quinta-feira, 5 de agosto de 2021

“ Quem é Natália? “ 77

Quando Luan teve que trocar de roupa, acabei gravando tiktok com Edgar e Wellington. Fizemos a coreografia de uma dança, o que nos rendeu muitas risadas e tentativas. Quando enfim conseguimos, fizemos um toque de mãos em comemoração. Vi Luan receber a maquiadora, já de roupa trocada. Ele ficou me observando através do espelho. É, eu ainda estou meio indiferente. Não prendendo tocar no assunto, já que ele não se sentiu confortável pra falar até agora, não vou forçar nada. Sorte que sua equipe consegue me distrair e me deixar leve.

- Lavínia, cê nem pensa em posta isso viu?! - Wellington disse e eu ri.

- Vou postar sim. Mas nos stories. Essa conta é só pra ficar de olho em tudo.

- Se prepara. Vamos ser zoados pelo fandom por muito tempo. - Edgar disse conformado.

- Nunca mais entro nas suas ideias. - Wellington falou e eu ri.

- Ah, para! - E assim fiz. Postei nossa dancinha da música “ passa lá em casa “

Logo meu direct lotou e eu larguei o celular, enquanto os meninos foram para seus afazeres. Procurei Luan com o olhar e vi ele distraído mexendo em seu celular, enquanto a maquiadora também ajeita o cabelo dele. Sentei no sofá e nesse momento, todos estavam fazendo algo. Logo fiquei pelo Instagram, evitando que meus pensamentos me dominem.

Quando a funcionária terminou, Luan me chamou:

- Amor, vem cá. - Me lançou um sorriso charmoso, que me derrete. Mas dessa vez eu ainda me vi chateada, mesmo que meu coração acelere por ele. Levantei e fui até ele que logo me puxou para sentar em seu colo. Fiquei de lado e ele afastou meus cabelos, deixando meu pescoço livre. - O que cê tem? - Me deu um cheiro.

- Nada. - Sorri de lado e ele beijou em seguida, me deixando arrepiada.

- Fala sério. Eu te conheço. Conversa comigo. - Me olhou carinhoso.

- Luan, você tem 10 minutos. - Arleyde disse de longe.

- Olha só, vamos lá. - Levantei e ele me puxou de novo. - Luan! - Repreendi, sem conseguir segurar o sorriso e ele sorriu também.

- Sorrindo pra mim… hum… acho que alguém da melhorando.

- Larga de ser bobo. Não é nada.

- Cê não vai escapar de conversar comigo. - Avisou e eu revirei os olhos, enfim, levantando.

Ele não demorou a subir no palco e eu fiquei de cantinho observando tudo. Senti saudade de ver ele cantando. E então, no meio do show, ele falou sobre a nossa música e começou a se declarar pra mim.

- Deixa eu dizer pra vocês. Tem uma loira que ferrou com meu coração. Mas claro, respeitando o espaço que já é de vocês! - E então todos gritaram. Eu tive que rir. - Fiz uma música pra ela e cantei quando pedi ela em namoro. Agora lancei um clipe pra dividir com vocês o quanto eu amo essa loira. - Me olhou apaixonado e minhas pernas ficaram bambas. Ele é o maior amor da minha vida. E pela primeira vez, senti Bernardo em segundo plano. Não menos importante, mas os sentimentos por Luan ultrapassaram uma linha que até então era desconhecido por mim. - Vem cá, meu amor. Minha loirinha. Eu chamo ela assim, cês sabiam? Minha loirinha. E vocês são as minhas neguinhas. - E ele deixou os olhos, fazendo uma carinha de apaixonado. - Vem cá. - Me chamou de novo. Isso é sério? Olhei Arleyde que me incentivou e então eu caminhei, tremendo toda. Ele me abraçou pela cintura e selou nossos lábios, enquanto os gritos são ensurdecedores. - Cê canta comigo? - Me olhou, ainda falando no microfone. E eu ri. 

- Canto de longe. - Eu disse fora do microfone.

