sábado, 14 de novembro de 2020

“ Gabriel de novo “ 63

Acordei e vi Luan ainda dormindo. Contemplando seu rostinho, eu pude me certificar: não é um sonho. Ele se declarou, se abriu comigo, suas fragilidades e sentimentos. Transamos muito. Estamos namorando. É tudo verdade. Sorri pra ele, que está de bruços com a boca entreaberta. Levantei, me sentindo animada. Feliz por estar com ele, feliz pois hoje é o aniversário da Gabi e sei que ela preparou um dia cheio de passeios para os convidados. Entrei no banheiro, tomei um banho relaxante, me hidratei toda e depois voltei ao quarto ainda pelada. Vi Luan no décimo sono. É, eu cansei ele ontem. Sorri com meu pensamento e fui até minha bagagem. Peguei um biquíni e logo vesti. Procurei uma saída de praia e encontrei uma saia longa, transparente. Fiquei pronta e então decidi fazer um coque nos cabelos. Passei protetor no corpo, rosto e lábios. Voltei a olhar para Luan e encontrei ele ainda dormindo. 

- Luan. - Chamei, me aproximando. - Luan. - Chamei de novo e ele nem se moveu. Parei bem perto dele e chamei de novo. - Luan, acorda. - Então ele começou a despertar. - Acorda, dorminhoco. - Eu sorri e então ele finalmente abriu os olhos e me olhou fazendo uma careta, então logo seus olhos focaram e ele me olhou dos pés a cabeça. Fez sinal com o dedo, pra eu dar uma voltinha e eu ri, negando. Ele sorriu também e segurou a parte posterior da minha perna, me levando para mais perto. Seu rosto ficou na altura do meu sexo, então seus olhos se fixaram nela. Dei um tapinha em sua testa e ele riu, me olhando. 

- Bom dia, minha loira. Mas que biquíni hein?! Essa saia também tá linda. - Ele elogiou. - Gata demais. 

- Eu tento né?! - Falei convencida e ele riu, acertando um tapa em minha bunda. 

- Vem cá. - Me chamou para a cama, mas eu conheço esse olhar. 

- De jeito nenhum. A Gabi preparou um dia todo especial, começando pelo café da manhã. - Ele me olhou com uma carinha de neném, implorando silenciosamente. 

- Só um abraço. - Pediu. 

- Luan, levanta logo e vai tomar seu banho. 

- Cê é tão insensível. Hoje é a nossa primeira manhã como namorados e você nem ao menos me deu um beijinho, um abraço. - Fez drama e eu ri. 

- Ah, para. Isso não combina com você. - Ele riu. 

- Tem razão, é mais a sua cara. - Lhe acertei um tapa no ombro e ele abriu os braços pra mim, me convidando para um abraço. Eu sei que por baixo do lençol, ele tá pelado. Completamente. Mesmo ciente do perigo, eu me inclinei para abraçá-lo, como já esperava, ele me agarrou e me jogou na cama, ficando por cima de mim. Meu coque se desfez e eu bufei. Homem impossível! 

- Luan! - Eu briguei e ele riu. 

- Agora sim. - E então me cheirou, beijando meu pescoço. Arrepiei toda e logo meu corpo se entregou mais. Filho da mãe! - Cadê meu abraço, princesa? - Ele disse contra o meu pescoço, então lhe abracei e ele soltou um gemido satisfeito, ele então roçou seu pau semi ereto em mim. 

- Eu sabia. - Eu disse, sorrindo. Ele riu e então procurou minha boca. Por incrível que pareça, ele não tem mau hálito matinal. Correspondi, procurando seus cabelos e ele me beijou sem pressa, chupando minha língua lentamente, os olhinhos fechados. Ai, caramba, eu sou doida pra ele! Chupei seu lábio inferior e ele voltou a me beijar, se esfregando em mim. Pousei as mãos em seus ombros e tentei lhe afastar. Não podemos transar agora de jeito nenhum. Ele permaneceu me beijando, eu correspondendo. Lhe dei um tapinha nas costas e então ele finalmente se afastou minimamente e me olhou.

- O que foi? - Quis saber, ainda com os olhos em minha boca.

- Amor, não podemos. - Ele sorriu, olhando pra mim.
 
- Como é que é? - acabei sorrindo também. 

- Não podemos. - Eu repeti, sem a parte que eu sei que ele quer ouvir. 

- Repete, vai. - Olhou minha boca. 

- Nós não podemos, meu amor. - Ele sorriu. 

