrinhos. Voltamos para casa e eu só consigo pensar em ver minha mulher. Estar com os homens foi bom, mas ela me faz uma falta absurda. Eu estou procurando o momento certo pra falar sobre o clipe sem que haja um desentendimento entre nós. Espero que eu consiga ter essa conversa ainda hoje. Quem sabe aqui, na presença de todos, ela se sinta mais calma e mais segura e entenda toda a situação. Estou torcendo por isso.







Pensaram que ja, mas não foi 🤣 Sério, tá pertinho! Essa viagem vai ter TANTOOOO! Gostaram do capitulo? No próximo já é o jantar! E o que mais heinnn?!!! 
Comentários respondidos!
Bjs, Jéssica ❤️

quinta-feira, 5 de agosto de 2021

“ Gravidez agora? Nem pensar! “ 78

Cheguei no início da noite em São Paulo. Pra se despedir não foi nada fácil. Fiquei no hotel, enquanto ele seguiu para seu próximo destino em Brasília. Decidi pegar um uber e quando cheguei em casa, encontrei os dois casais assistindo e aparentemente discutindo por algo. Não demorei nem dois segundos pra entender. É sobre comida. Mais precisamente, brigadeiro.

- Ou, cês não tem vergonha na cara não?! - Eu sorri e eles ficaram surpresos com a minha chegada.

- Cunhada! - Os dois cunhados falaram juntos.

- Irmã, como foi a viagem? - Talita perguntou.

- Cê chegou até cedo. - Clarissa comentou.

- Oi, cunhados. Foi tudo bem. E sim, cheguei cedo. Aproveitei o máximo, mas ele teve que ir mais cedo pra outra cidade. Esperei dar minha hora. - Sentei no sofá. - Tão vendo o que?

- Série. - Clarissa respondeu.

- Aquele boi vai conseguir viajar com a gente? - Marco quis saber.

- Ele ainda não sabe, mas prometeu que vai tentar de tudo. Arleyde disse que ajudaria no que fosse possível também. - Eu disse, soltando meu cabelos do coque eu fiz.

- Ah, tomara que dê certo. - Keven torceu.

- Vai sim. - Talita foi positiva.

- Nossa ida de casais vai ser o máximo! - Clarissa já comemorou.

- Quero perguntar uma coisa pra vocês. Vocês tão sabendo alguma coisa sobre a música morena? - Olhei precisamente os meninos.

- Vai ser o próximo lançamento né?! - Marco me olhou e eu assenti.

- A gente compôs juntos. Marcolino também tava na época, tem muitos meses. - Keven comentou.

- Então cês não sabem de nenhum detalhe? - Perguntei, sentindo uma pulga pertinente atrás da orelha. Luan tá me escondendo coisa…

- Nada. - Marco deu de ombros e experimentou do brigadeiro. Decidi relaxar e ir pro banho. Mandei mensagem pra Luan avisando que cheguei e já fui respondendo mensagens. Minha mãe já avisou em nosso grupo sobre uma reunião amanhã logo cedo. Sinal de que não poderemos nos atrasar.


A semana se arrastou e entre tantos compromissos eu não tive tempo de nem ao menos me alimentar corretamente.


Chegamos ao fim de mais uma semana e sentamos no sofá desembalando nosso sushi, quando Clarissa começou a falar:

- Marco tá me escondendo alguma coisa.

- Luan também. - Suspirei.

- Se eles estão, Keven também tá. - Talita disse e nós rimos.

- Aqueles lá sabem de tudo um do outro. - Eu disse.

- O que cê acha que é? - Talita olhou Clarissa.

- Não sei… ele tá planejando alguma coisa pra essa viagem.

- Nossa… - Franzi a testa. - O que será?

- Não faço ideia. - Ela disse, começando a comer o sushi.

- Keven me propôs essa semana que eu parasse de tomar meu anticoncepcional. - Talita disse e eu quase cuspi o refri que acabei de beber.

- Puta que pariu! - Falei, quando meu cérebro parece ter ligado um fio que esteve solto todo esse tempo.

- Sim! Eu pensei o mesmo. - Talita comentou, pensando que eu me referia a ela.

- Não é sobre isso. - Eu franzi a testa e elas me olharam confusas. - No fim de semana com o Luan eu simplesmente esqueci de levar meu anticoncepcional. Eu tinha mudado de método uns dias antes, a doutora me indicou um comprimido por dia e… - Suspirei, me sentindo um pouco desesperada.

- Calma! - Clarissa foi a primeira a falar. - Quando você voltou, Cê tomou?

- Sim, mas mesmo assim não liguei ao fato de não ter tomado enquanto eu estava com ele. Amigas, a gente transou muito durante aqueles dias. Houveram várias chances… eu não posso engravidar agora. - Vi as duas com olhar preocupado.

- Calma, você toma faz tempo. As vezes demora pra conseguir engravidar. - Talita disse.

- Bora torcer pra não ser nada. A gente tá no olho do furacão na nossa vida profissional. Já pensou, uma de nós sendo mãe agora? - Clarissa se preocupou.

- Nem me fale! - Eu engoli seco. Me sinto muito, muito angustiada.

- Eu adoraria ser tia, mas a gente sabe o quanto nossa vida é complicada. Nem beber água corretamente a gente consegue. - Talita afirmou e eu concordei.

- Não tenho como lidar com uma criança agora. Um bebê.  Meu. Não! Sem condições. - Eu fiquei em pânico só de imaginar uma vida dependendo de mim, enquanto nem eu mesma consigo me cuidar como deveria. Luan e trabalho me ocupam completamente. 

- Relaxa, não vai ser nada. - Clarissa tentou me tranquilizar.

- E nem comenta nada com Luan. Não precisa fazer alarme sem ter certeza de nada. - Talita aconselhou.