- Tá valendo! E vocês? Já sabem? Quero ver hein?! - E então começou a cantar e para nossa surpresa a multidão já sabia a letra. Eu arrepiei da cabeça aos pés. A nossa música, com todo seu significado na boca do povo. Dos fãs dele! Estar em cima de um palco, presenciando isso é de emocionar.

Por fim, ele me beijou rapidamente, me abraçando. E fora do microfone disse:
- Eu amo você demais, minha gata.

- Te amo. - Apertei seu ombro afetuosamente. E o desconforto pela música morena se perdeu.

Continuei todo o show cantando tudo animadamente e atendi alguns pedidos de fotos. Como sempre, haviam as convidadas do contratante em cima do palco. Apesar dos olhares famintos em cima do meu homem, elas logo souberam quem eu sou e respeitaram minha presença. Desta vez não ouvi nenhum comentário desagradável.

Luan começou a se despedir e logo o show se encerrou. Foi recebido com toalhinha e água. Enquanto Edgar lhe passa tudo sobre amanhã. Ele vai precisar viajar a tarde. Sendo assim, eu também.

Fiquei mais atrás com Arleyde, enquanto os dois discutem detalhes sobre o trabalho. Logo Luan percebeu minha falta e se virou me procurando. Quando achou, estendeu a mão e entrelaçou sua mão na minha. Durante o caminho nos deparamos com dois projetos de piriguetes que me olharam com inveja. Sim, ele tá comigo! Edgar continuou falando, enquanto andamos. Entramos no camarim e Luan ainda recebeu a visita de Gustavo Mioto que vai entrar depois dele. Eu o acompanhei em toda sua correria. Então, quando estávamos saindo, à caminho da van. Ouvi Arleyde falar:

- Vamos ter uma reunião amanhã com a equipe da Natália.

- Beleza. - Luan se limitou, enquanto permanece com a mão na minha.

- Daí vocês já tem o primeiro contato. Acredito que ela também vai estar na reunião. É bom esse contato antes do clipe. - Ela disse. Então se trata de morena? Quem é Natália? Imediatamente eu fiquei toda tensa. Luan não teve tempo de mais nada. Afinal, mais fãs o aguardavam próximos a van. Eu logo entrei e sentei na poltrona que ele costuma sentar. Quem é Natália? Me perguntei novamente. E o desconforto novamente reinou com trono e tudo mais, dentro de mim.

Logo ele entrou e eu não consegui disfarçar. Fiquei olhando a janela, enquanto ele sentou ao meu lado.

- Loirinha? - Ele me chamou, acariciando minha perna. Olhei pra ele e suspirei.

- Quem é Natália? - Não pude me controlar. Ele ficou tenso e isso só me mostrou que meu desconforto não foi atoa. - Só se você puder falar, não quero que quebre nada sigiloso sobre seu trabalho. Ou sobre a música morena. - Tentei disfarçar a ironia, mas não consegui. Ele respirou fundo.

- A gente pode conversar no hotel? Aqui não dá. - Ele disse e eu concordo. Logo todos estarão em silêncio. Apenas voltei a olhar a janela, sem responder ele. E já estou novamente me roendo de ciúmes. O que ele tá me escondendo? Por que essa reação?

Apesar de toda a ansiedade, meu cansaço físico começou a falar mais alto e antes mesmo de chegarmos ao hotel, eu acabei dormindo.

(…)

Senti algo acariciando meu rosto e a voz dele bem distante me chamando. Seu cheiro começou a me invadir e eu despertei.

- Chegamos. - Me olhou carinhoso e eu me ajeitei. Eu estava toda aconchegada nele. Logo lembrei que estou chateada e já fui me afastando. Ele percebeu minha postura e suspirou pesado. - Vou falar com as meninas que estão me esperando. Cê entra logo com o pessoal tá? - Apenas assenti. Ele desceu e eu vi o grupo de umas 10 meninas. 