- Ô coisa linda! - E então me beijou de novo, ignorando o que falei sobre não podermos. Seu beijo foi ficando quente, ficando ainda mais gostoso e eu não pude mais parar. Uma voz bem lá no fundo dizendo que preciso ir, que não podemos perder tempo com isso, mas meu corpo inteirinho dizendo o contrário. Ele não perdeu tempo em descer beijos pelo meu pescoço e meu colo, quando percebi, a parte superior do meu biquíni já estava afastado para o lado, enquanto sua boca trabalhava em meus seios. Mordidas de leve em meus mamilos e então comecei a soltar meus gemidos.

Luan acabou vencendo. Transamos novamente e quando tudo acabou, eu o xinguei, enquanto ele ri despreocupadamente. 

- Vai logo tomar banho, vestir uma roupa. - Eu disse, enquanto ele veste sua cueca. 

- Cê tá me tratando como um garoto de programa. - Eu ri e lhe acertei um travesseiro. Já com meu biquíni no lugar, eu levantei também e fui até o banheiro me lavar. Enquanto fiz isso, ouvi ele gritar. - Tô indo, tô levando seu cartão da porta pra quando eu voltar. 

- Certo. - Gritei de volta e então tudo ficou em silêncio. Voltei a me arrumar, sem tirar a felicidade do rosto. Então, comecei a pensar em quando nossos pais souberem, a reação de todos. Incluindo os fãs dele e as pessoas que acompanham meu trabalho. Meus ex sogros. Os minutos se passaram e eu acabei me entretendo em meu celular, na tentativa de uma selfie de frente ao espelho.

Meu celular tocou. É Clarissa, continuei de frente para o espelho, para terminar os últimos retoques. 

- Oi, mana. - Coloquei no alto falante. 

- Cadê você? 

- Luan me atrasou um pouco. - Eu ri e ela gargalhou, entendendo tudo. 

- A gente já tá no café da manhã. Vocês vão seguir com a gente? 

- Claro. Eu já tô descendo. 

- Ele tá com você? 

- Não, ele foi no quarto dele. 

- Mana, o que foi aquilo ontem? Gabriel grudou no seu pescoço. - Seu tom de voz ficou baixo e eu imagino que ela esteja por perto de alguém. 

- Nem me fale, mana. Ele começou a falar sobre o Luan. Dizendo que ele não me merece, mas que ficava feliz pela minha felicidade. Porém, eu deveria estar ciente do que teria que enfrentar e que talvez não fosse um amor tão tranquilo quanto eu merecia. Disse que torcia pela felicidade de nós dois. E tantas outras coisas. Ele estava meio alterado. Muito coisa eu relevei.

- Luan ficou putasso! Cê não tá entendendo. 

- Eu vi. - Suspirei. - Mas a gente conseguiu se resolver. - Mana, eu vou desligar. Depois a gente conversa mais. Já tenho que ir encontrar vocês. 

- Tá, vem logo. - E então ela desligou. Saí do banheiro devidamente pronta, encontrei Luan sentado na cama, me olhando. Meu coração acelerou. Ele ouviu tudo. 

- Cê chegou faz tempo? - Perguntei. 

- Faz um tempinho. - Suspirei. Ah, merda! - Então, era esse o assunto ontem? - Ele perguntou. 

- Luan, não era só isso. - Suspirei. 

- Esse cara é um filho da puta. 

- Não precisa falar assim. - Estendi minha mão e ele não pegou. 

- Claro que precisa. Lavínia, esse cara tá testando o meu limite. 

- Luan, o que ele falou não me influencia em nada. Mas eu respeito a opinião dele, sei que quer o melhor pra mim. 

- Ele quer você. Isso sim. 

- Gabriel me viu sofrer por você, chorar por você. Ele só tá preocupado. Mas eu escolhi você. Nós sabemos do nosso sentimento e só nós. Te amo, neném. - Ele suspirou. 

- Eu estou comunicando a você que esse cara me incomoda. Agora você decide o que fazer sobre isso. - Ele levantou-se e segurou minha mão. Não quero deixar de falar com Gabriel. Ele me apoiou muito, me faz muito bem. Decidi não responder Luan. Segurei sua mão de volta, então seguimos para fora do quarto. Isso vai passar, Gabriel vai se acostumar e vai perceber que Luan é o amor da minha vida. Eles vão se acostumar um com o outro, vou me apegar a essa possibilidade. 

- Cê ficou pronto muito rápido. - Eu olhei ele, enquanto esperamos o elevador. 

- Marco chegou lá me apressando. - E então o elevador abriu. Entramos. 