- Não vou falar. E vamos evitar esse papo agora, pode até atrair. - Eu suspirei.

- Tudo bem. Qualquer coisa nós estamos aqui. - Clarissa disse.

- Sem dúvidas disso. - Talita sorriu pra mim. Tentei voltar a comer, mas tudo começou a descer com muito esforço e a fome pareceu sumir. Como eu esqueci o medicamento? E o pior: como eu só vim lembrar agora? Eu realmente tenho ficado louca com tanto trabalho e responsabilidades. Minhas amigas obviamente se esforçaram para me fazer relaxar. Amanhã teremos que nos dividir entre visitar a obra da nossa futura distribuidora, participar de algumas reuniões sobre os detalhes do jantar beneficente que acontecerá em Sidney sem conta que também será aniversário do Keven e ainda, Luan estará de volta. Vai ficar aqui somente um dia e meio e eu não sei como vou conseguir tempo pra ver ele. Vou fingir que meu deslize nunca aconteceu. Não posso ocupar minha cabeça agora com uma futura gravidez.

(…)

O dia da viagem.

Luan conseguiu vir e vai viajar conosco. Ele me deu a notícia boa no dia do aniversário do Keven, onde houve um churrasco para alguns convidados e cantaram até altas horas. Não sei quem dormiu primeiro: Clarissa, Talita ou eu. Estávamos tão cansadas! Naquela noite Luan dormiu no apê comigo e quis sexo. Eu também queria muito, mas o cansaço físico foi maior. Ele foi todo compreensivo e me acarinhou até eu cair no sono de novo. Pela manhã, antes de ir trabalhar tivemos nosso momento. Resultou em meu atraso juntamente com o das meninas. Acho que naquele dia, todos os casais tiveram a mesma ideia, já que os meninos dormiram no apê também.

Para meu alívio não tenho nenhum sintoma de gravidez e minha menstruação está pra vir daqui dois dias. Passaremos 3 dias em Sidney e obviamente vou voltar com a certeza de que tudo foi um susto. E ainda, quando retornamos, teremos a gravação do primeiro DVD de Keven. Marco acabou adiando esse passo mais uma vez. A obra da empresa já está no fim e quando voltarmos, as meninas e eu iremos escolher todos os móveis com a ajuda da nossa decoradora. A vida continua a loucura de sempre. Esses dias vai servir para descansar, apesar do jantar de aniversário, teremos tempo de curtir o lugar e eu quero muito apresentar tudo para Luan.

- Eu ainda não acredito que cê cortou os cabelos, amor. - Luan disse pela vigésima vez, enquanto esperamos o embarque. Sim, eu decidi fazer isso ontem. Cortei os meus que agora ficaram médios. Clarissa fez uma franja muito estilosa e agora Marco faz uma foto dela. Enquanto Keven foi comer algo com Talita. Ela não mexeu nos cabelos, somente hidratou.

- Supera, baby. - O olhei sorrindo.

- Ainda dá pra puxar? - Ele perguntou e já foi puxando, lhe acertei um tapa e ele riu. - Olha só, sem agressividade. Vou contar pros seus pais o que cê faz comigo.

- Larga de ser fingido. - Encolhi os olhos e ele me beijou rapidamente. Ficou com a boca encostada na minha e disse:

- Promete pra mim que cê vai tirar esses dias pra descansar?

- Prometo.

- Depois do jantar a gente vai aproveitar muito?

- Prometo. - Sorri. - A gente fez até reserva no resort, leãozinho. Confia em mim. - Ele sorriu. Seus cabelos estão imensos, na verdade, eu acho que ele ficou ainda mais charmoso assim. Muito gostoso mesmo. Af, eu sou muito apaixonada.

- Beleza. Confio. - E selou nossos lábios novamente.

Não demorou muito e nosso voo foi chamado. Embarcamos logo e na compra das passagens optamos de os meninos ficarem juntos e as meninas juntas. Assim, ficariam todos próximos de conhecidos.
Meus cunhados não demoraram a começar a zoar o Luan, após ele dizer que está suando e que a ficha tá caindo de que ele vai conhecer meus pais. Os três ficaram atrás de nós e eu ri junto com as meninas ouvindo a conversa deles. Porém, com 20 horas de voo, em um momento eles cansaram de tagarelar e dormiram, assim como nós.

Só despertei quando senti o avião pousando. Olhei as meninas que também estão acordando e me estiquei toda pra olhar eles atrás. Luan já esperto e os meninos ainda dormindo.

- Acorda eles, amor. - Pedi e assim ele fez. Fizemos todo o desembarque e finalmente pegamos um táxi que tivesse 7 assentos. Por aqui já é noite. Amanhã será o dia oficial de apresentar o Luan e também de trabalhar. Vamos visitar a loja matriz, teremos muito o que discutir. Sempre temos. Mas os outros dois dias, vamos dedicar aos nossos namorados. Prometemos apresentar o melhor do nosso lugar.

Chegamos em casa e eu segurei a mão do Luan. Senti ele gelado e ele me olhou nervoso.

- Relaxa. Eles vão adorar você. - Acariciei seus dedos, tranquilizando. Ainda dentro do carro.

- Tá. - Ele respirou fundo.

- Cê já ganhou a gente, vai ser fácil lidar com os tios. - Talita também o acalmou.

- Cê já é família. Meus pais sabem o quanto a Lavínia melhorou depois de você. - Clarissa disse e eu o olhei sorrindo. Os meninos zoaram, obviamente. Descemos do carro e pegamos nossas malas. Minha mãe nos recebeu abrindo a porta. Clarissa largou tudo e correu até ela. As duas trocaram um abraço apertado e eu sorri olhando aquilo. Feliz de estar aqui! Diferente da outra vez, não me sinto angustiada. Como é bom a sensação de felicidade e paz. Não soltei a mão de Luan, enquanto caminhamos até ela. E então, meu pai surgiu comendo um donuts. A boca toda suja de doce.