- Bora, dançarina? - Edgar me chamou e eu ri. Levantei e fui acompanhada dele e de Arleyde. As meninas chamaram meu nome, eu apenas sorri e acenei. Luan ficou com Wellington. Entrei no elevador com eles.

- Nossa, como eu tô cansada de ficar nesses saltos. - Eu comentei.

- Nem me fala. - Arleyde disse.

- Lavínia, tudo certo pra sua ida? - Edgar perguntou.

- Sim. Tudo ok. - Respondi. Ele me mandou o comprovante da compra da passagem para amanhã às 15:00.

- Cê fica aqui mais um pouco antes da gente ir ou vai pro aeroporto com a gente. Você quem decide.

- Vou ver amanhã. Dependendo da hora exata que vocês forem, eu decido.

- É, a gente sabe que sempre rola os atrasos. - Arleyde disse e nós concordamos. Chegamos ao andar do quarto. E só então eu lembrei que não estou com o cartão da porta.

- Droga! - E então eles me olharam. - Tô sem o cartão da porta. Ficou com Luan. - Bufei.

- Ou você desce, ou espera ele. - Edgar disse.

- Nem a pau que vou descer. Espero aqui mesmo. - Disse já parando em frente a porta.

- Então tá. Beijo, linda. Boa noite. - Arleyde me abraçou e em seguida Edgar fez o mesmo.

Logo eles entraram e eu já fui tirando meus saltos. Fiquei segurando, encostada na parede e pensando. Natália. A música morena. Ele não dividiu nada comigo. Filho da mãe! Suspirei algo e torci pra ele aparecer logo.

Não tive tempo de pensar muito quando o elevador abriu e ele surgiu conversando com Wellington. Quando me viu, ficou surpreso.

- O cartão da porta tá com você. - Expliquei e ele tateou seu bolso, encontrando.

- Boa noite, Luan. - Wellington disse e eles trocaram toque de mãos. Em seguida ele fez o mesmo comigo, também me desejando boa noite.

- Faz tempo que cê subiu? - Puxou conversa fiada, enquanto enrola pra abrir a porta.

- Não. - Respondi, olhando ele. Logo o corredor virou só nosso.

- Não gosto quando cê fica brava comigo. - Me lançou seu olhar conquistador e já foi se aproximando, colocando a mão na minha cintura.

- Larga de papo, Luan. Abre a porta. - Pedi, tirando sua mão de mim. Ele suspirou é assim fez. Entrei e ele entrou logo atrás. Olhei as horas, já passa das três da manhã.

- Bora conversar. - Ele sentou-se na cama e eu fiz o mesmo. - Natália é a possível modelo pro clipe que vamos gravar. Nada além disso. - Ele começou e eu ergui as sobrancelhas. - E a música não era segredo, eu só ia te contar depois. - Deu de ombros. 

- Eu jurei pra mim mesma que não ia tocar nesse assunto. Se você não se sente confortável de me falar, não deveria tá aqui te cobrando…

- Lavínia, não é isso. - Disse me interrompendo. - É que esse projeto já vem de alguns meses. Antes de a gente começar a namorar muita coisa nele já estava definido. É só assunto chato de trabalho. - O olhei desconfiada. Luan tá muito evasivo. - Não queria te encher com isso.

- Eu te encho quando falo do meu? Porque eu sempre converso com você sobre meu trabalho.

- Óbvio que não! Você tá colocando palavras na minha boca. Você pode falar comigo sobre política e mesmo assim eu vou gostar. Só de ouvir você, sabe? Você me interessa em tudo, então não fica com esses pensamentos. - Suspirei, tentando relevar. Talvez ele tenha evitado por ver o quanto eu venho ficando estressada com tudo no dia a dia.

- Certo. - olhei para minhas mãos.

- Certo mesmo? - E então eu o olhei.

- Acho que sim. - Dei de ombros.

- Quando tudo tiver acertado eu sento pra falar com você sobre o clipe morena, a música e tudo mais. Beleza? - Estendeu a mão como quem vai fazer um acordo e eu revirei os olhos.

