sexta-feira, 8 de maio de 2020

“ Resultado da primeira noite “ 29



A balada estava lotada, é uma festa fora de comum. Eu nunca vi algo assim numa balada. Pessoas fazendo perfomance quase no teto do lugar, penduradas, muita gente dançando. 

- Ele tá chupando os peitos dela! - Marquinhos exclamou surpreso e então eu olhei. Realmente me deparei com a mulher sorrindo diabolicamente enquanto o cara chupa os seios dela. 

- Caralho! - Douglas disse. - Me façam uma promessa. - Todos nós olhamos pra ele. - Me prometam que a Ju nunca vai saber que eu estive num lugar como esse. - Marquinhos deu um gargalhada e eu também não me segurei. - Eu tô falando sério! - Ele gritou por conta do som alto. 

- Ah, cara! Vai se foder! - Marquinhos não o levou a sério. 

- É coisa nossa, cara. Relaxa. - Eu disse, batendo em seu ombro. 

- Podem vim, gostosas. Hoje eu sou todo de vocês. - Marquinhos gritou e riu em seguida. 

- Marquinhos, filho da puta! Me promete. - Douglas insistiu. 

- Relaxa, viado. Cê nunca ia trair a Ju e as baladas daqui são assim mesmo. - Deu de ombros. - Não vou dizer nada, nenhuma brincadeirinha quanto a isso. - Douglas olhou negão. 

- A última pessoa que você precisa se preocupar é comigo. - Ele colocou os braços pra cima em defensiva. 

- Agora, vamos curtir, beijar na boca. Menos você. - apontou para Douglas e ele riu. 

- Mas eu posso beber, caramba! Vamos encher a cara. - E então seguimos para o bar. Eu não acreditei quando vi as duas ruivas de mais cedo. 

- Não tô acreditando. - Negão disse.

- Bora lá, pô. - Me animei. 

- Na hora. - E então ele me acompanhou, enquanto Douglas e Marquinhos nos observaram um pouco afastados. Meti meu inglês com elas, negão também. Ele sabe o básico de inglês e consegue desenrolar. Apesar de eu jogar todo o meu charme, elas piraram no negão. Quando souberam que era brasileiro... dei a batalha como perdida. Logo me afastei, me aproximando de Douglas e Marquinhos. Fui recebido com risadas. 

- Primeiro fora de Ibiza! - Marquinhos zoou. 

- Vai se foder. - Eu ri. - Elas gostaram do negão. 

- As duas? - Douglas ficou surpreso.

- As duas. Inclusive, provavelmente, essa viagem vai ter uma história de Ménage. - Eles gargalharam e disseram o quanto Wellington é foda e tudo mais. 

- Pede esse treco aqui. - Marquinhos me indicou a bebida que ele já está provando. 

- Não tem nada aqui que também tenha no Brasil não? - Quis saber.

- Não trabalho no bar, parceiro. - Douglas não me levou a sério e eu lhe dei um tapa na cabeça. 

- Esse cara é um filho da mãe mesmo. - E então eu chamei o barman. Diante da orientação dele, eu peguei uma bem forte. É, de cara mesmo. Quero beber mesmo, apesar de eu não gostar de ficar bêbado. Mesmo que amanhã eu me arrependa. Estou com meus amigos em Ibiza, nós temos que fazer história. 

- Uou! - Os dois gritaram quando eu virei a dose em minha boca. 

- Puta que pariu! - Douglas disse, olhando além de mim. Virei para trás e vi o negão num beijo triplo. 

- Sortudo do caralho! - Marquinhos comemorou. Eu só sabia rir. 

- Nossa! - No mesmo instante eu senti um puxão no meu pulso e unhas cravando em minha pele, quando olhei me deparei com uma loira muito linda. Olhos azuis, bronzeada, bem gostosinha. 

- Tô querendo você. - Ela disse bem decidida, em inglês. Eu só tive tempo de sorri e então agarrei seus cabelos e lhe beijei. Ela agarrou meus ombros, cravando suas unhas em minhas camisa e colocando sua língua em minha boca. O beijo é bom. Seu corpo se achegou mais ao meu e então eu agarrei sua bunda, lhe beijando com vontade. Só ouvia o barulho da música alta ao redor e as pessoas festejando. Enquanto eu também festejo. O beijo encerrou-se e ela me olhou, ainda falando em inglês:
- Você é daqui? 

- Não. Sou do Brasil. - Ela sorriu. - E você? 

- Eu moro aqui. - Continuamos nosso diálogo em inglês. 

- Tá sozinha? - Ela negou com a cabeça e apontou para trás. 

- Minhas amigas. - Apontou para quatro meninas dançando animadamente em uma rodinha. 