- Pai! - Clarissa berrou. E então, larguei Luan de lado pra abraçar minha mãe.

- Meu amor, que saudade de você!

- E eu de você. - Eu disse, apertando ela.

- E eu não ganho abraço? - Talita colocou as mãos na cintura.

- Vem cá! - Meu pai chamou, falando em inglês. Raramente ele usa o português, já acostumamos. Clarissa e Talita foram para o abraço, enquanto minha mãe observa cada detalhe do meu rosto.

- Como você tá linda! - Ela elogiou.

- Você também tá tão gata. Eu quase morri de saudade! - E desta vez, meus olhos marejaram. Não de tristeza, mas de felicidade.

- Tenho um novo genro pra conhecer não é mesmo? - Ela disse e antes que eu pudesse dizer algo, Luan falou.

- Oi, tudo bem? - Ele sorriu e ela sorriu de volta já indo abraçar ele. Que coisa mais linda! O homem da minha vida, finalmente conhecendo minha família.

- Ou, e eu? Já esqueceu seu pai? - Meu pai me chamou e eu corri pra ele, sabendo que minha mãe continua falando com Luan. Meu pai me girou em seus braços e eu me senti no melhor abraço do mundo.

- Que saudade de você! - Me comuniquei em inglês.

- E eu de você, filha! - Procurei seu donuts e encontrei Talita comendo. Desfez o abraço e então disparou: - Sua mãe quase me expulsou. Eu queria esperar vocês chegarem. - Ele reclamou. E antes que começasse uma discussão, Luan se aproximou.

- Oi, Tudo bom? - O seu modo automático de fez dar uma leve risada. Desta vez ele usou o inglês. Já havíamos conversado antes.

- O cantor! Vem cá, rapaz! - E então meu pai o acolheu enquanto minha mãe tagarela com Marcos e Keven. - Você mudou a vida da minha filha, tenho muito apresso por você. É sua responsabilidade fazer com que isso não mude. - Ele disse em tom amigável, mas não deixou de dar o seu recado.

- Sogro, já perdi meu lugar de favorito? - Marco disse. E meu pai desfez o abraço com Luan. - Dei um jeito no cabelo especialmente pra você. - Sim, Marco retocou o loiro. Esta platinado. Todos nós gargalhamos.

- Ainda bem que eu não tenho concorrência. - Keven comemorou. O clima leve tomou conta do ambiente. Meus pais nos convidaram para o jantar e eu senti minha barriga roncar. Talita não vai ficar. O combinado é o jantar no restaurante do seu pai. Ela, Keven e seus pais. Logo nos despedimos e seguimos para a mesa que já está posta.

- Olha só, quanto capricho! - Eu disse. Luan procurou minha mão e eu sei que ele quer se sentir seguro.

- Tudo pra vocês! Seu pai já tava devorando os donuts que eu comprei pra vocês. 

- Aquele do lado da loja? - Os olhos de Clarissa brilhavam. São de la os nossos donuts preferidos.

- De lá mesmo. - Minha mãe sorriu.

- Eu estava ansioso, sua mãe é incompreensível. - Meu pai rebateu e minha mãe o olhou feio. Eu ri com a cena. Amo esses dois! Todos nós sentamos, e então começamos a nos servir enquanto conversamos.

- Como você conseguiu espaço na agenda? - Minha mãe puxou papo com Luan.

- Foi um pouco difícil, mas eu consegui. Queria muito conhecer vocês pessoalmente. O máximo foram aquelas chamadas de vídeo. - Ele sorriu. E eu sorri junto. Toda boba! Ele tá aqui!

- Tava demorando mesmo hein?! - Meu pai comentou e Marco riu.

- A nossa vida é toda enrolada, mas deu certo né?! - Luan sorriu. Ele ainda tá tímido e fica realmente adorável dessa forma.

- Quero saber o seguinte: a gente vai numa partida de futebol do seu time ou não? - Marco cobrou uma promessa que meu pai fez durante uma vídeo chamada com os meninos, semanas atrás.

- Se vocês tiverem um tempo, vai ter jogo sim. Inclusive, eu também tô praticando jiu-jítsu. Vou levar vocês dois e o Keven. Aproveito e já chamo meu irmão também. - Meu pai se animou, e ainda citou meu ex sogro.

- O Marco vai amarelar. - Luan alfinetou.

- Respeita meu histórico de atleta. - Marco retrucou.

- Já tão querendo roubar nossos namorados. - Clarissa disse.

- Clarissa sempre foi ciumenta. - Minha mãe comentou rindo.

- Só a Clarissa? - Luan ironizou e todos nós rimos.

- As duas são fogo, aliás, as três! - Meu pai comentou e eu achei lindo ele tentando falar em português desde que sentamos. Me pareceu uma forma de ser acolhedor com os meninos. - A Clarissa quando era criança, tinha um apego com uma mamadeira de tomar suco. Com quase 10 anos ela não largava essa mamadeira… - Meu pai começou a história e nós já estávamos gargalhando.

- Pai! Pelo amor de Deus! - Ela protestou.

- Deixa ele contar. - Marco deu corda, muito animado.

- Vai servir de munição pra nós. - Luan concordou e Clarissa o olhou feio.

- E nessa época, a gente criava um cachorrinho. Ele era muito agitado. Ela assistindo tv no sofá, acabou dormindo. O cachorro solto pela casa, acabou com a mamadeira dela. - Meu pai continuou.

- Ela ficou uma semana chorando. - Minha mãe complementou. E eu ri, lembrando da história.

- Tá, chega. - Clarissa disse, completamente corada.