- Tá. - Respondi e apertei sua mão, já levantando para ir pro banho. Mas ele me puxou, me jogando na cama e já deitando em cima de mim.

- Não, não é assim que cê vai sair não. - Disse sorrindo.

- Eu preciso ir pro banho, Luan. - Segurei seus braços que estão a cada dia mais fortes.

- Luan? Não! Chama neguinho, amor, meu amor, sexo mais gostoso da minha vida, qualquer coisa. Luan não. - Ele sorriu sapeca e eu bati em seu ombro, tentando não rir.

- Você é muito convencido.

- Eu? - Se fez de ofendido. - Quem diz isso é você. Diz quase sempre. - Bufei, desviando meu olhar do dele. - Olha pra mim. - Revirei os olhos, mas olhei. - Me beija. - Pediu, olhando minha boca. Irresistível. Selei nossos lábios e ele me questionou com o olhar. - Só isso, meu bem? - Luan carinhoso acaba comigo tanto quanto o Luan safado.

- Eu preciso ir pro banho. - Ele ergueu as sobrancelhas.

- E você não não me beijar? - Eu não respondi e então ele continuou. - Beleza. Agora você só vai ganhar beijo se vier atrás. - Saiu de cima de mim.

- Para de drama. - Eu disse, desacreditando.

- Tô falando sério. Cê gosta de judiar? Vou judiar também. - Ele se acomodou na cama e eu fiquei analisando se ele realmente tá falando sério. - Diz que tá tudo bem e fica me negando beijo. É só uma música, só uma modelo. Trabalho, só isso. - Me olhou.

- E tá tudo bem. Só não entendo porque me escondeu isso esse tempo inteiro.

- Não escondi nada, já disse. - Ele me olhou firme. 

- Ta, tá. Esquece. - Cedi. Talvez eu esteja exagerando com minha desconfiança. Fui até ele e segurei seu rosto, ele prendeu os lábios pra eu não beijar. - Luan! - Eu disse incrédula e ele se manteve com os lábios presos. - Anda, vê se para!

- Não. Agora você vai ralar também. - Segurou o sorriso desviando a rosto do meu. Fiquei parada de frente pra ele e coloquei as mãos na cintura.

- Você vai mesmo querer competir comigo? - Ergui as sobrancelhas.

- Eu também sei fazer charme. - Cruzou os braços ressaltando seus músculos.

- Eu não tava fazendo charme. 

- Tava sim! - Ele voltou a afirmar. Confesso, eu estava fazendo um pouco.

- Não digo mais nada pra você. - Permaneci firme.

- Beleza. - Deu de ombros. Que ódio quando ele fica indiferente! Segui para o banheiro e fiquei alguns minutos no banho.

|| Luan narrando ||

Eu tive que mentir. Ainda não me sinto preparado pra contar como estamos planejando esse clipe. Não quero ficar mal com ela. Sinceramente, não consigo imaginar a reação de Lavínia. Ela é ciumenta e eu sei, por muito tempo dei razão e causei muita desconfiança nela. Já tentei mudar a ideia do clipe, porém toda a equipe concorda que seja melhor a ideia inicial. Vai causar maior interesse no público, o que gera mais visualizações, sucesso e dinheiro. Em contrapartida vou deixar Lavínia chateada. Eu peço que ela seja compreensível. Vou contar com todo o jeito do mundo, mas somente depois da sua viagem a Sidney. Ela ainda não sabe mas conversei com Arleyde e preciso que mova montanhas se necessário pra me dar folga e ir conhecer meus sogros. Só de pensar em Lavínia lá, sozinha, onde tem todas as lembranças com Bernardo, já me deixe agoniado.

Ela saiu do banheiro enrolada na toalha. Liguei a tv e mantive meu charme. Quero que ela me procure, preciso sentir que realmente está tudo bem.

- Cê não vai pro banho? - Me olhou. Ela fica a coisa mais charmosa com o coque alto e zero maquiagem. Os lábios se destacam mais ainda.