- Bom, muito bom. - Eu disse. 

- Me dá mais um beijo. - Ela pediu e eu sorri novamente. 

- Mais um? - Perguntei em inglês.

- Sim. - Sorriu pra mim e então eu lhe beijei. 

- Tem uma boca aqui também hein?! - Ouvi Marquinhos gritar. - Só uma. Apenas uma. Esse cara é comprometido com uma mulher incrível, então nem tentem com ele. - Pude ouvir, enquanto ela me beijava. Então eu lembrei de Lavínia, mas logo a expulsei dos meus pensamentos. Não tem nada que ocupar meus pensamentos agora. Qual é? Não temos nada. A loira que eu ainda não sei o nome, puxou meus cabelos e mordeu meus lábios. Meu corpo naturalmente reagiu, meu pau pulsou. A carne é realmente um negócio muito fraco. Ela gemeu na minha boca quando eu puxei os cabelos dela.

Não tenho ideia de quantos minutos ficamos nos pegando, até uma de suas amigas se aproximar e quase arrastar ela. Me olhou como quem se desculpa e se afastou. 

- Pensei que ia casar. - Marquinhos já começou. 

- Eu casaria. - Brinquei. 

- Você foderia, cara. É diferente. - Douglas riu. E eu acabei rindo também. - Pede uma bebida. Essa daqui é muito boa. - Me mostrou a sua. 

- A mesma que a dele, por favor. - Eu pedi em inglês ao atendente.

Começamos a beber e não bebemos pouco. Comecei a ficar um pouco tonto, mas eu só queria outra dose, outro drink. Misturei tudo que pude e não pude. Tocou uma música do Charlie Puth e eu já ouvi Lavínia cantar algumas músicas dele, mas uma em especial eu sempre ouço dela. Foi impossível não sorrir. Pude rir também quando Marquinhos foi diversas vezes atacado por mulheres, sem nem precisar se esforçar. Beijei mais algumas bocas e Douglas se desviou de mais algumas. Eu ri de cada situação embaraçosa que ele se envolveu.

Bebemos mais. Algo bem no fundo dizia que eu já fiz isso uma vez e me arrependi, mas uma voz bem mais alta dizia “ foda-se “.

Negão finalmente apareceu e disse que iria para o hotel com as duas amigas! Claro, houve nossa comemoração. Só pode ser meu amigo mesmo! 

- Toma cuidado, seu filho da mãe! - Eu disse de forma embolada. 

- Acho que quem tá precisando de mais cuidado é você. Na verdade, vocês. Qualquer coisa me liguem.

- Você não é nossa mamãe, seu idiota. - Marquinhos gritou. Ele tá bem pior que eu. Gargalhei e Douglas me acompanhou. 

- Vai lá, negão. Vai lá e me representa. - Douglas disse. 

- Não vão foder com a viagem. - Ele avisou. 

- Relaxa, relaxa. - Marquinhos disse e eu só sabia sorrir. Negão se afastou e logo vimos ele segurar as mãos das duas amigas. 

- Eu tô feliz pra caralho! - Eu gritei e inclinei minha cabeça para trás. 

- Abraça, abraça, abraça, seu amigo viado. - Douglas começou a cantar e iniciou um abraço em grupo. Começamos a cantar juntos e nos juntamos no abraço, girando.

Quando percebi, vi Marquinhos chamando as pessoas aleatoriamente para se juntar a nós e logo se formou uma grande roda. Só consegui pensar: caralho, que noite! Uma morena se aproximou de mim, logo que o abraço foi se desfazendo. Ela também estava na nossa roda. 

- Olá. - Ela disse em espanhol. - Porra, eu não sei muito dessa língua. 

- Fala inglês? - Perguntei em inglês e ela respondeu que sim. - Você é linda. - Eu elogiei e ela sorriu, colocando o cabelo atrás da orelha.

O resultando não demorou a aparecer. Nós acabando indo parar num hotel. Não era o que eu estava hospedado, nem o dela. Transamos muito e com o efeito da bebida indo embora, eu consegui pensar e liguei para Wellington. Pude ver o sol já bem forte. Me despedi dela e ressaltei o quando ela foi incrível na cama. Minha transa de Ibiza. Gostosa pra caralho. E então a loirinha veio em minha mente, quase como uma comparação. Expulsei meus pensamentos e logo que entrei no carro com Wellington eu capotei, ainda ouvindo ele perguntar como eu fui para naquele hotel e em como estava tarde.

(...)

Acordei já bem tarde, na verdade, quase noite. Meu celular tocou, fazendo meu cérebro quase explodir.

Corri minha mão pela cama procurando, até que achei. 