- E a Lavínia sempre teve a personalidade forte… - Minha mãe puxou pra mim. E eu já quis procurar um buraco pra me enfiar. - Ela gostava de um menininho na escola. E um certo dia eu fui chamada na escola porque ela tinha acertado o menino com o lápis, chegou a arranhar a pele do garoto. E ela tava aos prantos, enquanto a diretora conversava com ela. Só quando chegamos em casa, ela me disse o motivo: o menino fez deixou ela falando sozinha, enquanto ela queria o apontador. Ele simplesmente ignorou ela, coisa de criança e ela teve essa reação. - Ela terminou a história e eu fique vermelha igual um tomate. Todos riram, claro.

- Você tá em maus lençóis, boi. - Marco disse.

- Vai se ferrar, Marco.

- Ela é muito ciumenta! Pelo jeito é desde de sempre mesmo. - Luan aproveitou pra me entregar, com um sorriso sonso no rosto. Ele tá adorando que eu virei pauta.

Clarissa e eu fomos assunto durante todo o jantar e as risadas foram incontáveis. Marco e Luan nos entregaram um pouco também. Foi um terrível complô contra nós. Por fim, minha mãe disse que poderíamos ajeitar as bagagens no quarto. Ela queria mostrar a casa, na verdade, mansão, para os meninos. Foi o momento dos nossos pais com eles. Clarissa e eu subimos arrastando tudo com a ajuda da funcionária que está conosco há anos.

- O que você acha que eles vão conversar? Cê sabe que esse é o momento né?! - Clarissa comentou, ao chegarmos no corredor.

- Não Sei. Mas tá tudo tranquilo, acho que é só pra se conhecerem mais. - Comentei.

- Luan se deu muito bem com eles. - Paramos em frente ao nosso quarto e agradecemos a ajuda da funcionária.

- Muito! Parece um sonho isso. - Eu sorri.

- Seus olhos estão brilhando tanto.

- Os seus também! - E nós rimos.

- Fico tão feliz com a tua felicidade, irmã. Você merece tanto! Luan é um cara incrível, você não poderia ter mais sorte.

- Minha sorte é você e o Marco, claro. Se não fosse o empurrão do início, talvez eu não tivesse conhecido ele no momento certo como foi naquela época. - Agradeci.

- Eu amo vocês! Amo o que estamos vivendo. - E então ela me abraçou. Abracei de volta, muito forte.

- Tá, agora para se não eu vou chorar. Tô me sentindo um pouco emotiva, é tanta felicidade. - Eu ri e desfizemos o abraço.

- Não é pra menos. Então, vai. Vai ficar bem cheirosa pro teu boy. Hoje vou inaugurar meu quarto com o Marco. - Sorriu maliciosa.

- Safada! - Eu ri. E abri a porta, enquanto ela se afasta. Ao entrar no quarto, senti o impacto de Bernardo. Aqui, a presença dele é muito forte. Tudo está intocável como da última vez. Olhei nossa foto no porta retrato e eu sorri. Senti meus olhos lagrimejando, mas minha paz permaneceu intacta. Sinto ele aqui, abençoando meu relacionamento, minha vida fase e meu novo ciclo. Feliz por toda minha felicidade. Acariciei nossa foto no porta retrato. Eu o amei tanto! Nunca deixarei de amar. Mas sei que Luan foi especialmente enviado pra minha vida. Não acredito em coincidências. Tudo tem um propósito. As lágrimas escorreram e eu me deixei levar em meu momento. Abri o closet e vi algumas peças de roupas dele lá. Não quis me desfazer. Vi um globo de neve que ele me deu no nosso primeiro natal juntos. E eu sorri, sentindo as lágrimas vindo mais. Não é algo angustiante. É uma saudade boa, saudade confortada. É totalmente diferente da outra vez. Quero mostrar um pouco disso para Luan.

Decidi seguir para o banho e aproveitei a água quente para relaxar. Não ouvi nenhum barulho ou sinal de Luan. Me vesti com um conjunto de moletom azul claro, afinal, está fazendo um pouco de frio hoje. Decidi descer e esbarrei com Clarissa. O mesmo look que o meu e ela ainda colocou meias. Aquelas meias diferentonas e obviamente são do Marco.

- Onde eles se meteram? - Eu perguntei.

- Luan também não apareceu? - Clarissa franziu a testa e eu neguei. Descemos e ao chegar na sala, encontramos os dois e meu pai jogando uma partida de videogame, enquanto minha mãe come um pedaço de bolo, sentada na poltrona ao lado.

- Se você vier vai se dar mal, Marco! - Meu pai disse.

- Se liga, sogro! Olha só agora! - Marco revidou.

- Ei, Luan! Porra! - Meu pai xingou. Parece que Luan passou dos dois. É uma corrida de carros. Luan gargalhou. Clarissa e eu nos olhamos sem entender nada. Demoramos tanto assim no banho?

- Vê só se aguento esses três? - Minha Mãe nos olhos. Sentamos do outro lado, em poltronas, observando. É, eles realmente se dão bem. E isso é só o começo da nossa viagem. Naquele momento, eu poderia jurar que nada iria estragar esses dias.







O ÚLTIMO da noite! Só pra deixar vocês pirando os neurônios HAHAHAHA Lavínia deu um deslize… gravidez? Será? O que vocês acham? Luan conhecendo os pais dela pessoalmente! Quem amou? 😍 Até quando vai durar essa paz? 💥💥💥 Gostaram da mini maratona? Me mateeei de escrever! Espero que tenham ficado satisfeitas 🥰

Logo mais eu voltoooo! 
Bjs, Jéssica ❤️

“ Quem é Natália? “ 77

Quando Luan teve que trocar de roupa, acabei gravando tiktok com Edgar e Wellington. Fizemos a coreografia de uma dança, o que nos rendeu muitas risadas e tentativas. Quando enfim conseguimos, fizemos um toque de mãos em comemoração. Vi Luan receber a maquiadora, já de roupa trocada. Ele ficou me observando através do espelho. É, eu ainda estou meio indiferente. Não prendendo tocar no assunto, já que ele não se sentiu confortável pra falar até agora, não vou forçar nada. Sorte que sua equipe consegue me distrair e me deixar leve.