- Mas tá cheiroso. - Sorri pra ele, na tentativa de deixar nosso clima melhor. Ele me olhou sem muita expressão. - Deixa eu dar um cheiro. - Então, lhe agarrei, passando as mãos em volta do seu pescoço. Fiquei na ponta dos pés e procurei a curvatura do seu pescoço. Inalei seu perfume e de novo, de novo. Ele pousou uma das mãos em minha bunda e eu beijei seu pescoço. 

- Meu respeito por você é o único motivo de eu ser educado com aquele filho da mãe. 

- Esquece o Gabriel, amor. - Olhei ele, que permaneceu com os olhos em mim, claramente insatisfeito. 

- Ele é quem tem que esquecer a gente. - E então o elevador abriu novamente e nós descemos no restaurante do hotel. Vimos uma mesa imensa com a grande maioria dos convidados ainda sentados. Claro, nossa chegada foi motivo de festa e brincadeiras. Insinuações também. Luan riu e isso me aliviou. Que ele esqueça o Gabriel. Seguimos de mãos dadas e então cumprimentamos todos com bom dia. 

- Cês demoraram pra caramba. - Talita reclamou. 

- Cês ainda nem terminaram de comer. - Respondi, já começando a me servir. Ouvi a voz de Gabriel, conversando animadamente com alguns dos convidados, já fora da mesa. Preferi continuar concentrada em meu café da manhã. Luan sentou-se ao meu lado e logo começou a conversar com Marco, Keven e Edgar. Nos demoramos pouco durante o café e já seguimos todos juntos para o primeiro passeio do dia. Nos dividimos em três vans, os meninos já pegaram Luan pelos ombros e o levaram lá para trás alegando que o fundão era dos homens. Então, sentei ao lado de Clarissa, enquanto Talita sentou-se com Lorena.

- Irmã, nossos pais já sabem? - Clarissa perguntou e eu neguei com a cabeça.

- Ele me pediu em namoro ontem, não tive tempo de pensar direito. Não conversamos sobre isso ainda. 

- É. Se embebedaram e depois transaram até a morte. - Eu ri dela. 

- Mais ou menos isso. - Nos olhamos segurando o sorriso. 

- Anda, conta logo tudo. 

- Cê sabe que eu gosto de conversar com você e com Talita com mesmo tempo. 

- Tô curiosa, barbie. Sem suspense. 

- Não é suspense. - Revirei os olhos. Então, lhe contei sobre os traumas do passado dele, enquanto todos fazem a festa dentro da van. Não pudemos dar continuidade em nossa conversa por muito tempo, fomos interrompidas pelos meninos que levantaram, alegando estranhar nosso silêncio. 

- Vem sentar comigo. - Luan chamou. 

- Não, porra. - Marco disse. - Lá atrás é só a machadara. - Luan me olhou suplicando e eu tive que rir. 

- Tadinho do meu bebê. - Eu disse, sorrindo pra ele. 

- Vamos, seu viado. - Então, Marco o levou de volta para o fundão. Quando comecei a contar sobre não ter dormido nada na noite anterior para Clarissa, nós chegamos ao primeiro destino. Descemos e eu fiquei esperando Luan aparecer. Gabriel desceu primeiro e então nossso olhares se cruzaram. Ele veio em minha direção. Merda.

- Cê num falou comigo hoje hein?! - Sorriu. 

- A gente tava numa correria, me desculpa. Tudo bem?

- Tudo sim. - E então ele tomou a iniciativa de me abraçar, foi quando eu vi Luan saindo da van. O olhar dele encontrou nós dois. Eu desfiz o abraço. - Te falei muita merda ontem? - Ele fez careta. 

- Não, Gabriel, que isso. 

- Eu bebi muito ontem. - Eu ri.

- Acho que todos nós exageramos um pouco. 

- Você já teve tempo de olhar a internet hoje? 

- Não. - Franzi a testa. 

- Você e Luan em todos os lugares. Vários vídeos de você e eu. Todos estão comentando sobre seu namoro. Em tudo que é vídeo que você aparece, eles postaram. Me marcando na maioria por saber que somos amigos. - Fiquei boquiaberta. 

- Isso é sério? 

- Sério! - Ele riu. Olhei Luan rapidamente novamente e vi ele conversando algo com Talita. 

- Caramba, eu não imaginava. 

- Tudo sobre ontem tá na internet. Na verdade, quase tudo. - Passei a mão em minha testa. Eu estava tão feliz curtindo o momento que nem ao menos lembrei de celular, de tudo que envolve namorar com Luan. Meus pais! Merda, eles já devem saber. Não deveria ser assim. 

