Chegamos em Ibiza logo cedo e eu não perdi tempo. Meus amigos, Douglas, Marquinhos, negão e eu, logo fomos para a primeira praia que queríamos conhecer.
- Isso é o paraíso. - Negão falou.
- Só faltou o viado do Marco. - Douglas disse.
- O cara tá comprometido, isso aqui é pra solteiros. - Marquinhos abriu os braços e eu ri quando Douglas deu um tapa na cabeça dele.
- Eu namoro, viado. Namoro e tô aqui. - Douglas disse.
- E é fiel. - Ressaltei.
- Sei não hein... - Marquinhos olhou desconfiado.
- Vai se foder. Eu amo aquela mulher, seu filho da puta.
- Ama tanto e não trouxe ela. - Marquinhos provocou. Ele realmente se diverte em provocar todo mundo.
- Isso é um programa de amigos, cara. Alguém manda ele calar a boca antes que eu quebre ele. - Douglas nos olhos e todos nós rimos.
- Isso daqui era pra ser uma turma muito maior. Breno, Caio... - Negão disse.
- Tudo namorando! - Marquinhos reclamou e eu ri.
- Cê é um encalhado, cara. - Douglas falou para Marquinhos.
- Vai se foder. Vou provar pra você, nessa viagem, que não sou encalhado. Apesar de você já saber disso. - Disse e piscou o olho.
- Botei fé. Acredito no teu potencial, viado. - Eu que sou não bobo nem nada, já fui dando força.
- Aposta? - Negão sorriu animado.
- Bora curtir esse primeiro dia. - Marquinhos abriu os braços novamente. - Depois eu mostro pra vocês como o papai faz. - Saiu andando e nós rimos novamente. Tenho uma certeza: essa viagem vai ser mais um momento inesquecível com eles. Acabamos ficando em uma barraca e caímos de cabeça nas bebidas do lugar. Era cada coisa diferente... umas tão boas e outra bem ruins. Isso nos rendeu risadas e quando percebi já estávamos todos alegrinhos. Decidi parar, até porque não gosto de ressaca. Porém, Marquinhos e Douglas continuaram.
- Cadê o top less? Caralho! - Marquinhos disse bem embolado.
- Cê tá bêbado, viado. - Eu ri.
- Tô nada, pô. Desse mais dez desse treco verde aqui. - Falou e tomou o resto da sua bebida.
- Dez pra mim também. - Douglas disse rindo pro vento. Olhei pro negão e ele me olhou.
- Puta que pariu. - Ele disse e nós rimos. No mesmo instante passou uma loira por nós, e puta que pariu de novo! Ela me lembrou a Lavínia. Os olhos, o cabelo. Mas o corpo não parece nada. O da loirinha eu conheço bem, é cheio de curva. Essa que passou por mim não, é magra, curvas discretas demais.
O coração apertou e eu senti saudade. Que caralho é esse? Passei a mão por meus cabelos e peguei meu celular, parei no número dela e quis ligar, mas fiquei na dúvida. Essa hora ela já deve tá quase largando o trabalho e com certeza tá na correria de sempre. A boca dela, o beijo dela invadiram minha mente. Suspirei e desviei meu olhar.
- Cê gostou hein?! - Negão percebeu e eu neguei. Mal sabe ele dos meus pensamentos.
- Ou, bora? Vamos comer, almoçar. - Chamei.
- Pede aqui, pô. - Marquinhos reclamou.
- Não, viado. Vamos voltar pro hotel, cês tomam um banho. Aliás, todo mundo. Se recuperam e aí a gente vai.
- Cê é um viadão mesmo. Estraga o passeio, porra. - Douglas disse embolado.
- Vai se foder. - Eu ri e já fui levantando. - Como que faz? Será que esperamos ou precisamos ir lá? - Os olhei em dúvida.
- Claro que ele vem, cara. Aquieta, senta aí. - Marquinhos apontou para minha cadeira. Passou uma loira novamente, com a pele bem bronzeada. - Que bebezinha. - Marquinhos disse, quase quebrando o pescoço e eu ri, sentando novamente.
- Vai ser foda pra gente ir. - Olhei pra Wellington.
- Cê acha que eu não sei? - Ele riu. - Caramba. - Ele olhou para minha direita e eu segui seu olhar. Duas ruivas estonteantes.
- Porra. - Assenti, como quem concorda com negão. Elas são lindas. As duas nos olharam e sorriram. Nós sorrimos de volta. Logo pudemos apreciar a vista na parte traseira. - Boa. - Eu disse.