- Lavínia, cê nem pensa em posta isso viu?! - Wellington disse e eu ri.

- Vou postar sim. Mas nos stories. Essa conta é só pra ficar de olho em tudo.

- Se prepara. Vamos ser zoados pelo fandom por muito tempo. - Edgar disse conformado.

- Nunca mais entro nas suas ideias. - Wellington falou e eu ri.

- Ah, para! - E assim fiz. Postei nossa dancinha da música “ passa lá em casa “

Logo meu direct lotou e eu larguei o celular, enquanto os meninos foram para seus afazeres. Procurei Luan com o olhar e vi ele distraído mexendo em seu celular, enquanto a maquiadora também ajeita o cabelo dele. Sentei no sofá e nesse momento, todos estavam fazendo algo. Logo fiquei pelo Instagram, evitando que meus pensamentos me dominem.

Quando a funcionária terminou, Luan me chamou:

- Amor, vem cá. - Me lançou um sorriso charmoso, que me derrete. Mas dessa vez eu ainda me vi chateada, mesmo que meu coração acelere por ele. Levantei e fui até ele que logo me puxou para sentar em seu colo. Fiquei de lado e ele afastou meus cabelos, deixando meu pescoço livre. - O que cê tem? - Me deu um cheiro.

- Nada. - Sorri de lado e ele beijou em seguida, me deixando arrepiada.

- Fala sério. Eu te conheço. Conversa comigo. - Me olhou carinhoso.

- Luan, você tem 10 minutos. - Arleyde disse de longe.

- Olha só, vamos lá. - Levantei e ele me puxou de novo. - Luan! - Repreendi, sem conseguir segurar o sorriso e ele sorriu também.

- Sorrindo pra mim… hum… acho que alguém da melhorando.

- Larga de ser bobo. Não é nada.

- Cê não vai escapar de conversar comigo. - Avisou e eu revirei os olhos, enfim, levantando.

Ele não demorou a subir no palco e eu fiquei de cantinho observando tudo. Senti saudade de ver ele cantando. E então, no meio do show, ele falou sobre a nossa música e começou a se declarar pra mim.

- Deixa eu dizer pra vocês. Tem uma loira que ferrou com meu coração. Mas claro, respeitando o espaço que já é de vocês! - E então todos gritaram. Eu tive que rir. - Fiz uma música pra ela e cantei quando pedi ela em namoro. Agora lancei um clipe pra dividir com vocês o quanto eu amo essa loira. - Me olhou apaixonado e minhas pernas ficaram bambas. Ele é o maior amor da minha vida. E pela primeira vez, senti Bernardo em segundo plano. Não menos importante, mas os sentimentos por Luan ultrapassaram uma linha que até então era desconhecido por mim. - Vem cá, meu amor. Minha loirinha. Eu chamo ela assim, cês sabiam? Minha loirinha. E vocês são as minhas neguinhas. - E ele deixou os olhos, fazendo uma carinha de apaixonado. - Vem cá. - Me chamou de novo. Isso é sério? Olhei Arleyde que me incentivou e então eu caminhei, tremendo toda. Ele me abraçou pela cintura e selou nossos lábios, enquanto os gritos são ensurdecedores. - Cê canta comigo? - Me olhou, ainda falando no microfone. E eu ri. 

- Canto de longe. - Eu disse fora do microfone.

- Tá valendo! E vocês? Já sabem? Quero ver hein?! - E então começou a cantar e para nossa surpresa a multidão já sabia a letra. Eu arrepiei da cabeça aos pés. A nossa música, com todo seu significado na boca do povo. Dos fãs dele! Estar em cima de um palco, presenciando isso é de emocionar.

Por fim, ele me beijou rapidamente, me abraçando. E fora do microfone disse:
- Eu amo você demais, minha gata.

- Te amo. - Apertei seu ombro afetuosamente. E o desconforto pela música morena se perdeu.

Continuei todo o show cantando tudo animadamente e atendi alguns pedidos de fotos. Como sempre, haviam as convidadas do contratante em cima do palco. Apesar dos olhares famintos em cima do meu homem, elas logo souberam quem eu sou e respeitaram minha presença. Desta vez não ouvi nenhum comentário desagradável.

Luan começou a se despedir e logo o show se encerrou. Foi recebido com toalhinha e água. Enquanto Edgar lhe passa tudo sobre amanhã. Ele vai precisar viajar a tarde. Sendo assim, eu também.

Fiquei mais atrás com Arleyde, enquanto os dois discutem detalhes sobre o trabalho. Logo Luan percebeu minha falta e se virou me procurando. Quando achou, estendeu a mão e entrelaçou sua mão na minha. Durante o caminho nos deparamos com dois projetos de piriguetes que me olharam com inveja. Sim, ele tá comigo! Edgar continuou falando, enquanto andamos. Entramos no camarim e Luan ainda recebeu a visita de Gustavo Mioto que vai entrar depois dele. Eu o acompanhei em toda sua correria. Então, quando estávamos saindo, à caminho da van. Ouvi Arleyde falar:

- Vamos ter uma reunião amanhã com a equipe da Natália.

- Beleza. - Luan se limitou, enquanto permanece com a mão na minha.

- Daí vocês já tem o primeiro contato. Acredito que ela também vai estar na reunião. É bom esse contato antes do clipe. - Ela disse. Então se trata de morena? Quem é Natália? Imediatamente eu fiquei toda tensa. Luan não teve tempo de mais nada. Afinal, mais fãs o aguardavam próximos a van. Eu logo entrei e sentei na poltrona que ele costuma sentar. Quem é Natália? Me perguntei novamente. E o desconforto novamente reinou com trono e tudo mais, dentro de mim.