- Alô! - Falei grosseiro. 

- Filho? - Minha mãe disse e então eu suavizei minha expressão, me xingando internamente. Eu deveria ter olhado quem era antes.

- Oi, xum. - A chamei pelo apelido carinhoso. 

- Como você tá? 

- Bem. Eu tava dormindo, por isso não liguei antes. 

- Sei. - Seu tom foi de preocupação. - Cê tá se cuidando direitinho? 

- Tô sim, mãe. - Sorri ao me deparar com seu cuidado. 

- O que cê fez ontem? Me conta. - Fechei os olhos e mesmo com muita dor de cabeça, eu falei: 

- Fomos a uma festa. Foi muito bom. Animado. Cheguei já bem tarde e aí capotei. 

- Até agora? - Ela se surpreendeu. 

- Até agora. - Eu ri de leve. 

- Lavínia veio hoje aqui. - Mudou totalmente me assunto... e que assunto! Eu senti o impacto só de ouvir o nome dela.

- Mesmo? - Fiquei curioso. 

- É sim. Ela veio maquiar sua irmã. Ela tinha uma jantar especial com a família do Breno hoje. Sabe como é. Ela colocou na cabeça que queria uma maquiagem muito bonita e então chamou sua amiga pra vir. - Eu suspirei. Saudade da loirinha. 

- E aí? Ela ficou muito tempo por aí? - Eu quis saber.

- Mais ou menos. Ela acabou ficando, conversamos um pouco. 

- Um pouco? Sobre o que? - Eu nem se quer fui discreto. 

- Coisas de mulher, filho. Cotidiano. Ela falou da correria que tá sendo a vida dela e disse também que fez um esforço pra vir até a Bru. 

- Entendi. E como ela tá? 

- Tá bem. Bem linda. - Ela soltou uma risadinha. 

- É linda né?! - Eu sorri bobo. 

- Nossa, demais! Eu fico boba com ela. - Eu quase concordei com minha mãe. Eu também fico bobo com ela. - Cê gosta dela, filho? - Suspirei. É sério que ela vai querer saber?

- Gosto, mãe. Ela é encantadora, cê sabe. Mas não queremos namorar e eu não tô apaixonado. Não vai entender mal. Ela me faz bem. Estamos nos conhecendo. 

- Entendi. Eu realmente gostaria de ver você aquietando o facho. 

- Eu sei, mãe. Você já repetiu isso várias vezes. - Acabei dando uma risadinha. 

- Você já conheceu muita gente, tá na hora de firmar com uma, não acha? 

- Não, mãe. Não acho. Cê quer me ver fora de casa? - Me fiz de vítima.

- Claro que não, filho. Não fala essas coisas. - Eu sorri. Eu sempre uso isso quando ela bate na tecla de namoro, compromisso. 

- Então sem pressão tá? - Falei bem humorado. 

- Tá, tudo bem. Mas só pra reforçar: eu acho muito linda, simpática e inteligente. Conversou muito com a Bru sobre a marca de roupas dela, deu conselhos.

- Tá. - Eu sorri. Parece que uma certa loirinha ganhou minha mãe. - E você como tá? - Mudei de assunto.

- Tô bem. Me conta, como tá sendo aí? - Comecei a contar sobre a noite passada omitindo alguns detalhes que ela realmente não precisa e nem quer saber. Conversamos até ela decidir desligar e eu mandei mensagem no grupo da viagem perguntando o que fazer pra passar a dor de cabeça que tô sentindo. O único que me levou a sério foi o Wellington.

De repente eu senti uma ânsia de vômito e levantei correndo. Vomitei e parecia que meu estômago iria sair junto. Puta que pariu! Alguém me lembra de nunca mais fazer isso? Lavei minha boca e voltei para cama. Isso é horrível! Lembrei da transa de ontem e logo associei a loirinha. Com Lavínia é ainda mais gostoso. Não lembro a última vez que tive uma química tão forte com alguém na cama. Parece que tudo encaixa bem, arrepia mesmo. Gemi frustrado. Ontem também foi muito bom, mas não chega nem a ser parecido com ela. Procurei o número dela e logo após verificar se havia alguma mensagem dela. Não vai me mandar mensagem, eu sei. Tá esperando que eu ligue, apareça. Lembrei da suspeita de gravidez e então eu decidir ligar. Ela demorou a atender e então eu ouvi sua voz: 

- Oi, Luan. 

- Oi, loira. Onde cê tá? - Eu sorri. 

- Na correria de trabalho. 

- Ainda?

- Sim. Fui na sua casa, maquiar a Bruna. Ela também não tava conseguindo vir, ia ficar muito puxado e aí eu dei um jeito. 

