segunda-feira, 4 de maio de 2020

“ A Chegada “ 28

Chegamos em Ibiza logo cedo e eu não perdi tempo. Meus amigos, Douglas, Marquinhos, negão e eu, logo fomos para a primeira praia que queríamos conhecer.

- Isso é o paraíso. - Negão falou.

- Só faltou o viado do Marco. - Douglas disse.

- O cara tá comprometido, isso aqui é pra solteiros. - Marquinhos abriu os braços e eu ri quando Douglas deu um tapa na cabeça dele.

- Eu namoro, viado. Namoro e tô aqui. - Douglas disse.

- E é fiel. - Ressaltei.

- Sei não hein... - Marquinhos olhou desconfiado.

- Vai se foder. Eu amo aquela mulher, seu filho da puta.

- Ama tanto e não trouxe ela. - Marquinhos provocou. Ele realmente se diverte em provocar todo mundo.

- Isso é um programa de amigos, cara. Alguém manda ele calar a boca antes que eu quebre ele. - Douglas nos olhos e todos nós rimos.

- Isso daqui era pra ser uma turma muito maior. Breno, Caio... - Negão disse.

- Tudo namorando! - Marquinhos reclamou e eu ri.

- Cê é um encalhado, cara. - Douglas falou para Marquinhos.

- Vai se foder. Vou provar pra você, nessa viagem, que não sou encalhado. Apesar de você já saber disso. - Disse e piscou o olho.

- Botei fé. Acredito no teu potencial, viado. - Eu que sou não bobo nem nada, já fui dando força.

- Aposta? - Negão sorriu animado.

- Bora curtir esse primeiro dia. - Marquinhos abriu os braços novamente. - Depois eu mostro pra vocês como o papai faz. - Saiu andando e nós rimos novamente. Tenho uma certeza: essa viagem vai ser mais um momento inesquecível com eles. Acabamos ficando em uma barraca e caímos de cabeça nas bebidas do lugar. Era cada coisa diferente... umas tão boas e outra bem ruins. Isso nos rendeu risadas e quando percebi já estávamos todos alegrinhos. Decidi parar, até porque não gosto de ressaca. Porém, Marquinhos e Douglas continuaram.

- Cadê o top less? Caralho! - Marquinhos disse bem embolado.

- Cê tá bêbado, viado. - Eu ri.

- Tô nada, pô. Desse mais dez desse treco verde aqui. - Falou e tomou o resto da sua bebida.

- Dez pra mim também. - Douglas disse rindo pro vento. Olhei pro negão e ele me olhou.

- Puta que pariu. - Ele disse e nós rimos. No mesmo instante passou uma loira por nós, e puta que pariu de novo! Ela me lembrou a Lavínia. Os olhos, o cabelo. Mas o corpo não parece nada. O da loirinha eu conheço bem, é cheio de curva. Essa que passou por mim não, é magra, curvas discretas demais.

O coração apertou e eu senti saudade. Que caralho é esse? Passei a mão por meus cabelos e peguei meu celular, parei no número dela e quis ligar, mas fiquei na dúvida. Essa hora ela já deve tá quase largando o trabalho e com certeza tá na correria de sempre. A boca dela, o beijo dela invadiram minha mente. Suspirei e desviei meu olhar.

- Cê gostou hein?! - Negão percebeu e eu neguei. Mal sabe ele dos meus pensamentos.

- Ou, bora? Vamos comer, almoçar. - Chamei.

- Pede aqui, pô. - Marquinhos reclamou.

- Não, viado. Vamos voltar pro hotel, cês tomam um banho. Aliás, todo mundo. Se recuperam e aí a gente vai.

- Cê é um viadão mesmo. Estraga o passeio, porra. - Douglas disse embolado.

- Vai se foder. - Eu ri e já fui levantando. - Como que faz? Será que esperamos ou precisamos ir lá? - Os olhei em dúvida.

- Claro que ele vem, cara. Aquieta, senta aí. - Marquinhos apontou para minha cadeira. Passou uma loira novamente, com a pele bem bronzeada. - Que bebezinha. - Marquinhos disse, quase quebrando o pescoço e eu ri, sentando novamente.

- Vai ser foda pra gente ir. - Olhei pra Wellington.

- Cê acha que eu não sei? - Ele riu. - Caramba. - Ele olhou para minha direita e eu segui seu olhar. Duas ruivas estonteantes.

- Porra. - Assenti, como quem concorda com negão. Elas são lindas. As duas nos olharam e sorriram. Nós sorrimos de volta. Logo pudemos apreciar a vista na parte traseira. - Boa. - Eu disse.