Logo ele entrou e eu não consegui disfarçar. Fiquei olhando a janela, enquanto ele sentou ao meu lado.

- Loirinha? - Ele me chamou, acariciando minha perna. Olhei pra ele e suspirei.

- Quem é Natália? - Não pude me controlar. Ele ficou tenso e isso só me mostrou que meu desconforto não foi atoa. - Só se você puder falar, não quero que quebre nada sigiloso sobre seu trabalho. Ou sobre a música morena. - Tentei disfarçar a ironia, mas não consegui. Ele respirou fundo.

- A gente pode conversar no hotel? Aqui não dá. - Ele disse e eu concordo. Logo todos estarão em silêncio. Apenas voltei a olhar a janela, sem responder ele. E já estou novamente me roendo de ciúmes. O que ele tá me escondendo? Por que essa reação?

Apesar de toda a ansiedade, meu cansaço físico começou a falar mais alto e antes mesmo de chegarmos ao hotel, eu acabei dormindo.

(…)

Senti algo acariciando meu rosto e a voz dele bem distante me chamando. Seu cheiro começou a me invadir e eu despertei.

- Chegamos. - Me olhou carinhoso e eu me ajeitei. Eu estava toda aconchegada nele. Logo lembrei que estou chateada e já fui me afastando. Ele percebeu minha postura e suspirou pesado. - Vou falar com as meninas que estão me esperando. Cê entra logo com o pessoal tá? - Apenas assenti. Ele desceu e eu vi o grupo de umas 10 meninas. 

- Bora, dançarina? - Edgar me chamou e eu ri. Levantei e fui acompanhada dele e de Arleyde. As meninas chamaram meu nome, eu apenas sorri e acenei. Luan ficou com Wellington. Entrei no elevador com eles.

- Nossa, como eu tô cansada de ficar nesses saltos. - Eu comentei.

- Nem me fala. - Arleyde disse.

- Lavínia, tudo certo pra sua ida? - Edgar perguntou.

- Sim. Tudo ok. - Respondi. Ele me mandou o comprovante da compra da passagem para amanhã às 15:00.

- Cê fica aqui mais um pouco antes da gente ir ou vai pro aeroporto com a gente. Você quem decide.

- Vou ver amanhã. Dependendo da hora exata que vocês forem, eu decido.

- É, a gente sabe que sempre rola os atrasos. - Arleyde disse e nós concordamos. Chegamos ao andar do quarto. E só então eu lembrei que não estou com o cartão da porta.

- Droga! - E então eles me olharam. - Tô sem o cartão da porta. Ficou com Luan. - Bufei.

- Ou você desce, ou espera ele. - Edgar disse.

- Nem a pau que vou descer. Espero aqui mesmo. - Disse já parando em frente a porta.

- Então tá. Beijo, linda. Boa noite. - Arleyde me abraçou e em seguida Edgar fez o mesmo.

Logo eles entraram e eu já fui tirando meus saltos. Fiquei segurando, encostada na parede e pensando. Natália. A música morena. Ele não dividiu nada comigo. Filho da mãe! Suspirei algo e torci pra ele aparecer logo.

Não tive tempo de pensar muito quando o elevador abriu e ele surgiu conversando com Wellington. Quando me viu, ficou surpreso.

- O cartão da porta tá com você. - Expliquei e ele tateou seu bolso, encontrando.

- Boa noite, Luan. - Wellington disse e eles trocaram toque de mãos. Em seguida ele fez o mesmo comigo, também me desejando boa noite.

- Faz tempo que cê subiu? - Puxou conversa fiada, enquanto enrola pra abrir a porta.

- Não. - Respondi, olhando ele. Logo o corredor virou só nosso.

- Não gosto quando cê fica brava comigo. - Me lançou seu olhar conquistador e já foi se aproximando, colocando a mão na minha cintura.

- Larga de papo, Luan. Abre a porta. - Pedi, tirando sua mão de mim. Ele suspirou é assim fez. Entrei e ele entrou logo atrás. Olhei as horas, já passa das três da manhã.

- Bora conversar. - Ele sentou-se na cama e eu fiz o mesmo. - Natália é a possível modelo pro clipe que vamos gravar. Nada além disso. - Ele começou e eu ergui as sobrancelhas. - E a música não era segredo, eu só ia te contar depois. - Deu de ombros. 

- Eu jurei pra mim mesma que não ia tocar nesse assunto. Se você não se sente confortável de me falar, não deveria tá aqui te cobrando…

- Lavínia, não é isso. - Disse me interrompendo. - É que esse projeto já vem de alguns meses. Antes de a gente começar a namorar muita coisa nele já estava definido. É só assunto chato de trabalho. - O olhei desconfiada. Luan tá muito evasivo. - Não queria te encher com isso.

- Eu te encho quando falo do meu? Porque eu sempre converso com você sobre meu trabalho.

- Óbvio que não! Você tá colocando palavras na minha boca. Você pode falar comigo sobre política e mesmo assim eu vou gostar. Só de ouvir você, sabe? Você me interessa em tudo, então não fica com esses pensamentos. - Suspirei, tentando relevar. Talvez ele tenha evitado por ver o quanto eu venho ficando estressada com tudo no dia a dia.

- Certo. - olhei para minhas mãos.

- Certo mesmo? - E então eu o olhei.

- Acho que sim. - Dei de ombros.

- Quando tudo tiver acertado eu sento pra falar com você sobre o clipe morena, a música e tudo mais. Beleza? - Estendeu a mão como quem vai fazer um acordo e eu revirei os olhos.