- Vou, vou sim. - E então, levantei. Entrei e antes mesmo de eu fechar o box, ela entrou ficando de frente pra bancada. Segurei o sorriso e fechei o box de vidro. Liguei o chuveiro, mas não pude ficar alheio a ela. Tá passando o hidratante que eu gosto. E até tirou a toalha, passando no corpo todo. Ela quer me provocar. Sabe que isso é um desafio.

Decidi focar atenção na água, caso contrário vou ficar se pau duro só de olhar é isso pode me prejudicar.

Lavínia acabou saindo antes de mim e quando eu cheguei no quarto, encontrei ela com o telefone do hotel, fazendo pedido de comida. Mais precisamente um sanduíche. Franzi a testa e segui atrás das minhas roupas. Vesti minha cueca e uma calça de moletom, enquanto ela fuça algo na TV. Quando nossos olhares se encontraram, eu só consegui reparar que ela tá usando somente uma lingerie. É toda de renda e sem bojo.

- Cê vai dormir assim? - Perguntei, deitando na cama.

- É, algum problema? - Disse, olhando a tv.

- Nenhum. - E então ela se cobriu com o cobertor. - Cê pediu comida? Tá com fome?

- Na verdade eu tô sim. - Fez careta, olhando pra mim. - Pedi pra você também. Só um lanche.

- Tá.

- Bora ver um filme? - Convidou. Lavínia tá muito mal intencionada.

- Tá sem sono?

- Dormi o caminho todo até aqui. - Deu de ombros.

- A gente vê sim. Qual que cê quer?

- Comédia. - Me olhou animada.

- Ah, não! Bora assistir um de ação. - Peguei o controle.

- Você é tão chato. - Ela reclamou e eu ri. Levantou e foi até uma espécie de mini armário. O hotel deixa batatinhas e também inclui bebidas. Ela se abaixou, ficando com a bunda por alto, bem na minha frente. - Cê quer alguma coisa, amor? - Voltou a me chamar de amor.

- Não, vou esperar o lanche que cê pediu. - Fingi indiferença, mas eu realmente senti o impacto. Gostosa demais! A bunda dela tá com algumas marcas da minhas mãos. Nada agressivo, mas eu realmente bati muito nessa bunda e fodi também. Ela voltou e seus seios totalmente a mostra. A renda não esconde nada.

- Escolheu o filme? - Deitou ao meu lado e dispensou a coberta, deixando seu corpo todo exposto.

- Não. Ainda não. - Suspirei e pude ver ela sorrindo. Safada! Comecei a passar as opções e ela começou a comer a batatinha.

- Pega. - Colocou a batatinha em direção a minha boca. Acabei aceitando.

- Joga limpo. - Pedi e ela sorriu, me ignorando. Respirei fundo.

- Olha! Esse parece ser bom! - Apontou e eu acabei escolhendo o filme. Começou e eu desliguei as luzes.

- Só te dizendo que não vai adiantar esses jogos. Se quiser carinho, vai ter que vir. - Olhei ela e seus olhos ficam ainda mais incrível somente com a luz da tv.

- Tô tranquila. - Mentiu e eu voltei a olhar o filme. Ficamos de olho em como tudo foi se desenvolvendo e então bateram na porta. Levantei, afinal, ela não vai receber nada vestida assim.

Recebi os lanches e voltei, trazendo tudo pra cama.

- Tá cheiroso. - Eu disse.

- E parece muito bom. - Ela já largou a batatinha e pegou o sanduíche junto com suco. E ela pediu meu suco preferido. Abacaxi.

- Seu suco é de que?

- Maracujá. Acertei o seu? - Sorriu meiga e eu me apaixonei de novo.

- Acertou. - Sorri de volta e então comemos em silêncio, ligados no filme. Nos livramos dos recipientes após terminar, deixando a cama toda pra nós.

- Esse ar tá forte. - Me olhou após comer. Em geral, estamos conseguindo assistir o filme.