- Amor. - Luan me chamou. 

- Vou resolver essas questões agora. - Sorri nervosa.

- Vai lá. - Então, me aproximei de Luan. 

- Você já olhou seu celular hoje? - Já cheguei perguntando. 

- Fiz isso tem uns dez minutos. Deixei em modo avião desde ontem. Queria um momento só com você, enfim. Você sabe. 

- E aí? - Eu quis saber, enquanto todos conversam animadamente ao nosso redor. Estamos na beira de uma espécie de lagoa, algo assim. 

- Arleyde me ligou algumas vezes, mandei mensagem pra ela. Ela quer saber sobre como eu vou querer me pronunciar sobre nós dois, essas coisas. 

- Entendi. - Franzi a testa. - E sua família? 

- Pelo jeito já ficaram sabendo. - Ele riu despreocupado. 

- Meus pais também, provavelmente. 

- Não esquenta com isso agora. Bora aproveitar aqui.
 
- Isso tá tão errado, meus pais deveriam saber por mim.

- Não esquenta, loirinha. - Passou a mão por minha bochecha, de forma delicada. Então, Gabi chamou atenção de todos. Nos voltamos a ela, que está com um homem ao seu lado. Parece muito um instrutor. 

- Gente, nós vamos mergulhar, depois vamos dar um passeio de barco. E em seguida, vamos almoçar, visitar uma praia linda! Vocês vão amar. Ele vai nos orientar sobre tudo por aqui. - E então, o homem começou a falar. Luan colocou sua mão em volta da minha cintura e cheirou meu pescoço. Ficando atrás de mim. Pousei minha mão na sua, enquanto recebi beijos alternados em meu pescoço e ombro. Prestamos atenção nas orientações do instrutor, em seguida, fomos colocar os equipamentos. 

- Você passou protetor? - Eu quis saber. 

- Não. - Ele fez careta pra mim. Revirei os olhos e então, peguei o protetor que carrego em minha bolsas. 

- Vem. - Deixei a bolsa na areia e ele ficou bem de frente pra mim. Não tem ninguém no ambiente. Completamente vazio e nosso. Fiquei na ponta dos pés para passar em seu rosto e então Talita apareceu ao nosso lado, já toda equipada, fazendo um coração com as mãos, enquanto há um falatório imenso dos convidados, empolgados com o passeio. 

- Que casal mais lindo! - Sorrimos pra ela. 

- Enfim, esse homem caiu na real que o amor da vida dele sou eu. - Eu disse convencida e Luan me olhou risonho. 

- Isso, se convence toda mesmo. - Ele disse e Talita riu. - Só falta teu amigo saber disso né?! - Ele alfinetou e estava demorando. 

- E... começou. - Neguei com a cabeça e Talita ainda rindo, se afastou. 

- O que ele queria com você? 

- Vai ficar regulando minha amizade com Gabriel agora? - Coloquei as mãos na cintura, quando vi ele devidamente protegido do sol. 

- Tô só perguntando. O cara falou um montão de coisas sobre mim, enquanto eu só faço uma pergunta e você vem com essa reação. 

- Luan, todos estavam bêbados. Todos. Ele me pediu desculpas por ontem, tá tudo certo. - Ele negou com a cabeça, desacreditando. 

- Não, Lavínia. Não tá tudo bem. - E então ele se afastou. Eu bufei, já irritada com tal situação.





E o início do namoro do nosso casal está conturbado... Gabriel sempre presente e incomodando Luan. Lavínia prefere pensar positivo, acreditar que os dois vão se entender. Mas é vocês? O que estão achando disso? 🤭

Comentários respondidosssss ❤️❤️❤️

12 comentários:

  1. Não vou mentir que adoro uma dr kkkk, mas não quero eles brigado assim não.

    Achei que não ia ter cap hoje kkk kkk


    Bjxxxxx, Ana Carol

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  2. Pula pra parte que o Gabriel, some. Por favor. 🤪

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  3. Pelo amor do Senhor das FANFICS, Gabriel não se tocaaaaa sem paciência pra ele
    //Carol

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  4. Ai mds esse gabriel ta me dandos nos nervos viu ele n se toca homem chato continuaaaaa

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  5. Cadê vooooooocê?? Não abandona a gente não kk

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    1. Abandonei naaaao! Só fico sem tempo pra escrever, as vezes a inspiração some tb... mas tô aqui!

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