- Tá. - Respondi e apertei sua mão, já levantando para ir pro banho. Mas ele me puxou, me jogando na cama e já deitando em cima de mim.

- Não, não é assim que cê vai sair não. - Disse sorrindo.

- Eu preciso ir pro banho, Luan. - Segurei seus braços que estão a cada dia mais fortes.

- Luan? Não! Chama neguinho, amor, meu amor, sexo mais gostoso da minha vida, qualquer coisa. Luan não. - Ele sorriu sapeca e eu bati em seu ombro, tentando não rir.

- Você é muito convencido.

- Eu? - Se fez de ofendido. - Quem diz isso é você. Diz quase sempre. - Bufei, desviando meu olhar do dele. - Olha pra mim. - Revirei os olhos, mas olhei. - Me beija. - Pediu, olhando minha boca. Irresistível. Selei nossos lábios e ele me questionou com o olhar. - Só isso, meu bem? - Luan carinhoso acaba comigo tanto quanto o Luan safado.

- Eu preciso ir pro banho. - Ele ergueu as sobrancelhas.

- E você não não me beijar? - Eu não respondi e então ele continuou. - Beleza. Agora você só vai ganhar beijo se vier atrás. - Saiu de cima de mim.

- Para de drama. - Eu disse, desacreditando.

- Tô falando sério. Cê gosta de judiar? Vou judiar também. - Ele se acomodou na cama e eu fiquei analisando se ele realmente tá falando sério. - Diz que tá tudo bem e fica me negando beijo. É só uma música, só uma modelo. Trabalho, só isso. - Me olhou.

- E tá tudo bem. Só não entendo porque me escondeu isso esse tempo inteiro.

- Não escondi nada, já disse. - Ele me olhou firme. 

- Ta, tá. Esquece. - Cedi. Talvez eu esteja exagerando com minha desconfiança. Fui até ele e segurei seu rosto, ele prendeu os lábios pra eu não beijar. - Luan! - Eu disse incrédula e ele se manteve com os lábios presos. - Anda, vê se para!

- Não. Agora você vai ralar também. - Segurou o sorriso desviando a rosto do meu. Fiquei parada de frente pra ele e coloquei as mãos na cintura.

- Você vai mesmo querer competir comigo? - Ergui as sobrancelhas.

- Eu também sei fazer charme. - Cruzou os braços ressaltando seus músculos.

- Eu não tava fazendo charme. 

- Tava sim! - Ele voltou a afirmar. Confesso, eu estava fazendo um pouco.

- Não digo mais nada pra você. - Permaneci firme.

- Beleza. - Deu de ombros. Que ódio quando ele fica indiferente! Segui para o banheiro e fiquei alguns minutos no banho.

|| Luan narrando ||

Eu tive que mentir. Ainda não me sinto preparado pra contar como estamos planejando esse clipe. Não quero ficar mal com ela. Sinceramente, não consigo imaginar a reação de Lavínia. Ela é ciumenta e eu sei, por muito tempo dei razão e causei muita desconfiança nela. Já tentei mudar a ideia do clipe, porém toda a equipe concorda que seja melhor a ideia inicial. Vai causar maior interesse no público, o que gera mais visualizações, sucesso e dinheiro. Em contrapartida vou deixar Lavínia chateada. Eu peço que ela seja compreensível. Vou contar com todo o jeito do mundo, mas somente depois da sua viagem a Sidney. Ela ainda não sabe mas conversei com Arleyde e preciso que mova montanhas se necessário pra me dar folga e ir conhecer meus sogros. Só de pensar em Lavínia lá, sozinha, onde tem todas as lembranças com Bernardo, já me deixe agoniado.

Ela saiu do banheiro enrolada na toalha. Liguei a tv e mantive meu charme. Quero que ela me procure, preciso sentir que realmente está tudo bem.

- Cê não vai pro banho? - Me olhou. Ela fica a coisa mais charmosa com o coque alto e zero maquiagem. Os lábios se destacam mais ainda.

- Vou, vou sim. - E então, levantei. Entrei e antes mesmo de eu fechar o box, ela entrou ficando de frente pra bancada. Segurei o sorriso e fechei o box de vidro. Liguei o chuveiro, mas não pude ficar alheio a ela. Tá passando o hidratante que eu gosto. E até tirou a toalha, passando no corpo todo. Ela quer me provocar. Sabe que isso é um desafio.

Decidi focar atenção na água, caso contrário vou ficar se pau duro só de olhar é isso pode me prejudicar.

Lavínia acabou saindo antes de mim e quando eu cheguei no quarto, encontrei ela com o telefone do hotel, fazendo pedido de comida. Mais precisamente um sanduíche. Franzi a testa e segui atrás das minhas roupas. Vesti minha cueca e uma calça de moletom, enquanto ela fuça algo na TV. Quando nossos olhares se encontraram, eu só consegui reparar que ela tá usando somente uma lingerie. É toda de renda e sem bojo.

- Cê vai dormir assim? - Perguntei, deitando na cama.

- É, algum problema? - Disse, olhando a tv.

- Nenhum. - E então ela se cobriu com o cobertor. - Cê pediu comida? Tá com fome?

- Na verdade eu tô sim. - Fez careta, olhando pra mim. - Pedi pra você também. Só um lanche.

- Tá.

- Bora ver um filme? - Convidou. Lavínia tá muito mal intencionada.

- Tá sem sono?

- Dormi o caminho todo até aqui. - Deu de ombros.

- A gente vê sim. Qual que cê quer?

- Comédia. - Me olhou animada.

- Ah, não! Bora assistir um de ação. - Peguei o controle.

- Você é tão chato. - Ela reclamou e eu ri. Levantou e foi até uma espécie de mini armário. O hotel deixa batatinhas e também inclui bebidas. Ela se abaixou, ficando com a bunda por alto, bem na minha frente. - Cê quer alguma coisa, amor? - Voltou a me chamar de amor.