- Tá com frio? - Ela assentiu. Tá esperando eu convidar, danada! - Usa a coberta. - E ela bufou.

- Tá, chega disso. - Pediu arrego e eu gargalhei fazendo ela rir. - Idiota. - E então veio pra mim, se aconchegando toda. Pousou uma perna em cima das minhas, passando o braço em volta do meu abdômen. Minhas mãos foram para os seus cabelos e eu lhe fiz cafuné.

- Você sabe que eu sou irresistível.

- Convencido. É diferente. - Corrigiu.

- E você me ama? - Quis ouvir.

- Amo muito.

- É? - Olhei ela, que me olhou de volta. O corpinho pequeno todo em mim. Que sortudo eu sou!

- Uhum. Muito. - Disse já com os olhinhos sonolentos. É muito minha neném. Fez birra, comeu e então deu o braço a torcer. As vezes tenho vontade de colocar num potinho e cuidar muito.

- Eu também amo muito você, minha princesa. - Ela sorriu e já foi fechando os olhos. Peguei a coberta e cobri nós dois. A respiração dela no meu pescoço logo mudou, ficou mais pesada e eu soube: dormiu. Decidi assistir o restante do filme sentindo a paz e a sorte mais fodas desse mundo. 

(…)

Dia seguinte.

Acordei sentindo beijos leve em meu rosto e logo entendi. Ela tá aqui comigo! Eu sorri, mas meus olhos permaneceram fechados. Ainda sinto muito sono.

- Acorda, meu leãozinho. - Ela disse carinhosa e eu gemi em protesto. - Daqui a pouco a gente vai se separar. - Cheirou minha bochecha. - Quero passar mais tempo com você. - Apertou meus lábios, me fazendo abrir os olhos e dar de cara com seu sorriso. Coisa mais linda! Meu coração bateu sossegado. Ela tá aqui! Tantas vezes quis começar o dia com ela ao meu lado enquanto estava longe.

- Tô morrendo de sono. - Falei rouco.

- Bom dia! - Ela montou em mim, toda animada e eu gemi de novo em protesto. Que tanta animação é essa? Pousei as mãos em sua bunda, fechando meus olhos de novo.

- Bom dia. - Murmurei.

- Acorda, amor. - Ela chamou.

- Lavínia, se o relógio ainda não estiver marcando 10:00 da manhã, é um atentado a minha vida. - Eu disse, ainda com os olhos fechados. Ela riu e deitou-se em cima de mim.

- É um pouco mais cedo. - Disse e mordeu meu queixo de leve e eu abri os olhos.

- Esse teu relógio biológico ferra com tudo. - Eu disse, enquanto ela começou a beijar meu pescoço.

- O seu é que ferra. - Acariciou meus braços. - Quero fazer amor com você. - Sussurrou em meu ouvido e eu suspirei ao ouvir seu pedido. Jamais negaria e eu sempre quero ela. Logo pela manhã o sexo é mais lento, apaixonado. Ela gosta assim durante esse horário e eu também adoro. Essa mulher me leva as nuvens de todas as formas possíveis. Sou completamente rendido.

- Eu faço sim, o quanto você quiser. - Respondi acariciando sua bunda. Eu tô vivendo um sonho e não quero nunca acordar.







FIQUEI TÃO EMPOLGADA QUE SÓ SOLTEI O CAP SEM NEM DAR UM OI AQUI! LKKKKKKK 
OIEEEEEEE, capítulo 2 de 3! Mini maratona pra vocês!!! Quem já tá no grupo do WhatsApp tá sabendo. E eu só tenho algo a dizer: curtam essa paz. Alguém tá sentindo a treta adiada? Só sendo adiada? 🤡 
Os próximos capítulos serão TUDO! Já no último, tenho ctz que vão dar uma piradinha hahahahaha 

Um comentário:

  1. Lalavinia com esse nível de ciúme? Quando souber o roteiro do clipe, pode preparar a terapia hein. 🤪

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