- Muito boa. As duas. - Wellington tirou seu óculos de sol e eu vi o garçom que nos atendeu o tempo todo se aproximando. Usei meu inglês com ele e pedi a conta, ouvindo Marquinhos e Douglas reclamarem muito.

Com mais esforço, seguimos para o hotel e eu me joguei na cama quando enfim tive paz. Amo meus amigos, mas eles bêbados são uns filhos da puta.

Em meio a uma respiração profunda, eu lembrei dela. Lavínia. Peguei meu celular e disquei seu número. Chamou algumas vezes e então ela atendeu.

- Oi. - Sua voz suave encheu meus ouvidos e eu fechei os olhos. Eu tô começando a ficar com medo do que isso pode significar.

- Oi, loirinha. - Eu sorri.

- Demorou pra dar notícia. Eu já tava preocupada.

- Desculpa. A gente acabou saindo logo que chegamos e só parei agora. Ainda vamos almoçar.

- Sério? Nossa! São que horas aí?

- São umas treze horas. Cê tá em casa?

- Ainda não. Mas eu queria. - Soltou uma risadinha.

- Cê fica muito ligada no trabalho, loira. Precisa de um tempo só seu. - alertei.

- Eu sei. Preciso resolver muita coisa antes da viagem. A gente tá investindo em novas ideias e tá uma loucura, não queira nem imaginar.

- A loucura eu não imagino, mas agora você... loirinha, você eu imagino toda hora. - Ela riu e eu sorri.

- Para, Luan. - Ela disse e eu aposto que tá toda sem graça.

- Paro nada. É verdade mesmo.

- Até parece. Cê vai sair pegando geral aí.

- Ou, cê tá pesando o que de mim? - Ela riu.

- Nada, nadinha. - Ironizou.

- Você faz falta.

- Eu sei. Sou a tua saudade. - Ela disse convencida e eu ri.

- E eu sou a tua saudade.

- As vezes. - Desdenhou.

- Sem graça. - Eu disse sorrindo. Eu fico imensamente leve enquanto falo com ela, estou com ela. Qualquer contato que seja, desde que seja com ela, me deixa assim.

- Tá gostando daí?

- Tô. Vi muito pouco, mas tô sim. Marquinhos e o Douglas já estão bebaços. - Ela riu.

- Não acredito.

- Tô te falando.

- E você? Bebeu?

- Férias é isso né?! Beber logo que o dia amanhece. - Ela riu.

- Aproveita. Mas com cuidado, Luan.

- Eu sei, meu bem. - Saiu automático, mas eu também não me importei. Só tô sendo carinhoso.
Sabe mesmo?

- Sei. - Sorri e então ficamos em silêncio. - Queria teu beijo agora.

- Tô indo agora só já atender teu desejo. - Eu ri.

- Quem me dera isso fosse verdade. Mas quando eu voltar, antes de cê ir pra Sidney, cê vai me ver. - Afirmei. Ela precisa ir me ver.

- Não sei não...

- Lavínia. - Suspirei, insatisfeito.

- Tô te falando que tá uma loucura e você quer que eu viaje.

- Só um diazinho. Só um. - Apelei e já falei com uma vez mansinha.

- Para com esse seu jogo, seu safado. - Ela riu e eu sorri.

- Não tem jogo.

- Tem sim. - Ouvi uma voz feminina, mas não identifiquei muito bem. - Luan, eu preciso desligar. Clarissa chegou aqui, temos muito trabalho.

- Tá. Mas tarde fala comigo.

- Falo.

- Vou ficar esperando.

- Lembra que eu prometi né? Não sou sumir por causa do trabalho.

- Tô me agarrando nessa promessa. Beijo bem gostoso na sua boca.

- Beijo, coisa linda. - Ela desligou e eu suspirei de novo. Como tão pouco, faz tanta diferença em mim? Mordi meu lábio e grunhi. Não pode ser.

Levantei e fui até o banheiro, tomei um banho quente e me vesti confortavelmente. Vamos até um restaurante, que segundo Douglas, não podemos deixar de ir.

Cerca de meia hora eu os encontrei na recepção do hotel, Douglas e Marquinhos estão bem melhores, mas os olhos vermelhos não negam que beberam uma quantidade considerável.

- Ou, cê que vai guiar a gente. - Eu disse para Douglas.

- Nada, pô. Eu não sei guiar nem minha vida. - Negão riu.

- Cê vai confiar nesse macaco? - Marquinhos provocou novamente.