- Muito boa. As duas. - Wellington tirou seu óculos de sol e eu vi o garçom que nos atendeu o tempo todo se aproximando. Usei meu inglês com ele e pedi a conta, ouvindo Marquinhos e Douglas reclamarem muito.
Com mais esforço, seguimos para o hotel e eu me joguei na cama quando enfim tive paz. Amo meus amigos, mas eles bêbados são uns filhos da puta.
Em meio a uma respiração profunda, eu lembrei dela. Lavínia. Peguei meu celular e disquei seu número. Chamou algumas vezes e então ela atendeu.
- Oi. - Sua voz suave encheu meus ouvidos e eu fechei os olhos. Eu tô começando a ficar com medo do que isso pode significar.
- Oi, loirinha. - Eu sorri.
- Demorou pra dar notícia. Eu já tava preocupada.
- Desculpa. A gente acabou saindo logo que chegamos e só parei agora. Ainda vamos almoçar.
- Sério? Nossa! São que horas aí?
- São umas treze horas. Cê tá em casa?
- Ainda não. Mas eu queria. - Soltou uma risadinha.
- Cê fica muito ligada no trabalho, loira. Precisa de um tempo só seu. - alertei.
- Eu sei. Preciso resolver muita coisa antes da viagem. A gente tá investindo em novas ideias e tá uma loucura, não queira nem imaginar.
- A loucura eu não imagino, mas agora você... loirinha, você eu imagino toda hora. - Ela riu e eu sorri.
- Para, Luan. - Ela disse e eu aposto que tá toda sem graça.
- Paro nada. É verdade mesmo.
- Até parece. Cê vai sair pegando geral aí.
- Ou, cê tá pesando o que de mim? - Ela riu.
- Nada, nadinha. - Ironizou.
- Você faz falta.
- Eu sei. Sou a tua saudade. - Ela disse convencida e eu ri.
- E eu sou a tua saudade.
- As vezes. - Desdenhou.
- Sem graça. - Eu disse sorrindo. Eu fico imensamente leve enquanto falo com ela, estou com ela. Qualquer contato que seja, desde que seja com ela, me deixa assim.
- Tá gostando daí?
- Tô. Vi muito pouco, mas tô sim. Marquinhos e o Douglas já estão bebaços. - Ela riu.
- Não acredito.
- Tô te falando.
- E você? Bebeu?
- Férias é isso né?! Beber logo que o dia amanhece. - Ela riu.
- Aproveita. Mas com cuidado, Luan.
- Eu sei, meu bem. - Saiu automático, mas eu também não me importei. Só tô sendo carinhoso.
Sabe mesmo?
- Sei. - Sorri e então ficamos em silêncio. - Queria teu beijo agora.
- Tô indo agora só já atender teu desejo. - Eu ri.
- Quem me dera isso fosse verdade. Mas quando eu voltar, antes de cê ir pra Sidney, cê vai me ver. - Afirmei. Ela precisa ir me ver.
- Não sei não...
- Lavínia. - Suspirei, insatisfeito.
- Tô te falando que tá uma loucura e você quer que eu viaje.
- Só um diazinho. Só um. - Apelei e já falei com uma vez mansinha.
- Para com esse seu jogo, seu safado. - Ela riu e eu sorri.
- Não tem jogo.
- Tem sim. - Ouvi uma voz feminina, mas não identifiquei muito bem. - Luan, eu preciso desligar. Clarissa chegou aqui, temos muito trabalho.
- Tá. Mas tarde fala comigo.
- Falo.
- Vou ficar esperando.
- Lembra que eu prometi né? Não sou sumir por causa do trabalho.
- Tô me agarrando nessa promessa. Beijo bem gostoso na sua boca.
- Beijo, coisa linda. - Ela desligou e eu suspirei de novo. Como tão pouco, faz tanta diferença em mim? Mordi meu lábio e grunhi. Não pode ser.
Levantei e fui até o banheiro, tomei um banho quente e me vesti confortavelmente. Vamos até um restaurante, que segundo Douglas, não podemos deixar de ir.
Cerca de meia hora eu os encontrei na recepção do hotel, Douglas e Marquinhos estão bem melhores, mas os olhos vermelhos não negam que beberam uma quantidade considerável.
- Ou, cê que vai guiar a gente. - Eu disse para Douglas.
- Nada, pô. Eu não sei guiar nem minha vida. - Negão riu.
- Cê vai confiar nesse macaco? - Marquinhos provocou novamente.
- Caralho, vai se foder. - Desta vez eu ri.