- Não, vou esperar o lanche que cê pediu. - Fingi indiferença, mas eu realmente senti o impacto. Gostosa demais! A bunda dela tá com algumas marcas da minhas mãos. Nada agressivo, mas eu realmente bati muito nessa bunda e fodi também. Ela voltou e seus seios totalmente a mostra. A renda não esconde nada.

- Escolheu o filme? - Deitou ao meu lado e dispensou a coberta, deixando seu corpo todo exposto.

- Não. Ainda não. - Suspirei e pude ver ela sorrindo. Safada! Comecei a passar as opções e ela começou a comer a batatinha.

- Pega. - Colocou a batatinha em direção a minha boca. Acabei aceitando.

- Joga limpo. - Pedi e ela sorriu, me ignorando. Respirei fundo.

- Olha! Esse parece ser bom! - Apontou e eu acabei escolhendo o filme. Começou e eu desliguei as luzes.

- Só te dizendo que não vai adiantar esses jogos. Se quiser carinho, vai ter que vir. - Olhei ela e seus olhos ficam ainda mais incrível somente com a luz da tv.

- Tô tranquila. - Mentiu e eu voltei a olhar o filme. Ficamos de olho em como tudo foi se desenvolvendo e então bateram na porta. Levantei, afinal, ela não vai receber nada vestida assim.

Recebi os lanches e voltei, trazendo tudo pra cama.

- Tá cheiroso. - Eu disse.

- E parece muito bom. - Ela já largou a batatinha e pegou o sanduíche junto com suco. E ela pediu meu suco preferido. Abacaxi.

- Seu suco é de que?

- Maracujá. Acertei o seu? - Sorriu meiga e eu me apaixonei de novo.

- Acertou. - Sorri de volta e então comemos em silêncio, ligados no filme. Nos livramos dos recipientes após terminar, deixando a cama toda pra nós.

- Esse ar tá forte. - Me olhou após comer. Em geral, estamos conseguindo assistir o filme.

- Tá com frio? - Ela assentiu. Tá esperando eu convidar, danada! - Usa a coberta. - E ela bufou.

- Tá, chega disso. - Pediu arrego e eu gargalhei fazendo ela rir. - Idiota. - E então veio pra mim, se aconchegando toda. Pousou uma perna em cima das minhas, passando o braço em volta do meu abdômen. Minhas mãos foram para os seus cabelos e eu lhe fiz cafuné.

- Você sabe que eu sou irresistível.

- Convencido. É diferente. - Corrigiu.

- E você me ama? - Quis ouvir.

- Amo muito.

- É? - Olhei ela, que me olhou de volta. O corpinho pequeno todo em mim. Que sortudo eu sou!

- Uhum. Muito. - Disse já com os olhinhos sonolentos. É muito minha neném. Fez birra, comeu e então deu o braço a torcer. As vezes tenho vontade de colocar num potinho e cuidar muito.

- Eu também amo muito você, minha princesa. - Ela sorriu e já foi fechando os olhos. Peguei a coberta e cobri nós dois. A respiração dela no meu pescoço logo mudou, ficou mais pesada e eu soube: dormiu. Decidi assistir o restante do filme sentindo a paz e a sorte mais fodas desse mundo. 

(…)

Dia seguinte.

Acordei sentindo beijos leve em meu rosto e logo entendi. Ela tá aqui comigo! Eu sorri, mas meus olhos permaneceram fechados. Ainda sinto muito sono.

- Acorda, meu leãozinho. - Ela disse carinhosa e eu gemi em protesto. - Daqui a pouco a gente vai se separar. - Cheirou minha bochecha. - Quero passar mais tempo com você. - Apertou meus lábios, me fazendo abrir os olhos e dar de cara com seu sorriso. Coisa mais linda! Meu coração bateu sossegado. Ela tá aqui! Tantas vezes quis começar o dia com ela ao meu lado enquanto estava longe.

- Tô morrendo de sono. - Falei rouco.

- Bom dia! - Ela montou em mim, toda animada e eu gemi de novo em protesto. Que tanta animação é essa? Pousei as mãos em sua bunda, fechando meus olhos de novo.

- Bom dia. - Murmurei.

- Acorda, amor. - Ela chamou.

- Lavínia, se o relógio ainda não estiver marcando 10:00 da manhã, é um atentado a minha vida. - Eu disse, ainda com os olhos fechados. Ela riu e deitou-se em cima de mim.

- É um pouco mais cedo. - Disse e mordeu meu queixo de leve e eu abri os olhos.

- Esse teu relógio biológico ferra com tudo. - Eu disse, enquanto ela começou a beijar meu pescoço.

- O seu é que ferra. - Acariciou meus braços. - Quero fazer amor com você. - Sussurrou em meu ouvido e eu suspirei ao ouvir seu pedido. Jamais negaria e eu sempre quero ela. Logo pela manhã o sexo é mais lento, apaixonado. Ela gosta assim durante esse horário e eu também adoro. Essa mulher me leva as nuvens de todas as formas possíveis. Sou completamente rendido.

- Eu faço sim, o quanto você quiser. - Respondi acariciando sua bunda. Eu tô vivendo um sonho e não quero nunca acordar.







FIQUEI TÃO EMPOLGADA QUE SÓ SOLTEI O CAP SEM NEM DAR UM OI AQUI! LKKKKKKK 
OIEEEEEEE, capítulo 2 de 3! Mini maratona pra vocês!!! Quem já tá no grupo do WhatsApp tá sabendo. E eu só tenho algo a dizer: curtam essa paz. Alguém tá sentindo a treta adiada? Só sendo adiada? 🤡 
Os próximos capítulos serão TUDO! Já no último, tenho ctz que vão dar uma piradinha hahahahaha