- Caralho, vai se foder. - Desta vez eu ri.

- Eu sei que vocês precisam ficar trocando essas declarações de amor, mas não estamos com tempo pra viadagem. - Negão disse e eu ri novamente. - Tô com fome, pô.

- É, viado. Bora logo. - Olhei Douglas.

- Seu filho da puta, eu não sei ir. - Ele se irritou e eu bufei.

- Cara burro. - Reclamei e Marquinhos riu.

- Por acaso eu já estive aqui antes? Imbecil. - Ele devolveu.

- Bora pelo gps. - Marquinhos palpitou.

- É, bora. - Eu disse e então seguimos para o estacionamento aonde está o carro que alugamos. E então, tivemos outra discussão pra saber quem vai dirigindo. Negão acabou indo, depois de deixar bem claro que o volante vai ser revezado.

(...)

- Minha magrela ia adorar essa comida. - Douglas disse, limpando sua boca com guardanapo.

- É boa demais. - Comentei, engolindo a última garfada.

- Bora olhar aqui a sobremesa. - Marquinhos disse, já pegando o cardápio.

- Não dá pra entender nada. - Negão riu ao tentar ler.

- Google tradutor, paizinho. - Marquinhos disse.

- Num tem em inglês não? - Perguntei.

- Me dá isso, pô. - Douglas tomou da mão do Marquinhos e recebeu um olhar matador. Segurei a risada. - Tá aqui embaixo, em inglês. Marquinhos é muito burro.

- Não vou nem dizer nada, se não eu vou acabar socando a cara dele. - Negão riu e então cada um escolheu sua sobremesa. Ficamos jogando conversa fora e dando risada. Claro, nos xingando também.

Voltamos para o hotel ouvindo um modão atrás do outros e soltamos a voz, enquanto Wellington preferiu somente bater o dedo no volante, acompanhando o ritmo.

Ao chegarmos no hotel, Ju ligou para Douglas e então fomos até o corredor dos nossos quartos ouvindo nosso amigo:

- Eu bebi demais. - Ele ria. - É, eu sei. - E então riu de novo. - Eu sei, eu sei. Cê precisava ver a comida, na verdade cê precisava experimentar. Magrela, só lembrei de você. - Marquinhos fez uma cara de nojo e eu não aguentei. A verdade é que ele ama o casal. - Voltando pro hotel. - Ouviu novamente. - Acho que uma baladinha.

- Não. - Eu disse. Não vou pra balada hoje, eu tô acabado.

- Sim, ah sim. - Marquinhos retrucou. Negão riu, ficando em cima do muro.

- Cês não cansam não? Puta merda. - Falei ao chegar em frente ao meu quarto.

- Eu também te amo. - Douglas continuou falando com ela. - Saudade. Beijo, minha linda. - E então desligou. Abri a porta do meu quarto e ficou olhando pra eles que acabaram parando.

- Quê? - Quis entender.

- Nós vamos pra porra da balada. - Douglas disse.

- Pensei que cê tava falando com sua namorada e não ouvindo nossa conversa. - Eu disse.

- Não sou surdo, Luan.

- Bora descansar por hoje, caramba. - Eu propus.

- Não, não. - Marquinhos disse.

- Sério? - Suspirei.

- Cê tá fraco, cara. - Negão disse.

- Tô achando que cê tá com alguém. - Douglas desconfiou. Eu evito falar de Lavínia. Nosso lance parece muito nosso, eles não sabem em que nível estamos.

- Bora pra porra da balada. - Falei pra eles se calarem. E então satisfeitos, eles foram para seus quartos e me deixaram em paz.








Oiiiii meninas! Voltei! Vi o tantão de comentários 😍😍😍 Voces são lindasssss!!!! A viagem dos meninos começou... e aí? Vocês tem a mínima ideia do que vai rolar? Não vou nem dizer muito, vou deixar pra imaginação de vocês...
volto amanhã, eu acho 🤭
Bjjjjjssss, Jéssica ❤️

9 comentários:

  1. Só espero Luan não aprontar lá
    Continua

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  2. Quero o Luan comportado nessa viagem ein kkkkkkk

    No aguardo do capítulo de amanhã!

    Bjs, Ana Carol

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  3. Ou luan se comporta, ou quero vê ele implorando por Lavínia de novo

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  4. Mulher, não some assim

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  5. Volte logo com o próximo capítulo , espero que o Luan não me apronte ...

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  6. Esperando o "volto amanhã, eu acho" Kkkkkkkk

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