- Eu sei que vocês precisam ficar trocando essas declarações de amor, mas não estamos com tempo pra viadagem. - Negão disse e eu ri novamente. - Tô com fome, pô.
- É, viado. Bora logo. - Olhei Douglas.
- Seu filho da puta, eu não sei ir. - Ele se irritou e eu bufei.
- Cara burro. - Reclamei e Marquinhos riu.
- Por acaso eu já estive aqui antes? Imbecil. - Ele devolveu.
- Bora pelo gps. - Marquinhos palpitou.
- É, bora. - Eu disse e então seguimos para o estacionamento aonde está o carro que alugamos. E então, tivemos outra discussão pra saber quem vai dirigindo. Negão acabou indo, depois de deixar bem claro que o volante vai ser revezado.
(...)
- Minha magrela ia adorar essa comida. - Douglas disse, limpando sua boca com guardanapo.
- É boa demais. - Comentei, engolindo a última garfada.
- Bora olhar aqui a sobremesa. - Marquinhos disse, já pegando o cardápio.
- Não dá pra entender nada. - Negão riu ao tentar ler.
- Google tradutor, paizinho. - Marquinhos disse.
- Num tem em inglês não? - Perguntei.
- Me dá isso, pô. - Douglas tomou da mão do Marquinhos e recebeu um olhar matador. Segurei a risada. - Tá aqui embaixo, em inglês. Marquinhos é muito burro.
- Não vou nem dizer nada, se não eu vou acabar socando a cara dele. - Negão riu e então cada um escolheu sua sobremesa. Ficamos jogando conversa fora e dando risada. Claro, nos xingando também.
Voltamos para o hotel ouvindo um modão atrás do outros e soltamos a voz, enquanto Wellington preferiu somente bater o dedo no volante, acompanhando o ritmo.
Ao chegarmos no hotel, Ju ligou para Douglas e então fomos até o corredor dos nossos quartos ouvindo nosso amigo:
- Eu bebi demais. - Ele ria. - É, eu sei. - E então riu de novo. - Eu sei, eu sei. Cê precisava ver a comida, na verdade cê precisava experimentar. Magrela, só lembrei de você. - Marquinhos fez uma cara de nojo e eu não aguentei. A verdade é que ele ama o casal. - Voltando pro hotel. - Ouviu novamente. - Acho que uma baladinha.
- Não. - Eu disse. Não vou pra balada hoje, eu tô acabado.
- Sim, ah sim. - Marquinhos retrucou. Negão riu, ficando em cima do muro.
- Cês não cansam não? Puta merda. - Falei ao chegar em frente ao meu quarto.
- Eu também te amo. - Douglas continuou falando com ela. - Saudade. Beijo, minha linda. - E então desligou. Abri a porta do meu quarto e ficou olhando pra eles que acabaram parando.
- Quê? - Quis entender.
- Nós vamos pra porra da balada. - Douglas disse.
- Pensei que cê tava falando com sua namorada e não ouvindo nossa conversa. - Eu disse.
- Não sou surdo, Luan.
- Bora descansar por hoje, caramba. - Eu propus.
- Não, não. - Marquinhos disse.
- Sério? - Suspirei.
- Cê tá fraco, cara. - Negão disse.
- Tô achando que cê tá com alguém. - Douglas desconfiou. Eu evito falar de Lavínia. Nosso lance parece muito nosso, eles não sabem em que nível estamos.
- Bora pra porra da balada. - Falei pra eles se calarem. E então satisfeitos, eles foram para seus quartos e me deixaram em paz.
Oiiiii meninas! Voltei! Vi o tantão de comentários 😍😍😍 Voces são lindasssss!!!! A viagem dos meninos começou... e aí? Vocês tem a mínima ideia do que vai rolar? Não vou nem dizer muito, vou deixar pra imaginação de vocês...
volto amanhã, eu acho 🤭
Bjjjjjssss, Jéssica ❤️
Continua por favor!!!🤔😲
ResponderExcluirSó espero Luan não aprontar lá
ResponderExcluirContinua
Continua
ResponderExcluirQuero o Luan comportado nessa viagem ein kkkkkkk
ResponderExcluirNo aguardo do capítulo de amanhã!
Bjs, Ana Carol
Ou luan se comporta, ou quero vê ele implorando por Lavínia de novo
ResponderExcluirKd tu mulher??🤔
ResponderExcluirMulher, não some assim
ResponderExcluirVolte logo com o próximo capítulo , espero que o Luan não me apronte ...
ResponderExcluirEsperando o "volto amanhã, eu acho" Kkkkkkkk
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