- Hum, entendi. Minha mãe disse mesmo que cê foi lá. 

- É. - Eu achei ela meio distante, mas acho que é psicológico. Parece até que ela sabe que transei com outra horas atrás. Mas qual é, não tem problema. Nós deixamos tudo muito claro. Ficamos em silêncio por um instante e então ela disparou: - Minha menstruação veio. - Comemorou. 

- Sério? - Suspirei aliviado. 

- Uhum. Faz uma meia horinha. 

- Olha só, eu te falei né?! 

- Não quero um susto desses nunca mais. 

- Agora não vai ter mais. Tem o remédio. 

- É, tem sim. Como tá aí? 

- Bom. Ontem eu bebi muito e eu tô passando mal agora. - Ela soltou uma risadinha e eu sorri. Que poder é esse? 

- Mas hoje cê vai de novo. 

- Vou nada. 

- Acredito. - Foi irônica. Nossa conversa tá tão estranha. 

- Tá ocupada? 

- Muito. - Riu fraco. Parece que ela tá mesmo sentindo. Porra, essa mulher é vidente? 

- Saudade de mim? - Eu quis me certificar que está tudo bem entre nós. 

- Tô. Tô sim, mas aproveita sua viagem. Você merece. - E então eu percebi que é tudo coisa da minha cabeça. Ela não sabe de nada, nem tá bolada com nada. É só minha consciência querendo me fazer acreditar que fiz algo errado, mas não fiz. Eu tô solteiro. 

- Tô aproveitando. Vou deixar você trabalhando e vou tomar um remédio. 

- Tá certo. Se cuida tá? Aproveita com cuidado. 

- Certo. Beijo. 

- Outro, coisa linda. - E então ela desligou e eu respirei fundo. A vontade de vomitar veio de novo e eu corri para o banheiro mais uma vez. Hoje vai ser o verdadeiro porre.





Oiiii meninas! Tô aparecendo no meio na madrugada sim! Tô funcionando toda errada! Hahahaha não apareci antes, mas em compensação, escrevi dois capítulos nesse meio tempo. Agora vim aqui postar essa capítulo tranquilo, com zero acontecimento pra vocês analisarem hahahahah e aí? O que acharam? Luan ficou com outras, não andou se comportando como muitas de vocês queriam. E foi só a primeira noite... mas ele não deixou de pensar nela hein!! É sobre a ligação: adeeeeus suspeita de gravidez. Não foi dessa vez, vamos aguardar mais né?! Luan acha que ele “ sentiu “ que ele ficou com outras. Qual a perspectiva de vocês? Cá entre nós, mulher sente messsmo hahaha! será que Lavínia teve essa intuição ou é coisa da cabeça dele? 
Volto logo, logo!
Obrigada pelos comentáriosssss! Tão dedicadinhas comentando, coisa mais lindaaaa! Fico encantada! 
Percebi que algumas pessoas me seguiram no insta, quem eu identifiquei como leitaria, eu segui de volta, se não segui, é pq não tive certeza de que era alguém daqui. Qualquer coisa mandem um oi, já aproveito e sigo. Bjussssss 💋💋💋

14 comentários:

  1. Menina um dia ainda vou ter um treco kkkk. Há cada dia tô mais envolvida na história😌😂. Acho que a Lavínia sentiu mesmo, e acho que ela devia fazer a mesma coisa qnd ela for viajar e o Luan ficar sabendo😂😂😌 vai ser fogo no parquinho🔥😂 como diz minha prof "só emoção".
    CONTINUA LOGOO!!!!

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  2. Jéssicaaaa, não consegui te achar no insta.

    Já pode postar o outro cap que você escreveu ein kkk.

    Bjsss, Ana Carol.

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  3. Lavínia pode continuar estranha e ignorando o Luan até voltar da viagem dela, eu sei que eles não tem nada fixo e sério, porém ele tem que se sentir culpado e até meio burro por não ter seguido o coração

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  4. Quero Lavínia ignorando Luan e ele correndo atrás

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  5. Luan tem que ficar com ciúmes da Lavínia pra onteeeem kk.
    Quero ela numa balada e ele vendo pelo stories das amigas, ela aproveitando.

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  6. Todos os dias de manhã venho conferir se tem capítulo novo. Sou muito viciadaaaa
    Continua

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  7. Ansiosa estou pelo próximo capítulo ... Já quero o Luan surtando com a indiferença da Lavinia hahaha
    Volta logo Jeeh

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  8. JÉSSICA QUE ME APAREÇA COM 2 CAPÍTULOS NO MIN.
    Não aguento mais de ansiedade kkkkkk.

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  9. Aparece aí, tira a gente do tédio kkkkk

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